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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP Curso de Tecnologia em Gestão Hospitalar POLO: VILA MARIANA ACADÊMICO: RUTE CRISTINA BARBOSA – RA: 2809651133 TUTOR A DISTÂNCIA: ANTONIO JOÃO FERREIRA PROINTER IV – RELATÓRIO PARCIAL SÃO PAULO - SP OUTUBRO/2017 ACADÊMICO: RUTE CRISTINA BARBOSA – RA: 2809651133 TUTOR A DISTÂNCIA: ANTONIO JOÃO FERREIRA PROINTER IV– RELATÓRIO PARCIAL Trabalho apresentado ao Curso de Tecnologia em Gestão Hospitalar do Centro de Educação a Distância - CEAD da Universidade Anhanguera UNIDERP, como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina de Projeto Interdisciplinar – PROINTER. SÃO PAULO - SP OUTUBRO/2017 RESUMO O objetivo deste estudo foi compreender de forma ampla como se dá a Certificação e Acreditação hospitalar e sua aplicabilidade para assim construir embasamento teórico e ter condições de levar o Hospital Santa Luiza, hospital de pequeno porte que já possui certificação, a obter um Selo de Acreditação de Qualidade. O objetivo foi alcançado utilizando a metodologia da Acreditação da ONA - Organização Nacional de Acreditação, tendo em vista que é específica para avaliação de serviços de saúde e por estar adequada aos padrões Brasileiros. Após o levantamento da literatura e o estudo do tema em reunião com a Diretoria do Hospital em questão, foi decidido pela sua inscrição no Processo de Avaliação de Qualidade. Após a avaliação o Status de Acreditado não foi alcançado. Foram apresentadas algumas não conformidades, pontos forte, fracos e críticos do Hospital, o que propiciou a Organização, focada em uma nova proposta de Gestão Hospitalar, voltada à contratos de gestão e alocação de recursos, como forma de mobilizar as práticas de gestão e arranjos organizacionais no rumo da eficiência, equidade e melhoria da qualidade da assistência prestada, na elaboração de plano estratégico de ação para correção de tais falhas em tempo hábil para nova visita da Instituição Acreditadora. Nesta segunda visita, após as devidas correções, o Selo de Acreditado Pleno foi conseguido. Palavras-Chave: Qualidade, Acreditação e Gestão Hospitalar. SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO .......................................................................................... 04 2 - DESENVOLVIMENTO (RELATÓRIO PARCIAL) ............................. 2.1 – Material e Métodos ........................................................................... 2.2 – Indicadores ........................................................................................ 2.2.1 - Critérios que levam uma instituição à busca pela Acreditação ..... 2.2.2 – Critérios ........................................................................................ 2.2.3 - Tipos de indicadores ..................................................................... 2.2.4 - Atributos ....................................................................................... 2.2.5 - Montagem de indicadores ............................................................. 2.2.5.1 - Indicadores externos ou de meio ambiente Indicadores de saúde da comunidade .......................................................................... 2.2.5.2 - Indicadores de estrutura ........................................................ 2.2.5.3 - Indicadores de produção ....................................................... 2.2.5.4 - Indicadores de produtividade ................................................ 2.2.5.5 - Indicadores econômico-financeiros ....................................... 2.2.5.5.1 - Indicadores de liquidez ................................................... 2.2.5.5.2 - Indicadores de atividade ................................................. 2.2.5.5.3 - Indicadores de rentabilidade ........................................... 2.2.5.5.4 - Indicadores de alavancagem ........................................... 2.2.5.5.5 - Indicadores de viabilidade econômica ............................ 2.2.5.5.6 - Outros ............................................................................. 2.2.5.6 - Indicadores de economia da saúde ........................................ 2.2.5.7 - Indicadores hospitalares de qualidade ................................... 2.2.5.8 - Indicadores de imagem .......................................................... 2.2.5.9 - Indicadores de recursos humanos ............................................ 2.3 - Avaliação ............................................................................................ 2.31 - Preparação da avaliação ................................................................. 2.32 – Visita ............................................................................................. 2.3.3 - Seções E Subseções ...................................................................... 2.4 – Selos ................................................................................................... 10 10 12 13 14 15 16 16 16 17 18 19 19 19 19 19 20 20 20 20 21 21 21 22 24 25 30 32 2.4.1 - Acreditações .................................................................................. 2.4.2 – Certificações ................................................................................. 33 36 3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 38 4 - REFERENCIAS .......................................................................................... 41 ANEXOS 4 1 - INTRODUÇÃO A busca pela qualidade não é uma preocupação recente, vem desde Hipócrates, mas pode-se afirmar que os primeiros modelos direcionados à gestão da qualidade da assistência médica, nos quais foi possível estabelecer uma relação com a Acreditação de hospitais, tiveram o seu início durante a Guerra da Criméia, em 1855, quando a enfermeira Florence Nightingale desenvolveu métodos de coleta de dados que objetivaram a melhoria da qualidade do atendimento prestado aos feridos de guerra. Nightingale utilizou-se de indicadores (por exemplo, taxa de mortalidade), para provar que, através da melhoria do controle sanitário, as mortes poderiam diminuir. Florence Nightingale revolucionou a abordagem dos fenômenos sociais demonstrando que poderiam ser objetivamente medidos, avaliados e submetidos a análises matemáticas (ROESSLER, 2006). Acreditação consiste em um sistema de avaliação e certificação da qualidade de serviços de saúde. Apresenta-se com caráter educativo, de melhoria contínua e sem fins de fiscalização ou controle, diferentemente de ações de licenciamento governamental. O processo de acreditação é voluntário (feito por escolha da organização de saúde), periódico (certificado possui período de validade) e reservado (informações coletadas não são divulgadas), segundo informações da Organização Nacional de Acreditação (ONA) (BRASIL, 2015). A ONA é uma entidade não governamental e sem fins lucrativos, criada em 1999, que tem como finalidade certificar a qualidade dos serviços na área da saúde, voltando-se especialmente para a segurança do paciente. A metodologia utilizada é reconhecidapela International Society for Quality in Health Care (ISQua), instituição internacional formada por especialistas de cerca de 100 países e parceira da Organização Mundial da Saúde (OMS) (BRASIL, 2015). A ONA certifica organizações prestadoras de serviços de saúde (desde hospitais até clínicas de diagnóstico), serviços odontológicos, programas de saúde e prevenção de riscos e serviços para a saúde (roupas, dieto terapia, manipulação e esterilização de materiais). Desta forma, a ONA trabalha para incentivar o setor de saúde a aprimorar a gestão e a qualidade da assistência com o desenvolvimento de sistemas de acreditação cada vez melhores (BRASIL, 2015). Essa organização é composta por entidades fundadoras, como a Associação Brasileira de Medicina de Grupo, Confederação Nacional de Saúde, Federação Nacional de 5 Saúde Suplementar, Federação Brasileira de Hospitais e União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde. O Conselho de Administração também é formado por associados, como a Associação Nacional de Hospitais Privados, Sociedade Brasileira de Análises Clínicas e Confederação UNIMED do Brasil (BRASIL, 2015). O processo de acreditação requer que a instituição atenda padrões de infraestrutura hospitalar e normas sanitárias, que tenha elevado nível de padronização de processos assistenciais, orientados pelas melhores práticas e protocolos clínicos, e que disponha de indicadores de processos, continuamente monitorados, avaliados e melhorados ciclicamente. É necessário, portanto, que seja implementada uma cultura organizacional de melhoria por meio de programas de capacitação e de educação continuada, ancorados em soluções tecnológicas voltadas à garantia de eficiência na gestão hospitalar. (MVInformática, 2017) Tanto as certificações de qualidade, como a acreditação, estão relacionadas à capacidade das instituições em implementar melhores práticas na gestão assistencial e administrativa, tendo em vista que utilizar ferramentas de gestão da qualidade prepara a organização para conquistar certificações. Somente as Instituições Acreditadoras Credenciadas (IACs) são autorizadas para a realização de avaliações utilizando a metodologia do Sistema Brasileiro de Acreditação. São elas: Det Norske Veritas (DNV), Fundação Carlos Alberto Vanzolini (FCAV), Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde (IBES), Instituto de Acreditação Hospitalar e Certificação em Saúde (IAHCS), Instituto de Planejamento e Pesquisa para Acreditação em Serviços de Saúde (IPASS) e Instituto Qualisa de Gestão (IQG) (BRASIL, 2015). A s IACs têm como objetivos avaliar a qualidade das organizações, serviços e programas de saúde; capacitar sua equipe de avaliadores; e promover 6 atividades de sensibilização para a acreditação. Essas instituições acreditadas não podem realizar trabalhos de assessoria e consultoria. Para se tornar uma IAC, a entidade deve possuir experiência em avaliar o setor da saúde, equipe capacitada (médicos, enfermeiros, gestores da qualidade e outros profissionais), sendo que o credenciamento tem validade de três anos (BRASIL, 2015). Em virtude das visíveis mudanças no sistema e no comportamento de saúde como consequência da globalização, do mercado competitivo, da implantação de novas tecnologias, novos e caros tratamentos alternativos além do constante aumento das exigências dos clientes internos e externos quanto a qualidade e segurança se fez necessário uma reestruturação imediata rumo à busca contínua pela excelência na qualidade da assistência prestada e para o controle desta qualidade temos a Acreditação. A Acreditação é uma avaliação periódica e voluntária que estimula o desenvolvimento de uma cultura de melhoria contínua da qualidade da assistência. (Lima, 2010) Com a análise do cenário interno das instituições, áreas consideradas vulneráveis com não conformidades podem implementar planos de melhoria na qualidade da assistência em seus pontos falhos e os pontos fortes e em conformidade com as Normas da ONA são destacados e assim as instituições avaliadas podem correr em busca da Acreditação. A qualidade da assistência prestada na saúde é um quesito de extrema importância e por este motivo deve ser visto e tratado com o cuidado devido. Segundo a OMS, qualidade é um “Conjunto de elementos que incluem: um alto grau de competência profissional, a eficiência na utilização dos recursos, um mínimo de riscos, um alto grau de satisfação dos pacientes e um efeito favorável na saúde”. A Joint Commission on Acreditation of Hospitals (JCAHO), criada em 1951, define qualidade como o grau de cuidado prestado ao paciente que aumenta a probabilidade de obter o resultado desejado e diminui a probabilidade de resultados indesejados, oferecidos de acordo com o estágio atual de conhecimento. Para a OPAS, qualidade é o conjunto de características de um bem ou serviço que satisfazem as necessidades e expectativas tanto do usuário como da comunidade e também do profissional da saúde. Segundo Mendes (2007), a qualidade dos serviços de saúde é observada quando esses serviços utilizam tecnologias efetivas, apresentam segurança para profissionais e usuários, são ofertados a partir das necessidades efetivas e de forma eficiente, em busca da equidade, realizam-se de forma humanizada e satisfazem as expectativas dos usuários. 7 Embora as instituições desejem uma certificação de qualidade, desejam ainda a redução de seus custos o que também é avaliado pelas IACs, sendo assim é necessária uma gestão de planejamento estratégico que englobe todos os itens a serem reestruturados de forma a atender os padrões da ONA e a satisfação dos clientes internos e externos. A implantação da gestão da qualidade, além de uma filosofia de gestão que dispõe de um conjunto de instrumentos, métodos e práticas, constitui um modelo de comunicação integrado, cuja importância é crucial para a prática de uma gestão moderna contribuindo para a tão necessária mudança na gestão das organizações de saúde. (Lima, 2010) Lopes (2007) apresenta o papel da qualidade como motor de um processo de mudança, que nos conduz a aprendizagem permanente e à melhoria contínua dos saberes nas organizações empresariais, de forma que os seus valores se instalem ao longo de toda cadeia de valor e a transformem numa “cadeia de qualidade”, onde mudança e a aprendizagem interagem permanentemente, permitindo a emergência da aprendizagem organizacional. Na opinião de Mezomo (1995), o setor de serviços começa a dar conta do novo perfil dos clientes, mais exigentes, críticos, tendo consciência dos seus direitos e amparados legalmente pelas leis, além de ter mais noção sobre o valor do seu dinheiro, avaliando a relação custo-benefício, sendo seletivo em suas compras e exigindo qualidade. Essa busca pela qualidade deixa de ser preocupação apenas das grandes empresas, todas devem prestar atenção as necessidades e expectativas do mercado, sendo necessários novos estilos de gestão e avaliações constantes dos cenários no qual a empresa está inserida. Vale destacar que nos dias atuais, a chamada era da informação, o profissional treinado para produzir e garantir a qualidade do que faz. Começa a chamada revolução da qualidade, originando uma verdadeira corrente de produção neste resultado. (ROCHA, 2007). 8 *Dados atualizados até maio/ 2012 *Dados de hospitais em processo JCI fornecidos pela CBA. (Rossetti, 2010) Segundo artigo do Setor Saúde de 12 de Agosto de 2016, no país existem três programas internacionais de acreditação de organizações de saúde disponíveis: Joint Commission International – JCI (EUA),Accreditation Canadá International – ACI (Canadá) e National Integrated Accreditation for Healthcare Organizations – NIAHO (EUA). O fenômeno da globalização, associado ao movimento do turismo em saúde que demanda a compra de serviços bem estruturados por clientes/pacientes, além de empresas multinacionais que movimentam seus colaboradores por diversos países, pressionam os hospitais para que cumpram padrões legitimamente sancionados por agências internacionais, uma vez que se julga que facilitará a venda de serviços médico-assistenciais. Essa explicação, todavia, não se ajusta às características específicas dos hospitais públicos cujo propósito é atender demandas políticas e sociais das comunidades onde se encontram inseridos. Talvez o hospital público de ensino seja a exceção justificável para a busca de um programa internacional de acreditação, com base nos seguintes argumentos: a) atender às exigências de organismos internacionais para o desenvolvimento de projetos de pesquisa; 9 b) oferecer condições de atendimento comparáveis aos países desenvolvidos, de tal sorte que os profissionais recebam uma capacitação em condições de alto nível de qualidade e segurança; c) servir de exemplo (benchmarking) para outras organizações de saúde no que concerne à execução de padrões consistentes gerenciais e assistenciais. Todos os programas de acreditação oferecidos no mercado nacional apresentam características próprias que os distinguem. Uma pesquisa efetuada em 2012 expõe as motivações dos gestores para escolherem a ONA, JCI e ACI. Fonte: Panorama da acreditação hospitalar no Brasil, COPPEAD/UFRJ, 2012 Setor Saúde, 2016 O gráfico 1 mostra que a ONA se destaca pelo foco no gerenciamento da rotina hospitalar e melhoria dos processos administrativos; a JCI, pelo foco na segurança do paciente e maior aceitação por parte dos médicos; a ACI, pelo foco no atendimento humanitário e aplicação do conceito de times assistenciais. O Programa NIAHO não apareceu na pesquisa porque à época ainda não havia hospital acreditado pelo mesmo. 10 2 – DESENVOLVIMENTO O objetivo deste estudo é compreender de forma mais extensa o tema Certificação e Acreditação para desta forma construir embasamento teórico sobre acreditação e sua aplicabilidade dentro das instituições hospitalares e assim levar o Hospital Santa Luiza a obter um Selo de Acreditação que potencializará a Instituição na busca da qualidade tão almejada pelos seus Stakeholders. 2.1 - Materiais E Métodos O objetivo foi alcançado utilizando a metodologia da Acreditação da ONA - Organização Nacional de Acreditação, escolhida por se tratar Instituição específica para avaliação de serviços de saúde e por estar adequada aos padrões Brasileiros. Após o levantamento da literatura e o estudo do tema, foi decidido pela sua inscrição do Hospital no Processo de Avaliação de Qualidade. De posse das documentações e do questionário preliminar, adquiridos após a aprovação pela Instituição Acreditadora, foi devidamente assinado o contrato pela Organização, pagas as taxas e devolvido para a Instituição Acreditadora para dar prosseguimento ao processo, onde uma cópia do contrato foi enviada à ONA e assim marcada a data da visita para avaliação de qualidade. Com a data da avaliação confirmada, o processo foi divulgado amplamente aos funcionários e equipes responsáveis por acompanhar a visita. Na avaliação o Status de Acreditado não foi alcançado. Foram apresentadas algumas não conformidades, pontos fortes, fracos e críticos do Hospital, tais como: Dimensionamento inadequado de número de funcionários em algumas seções, ocasionando sobrecarga e desgaste dos mesmos, tornando muitas vezes a prestação de serviço ineficiente; Ineficiência na prestação de Educação continuada, por falta de projetos capacitadores; Ineficiência no controle de prontuários, em virtude da falta de uma Comissão de Controle de Prontuários, onde os mesmos apresentavam falta de carimbos, anotações 11 incompletas ou inexistentes, falta de checagens, o que pode levar a Organização à perda de processos; Estoque inadequado de medicamentos; Inobservância de prazos de manutenção preventiva dos equipamentos; Deficiência de comunicação Visual. Estas não conformidades propiciou a Organização, focada em uma nova proposta de Gestão Hospitalar, voltada a contratos de gestão e alocação de recursos, como forma de mobilizar as práticas de gestão e arranjos organizacionais no rumo da eficiência, equidade e melhoria da qualidade da assistência prestada, na elaboração de plano estratégico de ação para correção de tais falhas em tempo hábil para nova visita da Instituição Acreditadora, tais como: Foi realizado novas contratações, para adequar o estafe de funcionário de forma as demandas de atendimento; Montado um projeto de capacitação e qualificação On-line e presencial aos funcionários, para manter os padrões de conhecimento sempre atualizados; Montado uma Comissão de Revisão de Prontuários, com uma Enfermeira responsável, e uma equipe devidamente treinada ao trabalho; Reestruturada o setor de estoque e distribuição de medicamentos, para otimizar o processo; Delegadas responsabilidades aos técnicos de manutenção para o controle e manutenção dos equipamentos, com planilhas e datas pre estabelecidas para as manutenções preventivas; Implementação junto a equipe de Marketing para reestruturar os painéis informativos, e montado um POSSO AJUDAR, para orientação dos clientes. Nesta segunda visita, após as devidas correções, o Selo de Acreditado Pleno foi conseguido. 12 2.2 – Indicadores Indicador é uma unidade de medida de uma atividade pode ser uma taxa ou coeficiente, um índice, um número absoluto ou um fato, com a qual se está relacionado ou, ainda, uma medida quantitativa que pode ser usada como um guia para monitorar e avaliar a qualidade de importantes cuidados providos ao paciente e as atividades dos serviços de suporte. Bittar(2001) Taxa/coeficiente é o número de vezes que um fato ocorreu dividido pelo número de vezes que ele poderia ter ocorrido, multiplicado por uma base e definido no tempo e no espaço. Por exemplo, para mortalidade geral a base é 1.000, para indicadores específicos de mortalidade é 100.000, bem como para outras situações pode ser 100, como para infecção hospitalar e letalidade. Índice é a relação entre dois números ou a razão entre determinados valores, tendo como exemplo o índice de giro ou de rotatividade dos leitos e camas. Números absolutos podem ser indicadores, à medida que se comparam valores iguais, maiores ou menores a ele, resultantes de atividades, ações ou estudos de processos, resultados, estrutura ou meio ambiente. Fatos, por sua vez, demonstram a ocorrência de um resultado benéfico ou não, como por exemplo um sangramento inesperado, uma reação alérgica, uma não conformidade ou outro resultado qualquer adverso ou não. Bittar(2001) 13 2.2.1 - Critérios que levam uma instituição à busca pela Acreditação Elencamos abaixo opiniões de autores colhidos em EFDEPORTES, 2017, onde podemos observar que: De acordo com alguns autores como Rocha (2007), que argumenta que dentre as diretrizes políticas que estão sendo consolidadas pelo cenário nacional está a transformação dos sistemas de saúde brasileiros, que vem passando por mudanças ou contexto socioeconômico. Em virtude da grande demanda de mercado por serviços hospitalares de qualidade, o mercado competitivo a busca pela redução custos sem a perda da qualidade além das injustiçasdos sistemas de saúde que não conseguem proporcionar um acesso equitativo. Adami e colaboradores (2006), afirmam em seu estudo que o momento atual é permeado por imensas transformações dentre as quais destacam-se a globalização da economia, o custo crescente dos serviços, o aumento de tecnologias e progresso da ciência, os avanços da informática, a produção e difusão de conhecimento técnico-científico. Para Matos e colaboradores (2006) que afirmam que desde o seu surgimento, os hospitais vêm passando por diversas mudanças, visando principalmente à melhoria da qualidade da assistência. Grandes avanços tecnológicos ocorreram e paralelamente a esses, novas formas de reorganização e reestruturação se fizeram necessárias nessas instituições. Na visão de Quinto Neto (2000) uma série de novos fatores presentes na sociedade atual vem provocando significativas modificações, entre as quais destaca-se o papel determinante que o cidadão/cliente vem assumindo. Ele afirma ainda que os sistemas de acreditação se colocam como uma referência de garantia da qualidade assistencial para a sociedade como um todo, uma vez que exibem uma indicação objetiva que as organizações de saúde se encontram em conformidade com determinados padrões, fato menos provável a ocorrência de erros e resultados adversos que prejudicam os usuários e criam uma situação de insegurança na população em geral da organização e de seus objetivos e metas, tudo em busca de melhorias contínuas. Labbadia e colaboradores (2004) acreditam que a criação de instrumentos destinados à melhoria da qualidade da assistência na saúde tornou-se um fenômeno universal, deixando de ser um mero conceito teórico para ser uma realidade cuja essência é garantir a sobrevivência das empresas e dos setores de produção de bens e serviços. Ainda segundo essa autora e colaboradores, a avaliação constitui um pilar fundamental de garantia da assistência na saúde e é entendida como sendo um instrumento da gestão de serviços de saúde necessário 14 para mensurar os esforços da organização, qualidade dos serviços prestados, bem como sua utilidade e relevância social. 2.2.2 - Critérios Mudanças ou contexto socioeconômico Reorganização e reestruturação institucional, Possibilidade de mensuração dos esforços e qualidade dos serviços prestados, Redução de falhas nos processos de gestão, Redução de custos, Otimização de recursos tecnológicos e processos, Credibilidade junto ao mercado, Manter a instituição dentro dos padrões da ONA, Melhoria na qualidade da assistência, etc... 15 Rossetti, 2010. 2.2.3 - Tipos de indicadores Bittar (2001), cita vários indicadores, seus atributos e montagem para diversas situações, tais como: Os de meio ambiente ou meio externo - relacionados às condições de saúde de uma determinada população, a fatores demográficos, geográficos, educacionais, socioculturais, econômicos, políticos, legais e tecnológicos e existência ou não de instituições de saúde. Estrutura - parte física de uma instituição, os seus funcionários, instrumentais, equipamentos, móveis, aspectos relativos à organização, entre outros. Processos - são as atividades de cuidados realizadas para um paciente. São técnicas operacionais. Resultados são demonstrações dos efeitos consequentes da combinação de fatores do meio ambiente, estrutura e processos acontecidos ao paciente depois que algo é feito (ou não) 16 a ele, ou efeitos de operações técnicas e administrativas entre as áreas e subáreas de uma instituição. Indicadores para eventos sentinelas – um instrumento que mede o quanto é sério, indesejável, e frequentemente o quanto pode ser evitável um resultado nos cuidados prestados ao paciente: revisão de casos individuais dirigida para cada ocorrência. 2.2.4 - Atributos • Validade - identificação de situações nas quais as qualidades devem ser melhoradas. • Sensibilidade - capaz de identificar todos casos de cuidados com problemas. • Especificidade - capaz de identificar somente aqueles casos com problemas. • Simplicidade - quanto mais simples de buscar, calcular e analisar, maiores as chances de utilização. • Objetividade - objetivo claro, aumentando a fidedignidade do que se busca. • Baixo custo - valor financeiro alto inviabilizam sua utilização rotineira. 2.2.5 - Montagem de indicadores A montagem de indicadores obedece uma sequência lógica de acordo com os nove itens seguintes: • Nome do indicador (ou item de controle) • Fórmula (maneira de expressão, dependendo do tipo) • Tipo (taxa, coeficiente, índice, percentual, número absoluto, fato) • Fonte de informação (local de onde será extraída a informação) • Método (retrospectivo, prospectivo, transversal) • Amostra • Responsável (pela elaboração) • Frequência (número de vezes que será medido em determinado período) • Objetivo/meta (motivo, valor, tempo, prazo do item que se quer medir) 2.2.5.1 - Indicadores externos ou de meio ambiente Indicadores de saúde da comunidade • Taxa de incidência • Taxa de prevalência 17 • Taxa de letalidade • Taxa de mortalidade geral • Taxa de mortalidade infantil • Taxa de mortalidade infantil tardia • Taxa de mortalidade neonatal precoce • Taxa de mortalidade materna • Taxa de nati mortalidade • Taxa de mortalidade por causa específica 2.2.5.2 - Indicadores de estrutura • Capacidade planejada (leitos e camas) • Capacidade operacional (leitos e camas) • Capacidade ociosa • Número de consultórios • Número de salas cirúrgicas • Consultas/consultório/dia • Cirurgias/sala cirúrgica/dia • Exames/equipamento/dia • Kg roupa lavada/máquina/dia Recursos componentes da estrutura Recursos humanos recursos financeiros recursos de informações recursos empregados em serviços terceirizados e quarteirizados Meio interno (indicadores hospitalares), distribuídos de acordo com Bittar(2), em áreas e subáreas, de infraestrutura, ambulatório/emergência, complementar de diagnóstico e terapêutica e internação clínico-cirúrgica. Permitem a formação de uma série de indicadores importantes para a administração das instituições de saúde. Recursos de utilidade pública • Energia (elétrica, solar, gás e outras) 18 • Água • Comunicação (telefone, internet, intranet e correio) • Recursos materiais (consumo) • Medicamentos • Médicos • Enfermagem • Limpeza • Manutenção • Gases medicinais • Combustíveis • Roupas • Escritório • Informática • Impressos • Gêneros alimentícios Recursos materiais (permanente) • Edificações • Mobiliários • Equipamentos • Instrumentais • Utensílios • Veículos 2.2.5.3 - Indicadores de produção • Número de atendimentos • Número de internações • Lista de espera e tempo de espera • Pacientes dias • Taxa de ocupação hospitalar 19 • Taxa de necropsia • Número de cirurgias e partos • Rendimento/concentração 2.2.5.4 - Indicadores de produtividade • Índice de produção por funcionário da área/subárea • Índice de renovação ou giro de rotatividade • Índice intervalo de substituição • Média de permanência • Funcionários/Leitos e camas 2.2.5.5 - Indicadores econômico-financeiros 2.2.5.5.1 - Indicadores de liquidez • Índice de liquidez imediata • Índice de liquidez corrente • Índice de liquidez seco • Índice de liquidez global 2.2.5.5.2- Indicadores de atividade • Período médio de cobrança • Prazo médio de pagamento • Posição relativa • Rotação de estoques • Período médio de estocagem 2.2.5.5.3 - Indicadores de rentabilidade • Margem operacional • Giro do ativo • Retorno sobre o total do ativo ou investimento 20 • Retorno sobre o patrimônio líquido 2.2.5.5.4 - Indicadores de alavancagem • Grau de alavancagem 2.2.5.5.5 - Indicadores de viabilidade econômica • Índice de viabilidade 2.2.5.5.6 - Outros • Ponto de equilíbrio • Balanço/balancetes • Orçamento • Contabilidade de custos 2.2.5.6 - Indicadores de economia da saúde • Análise de minimização de custos • Análise de custo efetividade • Análise de custo-benefício • Análise de custo utilidade • QALY • Índice de eficácia • Índice de efetividade • Índice de eficiência • Eficiência clínica • Eficiência na produção • Eficiência na distribuição 21 2.2.5.7 - Indicadores hospitalares de qualidade • Taxa bruta de infecções • Taxa de cesáreas • Taxa de cirurgias desnecessárias • Taxa de complicações ou intercorrências • Taxa de infecção hospitalar (geral/sistêmica/topográfica, respiratória, urinária...) • Taxa de mortalidade geral hospitalar • Taxa de mortalidade institucional • Taxa de mortalidade materna hospitalar • Taxa de mortalidade operatória • Taxa de mortalidade pós-operatória • Taxa de mortalidade por anestesia • Taxa de mortalidade transoperatória • Taxa de remoção de tecidos normais 2.2.5.8 - Indicadores de imagem • Satisfação do paciente • Satisfação do fornecedor • Satisfação do visitante • Satisfação do acompanhante • Satisfação do funcionário • Satisfação do corpo clínico • Imagem perante o público • Fidelidade dos clientes • Inserções na mídia • Balanço social 2.2.5.9 - Indicadores de recursos humanos • Taxa de absenteísmo • Índice de rotatividade • Número de cursos/treinamentos realizados 22 • Horas de treinamento/funcionário/ano • Orçamento para treinamento • Satisfação do funcionário • Idade média dos funcionários • Anos de escolaridade dos funcionários • Facilidade para lidar com a tecnologia existente • Facilidade para lidar com a tecnologia emergente • Número e categoria profissional pelas diversas subáreas/áreas • Salários/benefícios • Capacidade de inovação • Planejamento para novos desafios 2.3 - Avaliação De acordo com o Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar atualizada em 2002, a organização hospitalar é considerada um sistema complexo, onde as estruturas e os processos são de tal forma interligados, que o funcionamento de um componente interfere em todo o conjunto e no resultado final, sendo assim, neste processo, não se avalia um setor ou departamento isoladamente. Para avaliar a qualidade assistencial da Organização Prestadora de Serviços Hospitalares é utilizado um instrumento de avaliação específico – Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar, 3.ª Edição – assegurando o enfoque sistêmico e a avaliação global da Organização. Inscrição no processo de avaliação e contratação da instituição acreditadora Solicitação de informações para o processo de avaliação • A Organização Prestadora de Serviços de Saúde manifesta interesse para ser avaliada junto à Instituição Acreditadora; • A Instituição Acreditadora coleta as informações necessárias da Organização Prestadora de Serviços de Saúde para formular a proposta; • A Instituição Acreditadora encaminha proposta à Organização Prestadora de Serviços de Saúde; 23 • A Organização Prestadora de Serviços de Saúde analisa as propostas recebidas. Contratação da Instituição Acreditadora • A Organização Prestadora de Serviços de Saúde seleciona uma Instituição Acreditadora. • A Instituição Acreditadora envia um questionário preliminar (definido pela Instituição) à Organização Prestadora de Serviços de Saúde e solicita os seguintes documentos: alvará de funcionamento da Organização Prestadora de Serviços de Saúde; licença sanitária; registro do responsável técnico no Conselho Regional de Medicina (CRM). • A Organização Prestadora de Serviços de Saúde encaminha o questionário preliminar e os documentos à Instituição Acreditadora. • A Instituição Acreditadora analisa a documentação e encaminha o contrato para a Organização Prestadora de Serviços de Saúde. • A Instituição Acreditadora encaminha à ONA a cópia de contrato assinado. • A Organização Prestadora de Serviços de Saúde efetua recolhimento de taxa de inscrição junto à Organização Nacional de Acreditação que, corresponde a 10% do valor do contrato firmado com Instituição Acreditadora contratada. • A Instituição Acreditadora contratada aguardará a confirmação por parte da ONA do recolhimento da taxa de inscrição para efetuar a confirmação da visita e a visita propriamente dita. • Os custos totais da visita para a Acreditação serão integralmente pagos pela Organização Prestadora de Serviços de Saúde à Instituição Acreditadora. Avaliador é o profissional qualificado para efetuar as avaliações do Processo de Acreditação; capacitado conforme as normas para capacitação, definidas em normas específicas da ONA. Avaliador líder é o responsável, perante a Instituição Acreditadora, por todas as fases do processo de avaliação. Deve ter capacidade gerencial, experiência e deve lhe ser conferida autoridade para tomar decisões relativas à coordenação do processo de avaliação em que estiver envolvido. 24 Equipe de avaliadores • A equipe de avaliadores deve ser composta por, no mínimo, três membros, ou seja, um médico, um enfermeiro e um administrador. • Cada equipe de avaliadores deve ter um avaliador líder responsável pela coordenação do processo de avaliação. Caso necessário, a equipe de avaliadores poderá incluir especialistas, avaliadores em treinamento, observadores, com a ciência prévia do avaliado. 2.3.1 - Preparação da avaliação Confirmação da visita • A Instituição Acreditadora, diante da inscrição, prepara o processo para a realização da visita. • A Instituição Acreditadora indica a equipe de avaliadores que entrará em contato com a direção da Organização Prestadora de Serviços de Saúde, para a aprovação. Plano de visita a) Cabe ao avaliador líder e sua equipe de avaliadores entrar em contato com a direção da Organização Prestadora de Serviços de Saúde, para a montagem do plano de visita. Após a aprovação deste pela Instituição Acreditadora, a visita será agendada com a organização a ser avaliada. b) O plano de visita deve ser elaborado com flexibilidade para permitir eventuais mudanças, dando ênfase à obtenção de informações, durante a avaliação. c) c) O plano deve incluir: os objetivos e propósitos da avaliação; data da execução da avaliação; identificação e apresentação dos membros da equipe de avaliadores; identificação dos responsáveis de cada serviço da Organização Prestadora de Serviços de Saúde; identificação dos documentos de referência, tais como: normas, procedimentos, rotinas, atas de reuniões, etc.; definição de sala exclusiva para as reuniões dos avaliadores; programação de cada etapa da visita; programação das reuniões com a alta administração da Organização Prestadora de Serviços de Saúde; tempo previsto e duração de cada atividadeda avaliação; previsão de entrega do Relatório de Avaliação para a Instituição Acreditadora. 25 d) Se a organização avaliada estiver em desacordo com quaisquer disposições do plano de visita, a objeção deve ser comunicada imediatamente ao avaliador líder e a Instituição Acreditadora resolverá este problema antes de executar a visita. Preparação da organização prestadora de serviços de saúde para a visita dos avaliadores Cabe à Organização Prestadora de Serviços de Saúde: Informar aos funcionários envolvidos os objetivos e propósitos da avaliação; Apontar os membros responsáveis para acompanhar a equipe de avaliadores; Prover o acesso às instalações e documentos, conforme solicitação pelos avaliadores; Cooperar com os avaliadores para permitir que os objetivos da avaliação sejam atingidos; Divulgar amplamente o Processo de Acreditação na Unidade a ser avaliada. 2.3.2 – Visita Processo de visita Firmado o contrato entre a Instituição Acreditadora e a Organização Prestadora de Serviços de Saúde e confirmado por parte da ONA o recolhimento da taxa de inscrição, a equipe de avaliadores iniciará o processo de visita. A Instituição Acreditadora terá um prazo de 30 dias, no máximo, (a contar da data de recolhimento da taxa de inscrição) para iniciar o processo de avaliação. Terminada a avaliação, a equipe de avaliadores emitirá o Relatório de Avaliação com os resultados da visita, que será apresentado à Organização Prestadora de Serviços de Saúde. Esta deverá registrar a sua ciência no Relatório de Avaliação. A Organização Prestadora de Serviços de Saúde avaliada terá um prazo de 90 dias, a contar da data de assinatura de ciência, para ajustar as não conformidades menores, se for o caso, e solicitar nova visita à Instituição Acreditadora. A Instituição Acreditadora terá 30 dias para retornar à Organização Prestadora de Serviços de Saúde e verificar as não conformidades menores pendentes. Ao final da visita, a equipe de avaliadores entregará o Relatório de Avaliação à Organização Prestadora de Serviços de Saúde, que registrará a sua ciência no mesmo. 26 Coleta de evidências objetivas As evidências objetivas devem ser coletadas através de entrevistas, exame de documentos, observação das atividades e condições nas áreas de interesse. A equipe de avaliadores deve registrar todas as evidências objetivas. As informações obtidas em entrevistas devem ser comprovadas através de outras fontes independentes tais como: observação física, entrevista com profissionais operacionais dos serviços, medições e registros. Não conformidade As não conformidades encontradas durante o processo de avaliação podem ser classificadas em não conformidade maior e não conformidade menor. A não conformidade maior consiste na ausência ou na incapacidade total da Organização Prestadora de Serviços de Saúde em atender ao requisito do padrão ou à norma como um todo, pode ser gerada também por um grande número de não conformidades “menores”, constatadas durante a avaliação em um único item do padrão ou distribuídas de tal forma que afetem a coerência e funcionamento do sistema, bem como por uma situação que possa, baseada em evidências objetivas disponíveis, gerar dúvidas significativas quanto à qualidade que está sendo fornecida. A não conformidade menor consiste na falta de cumprimento de requisitos do sistema da qualidade que o julgamento e/ou experiência da equipe de avaliadores indiquem que provavelmente não implicará em uma “quebra” do sistema de qualidade, ou a uma adequação ou não implantação de parte de um requisito da norma de referência, que é evidenciada pela equipe auditora. Observações Uma observação pode ser originada: pela identificação da equipe de avaliadores de uma falha localizada, comprovadamente não generalizada, falha esta que não possui uma relevância sobre a atividade avaliada, por um desconforto da equipe de avaliadores ou pela identificação de uma falha potencial, ou seja, que não é evidenciada pelos avaliadores, mas 27 que a intuição e/ou experiência do avaliador leva a crer como uma provável não conformidade futura. Durante a visita, se necessário, o avaliador-líder poderá fazer alterações relativas às atividades dos avaliadores e ao plano de visita, com a concordância da Organização Avaliada. Caso ocorram obstáculos durante o processo de avaliação, o avaliador-líder deverá informar as razões à organização avaliada e à Instituição Acreditadora. Término do processo de avaliação O processo de avaliação é considerado terminado após aprovação de Relatório de Avaliação pela Instituição Acreditadora, emissão do seu Parecer Final sobre o processo de avaliação, entrega deste à organização avaliada e dos documentos correspondentes à Organização Nacional de Acreditação. O certificado, juntamente com a documentação relativa ao Relatório de Avaliação (folha de Resumo da Avaliação e Parecer Final da Instituição Acreditadora), será encaminhado à ONA para fins de homologação. No caso de divergências entre os resultados (Resumo da Avaliação e Parecer Final da Instituição Acreditadora) a Instituição Acreditadora deverá justificar o seu parecer à ONA. Recurso A organização avaliada poderá interpor recurso junto à Instituição Acreditadora caso não concorde com o resultado do processo de avaliação, no prazo de 45 dias do recebimento do Parecer Final da Instituição Acreditadora (será utilizada como referência para controle do tempo de recurso, a data de postagem mais dois dias). Código de ética Para que o processo de avaliação seja operacionalizado dentro dos padrões da mais alta qualidade, são necessários critérios que contenham um conjunto de normas éticas, a que estão sujeitos todos os envolvidos no Processo de Acreditação. Estas normas éticas deverão ser seguidas pela Organização Nacional de Acreditação, pelas Instituições Acreditadoras e pelos Avaliadores. 28 A Comissão de Ética da Organização Nacional de Acreditação é a responsável pela fiscalização do cumprimento deste Código de Ética, considerando-o como um conjunto de valores individuais, de atitudes e de posturas profissionais, bem como um compromisso com a verdade, gerando respeito e confiança mútua. A comunidade deve ser informada sobre os aspectos relevantes para a saúde, a segurança e o meio ambiente. O comportamento ético está diretamente relacionado com o respeito e confiança mútuos. O relacionamento da Organização Nacional de Acreditação com todas as partes interessadas deve se desenvolver de forma ética para que resulte em reciprocidade no tratamento. A linguagem do Código de Ética é simples e acessível, evitando-se termos jurídicos excessivamente técnicos. O objetivo é assegurar o máximo de transparência à regras de conduta da Organização Nacional de Acreditação, da Instituição Acreditadora e do Avaliador, de forma que a sociedade possa sobre eles exercer o controle que é inerente ao regime democrático. Os Códigos de Ética referentes à Organização Nacional de Acreditação, Instituição Acreditadora e ao Avaliador, poderão ser acessados na íntegra, através do endereço eletrônico da ONA. Instrumento de Avaliação Desenvolvido para apreciar a qualidade da assistência à saúde em todas as Organizações Prestadoras de Serviços Hospitalares. É referencial nacional para ser utilizado pelas Instituições Acreditadoras, credenciadas pela Organização Nacional de Acreditação. O Instrumento de Avaliação é composto de sete seções, com seus fundamentos. A lógica é que as seções interagementre si, permitindo com que a organização de saúde seja avaliada com uma consistência sistêmica. As seções apresentam subseções, que tratam do escopo específico de cada serviço, setor ou unidade. A lógica é que todas possuem o mesmo grau de importância dentro do processo de avaliação. Para cada subseção existem padrões interdependentes que devem ser integralmente atendidos. Os padrões procuram avaliar estrutura, processo e resultado dentro de um único serviço, setor ou unidade. Cada padrão apresenta uma definição e uma lista de itens de orientação alinhados com os itens considerados pertinentes aos princípios. Os itens apontam as fontes onde os avaliadores podem procurar as evidências ou o que a organização de saúde pode apresentar para indicar 29 como cumpre com os requisitos de um determinado padrão. Os itens norteiam o processo de visita e a preparação da Organização Prestadora de Serviços Hospitalares para a Acreditação. Os padrões são definidos em três níveis de complexidade crescente, e estes com princípios específicos, cuja constatação é baseada em itens considerados pertinentes a eles. (MBAH, 2002) Para avaliar a qualidade assistencial das Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde são utilizados instrumentos de avaliação (Manual Brasileiro de Acreditação — ONA) específicos, definidos em Norma do Processo de Avaliação (NA) especifica, segundo a especialidade e a atividade fim, desenvolvida pela organização de saúde. Os instrumentos de avaliação são compostos de seções e subseções, onde para cada subseção existem padrões interdependentes que devem ser integralmente atendidos. Os padrões são definidos em três níveis de complexidade crescente e com princípios orientadores específicos. Nível 1 é segurança, Nível 2 segurança e organização Nível 3 segurança, organização e práticas de gestão e qualidade. 0 Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar avalia e verifica todos os serviços de um hospital geral, estabelecendo três níveis de atenção, práticas ou métodos esperados, no qual o hospital será classificado caso acreditado ou como não-acreditado (CBA, 2007): a) Nível 1 — Exigências mínimas: as exigências contidas nesse nível contemplam normas legais do exercício profissional e outras características imprescindíveis para a prestação da assistência médico-hospitalar. 0 cumprimento dessas exigências propicia ao hospital receber o selo “Acreditado”; b) Nível 2 — Padrões de qualidade no atendimento: as exigências contidas nesse nível buscam apontar instituições que, além de cumprirem as obrigações mínimas, adotam boas práticas na organização da assistência médico hospitalar, bem como têm no paciente o foco central de sua atuação. Neste caso, o selo emitido é o de “Acreditado pleno”; c) Nível 3 — Padrões de excelência: as exigências contidas neste nível buscam apontar as instituições que procuram sistematicamente a melhora continua do seu atendimento 30 e atingem padrões de excelência na prestação da assistência médico-hospitalar (Zardo, 2008). 2.3.3 - Seções E Subseções Lideranças e Administração Direção – Níveis 1, 2 e 3 Garantia da Qualidade – Níveis 1, 2 e 3 Serviços Profissionais e Organização da Assistência Corpo Clínico – Níveis 1, 2 e 3 Enfermagem – Níveis 1, 2 e 3 Serviço de Atenção ao Paciente/Cliente Internação – Níveis 1, 2 e 3 Referência e Contra Referência – Níveis 1, 2 e 3 Atendimento Ambulatorial – Níveis 1, 2 e 3 Emergência – Níveis 1, 2 e 3 Centro Cirúrgico – Níveis 1, 2 e 3 Anestesiologia – Níveis 1, 2 e 3 Obstetrícia – Níveis 1, 2 e 3 Neonatologia – Níveis 1, 2 e 3 Tratamento Intensivo – Níveis 1, 2 e 3 Hemoterapia – Níveis 1, 2 e 3 Reabilitação – Níveis 1, 2 e 3 Medicina Nuclear – Níveis 1, 2 e 3 Radioterapia – Níveis 1, 2 e 3 31 Serviços de Apoio ao Diagnóstico Laboratório Clínico – Níveis 1, 2 e 3 Diagnóstico por Imagem – Níveis 1, 2 e 3 Métodos Gráficos – Níveis 1, 2 e 3 Anatomia Patológica – Níveis 1, 2 e 3 Serviços de Apoio Técnico e Abastecimento Arquivo Médico – Níveis 1, 2 e 3 Controle de Infecções – Níveis 1, 2 e 3 Estatísticas – Níveis 1, 2 e 3 Farmácia – Níveis 1, 2 e 3 Nutrição e Dietética – Níveis 1, 2 e 3 Central de Processamento de Roupas - Lavanderia – Níveis 1, 2 e 3 Processamento de Materiais e Esterilização – Níveis 1, 2 e 3 Higiene – Níveis 1, 2 e 3 Segurança e Saúde Ocupacional – Níveis 1, 2 e 3 Serviço Social – Níveis 1, 2 e 3 Serviços de Apoio Administrativo e Infraestrutura Documentação da Planta Física – Níveis 1, 2 e 3 Estrutura Físico-funcional – Níveis 1, 2 e 3 Sistema Elétrico – Níveis 1, 2 e 3 Manutenção Geral, Controle de Resíduos e Potabilidade da Água – Níveis 1, 2 e 3 Segurança Geral – Níveis 1, 2 e 3 Ensino e Pesquisa Biblioteca/Informação Científica – Níveis 1, 2 e 3 32 2.4 - Selos As diferenças entre o Processo ISO e a Acreditação Hospitalar A ISO é um processo de certificação, que possui requisitos generalizados e que são aplicáveis a qualquer tipo de organização, a avaliação do processo é feita por técnicos especializados apenas na área administrativa. Na certificação, a insituição fala como faz uma coisa e prova que faz sempre assim. Já a Acreditação é aplicável apenas em instituições de saúde, operadoras e planos, quem avalia são profissionais especializados na área da saúde como administradores hospitalares, além de médicos e enfermeiros que estabelecem padrões de qualidade e todos os setores são avaliados, inclusive os terceirizados, além de verifica também quais foram os investimentos em treinamento e educação continuada da equipe de funcionários e corpo clínico. Na Acreditação a instituição de saúde mostra como ela faz para alcançar sempre esse padrão e como busca a melhoria contínua dos seus processos. Este processo existe como forma de assegurar a qualidade prestada à assistência. Através de padrões previamente aceitos, de acordo com a OPAS (Organização Pan- Americana da Saúde), ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e OMS (Organização Mundial de Saúde) além da legislação de cada país. (CMTecnologia, 2017) 33 Principais programas de Certificações e Acreditações 2.4.1 - Acreditações ONA – Organização Nacional de Acreditação Uma das mais importantes entidades brasileiras ligadas à ratificação da qualidade dos serviços de saúde no país, tem foco na segurança do paciente. Estão entre as vantagens no reconhecimento oficial por parte desta instituição, o aprimoramento da gestão, maximização da segurança para pacientes e profissionais da saúde, melhoria na qualidade da assistência prestada, além da valorização da marca. O processo de acreditação da ONA passa por duas etapas: 1- Diagnóstico Organizacional Etapa facultativa às organizações, diz respeito à aplicação, sem fins de certificação, da metodologia do Sistema Brasileiro de Acreditação e do Manual Brasileiro de Acreditação específico. Resulta na obtenção de uma Declaração de Diagnóstico Organizacional emitida pela ONA. 2- Certificação Etapa necessária para fins de acreditação, consiste na aplicação das metodologias citadas acima. A depender do preenchimento dos requisitos exigidos, resulta nos títulos de Acreditado (Nível1), Acreditado Pleno (Nível 2) e Acreditado com Excelência (Nível 3): Nível 1 – Acreditado (ONA 1): ligados a processos que buscam garantir a segurança dos pacientes; 34 Nível2 – Acreditado Pleno (ONA 2): - Uma organização que obtém esse nível de acreditação, além de cumprir com as exigências de Nível 1, possui um sistema de planejamento e organização focado na gestão integrada (este certificado possui validade de 2 anos); Nível 3 – Acreditado com Excelência (ONA 3): “Excelência na gestão” é a premissa norteadora de quem obtém a acreditação neste nível. Além do cumprimento das exigências de níveis 1 e 2, uma organização que detenha essa certificação desfruta de uma cultura organizacional focada na busca contínua da melhoria, com resultados positivos e que alcançam todas as esferas da organização. Accreditation Canada Orienta e monitora os padrões de alta performance e qualidade e segurança. Focado em 3 alicerces: governança clínica, medicina baseada em evidência e menos sobrecarga em colaboradores no processo de acreditação. O método foca no entendimento dos processos e eliminação do fluxo de padronização que não gere valor agregado. O resultado é a construção de processos internos de excelência, mas que sejam capazes de reduzirem a burocracia, racionalizando o tempo de trabalho dos profissionais de saúde. NIAHO – Acreditação Nacional Integrada para Organizações de Saúde A NIAHO é uma certificação Internacional, com normatizações no âmbito da segurança assistencial, patrimonial e gestão do corpo clínico, centralizada na obtenção de 35 resultados assistenciais eficazes e eficientes. Entre os seus diferenciais, podemos citar sua abordagem focada em gestão de riscos, ênfase na segurança predial ligada à proteção à vida e à saúde do paciente, planejamento de alta, avaliação rígida do corpo clínico, etc. HIMSS – Healthcare Information and Management Systems Society A HIMSS é uma organização mundial, sem fins lucrativos, centralizada na missão de otimizar a prestação de assistência à saúde nos hospitais por meio da Tecnologia da Informação. A instituição – fundada na década de 60, em Chicago - faz parte da HIMSS World Wide, empresa global ligada à busca pela implementação da Saúde Digital. Sua acreditação define requisitos mínimos que um hospital deve atender relacionados à maturidade de implementação do prontuário eletrônico. Na América Latina apenas o Hospital Unimed Recife III possui o nível mais alto da certificação, sendo reconhecido pelo alto uso de tecnologia da informação clínica e mecanismos de segurança para fornecer cuidados médicos. Joint Commission International A Joint Commisison International é uma organização não governamental norte- americana, nascida em 1994, que atua em mais de 90 países na realização de acreditação hospitalar. Seus critérios de concessão passam por respeito aos direitos dos pacientes e familiares, alcance de indicadores internacionais de segurança, gerenciamento de fármacos, acesso ao tratamento e continuidade, capacitação dos recursos humanos, além é, claro, do gerenciamento das informações hospitalares (prontuário). 36 2.4.2 - Certificações ISO 9000 A ISO é a mais importante rede mundial de institutos de padronização, reunindo entidades de 148 países e representada, no Brasil, pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Possui como principal referência a ISO 9000, um conjunto composto pelas normas ISO 9000, 9001, 9004 e 19011, ligadas às orientações básicas para a implantação dos sistemas de gestão de qualidade, diretrizes para auditorias, controle de riscos, etc. O sistema ISO fornece uma infinidade de técnicas para otimização de processos internos, sempre focando seus resultados na satisfação plena de seus clientes (no caso da área de saúde, “pacientes”). Indica solidez, credibilidade, responsabilidade e excelência nos procedimentos adotados no hospital. 37 OHSAS 18001 - Programa de certificação para a saúde e segurança ocupacional Define os requisitos mínimos para práticas de excelência em saúde e segurança ocupacional. Entre os benefícios da OHSAS 18001 para a instituição hospitalar, podemos citar a redução de acidente e doenças de trabalho, maior engajamento de seus colaboradores nos processos internos, estímulo às melhorias nas condições de trabalho possíveis na sua organização, redução dos custos com inatividade, melhoria no atendimento, além de demonstração de conformidade perante clientes e fornecedores.( MV, 2017) Importância de um sistema de gestão no alcance de certificações e acreditações Podemos notar que Acreditação e Certificação se complementam e são fundamentais para que os Hospitais alcancem a excelência na prestação de serviços de saúde, solidificando sua qualidade aos olhos de seus Stakeholders (pacientes, fornecedores e colaboradores), levando esta Instituição a conseguir sua consolidação no mercado. Para tanto se faz desejável que tais Instituições possuam um sistema de gestão eficiente, com tecnologia de ponta tanto para os procedimentos, quanto para automação de processos internos, tornando o atendimento, eficiente, eficaz e efetivo, onde o atendimento é otimizado, os erros reduzidos, dentre outros benefícios garantindo assim sua certificação e posterior acreditação. 38 3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS Em virtude das visíveis mudanças no sistema e no comportamento de saúde como consequência da globalização, do mercado competitivo, da implantação de novas tecnologias, novos e caros tratamentos alternativos além do constante aumento das exigências dos clientes internos e externos quanto a qualidade e segurança se fez necessário uma reestruturação imediata rumo à busca contínua pela excelência na qualidade da assistência prestada e para o controle desta qualidade temos a Acreditação. Esta consiste em um sistema de avaliação e certificação da qualidade de serviços de saúde através de indicadores de qualidade que devem seguir as normas da ONA, o que nos auxiliar a identificar claramente objetivos a serem conquistados, mostrando o que funciona bem o que necessita ser aprimorado, além de modificar positivamente as áreas das Organizações. Embora as instituições desejem uma certificação de qualidade, desejam ainda a redução de seus custos, sendo assim é necessária uma gestão de planejamento estratégico que englobe todos os itens a serem reestruturados de forma a atender os padrões da ONA e a satisfação dos clientes internos e externos. Este estudo teve o objetivo de compreender o tema Certificação e Acreditação e levar o Hospital Santa Luiza a obter um Selo de Acreditação para potencializar sua qualidade na prestação de assistência à saúde tão almejada pelos seus Stakeholders. O relatório apresentado pela Instituição Acreditadora apresentou algumas não conformidades, pontos forte, fracos e críticos do Hospital, o que propiciou a Organização, focada em uma nova proposta de Gestão Hospitalar, voltada à contratos de gestão e alocação de recursos, como forma de mobilizar as práticas de gestão e arranjos organizacionais no rumo da eficiência, equidade e melhoria da qualidade da assistência prestada, na elaboração de plano estratégico de ação para correção de tais falhas em tempo hábil para nova visita da Instituição Acreditadora. Algumas das não conformidades apresentadas, foram: Dimensionamento inadequado de número de funcionários em algumas seções, ocasionando sobrecarga e desgaste dos mesmos, tornando muitas vezes a prestação de serviço ineficiente; Ineficiência na prestação de Educação continuada, por falta de projetos capacitadores; 39 Ineficiência no controle de prontuários, em virtude da falta de uma Comissão deControle de Prontuários, onde os mesmos apresentavam falta de carimbos, anotações incompletas ou inexistentes, falta de checagens, o que pode levar a Organização à perda de processos. Nesta segunda visita, após as devidas correções, o Selo de Acreditado Pleno foi conseguido. O Acreditado Pleno - Nível 2 – Deve possuir padrões de qualidade no atendimento: onde além de cumprirem as obrigações mínimas, adotam boas práticas na organização da assistência médico hospitalar, bem como têm no paciente o foco central de sua atuação. A acreditação proporcionou e pode proporcionar muitos benefícios para a Organização Hospitalar, tais como: Aumento da credibilidade; Melhoria de processos e sistemas, aumentando a percepção de segurança nos serviços de saúde para usuários, profissionais e provedores; Aumento da qualidade com redução de perdas Procedimentos realizados com qualidade e segurança ao paciente e aos profissionais, Melhoria contínua na organização; Satisfação do cliente. Capacitação dos profissionais; Ambiente seguro para prática profissional; Qualidade a vida pessoal aos profissionais. A acreditação proporcionou lições também, como: Investir em processos para reduzir desgastes; Envolvimento Multiprofissional nos processos; Preparo, envolvimento e comprometimento com o processo de qualidade; Responsabilidade das lideranças a implantação, integração e conhecimento dos processos; O caminho da sustentabilidade passa por qualidade; Os processos devem ser implantados por levar a segurança 40 Hoje a Qualidade é vista como referencial para procura dos serviços de saúde. Nesta qualidade está englobado infraestrutura, segurança, confiabilidade, inovação, Educação continuada e capacitação do RH, sensibilidade, talento, humanização, fé, perspicácia, dentre outras artes em prestar assistência de excelência. Nunca esmoreça na busca pela qualidade, mantenha sempre o foco na educação, capacitação, qualificação, inovação e aprimoramento na prestação de assistência à saúde, desta forma a nova meta será o Selo Acreditado com Excelência. 41 REFERENCIAS Helidéa de Oliveira Lima – [http://www.ufjf.br/oliveira_junior/files/2009/06/LIMA- 2010.pdf] - Acesso: 01/10/2017. [http://sistema4.saude.sp.gov.br/sahe/documento/indicadorQualidadeI.pdf] - Olímpio J. N. V. Bittar - Indicadores econômicos e de política Indicadores demográficos e geográficos Indicadores epidemiológicos Indicadores educacionais, psicossociais, culturais Indicadores tecnológicos 26 RAS _ Vol. 3, Nº 12 – Jul-Set, 2001 – Acesso: 01/10/2017. [http://www.mv.com.br/pt/blog/quais-as-principais-certificacoes-e-acreditacoes-para- hospitais] - Acesso: 01/10/2017. [http://www.mv.com.br/pt/blog/gestao-da-qualidade--garantia-de-acreditacao-hospitalar] - Acesso: 01/10/2017. 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