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educação infantil A pedagogia tem o papel de pesquisar/estudar/analisar/compreender a dinâmica das relações dentro e fora das instituições. Ou seja, compreender as relações na esfera pública entre as crianças; entre as crianças e os adultos profissionais; entre os adultos (família e profissionais) e entre a instituição e a sociedade de uma forma mais geral nas dimensões política, administrativa, histórica, social. A educação infantil prática educativa envolvendo profissionais da educação, espaços educativos para crianças de zero a seis anos de idade e as famílias dessas crianças. A história da educação infantil aponta para a dupla trajetória das instituições de educação infantil: a ênfase no aspecto educacional nos jardins de infância, mais tarde chamados de pré-primário e de pré-escolar e a tradição de guarda visualizada nas creches e escolas maternais, destinadas às crianças pobres e abandonadas (VIEIRA, 1999) Educação Infantil as creches e pré-escolas são espaços de educação para as crianças, pois ali elas podem se relacionar com diferentes crianças e adultos; mas são, sobretudo, locais de educação e formação para os adultos que ali trabalham, pois se configuram como espaços privilegiados para a observação e o conhecimento a respeito das crianças, suas interações, suas formas de linguagem, suas ações, suas trocas com outras crianças e com os adultos. Enfim, as creches e pré-escolas são espaços de construção da cultura infantil e nessa perspectiva a pedagogia, enquanto área de pesquisa e de conhecimento, pode pensar estratégias de intervenção na educação infantil e de formação de profissionais para a área. A LDB de 1996 - profissional que irá cuidar e educar as crianças de zero a seis anos de idade seja professor, ou seja, tenha formação para o magistério Formar profissionais para a área; mesmo que com prioridade para a educação das crianças de quatro a seis anos de idade e com um caráter técnico, ou seja, cursos com o objetivo de instrumentalizar as professoras com métodos e técnicas de trabalho para a pré-escola; Ser um espaço de discussão e difusão do conhecimento a respeito das crianças com idade anterior à idade escolar; ainda que com o predomínio de uma visão de criança apenas como um vir a ser, que precisa ser estimulada para acelerar o seu desenvolvimento; Reforçar a importância de espaços educativos para as crianças menores de sete anos de idade, ainda que numa visão de pré-escola como a educação que antecede a escola obrigatória e que prepara para a alfabetização; 4. Reforçar a necessidade da formação, da profissionalização e da valorização dos profissionais da educação infantil. Formação das Profissionais da Educação Infantil as profissionais de creche, que na prática, foram adquirindo conhecimentos sobre a criança pequena e criando um conjunto de práticas, com ênfase nos aspectos de higiene, saúde e comportamento. as professoras das salas de jardim da infância ou pré-escolar, que com formação inicial para o magistério, trabalhavam com as crianças de cinco e seis anos com o propósito de prepará-las para o processo de escolarização. pedagogia da infância Busca uma forma diferente e específica para o trabalho com crianças pequenas, respeita as especificidades das crianças levando em consideração: tempo que as crianças permanecem nas instituições de educação infantil; atividades realizadas que envolvem os cuidados com o corpo; pouca idade das crianças, inclusive bebês; importância que o lúdico e as brincadeiras espontâneas têm nessa faixa etária; presença do imprevisto; múltiplas e diversas linguagens infantis; importância da participação das famílias Conceito de infância dos alunos do curso de Pedagogia Rousseau (2001) preconizou que é fundamental que a criança tenha liberdade de se expressar, de experienciar, por meio de suas ações. Essa concepção deu base para outros teóricos da pedagogia como Froebel e Montessori e ao próprio Piaget a construírem essa ideia de criança. A perspectiva sócio-histórico-dialética contrapõe a essa ideia, pois a criança se apropria, desde que nasce, de um ambiente humanizado, com alimentos, objetos, vestuário, instrumentos, linguagem. Esses objetos e ações construídos já são condicionados. Trata-se de um processo de reprodução no sujeito que só se dá na medida em que o sujeito, na relação com o mundo objetivo, “[...] empreende uma atividade adequada ao conteúdo no objeto ou no fenômeno dado significando domínio diante de um objeto que forma as “correspondentes ações e operações motoras e mentais” (LEONTIEV, 1991, p. 65). Portanto, a teoria sócio-histórica compreende a criança na sua realidade concreta, e não como um ser abstrato e único, pretensamente científico da condição de natureza infantil. A concepção de infância se construiu ao longo do processo histórico que camufla ideologicamente a criança real, tanto na relação criança – adulto quanto criança e sociedade. De acordo com Charlot (1986), essa concepção de infância, como um período de formação, etapa da vida, está ligada à ideia de natureza infantil. A criança é vista como um ser fraco e incompleto, naturalmente dependente do adulto. Ela também é considerada como um ser que ainda não é social, ocupando um lugar marginal nas relações sociais, devendo ser socializada. Assim, a criança desenvolve culturalmente as suas possibilidades (inatas) com o outro, sendo validada a ideia da criança ativa, ocultando-se a ideia concreta de que esse desenvolvimento é construído nas relações sociais, determinado historicamente pela condição de classe. É importante ressaltarmos que se camufla a realidade, mas é necessário compreendermos que a criança se constitui nas relações sociais historicamente determinadas e que a concepção de infância é um construto social (ALVES; BARBOSA; MARTINS, 2005) situação de aprendizado O ponto de partida dessa discussão é o fato de que o aprendizado das crianças começa muito antes de elas frequentarem a escola. Qualquer situação de aprendizado com a qual a criança se defronta na escola tem sempre uma história prévia Continua-se afirmando que o aprendizado tal como ocorre na idade pré-escolar difere nitidamente do aprendizado escolar, o qual está voltado para a assimilação de fundamentos do conhecimento científico. No entanto, já no período de suas primeiras perguntas, quando a criança assimila os nomes de objetos em seu ambiente, ela está aprendendo. De fato, por acaso é de se duvidar que a criança aprende a falar com os adultos; ou que através da formulação de perguntas e respostas, a criança adquire várias informações; ou que, através da imitação dos adultos e através da instrução recebida de como agir, a criança desenvolve um repertório completo de habilidades? De fato, aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de vida da criança (VYGOSKY, 1998, p. 110).
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