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Seminário - Contrato de Menor Aprendiz

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Acadêmicas: Mayara P. Fares e Renata Scopel Chamme 
Disciplina: Direito do Trabalho I 
Professora: Me. Roseméri Simon Bernardi 
CONTRATO DE MENOR APRENDIZ 
 
Ao se discutir a relação existente entre formação profissional e trabalho, deve-se ressaltar que, a partir da 
introdução de novas tecnologias nos processos industriais, algumas exigências de qualificação profissional que 
tornaram-se mais rígidas, como também exigiram a introdução de novas demandas nos aspectos relacionados à 
educação para e no trabalho, o que tem também implicado diretamente na necessidade de desenvolvimento de 
políticas educacionais as quais têm por objetivo a inserção de pessoas no mundo do trabalho. 
Esta realidade tem influenciado significativamente a implementação de políticas públicas específicas para a 
juventude e ganhou ainda mais força partir da entrada em vigor da chamada Lei da Aprendizagem, Lei 
10.097/2000. Tal lei destacou as ações de ampliação da obrigatoriedade de contratação de pessoas para todos os 
tipos de estabelecimentos/organizações e a possibilidade de oferta dos chamados cursos de aprendizagem. 
Em pesquisas, verificou-se que a Constituição Federal considera menor trabalhador aquele na faixa de 16 a 
18 anos (artigo 7º, inciso XXXIII). Contudo, na CLT, a idade mínima prevista é de 14 anos, desde que o menor 
seja contratado na condição de aprendiz – que exige diversos requisitos a serem observados pelo empregador, 
como o contrato de aprendizagem, a jornada de trabalho, as atividades que podem ser exercidas e a inscrição do 
empregador e do menor em programa de aprendizagem e formação técnico-profissional. 
Após estudos, destaca-se pontos essenciais da Lei de Aprendizagem Lei 10.097/2000 e do Decreto nº 
5.598/2005 que regulamentam o contrato de trabalho do menor aprendiz: 
• O aprendiz é a pessoa entre 14 e 24 anos (art. 428 da CLT) e que irá se submeter à aprendizagem; 
• A contratação de menores aprendizes se dá por meio de um contrato de trabalho especial que deve ser 
ajustado por escrito e por prazo determinado, não superior a 02 (dois) anos. E nele, o empregador se compromete 
a assegurar ao aprendiz, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-profissional metódica, 
compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico; 
• O trabalho do menor aprendiz não pode ser realizado em locais prejudiciais a sua formação, 
desenvolvimento físico, psíquico, moral e social e em horários e locais que não permitam a frequência à escola; 
• Esse contrato somente terá validade se for anotado na carteira de trabalho do menor aprendiz e contiver 
comprovantes de matrícula e frequência à escola, caso não tenha concluído o ensino fundamental; 
• Caso o empregador não cumpra as determinações legais, a consequência será a nulidade do contrato e o 
reconhecimento do vínculo de emprego direto; 
• A jornada do aprendiz é de seis horas diárias e pode chegar a no máximo oito horas, desde que ele tenha 
completado o ensino fundamental; 
• A remuneração é de no mínimo um salário-mínimo, calculado à base horária; 
• O trabalho noturno, executado entre as 22 h e 5 h, é proibido, segundo o artigo 404 da CLT; 
• As entidades qualificadas para a formação técnico-profissional de menores são os chamados órgãos do 
"Sistema S" – Serviços Nacionais de Aprendizagem Industrial (Senai), Comercial (Senac), Rural (Senar), do 
Transporte (Senat) e do Cooperativismo (Sescoop), as escolas técnicas de educação, inclusive as agrotécnicas, e as 
entidades sem fins lucrativos de assistência ao adolescente e à educação profissional, registradas nos Conselhos 
Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente; 
• Os estabelecimentos de qualquer natureza (comercial, industrial, de serviços, bancários, etc. que se 
submetam ao regime da CLT) são obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de 
Aprendizagem número de aprendizes equivalente a 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, dos trabalhadores 
existentes em cada estabelecimento, em funções que exijam formação profissional. Para essa definição, deve o ser 
considerada a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego 
(MTE).

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