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Adeodato -BASES PARA UMA METODOLOGIA DA PESQUISA EM DIREITO

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Universidade de Brasília
Disciplina: Pesquisa Jurídica
Professora Dra. Loussia Felix
Discente: Dara Aldeny Lima Alves
Matrícula: 160117372
Fichamento sobre:
 | Adeodato | BASES PARA UMA METODOLOGIA DA PESQUISA EM DIREITO Revista da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo-(p.171-187)
Segundo Adeodato, apesar do curso de Direito ser um dos mais requisitados, a pesquisa jurídica não tem evoluído no Brasil e ainda recebe poucos investimentos governamentais. Isso se deve a fatores como “a profissionalização (e mesmo proletarização) da profissão, mercantilismo nos cursos jurídicos privados, omissão do Estado e da sociedade [...]” (p.171).
Adeodato afirma que a comunidade jurídica tem notado cada vez mais a importância da pesquisa jurídica, pois tem crescido a quantidade de mestrados, doutorados e especializações, assim como se vê uma maior qualidade nesses âmbitos da pós-graduação tanto em faculdades/universidades publicas quanto nas privadas (p.172).
De acordo com o autor, a pós-graduação ainda enfrenta dois problemas, primeiramente a grande desistência que, muitas vezes, é justificada pelos alunos com motivos como pouco tempo disponível, necessidade de auxiliar ou sustentar a família, problemas pessoais e até mesmo a pouca importância dada à pós-graduação (afirmação falaciosa,segundo Adeodato). Segundamente, as agências governamentais têm agido de forma demasiadamente permissiva com os bolsistas que utilizam recursos do país e não concluem nem defendem suas pesquisas, dissertações e teses (p.172-173).
Crítica-Quando fala sobre o primeiro problema interno da pós-graduação, Adeodato diz que “o aluno procura explicar seu próprio fracasso na empreitada através de argumentos ‘objetivos’ [...]” (Adeodato, p.172-173). Essa declaração do autor é equivocada e genérica, pois existem sim estudantes que desistem sem ter motivos realmente válidos, no entanto, muitas pessoas, principalmente as que não são abastadas, têm uma grande necessidade de trabalhar para contribuir com a família, de cuidar de filhos, ou possuem problemas como depressão entre outros fatores que fazem muitos ficarem impossibilitados de concluir, até mesmo, uma graduação e acabam desistindo. Esse evento pode ser mais frequente com a pós-graduação pois, como o próprio autor destacou, a pesquisa demanda muito tempo é cansativa, então é evidente que não são todas as pessoas que tentam fazê-la que terão condições de terminá-la e isso, nem sempre, será por incapacidade ou falta de interesse do estudante, mas sim porque a vida apresenta muitas adversidades que, obviamente, não são planejadas e nem esperadas quando alguém começa uma pós-graduação.
Adeodato destaca que o tema da pesquisa até pode não ser original, mas é indispensável que a abordagem dele o seja. Além disso, o tema deve ser o mais especifico possível, não é apropriado à pesquisa cientifica abordar temas muito amplos, abrangentes. A técnica para tornar o tema mais restrito é delimitá-lo por assunto, por autor, por limitação temporal, por limitação espacial, por referência expressa a aspecto específico do direito positivo, além da junção de todos esses. O pesquisador também deve conciliar, dentro de sua pesquisa, a teoria com a práxis, pois ambos só possuem sentido se apresentadas juntas (p.173-174).
Crítica- A afirmação do autor quanto a necessidade de não separar teoria de práxis é legítima, pois a teoria é o que precede a prática; sem toda a pesquisa, estudo, descobertas, reflexões e compreensões não se pode agir, pelo menos não coerentemente. Por outro lado, só a teoria não é suficiente para trazer algum benefício à sociedade, para promover alguma transformação, para que isso ocorra é necessário utilizar o que se absorveu com a teoria para agir, para fazer algo e não só dizer como fazer. O conhecimento guia a ação.
Como foi citado anteriormente, o autor afirma que práxis e teoria são inseparáveis, portanto ao produzir uma pesquisa cientifica o pesquisador deve apresentar os pontos a serem trabalhado juntamente com uma problematização e explicação desses pontos, ou seja, a pesquisa deve possuir tanto a abordagem conceitual quanto a empírica (p.174-175).
Segundo Adeodato a pesquisa se divide em dois tipos correspondentes a estágios de uma mesma tarefa, são eles a pesquisa bibliográfica e a empírica. A pesquisa bibliográfica é a realizada a partir de materiais já prontos. Por outro lado, a empírica é a produzida através de “pesquisas de campo”, ou seja, o pesquisador vai até os fatos, eventos a serem estudados (p.175)
O autor também divide, especificamente, a pesquisa jurídica em cientifica e dogmática. Cientifica quando tem por finalidade fazer uma descrição e análise de fenômenos definidos como objeto e dogmática quando visa propor formas de argumentação e decisão diante de conflitos a partir de normas jurídicas estabelecidas (p.175)
De acordo com Adeodato, autores de pesquisas jurídicas devem escolher títulos específicos, capazes de expor para o leitor do que se trata a pesquisa e que individualizem o trabalho (p.176).
Adeodato lembra que as principais fontes da pesquisa jurídica são livros e artigos especializados, pois proporcionam estudos mais objetivos e rápidos. Além disso, assim como o tema e o titulo, a bibliografia da pesquisa também deve ser o mais específica possível (p.176).
Para o autor, a redação do trabalho cientifico, assim como outros tipos de linguagem escrita, exige concisão, coerência e objetividade. O pesquisador também deve ter em mente o tipo de leitor ao qual quer direcionar seu trabalho, pois isso também influencia no modo de abordagem que o pesquisador deve seguir (p.178).
Crítica: O autor descreve com clareza e objetividade as normas para a elaboração de um bom trabalho de pesquisa jurídica, ele consegue apresentar os detalhes de forma simplificada o que facilita a fixação e, consequentemente, facilita a aplicação dessas regras.
REFERÊNCIAS
ADEODATO, João Maurício. Bases para uma metodologia da pesquisa em Direito. in: Revista da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, v. 4, p. 171-187, 1998. Disponível em: <http://www.ojs.fdsbc.servicos.ws/ojs/index.php/fdsbc/article/view/661/505>. Acesso em: 15 nov. 2016.

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