Prévia do material em texto
1-Introdução O autismo é um transtorno de desenvolvimento grave que geralmente aparece nos três primeiros anos de vida e compromete as habilidades de comunicação e interação social. Esse termo em geral diz respeito a qualquer categoria dentro dos Transtornos do Espectro Autista – TEA, ou seja, crianças com o distúrbio apresentam características muito diferentes entre si. O TEA é uma condição geral para um grupo de desordens complexas do desenvolvimento do cérebro, antes, durante ou logo após o nascimento. Esses distúrbios se caracterizam pela dificuldade na comunicação social e comportamentos repetitivos. O autismo acomete pessoas de todas as classes com predominância em meninos. De acordo com o quadro clínico, os sintomas podem ser: ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental, portador voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação e tem comprometimento da compreensão. Esse transtorno não possui cura e suas causas ainda são incertas, porém ele pode ser trabalhado, reabilitado, modificado e tratado para que, assim, a criança possa se adequar ao convívio social e às atividades acadêmicas o melhor possível. Há autistas que apresentam extrema dificuldade em desenvolver a fala e a habilidade acadêmicas, ao mesmo tempo em que existem indivíduos com o transtorno que são extremamente inteligentes e até geniais. Ao ensinar algo a uma criança com autismo é imprescindível que tenhamos bastante paciência e carinho ao apresentar os conteúdos a ela, pois cada um deles manifestam variações quanto à absorvição dos fatos que são apresentados pelos adultos. Em geral, os autistas apresentam dificuldades na compreensão verbal, não entendem regras sociais, não compreendem a lógica do outro e se têm vontade de fazer ao não entendem porque precisam abrir mão disso. A severidade do autismo da criança deve ser levada em conta na hora de iniciar as atividades. É importante que se saiba sobre esse detalhe, pois o entendimento da criança vai depender da forma que a informação chegará até ela. No caso de um autismo muito severo, a utilização de palavras pode não ser tão eficaz, o estimulo visual serve como alternativa. As crianças com autismo podem ter alguma forma de sensibilidade sensorial. Isto pode ocorrer em um ou em mais dos cinco sentidos – visão, audição, paladar, tato e olfato – que podem ser mais ou menos intensificados. O autismo é uma condição permanente, a criança nasce com autismo e torna-se um adulto com autismo. 2-Desenvolvimento É um verdadeiro desafio a inclusão de crianças com autismo na escola. Por ser classificado como um transtorno de desenvolvimento mental, que aparece logo nos primeiros anos de vida e que compromete tanto a interação social da criança como suas habilidades de comunicação. O processo de inclusão escolar demanda de uma parceria entre pais, escola e profissionais envolvidos que atendam ao aluno. Entretanto sabemos que a inclusão vai muito além de estar em uma sala de aula, é preciso que o aluno faça parte da turma, interaja com os professores e as demais crianças, compreenda as questões pedagógicas e se desenvolva de acordo com as suas particularidades e o seu ritmo de aprendizado. A inclusão escolar de um autista é considerada bastante difícil, porque há diferentes níveis de autismo o que requer uma atenção diferenciada para cada caso. É de suma importância consultar profissionais médicos como o psicólogo da criança, o fonoaudiólogo, o terapeuta ocupacional, pois a criança precisara de um acompanhamento individualizado assim é necessário que os profissionais da escola também estejam treinados para recebê-lo, assim há grande chance de sucesso na escolarização e melhora do comportamento no convívio social. As dificuldades de aprendizagem de uma criança com autismo se devem a alguns fatores próprios como dificuldades de atenção, dificuldades de raciocínio e dificuldades para aceitar os erros. Uma das melhores maneiras de estimular a criança autista é usando brinquedos e brincadeiras para ensinar a matemática, geometria entre outras disciplinas. Lembrando sempre que elas devem ser simples e sempre que possível devem estimular também a criatividade, o que ajudará a desenvolver sua capacidade de interação social. As crianças com autismo, em geral, entendem muito melhor a linguagem visual. Menos palavras e mais figuras, totós e ilustrações. A grande parte das crianças com autismo apresentam dificuldades na compreensão verbal por isso e de suma importância usar o lúdico para ensinar o autista. Ao usar o lúdico o profissional poderá promover varias melhoras na vida da criança como a interação social, a expressão afetiva, o desenvolvimento da linguagem, o desenvolvimento cognitivo, a imersão no universo cultural entre outras. Com isso torna a aprendizagem significativa e dinâmica e tem como objetivo ensinar divertindo e interagindo com o outro o que resultará também numa melhora significativa o comportamento social.