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Segurança no Trabalho e Ergonomia Aula 3

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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
 
Gestão da Produção Industrial 
 
 
 
 
 
 
Segurança no Trabalho e 
Ergonomia 
 
 
 
Aula 03 
Profa. Silvana Stumm 
 
 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
 
Olá, caro aluno! 
Está preparado para nossa segunda aula de Segurança no Trabalho e 
Ergonomia? 
Vamos à videoaula disponível no material on-line para saber que assuntos 
serão discutidos neste encontro! 
 
 
 
CONTEXTUALIZANDO 
 
Todo e qualquer acidente pode ser evitado. Para um ambiente de trabalho 
ser seguro e saudável, precisamos tomar medidas de prevenção, como adotar 
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs). Além disso, o uso dos 
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é obrigatório quando o risco não 
foi cessado, ou seja, continua existindo. 
Para compreender melhor você precisa saber que, inicialmente, 
preocupamo-nos com a fonte de risco; em segundo, com a trajetória. Nessas 
duas situações procuramos utilizar os EPCs para cessar o risco, mas, se em 
nenhum desses casos conseguirmos eliminar o risco, adotamos o uso de EPI. 
Igualmente, se o risco for parcialmente eliminado, reforçamos a segurança do 
trabalhador com o EPI. 
Medidas de proteção são os meios utilizados para preservar a segurança 
do trabalhador. No entanto, existem variadas medidas de proteção coletiva, o 
que devemos saber é a medida mais adequada para cada tarefa, cada serviço 
especificamente – e os EPCs estão nesse contexto. 
O maior risco de acidente do trabalho está ligado às tarefas desenvolvidas 
na área de eletricidade e à altura. Os acidentes que ocorrem nessas atividades 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
são os maiores causadores de morte, conforme afirmam BELTRAMI e STUMM 
(2013). 
Para contribuir com a diminuição no número de acidentes causados por 
queda em altura, existe a Norma Regulamentadora específica para isso, a NR 
35. Para serviços com eletricidade a norma é a NR 10 (BELTRAMI e STUMM, 
2013). 
 
Se as medidas de proteção não forem bem planejadas, o trabalhador 
ficará exposto aos riscos de acidente. Por esta razão apresentaremos a você 
como as atividades em altura e com eletricidade devem ser executadas. Quanto 
aos EPIs, a obrigação em fornecê-los ao empregado é do empregador. A Norma 
Regulamentadora nº 6 (NR 6) trata do uso desses equipamentos. Daremos mais 
detalhes sobre ela durante a nossa aula. 
 
Problematização 
Em um canteiro de obras estão sendo executadas três edificações. 
 A Torre I terá 23 pavimentos, considerando um subsolo para 
garagem, o térreo como entrada principal e os outros 21 
pavimentos compostos, cada um, por quatro apartamentos. 
 A Torre II terá 18 pavimentos, considerando o térreo com 
garagem e entrada principal e os 17 pavimentos restantes 
formados por cinco apartamentos. 
 A Torre III, a mais alta de todas, terá 25 pavimentos sendo dois 
subsolos para garagem, o térreo para entrada principal e cada 
um dos outros vinte e três pavimentos terá três apartamentos. 
Dos três edifícios que estão sendo executados, a Torre II está sendo a 
mais complexa, pois nela aconteceu um acidente do trabalho com queda de dois 
empregados. Os dois estavam no décimo andar, executando tarefas nos vãos 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
das janelas, sem cinto para trabalho em altura. Um deles perdeu o equilíbrio e, 
instintivamente ao tentar se segurar no colega, caiu e o puxou junto. Quais das 
ações a seguir poderiam ter evitado esse acidente? 
I. Bastava apenas trabalhar com mais atenção. 
II. Comprar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). 
III. Bastava adotar os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs). 
IV. Conscientizar o empregado quanto ao uso do Equipamento de 
Proteção Individual (EPI). 
 
Podemos considerar corretas as ações: 
a. Apenas a alternativa I está correta. 
b. Apenas as alternativas II, III e IV estão corretas. 
c. Apenas a alternativa IV está incorreta. 
d. Todas as alternativas estão corretas. 
 
Já sabe a resposta? Confira se a sua resposta condiz com os comentários 
da professora Silvana! 
Quando as medidas de proteção coletiva não são suficientes, adota-se o 
uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Além disso, é importante 
o trabalhador saber o porquê do uso e como utilizá-lo. Sendo assim, 
consideremos correta a alternativa: “b. Apenas as alternativas II, III e IV estão 
corretas”. 
 
 
 
PESQUISE 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
5 
 
Equipamentos de Proteção Coletiva – EPCs 
 
Entende-se como Equipamento de Proteção Coletiva aquele utilizado 
para proteger um grupo de trabalhadores, enquanto executam determinado 
serviço e estão expostos a riscos. O objetivo do EPC é oferecer condições de 
segurança concomitantemente, a todos os envolvidos em uma mesma atividade. 
Assista a um vídeo do SENAI sobre os EPCs e conheça alguns exemplos 
desses equipamentos: 
https://www.youtube.com/watch?v=TVoaev9vrbk 
 
Existem vários tipos de EPC, alguns mais conhecidos, outros nem tanto. 
Com certeza você já viu alguns em seu próprio trabalho e talvez não os tenha 
identificado como tal. Eis alguns exemplos: 
 Barreiras de proteção contra luminosidade e radiação 
 Cabine (pintura) 
 Chuveiro e lava olhos 
 Enclausuramento acústico de fontes de ruído 
 Exaustores (gases, vapores e névoas) 
 Extintores e sistemas de incêndio 
 Guarda corpo; placas de sinalização 
 Protetores de partes móveis de máquinas 
 Sensores (máquinas) 
 Sinalização em cor 
 Telas e grades de proteção (polias, peças ou engrenagens móveis) 
 
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6 
O EPC, como qualquer outro equipamento, máquina ou ferramenta 
deve ser usado de forma consciente e responsável. Jamais devemos usá-
lo para outro fim senão àquele ao qual se destina. O trabalhador deve estar 
treinado e conhecer sua finalidade, deve ser responsável pela manutenção 
e conservação e sempre que notar alteração no EPC deve comunicar a sua 
chefia! 
 
Vamos ver o que a professora Silvana tem a dizer sobre o assunto deste 
tema? Assista à videoaula, disponível no material on-line! 
 
 
 
Medidas de Proteção Coletiva 
 
Como dito anteriormente, os acidentes que mais causam morte são com 
eletricidade e queda em altura. Com eletricidade são inúmeros, fatais em grande 
parte e, se não forem tomadas as devidas precauções, o risco de acidente do 
trabalho torna-se iminente. Para cada serviço existem medidas específicas a 
serem adotadas. 
O trabalho com eletricidade só começa depois de o trabalhador estar 
devidamente protegido, tanto com os EPCs quanto com os EPIs. Os 
procedimentos são específicos e, conforme a NR 10 (2004), garantem tanto a 
segurança quanto a saúde dos envolvidos. 
A NR 35 (2012), por sua vez, estabelece os requisitos mínimos e as 
medidas de proteção no trabalho em altura. Envolve o planejamento, a 
organização e a execução, garantindo a segurança e a saúde dos trabalhadores 
que estão direta ou indiretamente ligados a esse tipo de atividade. 
Da mesma forma que o empregador é obrigado a fornecer o EPI, deve 
implantar as medidas de proteção. Cabe ao empregado cumprir as disposições 
 
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7 
legais colaborando com o empregador, a fim de resguardar sua segurança, sua 
saúde e a daqueles que possam ser afetados por suas atitudes (BELTRAMI e 
STUMM, 2013). 
Quando nos referirmos a medidas de proteçãocoletiva, você deve pensar 
nas seguintes possibilidades em relação ao risco: 
 Eliminar – Medida principal e prevalece sobre as outras. 
 Neutralizar – Não sendo possível eliminar o risco, procura-se 
neutralizá-lo. 
 Sinalizar – Aplicada quando as duas anteriores não forem 
possíveis. 
Para eliminar o risco podemos, por exemplo, utilizar um produto sem 
toxicidade ao invés de um tóxico, desde que não altere as características do 
resultado. Se não é possível eliminar determinado risco, vamos neutralizar 
demarcando uma área de trabalho, por exemplo. Nenhuma das duas medidas 
foi possível? O correto, então, é sinalizar o local com placas de aviso indicando 
o perigo pertinente àquela atividade. E, além disso, proteger o trabalhador, 
como veremos mais adiante. 
 
Vamos ver o que a professora Silvana tem a dizer sobre o assunto deste 
tema? Assista à videoaula, disponível no material on-line! 
 
 
 
Trabalho em Altura 
Em setembro de 2012 entrou em vigor a NR 35 – Trabalho em Altura com 
o objetivo de estabelecer os requisitos mínimos e as medidas de proteção para 
o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
8 
de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta 
ou indiretamente com esta atividade. 
Confira a redação dessa Norma Regulamentadora: 
http://portal.mte.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR35.pdf 
Segundo a NR 35 – Trabalho em Altura refere-se à tarefa executada 
acima de 2 metros (considerada a partir do nível inferior) onde o risco de queda 
seja iminente. Essa altura foi estabelecida em virtude de outras normas 
estabelecerem igualmente 2 metros, incluindo as normas internacionais. 
Anteriormente não existia uma norma específica para esse tipo de 
trabalho. As tarefas executadas em altura estavam descritas em outras normas, 
de modo particular à redação de cada uma. A NR 18, por exemplo, voltada para 
a indústria da construção tem em seu contexto, itens próprios às tarefas 
realizadas em altura. O mesmo em outras Normas Regulamentadoras. 
Vamos ver o que a professora Silvana tem a dizer sobre o assunto deste 
tema? Assista à videoaula, disponível no material on-line! 
 
 
 
Equipamentos de Proteção Coletiva – Trabalho em altura 
Os Equipamentos de Proteção Coletiva têm a função de proteger os 
trabalhadores em conjunto, promovendo melhores condições no ambiente em 
que se executa determinada tarefa. Além da NR 35, há o Recomendação 
Técnica de Procedimento nº 1 – RTP 01 – Medidas de Proteção contra Quedas 
de Altura, da Fundacentro, que é pertinente à indústria da construção civil. 
http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica-de-
procedimento/publicacao/detalhe/2012/9/rtp-01-medidas-de-protecao-contra-
quedas-de-altura 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
9 
Os sistemas de proteção coletiva para evitar queda, segundo a RTP 01, 
dividem-se em: dispositivos protetores de plano vertical, usados em vãos 
para transporte vertical de equipamentos, materiais e ferramentas e 
dispositivos protetores de plano horizontal. 
 
Os equipamentos de plano vertical são os seguintes: 
Guarda-corpo-Rodapé (GcR) 
proteção sólida de material rígido e resistente, instalada onde o risco de queda 
de pessoas e materiais exista. 
 
Barreira com rede 
Proteção composta por dois elementos horizontais, de cabo de aço ou de tubo 
metálico bem fixados e com rede resistente em seu vão. 
 
Proteção para aberturas no piso 
São os cercados, barreiras com cancela ou similares, feitos de material 
resistente. 
 
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10 
 
Já os Equipamentos de Proteção Coletiva para plano horizontal são 
instalados nas aberturas existentes no piso e laje. A finalidade é a mesma em 
relação que os dispositivos protetores de plano vertical, mas os vãos a serem 
protegidos não são utilizados para transporte vertical de equipamentos, 
materiais e ferramentas. 
Esse sistema conta com uma proteção inteiriça, sólida e sem frestas, 
devendo ser fixada em perfis metálicos ou de madeira, na forma de fechamento 
provisório, mas fixo. Como, por exemplo, assoalho de madeira com encaixe. 
Para proteger a queda de pessoas terá uma determinada resistência, mas se for 
em local de passagens de veículo essa resistência deverá ser outra, em função 
do peso que por ali passar. 
 
Fonte: Fundacentro (2001). 
Vamos ver o que a professora Silvana tem a dizer sobre o assunto deste 
tema? Assista à videoaula, disponível no material on-line! 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
11 
Trabalho com Eletricidade 
A Revista Proteção publicou em dezembro de 2015 uma reportagem 
sobre o setor elétrico no Brasil, concedida pelo Engenheiro Eletricista Cesar 
Vianna Moreira. Segundo o engenheiro, esse setor tem passado por grandes 
mudanças, especialmente após a publicação da NR 10 e outras normas 
regulamentadoras, essenciais para a execução de ações preventivas e controles 
de riscos. 
A preocupação maior, de acordo com Moreira (2015), gira em torno dos 
trabalhadores terceirizados. Mesmo tendo caído o número de acidentes com 
esses indivíduos, ainda está acima, dos que ocorrem com empregados da 
empresa responsável em realizar os serviços. 
Leia a entrevista para compreender melhor: 
http://www.protecao.com.br/noticias/geral/gerente_de_sst_da_coge_fala
_sobre_mortes_no_setor_eletrico/AQyJAn 
A NR 10 estabelece os requisitos e condições mínimas para a 
implementação das medidas de controle e dos sistemas preventivos, a fim de 
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que atuam na área de 
eletricidade. Apesar da existência dessa norma, MOREIRA (2015), afirma a 
necessidade de melhorá-la, pois alguns aspectos devem ser revistos, como, por 
exemplo, a distância do indivíduo com relação à máquina energizada. 
A aplicação da norma envolve as fases de geração, transmissão, 
distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, 
operação e manutenção. Com isso você certamente percebeu como a NR 10 é 
ampla e, antes de iniciar qualquer serviço de eletricidade é preciso conhecê-la 
na íntegra. Então, vamos lá? 
http://portal.mte.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR10.pdf 
Em apoio a NR 10 e por ser o choque elétrico um dos principais 
causadores de acidentes tanto graves quanto fatais, a Fundacentro desenvolveu 
a Recomendação Técnica de Procedimentos – RTP 05, especialmente para o 
trabalho na indústria da construção. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
12 
http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica-de-
procedimento/publicacao/detalhe/2012/9/rtp-05-instalacoes-eletricas-
temporarias-em-canteiros-de-obras 
 
Choque elétrico, conforme a RTP 05 (2007), é o efeito patofisiológico 
resultante da passagem da corrente elétrica ou corrente de choque pelo 
corpo humano, capaz de causar acidentes e até mesmo morte. 
 
As consequências de um choque elétrico no organismo dependem da 
intensidade da corrente, do tempo de exposição, do percurso através do corpo 
e das condições do trabalhador. 
Corrente elétrica 1 
 
Fonte: Fundacentro (2007). 
 
Corrente elétrica 2 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
13 
 
Fonte: Fundacentro (2007). 
 
Vamos ver o que a professora Silvana tem a dizer sobre o assunto deste 
tema? Assista à videoaula, disponível no material on-line! 
 
 
 
Equipamentos de Proteção Coletiva – Trabalho com 
eletricidade 
 
Muitosdos trabalhos realizados em eletricidade também são executados 
em altura, isto é, acima de 2 metros. Só é permitido trabalhar com eletricidade 
se a pessoa for treinada, conforme o Anexo II da NR 10. O treinamento consiste 
em dois cursos definidos pela Norma, cada um de 40 horas. 
 Básico: Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade 
 Complementar: Segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em 
suas Proximidades. 
Outro aspecto relevante, além do EPC, é ter conhecimento e treinamento 
para trabalho em altura, pois muitas das atividades em redes elétricas ocorrem 
acima dos 2 metros estabelecidos pela NR 35. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
14 
Durante o treinamento obrigatório, conforme determina a NR 10, há um 
item específico sobre os Equipamentos de Proteção Coletiva. Os EPCs devem 
ser utilizados para alertar e sinalizar os riscos de acidentes, não só para quem 
está trabalhando, mas também para aqueles que passam próximos ao local. 
Conheça alguns dos EPCs voltados para o trabalho com eletricidade. 
Detector de tensão – Este EPC confirma a presença ou ausência de 
tensão em um circuito. Pode ser do tipo eletrônico ou do tipo chave de fenda: 
 
Barreiras, invólucros, grades articuladas, bandeirolas, fitas, placas de 
sinalização e cones – Esses equipamentos são utilizados para delimitar as áreas 
onde as tarefas são executadas, bem como para sinalizar informando os riscos 
e impedir o contato com as partes vivas das instalações elétricas. 
 
Vamos ver o que a professora Silvana tem a dizer sobre o assunto deste 
tema? Assista à videoaula, disponível no material on-line! 
 
 
 
 
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15 
Equipamento de Proteção Individual 
 
O que você entende por Equipamento de Proteção Individual (EPI)? 
De acordo com a NR 6, EPI é todo dispositivo ou produto de uso individual, 
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde 
no trabalho. 
Além do EPI há o Equipamento Conjugado de Proteção Individual, 
diferenciando-se do anterior por ser composto por vários dispositivos para 
proteger o trabalhador, de riscos associados durante a execução de suas 
atividades. 
A norma ainda afirma que o EPI, seja nacional ou importado, só poderá 
ser comercializado e usado se nele constar o número do Certificado de 
Aprovação (CA), expedido pelo MTE. 
 
Surgem várias dúvidas relativas à aquisição desses equipamentos. Em 
muitos locais, por falta de conhecimento do empregado, ele mesmo acaba 
comprando seu EPI, mas isso não é correto e pode gerar penalidade para o 
empregador, pois é dele a responsabilidade em fornecê-lo gratuitamente. 
O empregador também não pode cobrar financeiramente do empregado 
o EPI! 
 
Veja bem, estamos falando em empregado e não em um prestador de 
serviços! No caso de um profissional que trabalha de forma autônoma deve 
comprar seus próprios EPIs. Se você contrata um pedreiro para fazer um serviço 
na sua casa, por exemplo, esse profissional deve ter seus próprios EPIs. 
Atividades realizadas acima de 2 metros de altura também exigem o uso 
de EPI. Alguns já são conhecidos – como luvas e capacetes – mas há, ainda, o 
cinturão de segurança. Para complementar é obrigatório o uso de acessórios e 
sistemas de ancoragem, inspecionados periodicamente. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
16 
Existem dois tipos de cinturão: com dispositivo trava-queda e com 
talabarte, cada um com função determinada. O primeiro protege contra quedas 
em operações de movimentação vertical ou horizontal. O segundo contra riscos 
de queda em altura, propriamente ditos. 
 
 
Uso do Equipamento de Proteção Individual 
O órgão ou a empresa é obrigada a fornecer aos empregados (lembre-se: 
gratuitamente) o EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e 
funcionamento nas seguintes circunstâncias: 
 Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção 
contra os riscos de acidente do trabalho ou de doenças profissionais e do 
trabalho; 
 Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; 
 Para atender situações de emergência. 
Uma vez entregue ao empregado os equipamentos necessários para a 
execução de sua tarefa, caberá a ele usá-los. 
Os EPIs devem ser utilizados tão-somente para a finalidade a que se 
destinam. Cabe ao empregado, guardar e conservar seu EPI em bom estado, 
avisar seu empregador se o EPI se tornar inadequado ou danificar e cumprir as 
determinações do empregador sobre o correto uso do EPI. 
O empregador, além de adquirir o EPI correto e exigir que seja usado, 
deverá orientar e treinar o trabalhador a respeito de sua correta utilização, de 
sua guarda e conservação; substituí-lo imediatamente, quando danificado ou 
extraviado; responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; 
informar ao MTE qualquer caso de irregularidade e registrar o seu fornecimento 
ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
17 
Agora, acesse o site indicado para ter acesso a NR 6 e, em especial, ao 
Anexo I que traz a Lista de Equipamentos de Proteção Individual: 
http://portal.mte.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR6.pdf 
Vamos ver o que a professora Silvana tem a dizer sobre o assunto deste 
tema? Assista à videoaula, disponível no material on-line! 
 
 
 
NA PRÁTICA 
 
Estudo de Caso 1 
João é um excelente trabalhador de instalações elétricas e atualmente 
está empregado em uma indústria automobilística, tendo como função realizar a 
manutenção dos equipamentos do chão de fábrica. Fez o curso básico e o curso 
complementar exigido para a função e especificado na NR 10. Sempre esteve 
atento e preocupado com a sua segurança e de seus colegas, por isso bastante 
requisitado para atividades afins a sua área. 
Certo dia houve uma pane elétrica que provocou o desligamento de todos 
os equipamentos e João foi imediatamente chamado para descobrir o problema 
e encontrar a solução, afinal, a parada nas máquinas acarretava em prejuízos e 
atrasos. 
João e sua equipe começaram a verificar o que havia ocorrido, mas uma 
pessoa da equipe, o Antonio, resolveu mexer em uma das máquinas que lhe 
pareceu ser a causa do problema e não avisou João. A equipe logo descobriu o 
que gerou a queda da energia e restabeleceu a luz, sem que ninguém tivesse 
notado a ausência do colega. Imediatamente quando a energia voltou ao normal 
ouviram um grito, sentiram cheiro de queimado e viram Antonio ainda recebendo 
descarga elétrica pela mão. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
18 
De que maneira conseguiram socorrer o Antonio sem que ninguém 
entrasse em choque também? Pense a respeito e depois confira se suas 
conclusões são semelhantes às da professora Silvana! 
Comentário: como Antonio ainda estava recebendo a descarga, ninguém 
poderia encostar nele, senão receberia o choque também! A medida correta é 
desligar a energia geral e chamar o socorro médico. Jamais devemos tentar tocar 
o indivíduo se ainda estiver recebendo o choque, seja com a mão ou com algum 
objeto. Desligar a chave geral é a maneira correta de evitar continuidade do 
choque e também de evitar novas vítimas. 
 
Estudo de Caso 2 
A empresa XYZ é especialista em trabalhos em altura e seus empregados 
são todos treinados conforme a NR 35. Entre suas habilidades está a limpeza de 
fachadas de edifícios, pinturas, instalação e retiradas de placas de cimento em 
fachadas, limpeza de caixas d’água e outras atividades. 
Certa vez a empresafoi contratada para instalar placas na fachada frontal 
de uma edificação de três andares e realizar a pintura nas outras fachadas. Para 
o serviço de placas o contratante dos serviços, proprietário do prédio, instalou 
um andaime fachadeiro, mas sem se preocupar muito com a segurança. 
Os serviços iniciaram-se e a equipe de trabalho tomou todas as 
providências em relação aos EPIs e à sua própria saúde e segurança. Estavam 
todos de cinto de tipo paraquedista, com talabarte e dispositivo trava quedas. A 
fachada contava, ainda, com um cabo de aço fixo, para prender o talabarte. 
Apesar de toda a experiência dos trabalhadores, um deles resolveu soltar 
o talabarte para se movimentar mais rápido. Em um movimento brusco, esse 
trabalhador teve um mal súbito, se desequilibrou e caiu. Qual seria a forma 
correta para se movimentar no andaime? Pense a respeito e depois confira se 
suas conclusões são semelhantes às da professora Silvana. Lembre-se de que 
o trabalhador estava em altura superior a 2 metros! 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
19 
Comentário: importante lembrar de que o trabalho em altura exige o uso 
de acessórios próprios além dos EPIs usuais (bota, luva e capacete). Um 
trabalhador treinado jamais poderia ter soltado o talabarte com a justificativa de 
movimentar-se mais rápido, especialmente por arriscar também a vida de seus 
colegas. Mesmo treinado, qualquer pessoa pode sofrer de mal súbito, ficar tonta 
e até mesmo chegar a perder a consciência! 
Quando se está corretamente preso, obedecendo as normas 
regulamentadoras, a queda é naturalmente evitada e o dispositivo trava queda 
aciona automaticamente, impedindo a ocorrência de um acidente de trabalho. 
Outro alerta é a verificação do andaime. Se o contratante dos serviços não o fez, 
apesar de ter a obrigação de garantir o trabalho seguro, a equipe que realizará 
os trabalhos poderá fazer. 
 
 
 
SÍNTESE 
 
Nossa, quantas questões foram discutidas nesta aula, não? 
Vamos recapitular os conteúdos estudados assistindo à videoaula 
disponível no material on-line! 
 
Até a próxima aula! 
 
 
 
Referências 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
20 
BELTRAMI, M.; STUMM, S. B. Higiene no trabalho. Instituto Federal do Paraná 
– IFPR. Paraná, 2013. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: 
Presidência da República, 1988. 
BRASIL. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os planos de 
benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Diário Oficial da 
União, 1991. 
BRASIL. Ministério da Previdência Social. Políticas de prevenção de acidentes 
do trabalho. Disponível em: <http://www.previdencia.gov.br/a-
previdencia/saude-e-seguranca-do-trabalhador/politicas-de-prevencao/>. 
Acesso em 06 set. 2015. 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 6 – Equipamentos de Proteção 
Individual. Disponível em: 
http://www.mte.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR6.pdf. Acesso em 20 
dez. 2015. 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 10 – Segurança em 
instalações e serviços com eletricidade. Disponível em: 
http://www.mte.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR10.pdf. Acesso em 20 
dez. 2015. 
DAMASCENO, Luiz Augusto. Dicas de Prevenção de Acidentes e Doenças 
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