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UNIVERSIDADE DE BRASILIA INSTITUTO DE FÍSICA DISCIPLINA: FÍSICA 1 EXPERIMENTAL TURMA K 1º SEMESTRE 2018 RELATÓRIO DO EXPERIMENTO 1 DATAS DE RELIZAÇÃO: 15/03/2018 e 29/03/2018 GRUPO: 6 ALUNOS: DANIEL F. VIANA KALLEBE S. SILVA Título: LANÇAMENTO DE PROJÉTIL 1. Objetivo Relacionar o alcance horizontal do projétil com a altura da qual ele é abandonado da rampa. Reconhecer a combinação dos movimentos retilíneos (vertical e horizontal), no movimento de lançamento, e determinar a velocidade de lançamento do projétil a partir da medida do alcance horizontal e do tempo de queda. Relacionar as transformações de energias sofridas pela energia potencial gravitacional, do momento de abandono do projétil na rampa, ao rolar a esfera pela rampa. Determinar a energia cinética de rotação, a partir do princípio da conservação da energia. 2. Dados Experimentais O experimento consiste em medir a altura (h) da qual a esfera é lançada na rampa e relacioná-la com o alcance médio (Rm), em que esta atinge o solo. Tendo o conhecimento desses dados, juntamente com a altura da rampa ao chão (H), o tempo de queda (t) e a massa (M) da esfera, calcular a aceleração da gravidade (g) local, a velocidade de lançamento do projétil e as energias envolvidas no processo. Figura 1 – Representação do experimento Uma régua milimetrada foi utilizada para medir as alturas (h) de onde o projétil foi abandonado na rampa e o alcance médio (Rm) do projétil. Os dados foram obtidos a partir de 4 posições diferentes na rampa, e para cada posição foram realizados 10 lançamentos. Tabela 1 – Altura e Alcance Médio Posição Altura (h) Rm ± ΔR 1 0,180 ± 0,001 m 0,531 ± 0,008 m 2 0,160 ± 0,001 m 0,51 ± 0,01 m 3 0,150 ± 0,001 m 0,48 ± 0,01 m 4 0,130 ± 0,001 m 0,460 ± 0,014 m Para a medida da altura (H) da rampa ao chão, também foi utilizada uma régua milimetrada. A medida encontrada foi: Para a determinação do tempo de queda (t) do projétil, foi gravado um vídeo e, por este, o resultado encontrado foi: A partir do conhecimento desses dados, foi calculada a aceleração gravitacional (g), resultando em: Em seguida, utilizando os dados do alcance médio (Rm) e do tempo de queda (t) do projétil, foi calculada a velocidade de lançamento (Vm) da esfera, que pode ser analisada na Tabela 2: Tabela 2 – Velocidade de Lançamento Posição Altura (h) Vm ± ΔV 1 0,180 ± 0,001 m 1,24 ± 0,05 m/s 2 0,160 ± 0,001 m 1,19 ± 0,05 m/s 3 0,150 ± 0,001 m 1,12 ± 0,05 m/s 4 0,130 ± 0,001 m 1,07 ± 0,06 m/s Um micrômetro foi utilizado para aferir o raio (r) da esfera utilizada no lançamento. A partir deste dado e da velocidade de lançamento apresentada na Tabela 2, foi calculada a frequência de rotação esperada (FR) da esfera: Tabela 3 – Frequência de Rotação Esperada da Esfera Posição FR ± ΔFR 1 14,0 ± 0,5 Hz 2 13,5 ± 0,6 Hz 3 12,7 ± 0,6 Hz 4 12,1 ± 0,6 Hz Também foi utilizada uma balança digital com precisão de 0,01g para medir a massa (M) da esfera. A massa obtida foi empregada para calcular a energia potencial gravitacional (U) “armazenada” na esfera na altura h na rampa: Tabela 4 – Energia Potencial Gravitacional Posição Altura (h) U ± ΔU 1 0,180 ± 0,001 m 0,0194 ± 0,0012 J 2 0,160 ± 0,001 m 0,0172 ± 0,0011 J 3 0,150 ± 0,001 m 0,0161 ± 0,0010 J 4 0,130 ± 0,001 m 0,0140 ± 0,0009 J Com o valor encontrado para a velocidade de lançamento (Vm), foi determinada a energia cinética de translação, com a qual o projétil é lançado da rampa: Tabela 5 – Energia Cinética de Translação Posição Vm ± ΔV Kc ± ΔKc 1 1,24 ± 0,05 m/s 0,0086 ± 0,0007 J 2 1,19 ± 0,05 m/s 0,0079 ± 0,0008 J 3 1,12 ± 0,05 m/s 0,0070 ± 0,0007 J 4 1,07 ± 0,06 m/s 0,0065 ± 0,0007 J Por fim, utilizando o princípio de conservação de energia, tem-se: Tabela 6 – Energia Cinética de Rotação Posição KR ± ΔKR 1 0,0108 ± 0,0019 J 2 0,0093 ± 0,0019 J 3 0,0091 ± 0,0017 J 4 0,0075 ± 0,0016 J 3. Análise de dados Os cálculos efetuados para obter a melhor estimativa e a incerteza de cada uma das grandezas medidas foram: Melhor estimativa da altura de abandono do projétil (h) e distância da rampa ao chão (H): medida obtida através da régua milimetrada; Incerteza na determinação da altura de abandono do projétil (Δh) e de H: precisão da régua milimetrada; Melhor estimativa do alcance médio do projétil (Rm): distância (realizada através da régua milimetrada) obtida entre o prumo e o centro do menor círculo contendo todas as marcas de queda do projétil (impressa pelo papel carbono); Incerteza na determinação do alcance médio do projétil (ΔRm): raio do círculo contendo todas as marcas de queda do projétil; Melhor estimativa do tempo de queda do projétil (t): tempo obtido através de frames de uma gravação de uma câmera de 30fps; Incerteza na determinação do tempo de queda do projétil (Δt): precisão aproximada de 1 frame de vídeo em segundos; Melhor estimativa da aceleração gravitacional (g): ; Incerteza na determinação de g (Δg): ; Melhor estimativa da velocidade de lançamento do projétil (Vm): ; Incerteza na determinação de Vm (ΔV): ; Melhor estimativa do raio da esfera (r): valor obtido através da medição com o micrômetro; Incerteza na determinação de r (Δr): precisão na medida do micrômetro; Melhor estimativa da Frequência de rotação esperada da esfera (FR): ; Incerteza na determinação de FR (ΔFR): ; Melhor estimativa da massa da esfera (M): valor obtido pela balança digital; Incerteza na determinação de M (ΔM): precisão da balança; Melhor estimativa da energia potencial gravitacional no momento em que o projétil é abandonado (U): ; Incerteza na determinação de U (ΔU): ] + ; Melhor estimativa da energia cinética de translação no momento de lançamento (Kc): ; Incerteza na determinação de Kc (ΔKc): ; Melhor estimativa da energia cinética de rotação (KR): ; Incerteza na determinação de KR (ΔKR): . Analisando os dados obtidos na Tabela 1, torna-se possível afirmar que o alcance horizontal (Rm) depende da altura (h) da qual o projétil é solto na rampa, ou seja, quanto maior a altura h, maior o alcance horizontal do projétil: Também é possível dizer que, horizontalmente, a esfera se desloca em movimento retilíneo uniforme (MRU) e, verticalmente, em movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV), devido a ação da aceleração gravitacional (g). A partir dos dados apresentados, percebe-se que quanto maior a altura de abandono, maior a velocidade de lançamento do projétil: A frequência de rotação da esfera apresentada na Tabela 3 representa a frequência ideal a ser alcançada pelo projétil; ela, porém, não é alcançada na prática. Isso porque a esfera não inicia sua rotação no momento em que é abandonada na rampa, por um breve momento, ela apenas “desliza”. É, contudo, possível analisar que, devido o aumento da velocidade de lançamento (Vm) com a altura (h), a frequência de rotação da esfera também aumenta: Na Figura 4 estão representados graficamente os valores encontrados para a energia potencial gravitacional da esfera para cada posição na rampa. Como esperado a partir do conceito teórico, esta energia é diretamente proporcional à altura do objeto: Ainda de acordo com o conceito teórico de conservação de energia, tem-se que a energia potencial é convertida totalmente em energia cinética, quando a esfera alcança a base da rampa. Contudo, através do experimento, foi analisado que a energia cinética de translação quando a esfera alcançou a base da rampa é menor que a energia potencial gravitacional no momento de seu abandono, logo, atribuiu-se a diferença à energia cinética de rotação da esfera: No entanto, a energia cinética de rotação encontrada nunca é realmente alcançada pela esfera, isso por causada ação de forças dissipativas, tais como o atrito, por exemplo, que tomam parcela da energia da esfera. 4. Conclusão Os dados obtidos através do experimento mostram que a energia potencial gravitacional no momento em que a esfera é abandonada na rampa é convertida em energia cinética de translação e de rotação, à medida em que o projétil perde altitude. Além disso, os dados revelam que quanto maior a altura de soltura da esfera na rampa, maior sua velocidade de lançamento e, consequentemente, maior seu alcance horizontal. 4
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