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* * UNIDADE SÃO LUIS CURSO DE FISIOTERAPIA / 5º PERÍODO DISCIPLINA: Reeducação Funcional VARIÁVEIS DO MOVIMENTO NORMAL E PATOLÓGICO Prof. Daniel Lago Borges Doutor em Ciências Médicas – UERJ dlagofisio83@hotmail.com Aula 04 * * TÔNUS MUSCULAR DEFINIÇÃO CLÍNICA Resistência encontrada quando uma articulação em um paciente em estado de relaxamento é movida passivamente. DEFINIÇÃO FISIOLÓGICA Estado de tensão muscular ou de atividade muscular contínua. Em outras palavras – Refere-se à firmeza à palpação e está presente tanto nos músculos em repouso como em movimento. O desenvolvimento do tônus é condição básica para aquisição de movimentos manuais coordenados. * * TÔNUS MUSCULAR * * ESPASTICIDADE * * A criança hipertônica é: Menos extensível; Ativa; Com o desenvolvimento postural mais precoce; Predisposição para marcha e exploração do espaço envolvente; Atividades mentais mais impulsivas, mais descoordenadas e inadequadas. HIPERTONIA * * Perfil disfuncional da hipertonia: Hipoextensibilidade; Hiperatividade; Impulsividade; Instabilidade; Imprecisão na aplicação da força, velocidade e controle dos movimentos; HIPERTONIA * * ESPASTICIDADE * * RIGIDEZ * * ESPASTICIDADE X RIGIDEZ * * HIPOTONIA A criança hipotônica é: Mais extensível; Calma em termos de atividade; Desenvolvimento postural mais lento; Predisposição motora mais centrada na preensão e nas praxias finas; Atividades mentais mais controladas. * * HIPOTONIA * * Perfil disfuncional da hipotonia: Hiperextensibilidade; Astenia; Passividade; Hipoatividade; Descoordenação; Flacidez; HIPOTONIA * * EUTONIA Estado tônico apropriado a cada situação postural ou de movimento. Àrea mal delimitada entre a espasticidade e a flacidez. * * NMS x NMI * * * * TONICIDADE Costallat (1990) – considera o tônus um estado de atenção necessário para a harmonia do gesto e equilíbrio do organismo. Divide o tônus em: Tônus Muscular – movimento executado Tônus Afetivo – estado de espírito Tônus Mental - capacidade de atenção * * O movimento vai além da ação motora, é influenciado pelo comportamento humano, que é variável para cada individuo conforme os estímulos e limitações do meio. A partir do momento em que a energia destinada a algum impulso (desejo) não é satisfeita, gera uma tensão muscular dificultando a motricidade. Ajuriaguerra (1980) – afirma que o tônus que prepara e guia o gesto é simultaneamente a expressão da realização ou frustração do indivíduo. TONICIDADE * * EQUILIBRÍO Resposta motora frente a força da gravidade. Reúne um conjunto de aptidões estáticas e dinâmicas, abrangendo o controle postural e o desenvolvimento das aquisições de locomoção. A postura ereta é, por consequência, mantida pelo jogo coordenado de órgãos especiais (órgãos tendinosos e fusos neuromusculares), os quais produzem uma interação neuromuscular, no qual participam centros subcorticais, corticais e cerebelares. * * A postura ereta em condições normais envolve a interação não só de várias estruturas neurofisiológicas, como de vários sentidos e sistemas funcionais: Reflexos tônicos e miotáticos; Propriocepção; Integração vestibular; Visão; Movimentos voluntários; Leis físicas do equilíbrio (gravidade). EQUILIBRÍO * * EQUILÍBRIO ESTÁTICO É mais abstrato e requer concentração. Controle é essencial para aprendizagem motora. Capacidade de sustentar-se em diferentes situações. Relaciona-se intimamente ao controle postural. Ex. Sustentar-se em um pé só ; sobre plano inclinado ; sobre plano instável etc. * * EQUILÍBRIO DINÂMICO Exige uma orientação controlada do corpo em situações de deslocamento no espaço (movimento). Relaciona-se à constituição física (peso e estatura), tônus muscular, membros e órgãos sensoriais e motores. Toda parte do corpo que se move tende a mover o centro de gravidade. Quando todo o corpo se movimenta, a dificuldade se acentua e há necessidade de contrações coordenadas compensatórias. * * NOÇÃO DO CORPO Deve ser reconhecida como resultante da organização do input sensorial tátil-cinestésico, vestibular e propriceptivo, numa imagem interiorizada e estruturada, de onde emerge uma representação mental, que em si, constitui-se num marco de referência interna que precede todas as relações com o exterior. A Noção do Corpo fornece à criança a marca de referência fundamental para ela agir no mundo exterior de forma coerente e adequada, usando o seu corpo como ponto de referência. * * NOÇÃO DO CORPO Alterações da noção do corpo podem causar perturbações da personalidade física, assim como pode influenciar a programação das praxias e aí interferir no seu rendimento e eficácia. * * SENTIDO CINESTÉSICO Refere-se a sensibilidade cutânea e subcutânea. A criança de pé, calma e tranquila, com os olhos fechados. Inicia-se com uma ou duas experiências (nariz e boca), e em seguida sugerir que ela nomeia os vários pontos do corpo em que foi tocada tatilmente. 4 a 5 anos – 8 pontos – nariz, queixo, olhos, orelha, ombro, cotovelo, mão e pé. Acima de 6 anos – 16 pontos – testa, boca ou lábios,olho D, orelha E, nuca ou pescoço, ombro E, cotovelo D, joelho E, pé D, pé E, mão E, polegar, indicador, médio, anular e mínimo Direitos. * * RECONHECIMENTO DIREITA-ESQUERDA Refere-se ao poder discriminativo e verbalizado que a criança tem do seu corpo. 4/5 anos – Mostra-me a tua mão D; Mostra-me a Teu olho E; Mostra-me a teu pé D; Mostra-me a tua mão E. Acima de 6 anos – fazer as anteriores e mais: Cruza a tua perna D por cima do teu joelho E; Toca a tua orelha E com a tua mão D; Aponta o meu olho D com a tua mão E; Aponta a minha orelha E com a tua mão D. * * AUTO-IMAGEM Visa estudar a noção de corpo no seu componente facial – Teste Dedo ao Nariz. De olhos fechados, com os braços em extensão lateral, as mãos fletidas e os respectivos indicadores estendidos. Deve realizar um movimento lento de flexão do braço até tocar com as pontas dos dedos indicadores na ponta do nariz – 4 vezes – 2 com cada mão. * * IMITAÇÃO DE GESTOS Resume a capacidade de análise visual de posturas e gestos, desenhados no espaço. 4/5 anos – quatro desenhos simples. Acima de 6 anos – quatro desenhos mais complexos. * * DESENHO DO CORPO É a representação do corpo vivido refletindo o seu nível de integração somatognósica e a sua experiência psico-afetiva. Solicita-se à criança que desenhe o seu corpo ( um boneco para as crianças de idade pré-primária) o melhor que sabe. * * Estruturação Espaço-Temporal Envolve basicamente a integração cortical de dados espaciais, mais referenciados com o sistema visual (lobo occipital) e de dados temporais, rítmicos, mais referenciados com o sistema auditivo (lóbulo temporal). Decorre como organização funcional da lateralização e da noção do corpo. A criança localiza-se a si própria antes de se localizar no espaço ou de localizar objetos no espaço. Localiza os objetos em relação a si própria, e posteriormente, localiza cada objeto sem precisar referi-los corporalmente. * * Estruturação Espaço-Temporal É através da noção do tempo que o cérebro desenvolve suas memórias, com as quais responde ao presente e ao futuro através das múltiplas combinações das experiências anteriores (passado). A unidade de extensão da dimensão temporal é o ritmo, que envolve a conscientização da igualdade dos intervalos de tempo. Um ritmo constante (cadência), portanto, é uma série de intervalos de tempos iguais, fenômeno este que traduz muitos ritmos biológicos no indivíduo (circulação, respiração, etc) e muitos ritmos físicos (rotação da Terra, fases da Lua, estações do ano, etc). * * Estruturação Espaço-Temporal O ritmo ocorre em várias áreas do comportamento:na motricidade (coordenação de movimentos), na audição (reconhecimento de estímulos auditivos), nas aprendizagens escolares (leitura, escrita, cálculos). Fornece as bases do pensamento relacional, a capacidade de ordenação e organização, a capacidade de processamento sequencial da informação, a capacidade de rechamada do passado e de integração do presente e preparação do futuro, etc. * * ORGANIZAÇÃO Compreende a capacidade espacial de calcular as distâncias e os ajustamentos dos planos motores necessários para os percorrer, pondo em jogo as funções de análise espacial, processamento e julgamento da distância e da direção, planejamento motor da experiência. A criança deverá andar de um ponto da sala a outro na distância de 5 metros contando o número de passos em voz alta. Depois fazer um segundo percurso com mais 1 passo (4/5anos) ou mais 3 passos (acima de 6 anos). Depois o terceiro percurso com menos 1 passo (4/5anos) ou menos 3 passos (acima de 6 anos). * * ESTRUTURAÇÃO RÍTMICA Compreende a capacidade de memorização e reprodução motora de estruturas rítmicas. Avalia problemas de percepção auditiva e de memorização de curto tempo e a transformação de estímulos auditivos para as respostas motoras. A criança deve captar, reter, rechamar e expressar em termos motores (batimentos do lápis na mesa) - “Audiomotricidade” Exemplo: pede-se a criança que ouça com muita atenção a seqüência de batimentos apresentado pelo observador, devendo em seguida reproduzir exatamente a mesma estrutura e o mesmo número de batimentos. * * * * Componentes do Sistema Respiratório * * * * Quando se tem uma respiração deficiente, o nível de energia fica menor e as tensões e por consequência os movimentos ficam desorganizados. Há estreita relação entre conduta respiratória e estados emocionais e psíquicos. Ex. * * Exemplo: Respiração x Emoção Experimente estar apaixonado (a) e note sua respiração. Tente controlar sua ventilação após um assalto a mão armada. É quase impossível ! * * A respiração está submetida a influências corticais conscientes e inconscientes. As influências inconscientes derivam das alterações do O2 e CO2 e dos estados emocionais/psíquicos. O estado psíquico influencia o processo respiratório e o contrário também é verdadeiro. * * *
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