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ANÁLISE POSTURAL Disciplina: Cineantropometria Professora: Miriam Beatris Reckziegel 1- Pontos anatômicos da vista anterior (plano frontal) • Linha entre as pupilas; • Linha dos ombros (pontos mais laterais do acrômio direito e esquerdo); • Linha mamilar; • Alinhamento do tronco; • Linha radial; • Linha da cintura; • Linha entre os dois processos estilóides do rádio; • Ponta do dedo medial; • Cristas ilíacas; • Porção central da patela; • Região dos joelhos e pernas; • Pernas e pés. Fig 1Plano frontal: indivíduo normal 1.1-Linha pupilar e labial O alinhamento bipupilar: • Alinhado; • Elevação do olho esquerdo; • Elevação do olho direito; Fig 2 Pontos anatômicos da face Fig 3 Dismorfismos crânio facial 1.2 - Alinhamento da cabeça As alterações no alinhamento da cabeça podem ser inclinações à direita ou à esquerda e rotações à direita ou à esquerda. Fig 4 Alterações relacionadas ao alinhamento da cabeça 1.3 - Linha dos ombros A linha dos ombros pode apresentar as seguintes alterações no seu alinhamento, elevação direita ou esquerda e predominância muscular à direita ou à esquerda. Na ausência de uma grande referência a báscula do ombro, alguns autores preferem utilizar a linha do punho. Fig 5 Vista anterior da linha dos ombros 1.4 - Linha mamilar As alterações no alinhamento da linha mamilar podem ser o desnível à direita ou à esquerda e a diferença de hipertrofia muscular direita ou esquerda. Geralmente a predominância muscular está relacionada à dominância lateral. Fig 6 Vista anterior da linha mamilar 1.5 - Linha do quadril Fig 7 Vista anterior do quadril • ESCOLIOSE 1.5 - Linha do quadril Fig 8 Vista anterior de uma escoliose em C para a esquerda. Fig 9 Vista anterior de uma escoliose em C para a direita. 1.5 - Linha do quadril • ESCOLIOSE Fig 10 Vista anterior de uma escoliose em "S" para a direita. Fig 11 Vista anterior de uma escoliose em "S" para a esquerda. ATENÇÃO:Os dois últimos casos merecem um cuidado especial, apesar da indicação da escoliose em “S”, na verdade o aluno pode ter apenas um encurtamento de uma das pernas. Logo, cuidado quanto ao diagnóstico em relação ao tipo de escoliose. 1.6 - Linha dos joelhos As alterações na linha dos joelhos são a nível rotacional lateral ou medial. A rotação medial do joelho causa: - Geno valgo nas pernas; A rotação lateral do joelho causa: - Geno varo nas pernas; Fig 12 Vista anterior dos joelhos Fig 13 Joelhos rotação medial, joelhos normais, joelhos rotação lateral 1.7 - Alterações ao nível das pernas 1.7.1 - Geno varo É uma anormalidade do alinhamento da perna em que os joelhos são sobremaneira separados (rotação lateral), para fora da linha média do corpo, causada geralmente, pela hipertrofia da musculatura medial da coxa e/ou hipotonia da musculatura lateral da coxa. Esta condição é comumente chamada de pernas em aro (ou em O). Fig 15 Geno Varo Fig 14 Geno Varo Fig 16 Geno Varo 1.7.2 - Geno valgo É uma deformidade angular da perna, também denominada pernas em x, na qual os tornozelos são separados quando os joelhos se tocam. Esta condição é freqüentemente notada na infância, havendo uma ampla tendência hereditária. Pode ser conseqüência de raquitismo ou de fraturas do fêmur causadas por traumatismo da placa epifisária, paralisia por enfermidade do neurônio motor inferior, paralisia cerebral, ou defeito dos quadris, ou pode ser idiopátia. 1.7 - Alterações ao nível das pernas Fig 17 Geno Valgo Fig 18 Geno Valgo Fig 19 Geno Valgo 1.7 - Alterações ao nível das pernas 1.7.1 - Geno varo • TRIBASTONE (2001) cita uma relação entre joelhos valgo e pés planos. “Em relação ao aumento da distância intermaleolar, o pé tende a apoiar no chão sobre sua borda medial (LELIÉVRE) e, onde encontrar maior apoio, a planta se chata. Sucessivamente, com o agravamento da deformidade, o pé não apóia mais sobre a borda interna. Do chato-valgismo inicial se passaria, com o passar dos anos, a um pé grosso, na maior parte supinado, mantendo, porém, o componente de chatismo (Ombredanne)”. • VERDERI (2001) considera que no Geno valgo, nos casos mais estruturados, pode ocorrer desequilíbrio do arco plantar, ocasionando o pé pronado e plano. • Segundo MARILYN MOFFAT e STEVE VICKERY (2002) é possível encontrar em pernas com geno valgo, entorse, inflamação muscular, tendinite e distensões dos ligamentos. O impacto acumulativo de anos de caminhar e correr com deformidade valga, com esforço colocado nas estruturas a ao redor da articulação poderá ter, em longo prazo, graves implicações sobre o joelho. Em alguns casos, pode ocorrer até mesmo estreitamento do lado interno do espaço articular ou lado externo do joelho e degeneração articular generalizada. 1.8 - Alterações ao nível dos pés As alterações ao nível dos pés são o quanto à cavidade pé plano ou curvo e quanto à abdução pé abduto ou pé aduto. 1.8.1 - Pé Abduto É a projeção dos pés para fora da linha média do corpo, causado pela hipertrofia da musculatura abdutora do tornozelo. Recomenda-se o fortalecimento da musculatura adutora do tornozelo. Não é possível exibir esta imagem no momento. Fig 20 Pé Abduto Não é possível exibir esta imagem no momento. Fig 21 Pé Abduto 1.8 - Alterações ao nível dos pés 1.8.2 - Pé Aduto É a projeção dos pés para dentro da linha média do corpo, causado pela hipertrofia da musculatura adutora do tornozelo. Fig 22 Pé Aduto Fig 23 Pé Aduto 1.8.3 - Pé plano É a perda parcial ou total da curvatura plantar do pé. Pode causar desequilíbrio e dor nos pés e joelhos. Recomenda-se a utilização de palmilhas completas com suportes incorporados ao arco anterior e longitudinal. 1.8 - Alterações ao nível dos pés Fig 24 Pé Plano Fig 25 Pé Plano 1.8 - Alterações ao nível dos pés Fig 26 Alterações nos pés Fig 27 Alterações nos pés 2 - Vista lateral ou plano sagital No plano sagital, devemos considerar o corpo como duas metades simétricas anterior e posteriormente em relação à linha da gravidade, esta deve passar anterior ao ouvido externo, face anterior da coluna cervical, anterior a coluna dorsal, cruzar a coluna vertebral em L1, L2 e L3, porção média do osso sacro, posteriormente à articulação coxofemoral, posterior ao longo do eixo femural, nível médio da articulação do joelho, cruze a tíbia em quase toda a extensão, anterior a articulação do tornozelo, pela articulação de Chopart (calcâneo-cubóide e talonavicular) e finalmente atinja o solo. Neste plano, estaremos observando se há acentuação das curvaturas fisiológicas, joelhos em hiperextensão ou em semiflexão, projeção dos ombros à frente, projeção da cabeça à frente, proeminência abdominal, se ocorre anteversão ou retroversão da pelve e se o corpo apresenta alguma rotação para a direita ou para a esquerda. 2 - Vista lateral ou plano sagital Na vista lateral são observados: • Meato auditivo; • Projeção do queixo (projeção da cabeça); • Ponto acromial (projeções do ombro); • As curvaturas da coluna vertebral; • A proeminência abdominal • Ponto maleolar. Fig 28 Plano Sagital 2 - Vista lateral ou plano sagital Observando a figura a seguir apenas à ocorrência A é normal, as outras são os principais problemas observados na posição estática. Fig 29 Desequilíbrios Tônicos Encontrados na Postura de Perfil 2.1 - O Alinhamento da Cabeça Quanto ao alinhamento da cabeça na vista lateral, há dois desequilíbrios específicos e freqüentes a antepulsão ou retropulsão. Fig 30 Vista lateral da cabeça 2.2 - Projeçõesdo Ombro Quanto às projeções dos ombros podemos observar se o avaliado possui projeção para frente ou para trás. Fig 31 Vista lateral dos ombros 2.3 - Alterações na região dorsal Dentre as alterações da região dorsal da coluna podemos citar hipercifose dorsal que apresenta-se como uma acentuação da curvatura da coluna dorsal, causada geralmente, pela hipertrofia da musculatura anterior do tórax, colocando o ponto acromial fora da linha de gravidade. Fig 32 Hipercifose Dorsal 2.3 - Alterações na região dorsal A hipercifose pode ser flexível ou rígida, é flexível quando pode ser corrigida com uma simples contração muscular voluntária, que colocará a coluna torácica na sua posição normal, caso contrário será classificada como rígida, ou seja, não pode ser corrigida com uma simples contração muscular voluntária. Geralmente a hipercifose vem acompanhada de protusão da cintura escapular e projeção do queixo. Os exercícios de correção devem alongar a musculatura anterior do tórax e hipertrofia a musculatura posterior do tórax, bem como trabalhos que visem o desbloqueio torácico para compensar o abaixamento das costelas. 2.3 - Alterações na região dorsal Fig 33 Vista lateral da região toráxica Fig 34 Desvios região dorsal 2.4 - Alterações na região lombar As alterações da coluna na região lombar são a hiperlordose lombar e as costas planas. A hiperlordose lombar é caracterizada pela acentuação da curvatura da coluna lombar, causada geralmente pela hipertrofia da musculatura lombar, colocando a cavidade fora da linha de gravidade. Fig 35 Vista lateral da coluna lombar Vista Lateral Direita - Hiperlordose 2.4 - Alterações na região lombar As costas planas caracterizam- se pela diminuição ou a inversão de quaisquer das curvaturas dos seguimentos da coluna vertebral. Em geral, esse desvio é encontrado na região lombar, causado geralmente pela hipetrofia da musculatura abdominal, que coloca também a cavidade cotilóide fora da linha de gravidade. Fig 36 Costas Planas 2.5 - Alterações na região do quadril As alterações na região do quadril são a anterversão e retroversão. Fig 37 Vista lateral do quadril 2.6 - Proeminências abdominais Corresponde ao grau da proeminência abdominal que geralmente é acompanhado de uma hiperlordose lombar. Fig 38 Vista lateral da região abdominal 2.7 - Alterações ao nível de joelhos Na vista lateral observamos se o avaliado possui genu recurvato ou geno flexo, de acordo com o nível de arqueação do joelho. Fig 39 Vista lateral dos joelhos 2.7.1 - Genu Recurvato É a projeção do(s) joelho(s) para trás da linha de gravidade, causando pela hipertrofia da musculatura extensora do joelho. Recomenda- se o alongamento da musculatura anterior da coxa e exercícios de hipertrofia da musculatura posterior da coxa. Fig 40 Genu Recurvato Fig 41 Genu Recurvato 2.7.2 - Genu Flexo É a projeção do(s) joelho(s) à frente da linha de gravidade, causado pela hipertrofia da musculatura flexora do joelho. Recomenda-se o alongamento da musculatura posterior da coxa e fortalecimento da musculatura anterior. Fig 41 Genu Flexo 3 - Vista Posterior Em posição ortostática, de costas para o avaliador, analisar e confirmar o que foi observado na vista anterior com relação a escoliose e encurtamento de membros. Fig 42 Vista Posterior 3 - Vista Posterior São observados os seguintes pontos anatômicos: • Parte média mais protuberante do osso occipital equilibrada; • Pontos acromiais projetados no mesmo nível; • Ângulo inferior das escápulas, alinhados; • Olecranos do cotovelo; • Linha espondiléia (onde todos os processos espinhosos das vértebras formam uma linha reta); • Linha interglútea; • Linha poplítea; • Tendão calcâneo. 3.1 - Escolioses De acordo com CARNAVAL (1995,77-80 & 1997,80-82) as escolioses são deformidades ou desvios laterais da coluna vertebral, mínimos graus de escoliose (deformidade bidimensional da coluna com desvio menor que 10 graus) são considerados variação de normal. A magnitude, curva compensatória, a localização e a direção da curvatura, a faixa etária, etiologia e morfologia são aspectos a serem considerados ao classificarmos as deformidades vertebrais. Quanto à magnitude podem ser chamadas de: • Leves; • Moderadas; • Severas, dependendo do grau de acometimento. 3.1 - Escolioses Fig 42 Magnitude das Escolioses 3.1 - Escolioses Quanto à curva compensatória Curva compensatória é aquela que ocorre acima ou abaixo da curva maior, tentando manter o equilíbrio do tronco; pode-se tornar estruturada com o tempo, pois os tecidos moles vão tendo um certo grau de adaptação à curva. O termo secundária é o mesmo que compensatória. A curva primária é a primeira a ocorrer, mas, muitas vezes, frente a um paciente com dupla curva, fica difícil de ter- se a certeza de qual é a curva primária, devido à estruturação da curva compensatória, parecendo-se com uma curva primária dupla. Como regra geral as primárias são as de maior amplitude, as que apresentam alterações estruturais como rotação dos corpos vertebrais ao raio X e as mais rigidez à tentativa de retificação. 3.1 - Escolioses Quanto à localização e direção da curva Quanto à localização, a terminologia da curvatura é feita à custa do local onde se encontra o ápice da curvatura. A direção da curvatura é aquela da convexidade da curva, portanto, basta mencionar que uma curvatura é torácica direita para entendermos que ela é convexa para o lado direito, sendo desaconselhável usarmos curva convexa torácica direita. Logo, de acordo com a localização podemos classificar as escolioses como: • Cervical: quando se localizam entre C1-C6 • Cervicotorácica: entre C7-T1 • Torácica: mais comum, entre T2-T11 • Toracolombar: entre T12-L1 • Lombar: entre L2-L4 • Lombossacra: entre L5-S1 3.1 - Escolioses Fig 43 Comportamento escoliotico; comportamento normal 3.1 - Escolioses Quanto à etiologia (origem) • Escolioses estruturais: é aquela que não se corrige nas radiografias de lateralização forçada na posição deitada, portanto, sem flexibilidade, sendo o oposto para as curvas não estruturadas. Ex: Idiopática, Neuromuscular, Congênita, Neurofibromatose, Doenças mesenquimáticas, Doenças reumáticas, Trauma, Contraturas extra-espinhais, Osteocondrodistrofias, Infecções ósseas, Doenças metabólicas, Relacionadas à articulação lombossacra, Tumores. • Escolioses não estruturais: seria aquela causada pela assimetria de comprimento dos membros inferiores, que se corrige totalmente ao se compensar com um salto o encurtamento. Postural, Histérica, Irritação nervosa, Inflamatórias, Assimetria de comprimento dos membros inferiores, Contraturas ao redor do quadril, 3.1 - Escolioses Quanto à faixa etária Podem ser classificadas com relação à época em que foram diagnosticadas e não necessariamente a época em que iniciou, em: • Escoliose infantil: idiopática com o diagnóstico entre o nascimento e os 3 anos de idade. • Escoliose juvenil: idiopática com o diagnóstico entre os 3 e 10 anos. • Escoliose adolescente - idiopática com o diagnóstico entre 10 anos até o final do crescimento esquelético. • Escoliose adulta - idiopática de início após o término do crescimento esquelético. Cada tipo apresenta algumas peculiaridades: as infantis têm incidência igual ao sexo e na grande maioria apresenta correção espontânea sem tratamento; as juvenis têm incidência levemente maior no sexo feminino (5:1), sendo que muitas apresentam progressão; e as adolescentes têm incidência predominantemente no sexo feminino (10:1),sendo que a maioria será progressiva. 3.1 - Escolioses Quanto à morfologia (forma) Podem ser classificadas como: • Simples: apresentam uma única curvatura em uma das regiões da coluna vertebral causada pela hipertrofia da musculatura lateral da respectiva região. • Total: apresentam uma única curvatura ocupando mais de uma região da coluna vertebral causada pela hipertrofia da musculatura lateral da coluna. • Dupla e Tripla: apresentam respectivamente duas ou três curvaturas, uma em cada região da coluna vertebral, com as suas respectivas curvas opostas entre si. Causada pela compensação de uma escoliose simples, que geralmente se localiza na região inferior. Na sua correção, devemos atuar inicialmente no desvio primário. 3.2 - Pontos Acromiais Confirma-se a elevação do ombro direito ou esquerdo e a predominância muscular direita ou esquerda. Fig 44 Vista posterior dos ombros 3.3 - Ângulo Inferior da Escápula Pode apresentar-se elevada direita ou a esquerda, aduzidas, abduzidas, elevadas e deprimidas. Fig 44 Vista posterior da cintura escapular 3.4 - Linha Espondilea Nessa linha procuraremos algum desvio de lateralidade das vértebras o que, virá a confirmar a instalação de uma escoliose com curvatura aparente em “C” ou “S”; Fig 45 Vista posterior da coluna 3.5 - Olecrano Confirmação de encurtamento de membro superior ou da curva escoliótica. Fig 46 Vista posterior 3.6 - Quadril Fig 47 Vista posterior do quadril Observar se há inclinação ou rotação. 3.7 - Linha Glútea Procurar desnível que possa indicar encurtamento de membros inferior Fig 48 Vista posterior linha glútea 3.8 - Linha Poplítea Quando comparada com a linha glútea pode indicar encurtamento de membro inferior. Fig 49 Vista posterior membro inferior 3.9 - Tendão Calcâneo Verificar se o indivíduo tem o tendão calcâneo varo ou valgo. Fig 50 Calcanhar Valgo Fig 51 Calcanhar Varo 4 - Teste de antero-flexão de tronco Estando o testado em posição ortostática, de frente para o avaliador, fará uma antero-flexão de tronco e, nesta posição, caso possua uma escoliose e suas vértebras já tiverem feito uma rotação, aparecerá uma gibosidade no local da curvatura escoliótica. Fig 52 Ântero-flexão de tronco Analise Postural • Nome: • Idade: • Sexo: ( )Mas.( )Fem. • Lateralidade: ( )Dir. ( )Esq. ( )Cruzada • Tel.: • Peso: kg • Altura: m • IMC: kg/m² Analise Postural Analise Postural Analise Postural Analise Postural Referência Bilbiografica DELGADO, Leonardo de Arruda; Analise Postural. (www.scribd.com)
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