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Consumidor Conceito – art. 2º: toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final Toda relação de consumo: a) envolve duas partes bem definidas: fornecedor e consumidor; b) destina-se à satisfação de uma necessidade privada do consumidor; c) o consumidor é a parte vulnerável ou hipossuficiente. Interpretação do art. 2º CDC define consumidor individual concreto no art. 2º; geral, mas o abstrato no art. 29 Levou em conta o caráter econômico Pessoa física ou jurídica, esta uma microempresa, multinacional, civil ou comercial, associação, fundação Adquirir: obter, a título oneroso ou gratuito. Ou utilizar/consumir, mesmo sem ter adquirido Destinatário final: exclui por óbvio o intermediário ou revendedor Age para atender necessidade própria E a aquisição para desenvolvimento de outra atividade negocial? Posição do STJ – análise do parecer Duas grandes tendências do consumerismo ao interpretar o art. 2º: Finalistas – interpretação restrita: apenas aquele que adquire o bem para utilizá-lo em proveito próprio ou da família, satisfazendo uma necessidade pessoal e não para acrescentá-lo à cadeia produtiva Maximalistas: o CDC quer regrar o mercado de consumo, é um Código para a sociedade de consumo e não são normas orientadas para proteger somente o consumidor não profissional Fornecedor Art. 3º: toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. Oferece produtos e serviços no mercado de consumo, para atender às necessidades dos consumidores Pessoa física: mediante atividade habitual mercantil ou civil Pessoa jurídica: em associação mercantil ou civil e de forma habitual Pública: o próprio Poder Público, por si ou então por suas empresas públicas que desenvolvam atividade de produção, ou ainda as concessionárias de serviços públicos. Privada: empresas Nacionais ou estrangeiras Entes despersonalizados: não dotados de personalidade jurídica As universalidades de fato e de direito não são fornecedores, porque seu objetivo social é deliberado pelos próprios associados. Produto Art. 1º - produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. Qualquer objeto de interesse em dada relação de consumo, e destinado a satisfazer uma necessidade do adquirente, como destinatário final. SERVIÇO Art. 2º - qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancaria, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. Não confundir contribuinte com consumidor Não confundir tributo com as tarifas, que são cobradas pelos serviços prestados diretamente pelo Poder Público, ou então mediante sua concessão ou permissão pela iniciativa privada. As atividades das instituições financeiras, quer prestação de serviços, quer concessão financiamento, inserem-se no conceito amplo de serviços. Investidores no mercado de valores mobiliários têm regulamento próprio. Política Nacional das Relações de Consumo Art. 4º - A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito a sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria de sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: CDC visa a harmonia das relações de consumo e não a discórdia. Se preocupa com o atendimento das necessidades básicas dos consumidores, atendidos certos requisitos: I – reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; Reação a um quadro social, onde se verifica a posição de inferioridade do consumidor em face do poder econômico do fornecedor; Insuficiência esquemas tradicionais de direito material e processual na tutela dos novos interesses Estado passa a intervir na economia para garantir os direitos e interesses dos consumidores. O consumidor é a parte mais fraca na relação de consumo, até porque se submete ao poder dos titulares dos bens de consumo Multiformidades da hipossuficiência Desinformação Fraude Inexistência ou falha na garantia do bem produzido O consumidor não está educado para o consumo e, por isso, é lesado por todos os modos e maneiras, vendo serem desrespeitados os seus direitos básicos consagrados pela ONU e pela legislação brasileira, como saúde e segurança, escolha, informação e ressarcimento. Reconhecimento universal da vulnerabilidade. ONU reconheceu o desequilíbrio econômico, educacional e de poder aquisitivo do consumidor, o que conflita com o direito de acesso a produtos e serviços seguros e inofensivos (RES. 29/248, de 1985). Após manifestação da ONU, no Brasil se operou uma tomada de consciência em favor do consumidor. Tema tratado na CF/88, pela primeira vez, no capítulo relativo aos Direitos e Garantias Fundamentais. II – ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor: a) por iniciativa direta: criação PROCONS; b) por incentivo à criação e desenvolvimento de associações representativas; c) pela presença do Estado no mercado de consumo; d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho. III – harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da CFG), sempre com base na boa-fé e equilíbrio das relações entre consumidores e fornecedores. * compatibilizar a vulnerabilidade do consumidor com o progresso tecnológico e econômico através de dois instrumentos: a) departamentos atendimento do consumidor b) convenção coletiva de consumo (107, CDC) IV – educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo; * educação formal: currículos escolares * educação informal: cartilhas, jornais, pesquisa, campanhas publicitárias. V – incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo; * estabelecer preventivamente canais de comunicação com o consumidor * informação sobre características e riscos que os produtos ou serviços apresentam * retirada do mercado dos produtos que apresentam riscos após seu lançamento Conflitos de consumo e juízo arbitral Lei de arbitragem (9.307/96) – faculta às partes submeterem-se a arbitragem privada, em lugar do órgão jurisdicional competente. Desafogar o Poder Judiciário Solução mais rápida Compromisso arbitral # cláusula compulsória de arbitragem Autores negam constitucionalidade à lei arbitral Cláusula compulsória é abusiva VI – coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de incentivos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízo aos consumidores. * Código da Propriedade Industrial * Leis de Defesa da Concorrência * combate trustes e cartéis * garantia do livre mercado e livre concorrência CF, art. 173, §§ 4º e 5º - repressão e punição ao abuso do poder econômico que vise a dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e aumento arbitrário dos lucros * Lei 8.884/94 – lei antitruste Sanções aplicadas pela SNDE e pelo CADE VII – racionalização e melhoria dos serviços públicos conjugar com art. 22 – fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos. Há legitimidade na interrupção do fornecimento dos serviços de utilidade pública ??? VIII – estudo constante das modificações do mercado de consumo Instrumentos para execução da Política Nacional das Relações de Consumo Art. 5º - I – manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente; II – instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do MP; III – criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de consumidores vítimas de infrações penais de consumo; IV – criação de Juizados de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios de consumo; V – concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de Defesa do Consumidor. Outros instrumentos Educação formal e informal Acesso aos órgãos oficiais Instituto de pesos e medidas Vigilância sanitária Cadastro oficial de empresas inidôneas
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