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A ESTRATÉGIA DEPENDE DE ATIVIDADES ÚNICAS A estratégia competitiva consiste em ser diferente. Significa escolher deliberadamente um conjunto diferente de atividades para fornecer uma combinação única de valor. A empresa pode posicionar-se estrategicamente em diferentes formas. • baseado na variedade - produção de um vasto conjunto de produtos ou serviços de uma indústria. Pode servir um vasto tipo de clientes, mas na maioria dos casos, satisfará apenas parte das suas necessidades. • baseado em necessidades - consiste em servir a maioria ou a totalidade das necessidades de um segmento específico de consumidores. • baseado no acesso - consiste em segmentar clientes que são acessíveis de maneiras diferentes. A essência do posicionamento estratégico é o de escolher atividades diferentes das dos rivais. ............UMA POSIÇÃO ESTRATÉGICA........... SUSTENTÁVEL REQUER TRADE-OFFS......... Os trade-offs criam a necessidade de escolha e protegem a empresa contra reposicionadores e imitadores. Surgem por três motivos: • Fornecer um tipo de valor poderá arruinar a sua credibilidade e confundir os consumidores se tentar fornecer outro tipo de valor ou se fornecer, em simultâneo, dois serviços incompatíveis. • Surgem das próprias atividades. • Surgem de limitações na coordenação interna e no controlo. Posicionar os trade-offs é decisivo para competir e é essencial à estratégia. Os trade-offs criam a necessidade de escolha e impõe limites aquilo que uma empresa oferece. Evitam a imitação e o reposicionamento dos rivais. • Os falsos trade-offs entre custo e qualidade ocorrem quando existem esforços redundantes, baixo controle ou fraca coordenação. A ADAPTAÇÃO MOTIVA A VANTAGEM ..COMPETITIVA E A SUSTENTABILIDADE.. Enquanto a eficiência operacional visa atingir a excelência nas atividades ou funções individuais, a estratégia visa combinar atividades Existem três tipos de adaptação: • Primeiro, há a simples consistência entre cada atividade e a estratégia global. • Em segundo lugar, a adaptação ocorre quando as atividades se reforçam. • O terceiro tipo é o chamado esforço de otimização. Nos três tipos de adaptação, o todo interessa mais do que as partes individuais. A adaptação estratégica entre várias atividades é crucial não só à vantagem competitiva, mas à sustentabilidade dessa vantagem. A adaptação entre as atividades de uma empresa cria pressões e incentivos para aperfeiçoar a eficiência operacional, o que torna a imitação ainda mais difícil. O QUE É ESTRATÉGIA? Trata-se de integrar o conjunto de atividades de uma empresa. O sucesso da estratégia depende de se conseguir fazer muitas coisas bem e em saber integrá-las. Se não houver adaptação entre as atividades, não há estratégia distintiva nem sustentabilidade. Mais uma vez, os resultados dependeriam da eficiência operacional. A ESTRATÉGIA DEPENDE DE ATIVIDADES ÚNICAS A estratégia competitiva consiste em ser diferente. Significa escolher deliberadamente um conjunto diferente de atividades para fornecer uma combinação única de valor. A empresa pode posicionar-se estrategicamente em diferentes formas. ANÁLISE ESTRUTURAL DE INDÚSTRIAS A essência da formulação de uma estratégia competitiva é relacionar uma companhia ao seu meio ambiente. O aspecto principal do meio ambiente da empresa é a indústria ou as indústrias em que ela compete. O grau da concorrência em uma indústria depende de cinco forças competitivas básicas, que são apresentadas abaixo: A meta da estratégia competitiva para uma empresa é encontrar uma posição dentro dela em que a companhia possa melhor se defender contra as forças competitivas ou influenciá-las a seu favor. Para o desenvolvimento de uma estratégia é fundamental pesquisar e analisar as fontes de cada força. O conhecimento das fontes põe em destaque os pontos fortes e os pontos fracos da companhia, mostra o seu posicionamento em seu mercado, esclarece as áreas em que mudanças estratégicas podem resultar no retorno máximo e põe em destaque as áreas em que as tendências da indústria são da maior importância, quer como oportunidades, quer como ameaças. ......DETERMINANTES ESTRUTURAIS DA..... ......INTENSIDADE DA CONCORRÊNCIA....... A concorrência em uma indústria age continuamente no sentido de diminuir a taxa de retorno sobre o capital investido na direção da taxa competitiva básica de retorno, ou o retorno que poderia ser obtido pela indústria definida pelos economistas como “em concorrência perfeita”. As cinco forças competitivas – entrada, ameaça de substituição, poder de negociação dos compradores, poder de negociação dos fornecedores e rivalidade entre os atuais concorrentes – refletem o fato de que a concorrência em uma indústria não está limitada aos participantes estabelecidos. A concorrência pode ser definida como rivalidade ampliada. O caso extremo da intensidade competitiva é a indústria em concorrência perfeita, onde a entrada é livre, as empresas existentes não têm poder de negociação em relação a fornecedores e clientes, e a rivalidade é desenfreada porque as numerosas empresas e produtos são todos semelhantes. ....................AMEAÇA DE ENTRADA............... A ameaça de entrada depende das barreiras de entrada existentes, em conjunto com a reação que o novo concorrente pode esperar da parte dos concorrentes já existentes. Existem seis fontes principais de barreiras de entrada: Economias de Escala –Economias de escala detêm a entrada forçando a empresa entrante a ingressar em larga escala e arriscar-se a uma forte reação das empresas existentes ou a ingressar em pequena escala e sujeitar-se a uma desvantagem de custo. Diferenciação do Produto –A diferenciação cria uma barreira à entrada forçando os entrantes a efetuar despesas pesadas para superar os vínculos estabelecidos com os clientes. Necessidades de Capital – A necessidade de investir pesados recursos financeiros de modo a competir cria uma barreira de entrada, principalmente se o capital é requerido para atividades arriscadas e irrecuperáveis como publicidade ou pesquisa e desenvolvimento. Custos de Mudança –Se estes custos de mudança são altos, os recém-chegados precisam oferecer um aperfeiçoamento substancial em custo ou desempenho para que o comprador se decida a deixar um produto já estabelecido. Acesso aos Canais de Distribuição – Considerando que os canais de distribuição lógicos já estão sendo atendidos pelas empresas estabelecidas, a empresa novata precisa persuadir os canais a aceitarem seu produto por meio de descontos de preço, verbas para campanha de publicidade em cooperação e coisas semelhantes, o que reduz lucros. Desvantagens de Custo Independentes de Escala – As empresas com anos de existência podem ter vantagens de custos dificilmente possíveis de serem igualadas pelas entrantes potenciais. As vantagens mais críticas são: • Tecnologia patenteada do produto; • Acesso favorável às matérias-primas; • Localizações favoráveis; • Subsídios oficiais; • Curva de aprendizagem ou experiência. Política Governamental – O governo pode limitar ou mesmo impedir a entrada em matérias- primas, dificultando ás vezes a chegada de entrantes potenciais. INTENSIDADE DA RIVALIDADE ENTRE ......OS CONCORRENTES EXISTENTES.......A rivalidade entre os concorrentes existentes assume a forma corriqueira de disputa por posição – com o uso de táticas como concorrência de preços, batalhas de publicidade, introdução de produtos e aumento dos serviços ou das garantias ao cliente. A rivalidade ocorre porque um ou mais concorrentes sentem-se pressionados ou percebem a oportunidade de melhorar sua posição. A rivalidade é consequência de alguns fatores estruturais, são eles: • Concorrentes numerosos ou bem equilibrados; • Crescimento lento da indústria; • Custos fixos ou de armazenagem altos; • Ausência de diferenciação ou custos de mudança; • Capacidade aumentada em grandes incrementos; • Concorrentes divergentes; • Grandes interesses estratégicos; • Barreiras de saídas elevadas. .PRESSÃO DOS PRODUTOS SUBSTITUTOS. Os substitutos reduzem os retornos potenciais de uma indústria, colocando um teto nos preços que as empresas podem fixar com lucro. Quanto mais atrativa de preço-desempenho oferecida pelos produtos substitutos, mais firme será a pressão sobre os lucros da indústria. A identificação de produtos substitutos é conquistada através de pesquisas na busca de outros produtos que possam desempenhar a mesma função que aquele da indústria. ............PODER DE NEGOCIAÇÃO NOS............ ........................COMPRADORES.......................... Os compradores competem com a indústria forçando os preços para baixo, barganhando por melhor qualidade ou mais serviços e jogando os concorrentes uns contra os outros – tudo a custa da rentabilidade da indústria. Um grupo de comprador é poderoso se as seguintes circunstâncias forem verdadeiras: • Ele está concentrado ou adquire grandes volumes em relação às vendas do vendedor; • Os produtos que ele adquire na indústria representam uma fração significativa de seus próprios custos ou compras; • Os produtos que ele compra da indústria são padronizados ou não diferenciados; • Ele enfrenta poucos custos de mudança; • Ele consegue lucros baixos; • Compradores que são uma ameaça concreta de integração para trás; • O produto da indústria não é importante para a qualidade dos produtos ou serviços do comprador; • O comprador tem total informação. ............PODER DE NEGOCIAÇÃO DOS............ ........................FORNECEDORES........................ Os fornecedores podem exercer poder de negociação sobre os participantes de uma indústria ameaçando elevar os preços ou reduzir a qualidade dos bens e serviços fornecidos. Fornecedores poderosos podem consequentemente sugar a rentabilidade de uma indústria incapaz de repassar os aumentos de custos em seus próprios preços. Um grupo de fornecedores é poderoso se o que segue se aplica: • É dominado por poucas companhias e é mais concentrado do que a indústria para qual vende; • Não está obrigado a lutar com outros produtos substitutos na venda para a indústria; • A indústria não é um cliente importante para o grupo fornecedor; • O produto dos fornecedores é um insumo importante para o negócio do comprador; • Os produtos do grupo de fornecedores são diferenciados ou o grupo desenvolveu custos de mudanças; • O grupo de fornecedores é uma ameaça concreta de integração para frente. ANÁLISE ESTRUTURAL E ESTRATÉGIA ...........................COMPETITIVA........................ Uma estratégia competitiva efetiva assume uma ação ofensiva ou defensiva de modo a criar uma posição defensável contra as cinco forças competitivas. De modo amplo, isto compreende uma série de abordagens possíveis: • Posicionar a empresa de modo que suas capacidades proporcionem a melhor defesa contra o conjunto existente de forças competitivas; • Influenciar o equilíbrio de forças através de movimentos estratégicos e, assim, melhorar a posição relativa da empresa; ou • Antecipar as mudanças nos fatores básicos das forças e responder a elas, explorando, assim, a mudança através da escolha de uma estratégia apropriada ao novo equilíbrio competitivo antes que os rivais a identifiquem. ...........ESTRATÉGIA COMPETITIVAS......... ............................GENÉRICAS........................... As estratégias genéricas são utilizadas pelas empresas para obter um retorno sobre o investimento maior em longo prazo e superar os concorrentes em uma indústria. Existem três estratégias genéricas para enfrentar as cinco forças competitivas (citadas no item A Análise Estrutural de Indústrias): liderança em custo total; diferenciação, e; enfoque. ..................LIDERANÇA NO CUSTO................. Para que uma empresa obtenha liderança no custo, ela deverá definir políticas funcionais orientadas para este objetivo. Esta estratégia tem como tema principal o custo baixo em relação aos concorrentes, mas os objetivos de qualidade, assistência e outros, não podem ser esquecidos. Uma posição de baixo custo possibilita a empresa obter retornos acima da média apesar da presença das forças competitivas. Este fator dá a empresa uma defesa contra os concorrentes, pois sendo seus custos mais baixos, ela poderá obter retornos depois que seus concorrentes tenham consumido seus lucros na competição. Enfim, uma posição de baixo custo protege a empresa contra as cinco forças competitivas porque a negociação só pode continuar a erodir os lucros até o ponto em que os lucros do próximo concorrente mais eficiente tenham sido eliminados, e porque os concorrentes menos eficientes sofrerão ante as pressões competitivas. Riscos • mudança tecnológica que anula o investimento ou o aprendizado anterior; • aprendizado de baixo custo por novas empresas que entrem na indústria ou por seguidores, por meio da imitação ou de sua capacidade de investir em instalações modernas; • incapacidade de ver a mudança necessária no produto ou no marketing em virtude da atenção colocada no custo; • inflação em custos que estreitam a capacidade de a firma manter o diferencial de prego suficiente para compensar a imagem da marca do produto em relação ao preço dos concorrentes ou outras formas de diferenciação. .........................DIFERENCIAÇÃO...................... Estratégia de diferenciação significa diferenciar o produto ou serviço oferecido pela empresa, criando algo que seja considerado único ao âmbito de toda a indústria. Esta diferenciação ocorre de várias dimensões. Mas, esta estratégia não permite à empresa ignorar os custos, mas eles não são alvo primário. A diferenciação, se alcançada, é uma estratégia viável para obter retornos acima da média em uma indústria porque ela cria uma posição defensável para enfrentar as cinco forças competitivas. Atingir a diferenciação pode tornar impossível a obtenção de uma alta parcela do mercado. Se as atividades necessárias para criar uma diferenciação são dispendiosas, o atingimento deste objetivo implicará um “trade-off” com a posição de custo. Também, a diferenciação pode não ser incompatível com os custos relativamente baixos e com preços comparáveis aos da concorrência. Riscos • o diferencial de custos entre os concorrentes de baixo custo e a empresa diferenciada torna-se muito grande para que a diferenciação consiga manter a lealdade à merca. Os compradores sacrificam, assim, algumas das características, serviços, ou imagem da empresa diferenciada em troca degrandes economias de custos; • a necessidade dos compradores em relação ao fator de diferenciação diminui. Isto pode ocorrer à medida que os compradores se tornem mais sofisticados; • a imitação reduz a diferenciação percebida, uma ocorrência comum quando a indústria amadurece. ...............................ENFOQUE............................. A estratégia genérica de enfoque é enfocar um determinado grupo comprador, um segmento da linha de produtos, ou um mercado geográfico. A estratégia repousa na premissa de que a empresa é capaz de atender seu alvo estratégico estreito mais efetiva ou eficientemente do que os concorrentes que estão competindo de forma mais ampla. Consequentemente, a empresa atinge a diferenciação por satisfazer melhor as necessidades de seu alvo particular, ou custos mais baixos na obtenção deste alvo, ou ambos. A estratégia de enfoque sempre implica algumas limitações na parcela total de mercado que pode ser atingida. O enfoque envolve necessariamente um “trade-off” entre rentabilidade e o volume de vendas. Como na estratégia de diferenciação, ela pode ou não envolver um “trade-off” com a posição global de custo. Riscos • diferencial de custos entre os concorrentes que atuam em todo o mercado e as empresas que adotaram enfoques particulares se amplia de tal modo que elimina as vantagens de custo de atender um alvo estreito ou anula a diferenciação alcançada pelo enfoque; • as diferenças nos produtos ou serviços pretendidos entre o alvo estratégico e o mercado como um todo se reduzem; • os concorrentes encontram sub mercados dentro do alvo estratégico e desfocalizam a empresa como estratégia de enfoque.
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