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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA – SER EDUCACIONAL DISCIPLINA MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO – 4º PERÍODO Prof. Rodolfo Nascimento AVALIAÇÃO POSTURAL ANANINDEUA-PA 2020 E agora Dr(a)? M. G. N., 8 anos, sexo feminino, foi levada ao ambulatório fisioterapêutico pediátrico por sua mãe. A mesma refere que sua filha apresenta "coluna torta". Relata ainda que a criança transporta mochila com todo o material escolar, no ombro esquerdo, desde os 6 anos. ROTEIRO Considerações iniciais sobre desenvolvimento postural Definição Avaliação Postural Anamnese direcionada Método de avaliação Postura padrão Biotipo Alinhamento ideal: anterior, lateral e posterior Avaliação: anterior, lateral e posterior Flexão de tronco Perimetria Avaliação do comprimento de membros Desenvolvimento postural Ao longo da evolução Seres assumiram postura ereta “Bípede” - Vantagens: Mãos livre e olhos distantes do solo. - Desvantagens: Sobrecarga sobre a coluna vertebral e MMII. (MAGEE, 2002) Desenvolvimento postural Postura se desenvolve ao longo da vida: - Curvaturas primárias (côncavas) - Curvaturas secundárias (convexas) - RN (postura flexora) - Velhice (alterações posturais) (MAGEE, 2002) O que é postura? Postura consiste na disposição relativa do corpo em um determinado momento; É um composto das posições das diferentes articulações do corpo num dado momento. (Magee, 2002) Postura Correta “Postura correta é a posição na qual um mínimo de estresse é aplicado em cada articulação” (Magee, 2002). “A postura correta consiste no alinhamento do corpo com eficiências fisiológica e biomecânicas máximas, o que minimiza os estresses e as sobrecargas sofridas ao sistema de apoio pelos efeitos da gravidade”. (Palmer & Epler, 2000). Avaliação Postural Envolve a identificação e a localização dos segmentos corpóreos relativos a linha de gravidade; A avaliação postural deve determinar se um segmento corporal ou articulação desvia-se de um alinhamento postural ideal. (MAGEE, 2002 O’SULLIVAN, 2010) Anamnese direcionada História do problema História familiar Condição pregressa de patologias Método de avaliação Observação é o principal método clássico; Estática Base para postura dinâmica; Adequadamente despido; Sem calçados ou meias; Uso de órteses e auxílios de marcha Sem/Com; Exame realizado na postura relaxada adotada habitualmente; Posições: Em pé, sentado, deitado, outras posturas habituais; Conhecimento da postura padrão. Simetrógrafo ou Posturógrafo Fio de prumo (MAGEE, 2002 O’SULLIVAN, 2010) Postura Padrão Alinhamento esquelético ideal envolve uma quantidade mínima de esforço e sobrecarga, e conduz à eficiência máxima do corpo. Linha de gravidade: intersecção dos planos médios sagital e frontal do corpo. (MAGEE, 2002) Postura em pé Determinar o tipo corporal do paciente: Biotipo. - Ectomórfico (composição magra) - Mesomórfico (composição musculosa ou robusta) - Endomórfico (composição gorda) (MAGEE, 2002) Vista Anterior: Alinhamento ideal A linha de referência vertical, divide o corpo em secções direita e esquerda. (MAGEE, 2002) Vista Anterior: Avaliação Cabeça: ( ) Alinhada; ( ) Inclinação lateral ( ) Rotação D/E Clavículas: ( ) Simétricas ( ) Clavícula mais horizontalizada D/E ( ) Clavícula mais verticalizada D/E Ponta do nariz alinhada com manúbrio e processo xifóide do esterno e cicatriz umbilical Vista Anterior: Avaliação Cotovelos: ( ) Alinhados ( ) Desalinhados Articulações dos ombros: ( ) Alinhados ( ) Ombro mais alto D/E Ângulo de carregamento: 5-15º Vista Anterior: Avaliação Tórax: ( ) Simétrico ( ) Assimétrico Alinhamento do Tronco: ( ) Alinhado ( ) Inclinação lateral D/E ( ) Rotação de cintura escapular D/E ( ) Rotação de cintura pélvica D/E Vista Anterior: Avaliação Alturas das cristas ilíacas: ( ) Alinhadas ( ) Desalinhadas mais alta D/E; Espinhas ilíacas ântero-superiores (EIAS): ( ) Alinhadas ( ) Desalinhadas mais alta D/E Patelas: ( ) Alinhadas ( ) Patela mais alta D / E ( ) Patela rodada lateralmente ( ) Patela rodada medialmente Articulações dos joelhos: ( ) Alinhada ( ) Valgo D/E - Distância entre maléolos mediais:......cm ( ) Varo D/E - Distância entre côndilos mediais:.......cm Aproximar os tornozelos Distancia de 2 dedos “Certo grau de varo” Vista Anterior: Avaliação Antepé: ( ) Alinhado ( ) Abduzido D/E ( ) Aduzido D/E Arco longitudinal medial: ( ) Plano D/E ( ) Cavo D/E Hálux: ( ) Alinhado ( ) Valgo D/E Discreta rotação lateral da tíbia Vista Lateral: Alinhamento ideal A linha de referência vertical, divide o corpo em secções anterior e posterior de igual peso; Ponto de referência fixo: levemente anterior ao maléolo lateral. (MAGEE, 2002) Vista Lateral: Avaliação Cabeça: ( ) Alinhada ( ) Com protração ( ) Com retração Coluna Cervical: ( ) Curvatura normal ( ) Aumento da lordose ( ) Retificação da lordose Articulações dos ombros: ( ) Alinhados ( ) Com protração D/E ( ) Com retração D /E Lóbulo da orelha alinhado com o acrômio Vista Lateral: Avaliação Articulação do cotovelo: ( ) Alinhada ( ) Aumento da flexão D/E ( ) Com hiperextensão D/E Coluna Torácica: ( ) Curvatura normal ( ) Aumento da cifose ( ) Retificação da cifose Coluna Lombar: ( ) Curvatura normal ( ) Aumento da lordose ( ) Retificação da lordose Vista Lateral: Avaliação Alinhamento do Tronco: ( ) Alinhado ( ) Antepulsão ( ) Retropulsão Pelve: ( ) Alinhada ( ) Com anteversão ( ) Com retroversão Ângulo pélvico 30º EIPS mais alta que a EIAS Pelve equilibrada: EIAS = EIPI Vista Lateral: Avaliação Articulações dos joelhos: ( ) Alinhados ( ) Fletidos D/E ( ) Hiperestendidos D/E Articulações dos tornozelos: Ângulo tíbio- társico ( ) Preservado ( ) Aumentado D/E ( ) Diminuído D/E Vista Posterior: Alinhamento ideal A linha de referência vertical, divide o corpo em secções direita e esquerda; Ponto de referência fixo fica a meio caminho entre os calcanhares. (MAGEE, 2002) Vista Posterior: Avaliação Cabeça: ( ) Alinhada ( ) Inclinação lateral D/E ( ) Rotação D/E Coluna Cervical: ( ) Alinhada ( ) Convexidade D/E Vista Posterior: Avaliação Articulações dos ombros: ( ) Alinhados ( ) Ombro mais alto D/E Posição das escápulas: Distância entre bordo medial da escápula e coluna vertebral: ( ) Simétrica ( ) Assimétrica (D: .......cm e E: .......cm) Vista Posterior : Avaliação Triângulo de Tales: ( ) Simétrico ( ) Maior D/E Coluna Torácica: ( ) Alinhada ( ) Convexidade D/E Coluna Lombar: ( ) Alinhada; ( ) Convexidade D/E Vista Posterior : Avaliação Altura das cristas ilíacas: ( ) Alinhadas; ( ) Desalinhadas mais alta D/E Espinhas ilíacas póstero-superiores (EIPS): ( ) Alinhadas ( ) Desalinhadas mais alta D/E Articulações dos joelhos: ( ) Alinhadas ( ) Com valgo D/E ( ) Com varo D/E Vista Posterior: Avaliação Articulações dos tornozelos: ( ) Alinhadas ( ) Com valgo D/E ( ) Com varo D/E Retropé: (Tendão de Aquiles) ( ) Alinhado ( ) Desalinhado Apoio do retropé: ( ) Apoio homogêneo no bordo medial e lateral (Neutra) ( ) Maior apoio em bordo medial D/E (Pronado) ( ) Maior apoio em bordo lateral D/E (Supinado) Flexão de Tronco –Teste de Adams Teste: Flexionar o tronco no nível do quadril, com as pontas dos dedos unidas, os MMSS pendentes verticalmente, os pés unidos e os joelhos estendidos. Observar (Anterior e posterior): -Assimetrias de tórax (gibosidades) Escoliômetro -Assimetria muscular paravertebrais (platôs) -Restrições (encurtamentos isquiotibiais) Teste de Flexibilidade: medir distância do 3° dedo ao chão. (SANTOS, 2011) Perimetria de mmss e mmii Procedimento • A perimetria mede a dimensão dos membros (superiores ou inferiores) para verificara presença (ou não) de atrofia muscular ou de edema (Pereira, Vieira, & Alcântara, 2005). - Explicar a técnica ao paciente; - Determinar e marcar os pontos de referência com lápis dermográfico; - Fixar a fita na área desnuda; - Lever pressão na pele; - Garantir que a fita esteja no plano horizontal; - Garantir que os músculos estejam relaxados; - Registrar os valores completos. pontos de referência Membro superior: 5cm abaixo 10cm abaixo 15cm abaixo 5cm acima 10cm acima 15cm acima Olécrano Membro inferior: 10cm abaixo 15cm abaixo 20cm abaixo 10cm acima 15cm acima 20cm acima Patela Medidas de comprimento dos membros PaquímetroFita métrica Medidas de comprimento de MMSS Mensuração Objetivo: Detectar assimetria do tamanho dos MMSS; Ex. Situações congênitas; fraturas. Membro superior: A mensuração é determinada entre o acrômio e o processo estilóide da ulna. Mensuração fracionada do MMSS: - Braço (acrômio epicôndilo lateral) - Antebraço (epicôndilo medial processo estilóide da ulna) Medidas de comprimento de MMII Tipos de discrepância 1. Encurtamento verdadeiro: Alteração anatômica ou estrutural do MMII. - Causas: Defeito congênito (coxa vara, displasia de quadril); Trauma (fratura). - Consequências: Inclinação pélvica lateral, artrose, alteração de marcha e escoliose. 2. Encurtamento funcional: Compensação em resposta à alterações que podem ter ocorrido por causa do posicionamento. - Causas: Pronação do pé, escoliose, encurtamentos musculares adaptativos. (MAGEE, 2002; PALMER, 2000) Mensuração DD, ajustar, nivelar e equilibrar a pelve; MMII afastados (15-20cm); EIAS Maléolo medial ou lateral; Técnica comparativa; Aceitável: 1,0-1,5cm (podem gerar sintomas); Acima de 2cm: Indicação de palmilhas. (MAGEE, 2002; PALMER, 2000) Escanometria (E.C.) Mensuração - Encurtamento verdadeiro Mensuração fracionada do MMII - Coxa (trocânter maior linha articular do joelho) - Perna (linha articular do joelho maléolo medial) (MAGEE, 2002; PALMER, 2000) Quando existir diferença, deve-se determinar o local da ocorrência! Tíbia Teste de Galeazzi Mensuração – Encurtamento funcional Avaliado quando não existe diferença estrutural no comprimento dos ossos; Investigar alterações posturais e encurtamentos musculares. (MAGEE, 2002; PALMER, 2000) Teste de Ely (contratura do reto femoral) Teste de Ober (contratura do TFL) Teste de Thomas (contratura dos flexores) E agora Dr(a)? Como seria a sequência da avaliação postural? Qual a vista da imagem? O que pode ser identificado? Pode haver encurtamento de MI? Quais exames complementares podem ser solicitados? Referências MAGEE, DJ, editor. Disfunção Musculoesquelética. 3 ed. São Paulo: Manole; 2002. PALMER, LM.; EPLER, ME. Fundamentos das Técnicas de Avaliação Musculoesquelética. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000. p.7-33. O’SULLIVAN, S. SCHIMITZ, T. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 5 Ed. São Paulo: Manole, 2010. KENDALL FP; MCCREARY EK; PROVANCE PG. Músculos Provas e Funções. 4ªedição, São Paulo: Manole,1995, p.69-118. SANTOS, A. Diagnostico clinico postural um guia pratico. 6ª ed. Summus editorial, 2011.
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