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UNOPAR VIRTUAL Curso Superior de Tecnologia em Embelezamento e Imagem Pessoal Disciplina: Tricologia, Terapia e Química Capilar Prof.(a): Vânia Terra Aula 4: Patologias do Couro Cabeludo Semestre: 2°/3º Aula Atividade Orientações: Caro Aluno segue abaixo uma atividade onde vocês são precisam fazer a leitura do texto abaixo sobre as Patologias do Couro Cabeludo, antes de responderem individualmente as seguintes questões: Obs: O texto referente a Web indicada está disponível abaixo. 1. Qual a relação entre “Caspa” e Dermatite Seborreica? 2. Quais são aspectos clínicos observados na Dermatite Seborréica e na Psoríase? 3. Quais são as orientações sobre a dermatite seborréica e Psoríase que o profissinal de estética pode fazer ao seu cliente? 4. Diferencie Dermatite por irritante primário e Dermatite de contato. 5. Quando são feitos os testes de contato (patch test / fotopatch test)? 6. Qual a diferença entre alopécias cicatriciais e não cicatriciais? 7. Fale sobre as alopecias não cicatriciais. 8. Quais os principais mecanismos de ação dos produtos para evitar alopecia. Patologias do Couro Cabeludo e Terapias Capilares DERMATITE SEBORREICA Caspa EU? Caspa, clinicamente pode ser observada por uma descamação do couro cabeludo e pode evoluir ou não de acordo com vários fatores que serão abordados abaixo. A dermatite seborreica é uma doença inflamatória crônica com tendência a períodos de melhora e de piora. Classicamente envolve regiões de grande concentração de glândulas sebáceas como o couro cabeludo, fronte, canal auditivo externo, sulcos nasolabiais e área pré-esternal. O local mais comum do acometimento é o couro UNOPAR VIRTUAL Curso Superior de Tecnologia em Embelezamento e Imagem Pessoal cabeludo e pode ser observado em vários graus. Caracteriza-se por uma oleosidade excessiva (seborreia) no couro cabeludo, seguida por inflamação e descamação. A inflamação produz uma vermelhidão e sensibilidade, enquanto a descamação pode variar de finas escamas à intensa, formando crostas. Fissuras podem estar presentes principalmente atrás das orelhas. Qual a causa da dermatite seborreica? A causa ou etiologia da dermatite seborreica é desconhecida. A produção do sebo pouco provavelmente é o único fator envolvido. Alguns estudos de terapias com cetoconazol, agente antifúngico, sugerem que uma levedura, Malassezia fufur, que é associada com uma conhecida doença provocada por uma doença fúngica, a pitiríase versicolor (ROBBINS ; COTRAN, 2005). Outros estudos indicam o fungo pytirosporum ovale como um provável desencadeador da caspa. O estresse é um dos mais importantes fatores desencadeantes desse quadro. A doença costuma se agravar no inverno. No caso do homem, alterações hormonais, como o excesso de testosterona, aumentam a atividade das glândulas sebáceas, exposição excessiva a altas temperaturas, excesso de química, utilização inadequada de produtos, processos alérgicos também são fatores que estão relacionados com o problema. Pode associar-se à alopecia androgenética, acelerando a perda capilar. Uma forma grave e de difícil tratamento de dermatite seborreica é vista em indivíduos infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Neste contexto, afeta mais de 83% dos pacientes, em contraste com uma incidência de 1% a 3% na população geral (KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; FAUSTO, N. , 2005) TRATAMENTOS RECOMENDADOS PELOS DERMATOLOGISTAS Não existe tratamento para a cura definitiva da dermatite seborreica, mas existem medicamentos específicos para a pele e o couro cabeludo capazes de controlar os sintomas. O diagnóstico deve ser realizado pelo médico e shampoos anti-inflamatórios, anti-fúngicos, normalizadores da descamação ou tudo isso associado são recomendados. Alguns ativos fungicidas como climbazol, itraconal e cetoconazol são utilizados em shampoos ou oralmente. A pirolactona olamina é um princípio ativo que age contra bactérias e fungos. Ácido salicício é um ativo com ação queratolítica, tem a função de eliminar as escamas que aderem ao couro cabeludo e facilitar a penetração de outros ativos. Quando o quadro é persistente e grave é recomendado o uso de corticosteroide tópico ou oral para melhorar. Você pode orientar o seu cliente fazendo recomendações adequadas para evitar o quadro: Nunca durma com os cabelos molhados ou coloque touca, boné ou capacete com o cabelo úmido, pois um ambiente quente e úmido favorece o desenvolvimento de fungos, que desencadeiam a dermatite seborreica. A caspa é um sinal clinico, procure a orientação de um dermatologista. Alimentos gordurosos e bebidas alcoólicas devem ser evitados. Banhos quentes estimulam a secreção pela glândula sebácea Procure atividades que diminuam o estresse físico, mental e a ansiedade. Não utilize shampoos e condicionadores em excesso, removendo-os adequadamente. UNOPAR VIRTUAL Curso Superior de Tecnologia em Embelezamento e Imagem Pessoal PSORÍASE A psoríase é uma doença da pele bastante frequente. Atinge igualmente homens e mulheres, principalmente na faixa etária entre 20 e 40 anos, mas pode surgir em qualquer fase da vida. Essa doença de pele está associada à herança genética. Cerca de 30% das pessoas que têm psoríase apresentam história de familiares também acometidos. No Brasil não existe estudos sobre sua prevalência (DOENÇA..., 2013) Não é uma doença contagiosa e não há necessidade de evitar o contato físico com outras pessoas. Clinicamente, a maior parte das psoríases afeta a pele dos cotovelos, joelhos, couro cabeludo, região lombossacral, glúteo e glande do pênis. As lesões mais típicas são placas bem demarcadas, róseas ou cor de salmão, cobertas por escamas prateadas no couro cabeludo e áreas de extensão (KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; FAUSTO, N. , 2005). A descamação é intensa e esbranquiçada, seca e aderente que ultrapassa os limites do couro cabeludo, diferentemente da dermatite seborreica. Sua causa é desconhecida. Fenômenos emocionais são frequentemente relacionados com o seu surgimento ou sua agravação, provavelmente atuando como fatores desencadeantes de uma predisposição genética para a doença. Cerca de 30% das pessoas que têm psoríase apresentam história de familiares também acometidos. Não é uma doença contagiosa e não há necessidade de evitar o contato físico com outras pessoas. Recomende ao seu cliente: Evitar o uso de água muito quente e shampoos sem recomendação médica, pois podem ressecar a pele e piorar a inflamação. Shampoos neutros, sem perfume e sem antibacterianos são mais indicados. Evitar durante o banho para friccionar o couro cabeludo, lembrando que o trauma pode produzir novas lesões de psoríase, bem como facilitar a penetração de microrganismos na pele. A exposição moderada ao sol é considerada benéfica. Evitar a automedicação ou o uso de remédios caseiros Drogas em geral, como o tabaco, o álcool, podem agravar ou desencadear o quadro. O estresse, na grande maioria dos pacientes, pode desencadear ou agravar a evolução da doença. Psicoterapia é frequentemente recomendada. É uma doença crônica, para toda a vida e o paciente deve aprender a conviver adequadamente com a doença, controlando-a de forma a levar sua vida normalmente. Use uma escova de cabelo com cerdas naturais em vez de uma escova de plástico. DERMATITE DE CONTATO É também conhecida como eczema de contato. Eczema é um termo clínico que abrange um número de condições patogenicamente diferentes. Os sinais clínicos são compostos por eritema, vesículas e exsudação na fase aguda, e espessamento se evoluir para fase crônica com aparecimento de placas descamantes. Os sintomas variam de intensidade, como queimação ou ardor e prurido.UNOPAR VIRTUAL Curso Superior de Tecnologia em Embelezamento e Imagem Pessoal Há dois tipos de dermatite de contato: por irritação primária e alérgica. Essas dermatites são resultantes da exposição direta a algum agente externo (“molécula estranha”) com a participação ou não de luz ultravioleta (fotons) na superfície da pele. Embora a dermatite de contato (DC) seja frequentemente associada à etiologia alérgica, cerca de 70% a 80% das dermatites de contato são provocadas por substâncias irritantes, levando à DC não alérgicas ou irritativas. Dermatite por irritante primário: A dermatite de contato por irritação primária resulta de reação in¿amatória inespecí¿ca, não imunológica, produzida por substâncias tóxicas diretamente sobre a pele, como ácidos, álcalis, solventes e detergentes. Pode ter caráter mais agudo quando o irritante é mais forte, surgindo horas após o contato. Por outro lado, quando o irritante é fraco, há necessidade de múltiplas aplicações, surgindo dermatite por toxicidade cumulativa, como no caso de irritante primário leve, como xampus, sabonetes, detergentes, que causam lesões de bordas mal delimitadas. Da mesma forma descrita para irritantes primários e alergênicos, a substância pode ser fototóxica, ou seja, causar dermatite não imunológica, por exemplo, as substâncias furocumarínicas presentes no limão, responsáveis pela comum fitofotodermatite. Dermatite de contato alérgica: A dermatite de contato alérgica é causada pela reação tipo IV também conhecida como hipersensibilidade mediada por células. Fisiopatologia: inicialmente, antígenos na superfície da epiderme são captados por células dentríticas de Langerhans que migram pelos linfáticos dérmicos, indo para os linfonodos de drenagem. Nos linfonodos, os antígenos são apresentados pelas células de Langerhans ao Linfócito T virgem (CD4) que se desenvolvem em células efetoras e de memória. Com a reexposição, os antígenos de memória migram para os sítios da pele afetados, onde liberam citocinas e fatores que recrutam numerosas células inflamatórias, responsáveis pelas lesões clínicas (ROBBINS ; COTRAN, 2005). A dermatite de contato também pode ser fotoalérgica, ou seja, a região acometida é uma área exposta ao sol. Deve-se considerar que o contactante necessite da energia da luz ultravioleta para causar a dermatite ou o eczema, p. ex., irradiação ultravioleta A e/ou B, dependendo da substância. No couro cabeludo, as causas possíveis são as tinturas “permanente”. A substâncias fotoalérgicas, parafenilenodiamina (presente em tinturas de cabelos), são, portanto, dependentes da resposta imune tipo IV. TESTES DE CONTATO Utilizado para o diagnóstico etiológico do eczema alérgico de contato. O resultado positivo do teste deve ser avaliado em conjunto com a história clínica do paciente pelo médico. Os testes de contato também podem auxiliar na distinção entre eczema alérgico de contato e eczema de contato por irritação primária. Tratamento da Dermatite de Contato Evidenciar e evitar o irritante ou alérgeno. Na dermatite por tinturas de cabelos, podem-se tentar produtos cosméticos hipoalergênicos. Cremes de barreira podem ser utilizados, como os de silicone a 5%; UNOPAR VIRTUAL Curso Superior de Tecnologia em Embelezamento e Imagem Pessoal Chás calmantes, como de camomila;¿ pasta d’água ou linimento para a fase subaguda;¿ óleos minerais para a fase crônica;¿ Se a manifestação for intensa, o dermatologista pode orientar o uso de anti- histamínico, corticóides tópicos, sob apresentação de pomada, nas fases subaguda e crônica, corticóides sistêmicos. Corticóide injetável intramuscular de depósito também pode ser prescrito, principalmente para casos em que se objetiva alívio mais rápido. ALOPECIAS Alopecias ou calvície, caracterizada pela perda de cabelos e pelos da pele. As alopecias podem ser divididas em cicatriciais e não cicatriciais. Nas cicatriciais ocorre a destruição dos folículos pilosos e consequentemente das células geminativas ou células tronco, sendo irreversível. Nas não cicatriciais, os folículos pilosos são preservados e a reversão do quadro é possível. A alopecia não cicatricial pode atingir o sexo masculino e feminino, dependendo dos fatores desencadeantes entre eles, distúrbios emocionais, nutricionais, emocionais ou mesmo pelo uso de produtos químicos. O crescimento capilar é um processo complexo que envolve a atividade do folículo piloso e seu ciclo. Um perfeito equilíbrio fisiológico é necessário durante a fase anágena hiperproliferativa para que o ciclo capilar mantenha-se normal e os fios cresçam saudáveis. Qualquer um dos fatores desencadeantes citados acima pode fazer com que um grande número de folículos passe da fase anágena para telógena. Se no final da fase telógena o folículo não retornar mais, a fase anágena, ou seja, não produzir mais fios de cabelo, tem-se início a alopecia. A perda diária superior a 100 fios, com queda generalizada e constante durante a lavagem ou escovação é indício importante de alopecia. Tipos de alopecias • Alopecia areata – pode atingir qualquer idade ou sexo. Caracteriza-se pela perda de cabelo em uma ou várias zonas do couro cabeludo, ou em outras partes do corpo e pode ocorrer também no corpo todo; nesse caso, ela é chamada de alopecia areata universal. Está diretamente ligada ao estresse ou forte abalo emocional. • Alopecia difusa – há uma diminuição da densidade dos cabelos em parte ou em toda a cabeça. As causas principais estão ligadas a fatores endócrinos, má nutrição ou pela ação de certos medicamentos, como os quimioterápicos usados no tratamento do câncer. • Alopecia traumática – trauma provocado nos fios, mais diretamente a haste do fio, devido ao uso constante de cabelos presos, de qualquer forma: tranças, coques, rabos de cavalos etc. • Alopecia androgenética – também conhecida por calvície, ocorre em homens, geralmente de mais idade, por predisposição genética, ou seja, a qual pode ser herdada. O cabelo não cai de uma só vez. A estrutura folicular vai se reduzindo e os novos fios são mais fracos e finos do que os anteriores. No final do processo, os folículos se atrofiam e o cabelo que cai não é substituído pelo novo. Essa calvície masculina tem uma progressão comum: começa a aparecer inicialmente na parte da frente da cabeça e se prolonga mais ou menos até a altura das orelhas e, em geral, atinge apenas a parte mais superior da cabeça. UNOPAR VIRTUAL Curso Superior de Tecnologia em Embelezamento e Imagem Pessoal Suspeita-se que essa perda progressiva de cabelos é causada pela grande presença de dihidrotestosterona (DHT) nos fios capilares. Tratamentos: Para os diversos tipos de alopecia existe um tratamento específico. Cada tipo de alopecia tem características próprias, necessitando de diagnóstico clínico para avaliação do quadro. A indústria cosmética e farmacêutica vem buscando alternativas para o tratamento da alopecia, procurando entender os mecanismos fisiológicos ou patológicos que levam à queda de cabelos. Produtos cosméticos na alopecia são considerados tratamento auxiliar, já que não promovem o surgimento de novos fios. Os cosméticos na alopecia que anunciam fazê- lo crescer são classificados como medicamento. Os principais mecanismos de ação dos produtos utilizados atualmente para evitar a alopecia incluem: - Estimular a microcirculação do bulbo capilar com o intuito de aumentar a irrigação na área do folículo piloso. - Aumentar o metabolismo celular. - Nutrição do couro cabeludo. - Inibir a enzima 5-alfa-redutase, bloqueando a conversão da testosterona em diidrotestosterona. Referências Bibliográficas: KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; FAUSTO, N. Patologia: bases patológicas das doenças. 7. ed. Riode Janeiro: Elsevier, 2005. TORTORA , G. J.;RRICKSON B.Princípios de Anatomia e Fisiologia – 12 ed.. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2010. LOSSOW, J.F. Anatomia e Fisiologia Humana. 5 ed. Rio de Janeiro : Guanabara e Koogan, 1990. WAGNER , Rita de Cássia Comis – A estrutura da medula e sua influência nas propriedades mecânicas e da cor dos cabelos, Campinas, São Paulo, 2006. Tese de doutorado – Universidade Estadual de Campinas – Instituto de Química. BEDIN, V. Produtos Capilares. Cosmetics & Toiletries, v. 18, 2006. GOMES, A.L. Uso da Tecnologia Cosmética no trabalho do Profissional Cabeleireiro. 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Tenham um ótimo trabalho! Prof. Vânia Terra
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