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21 - Correlações clínicas Berne - A circulação periférica e o seu controle

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A circulação periférica e o seu controle
Correlações clínicas
Berne
	
	 Se a resistência arteriolar não aumentasse quando um indivíduo ficasse em pé, a pressão hidrostática nas partes inferiores da perna atingiria níveis tais que grandes volumes de líquido passariam dos capilares para dentro do compartimento do líquido intersticial e isso produziria edema. 
	 
	 A doença das paredes arteriais pode levar a uma obstrução das artérias e os sintomas, chamados de claudicação intermitente, aparecem quando a doença arterial ocorre nas pernas. Os sintomas consistem de dores nas pernas quando o indivíduo caminha ou sobe escadas, e a dor é aliviada pelo repouso. A doença é chamada tromboangeíte obliterante e aparece mais frequentemente em homens tabagistas. Com uma caminhada mínima, os vasos de resistência tornam-se maximamente dilatados pela liberação do metabólito local; quando a demanda de oxigênio dos músculos aumenta em uma caminhada mais rápida, o aumento do fluxo sanguíneo não é suficiente para atender ás demandas musculares de oxigênio, e isso resulta em dor, causada pela isquemia muscular. 
	 O corte cirúrgico dos nervos simpáticos para uma extremidade abole o tônus vascular simpático e, dessa forma, aumenta o fluxo sanguíneo para o membro. Com o passar do tempo, o tônus vascular é recuperado por um aumento no tônus basal (intrínseco).
	 No choque hemorrágico, os vasos de resistência fazem constrição e, portanto, assistem na manutenção de uma pressão sanguínea arterial normal. Com a hipotensão arterial, a constrição arteriolar aumentada também leva a uma pequena mobilização do sangue para os tecidos em virtude do recuo elástico dos vasos pós-arteriolares quando a pressão intraluminal é reduzida. Além do mais, o líquido extravascular é mobilizado devido à maior transferência de líquido para dentro dos capilares, em resposta à pressão hidrostática capilar reduzida. 
	 Em alguns indivíduos o seio carotídeo é anormalmente sensível à pressão externa. Neles, colarinhos apertados ou outras formas de pressão externa sobre a região do seio carotídeo podem desencadear uma acentuada hipotensão e desmaio. Tal hipersensibilidade é conhecida como síndrome do seio carotídeo. 
 	 Quando os indivíduos são expostos a altitudes elevadas, a pressão arterial de O2 baixa estimula os quimiorreceptores periféricos a aumentar a frequência e a profundidade da respiração. Esse é o principal mecanismo envolvido na tentativa de restabelecimento do suprimento de oxigênio ao corpo. 
 	 A isquemia cerebral, que pode ocorrer devido a uma pressão excessiva exercida por um tumor intracraniano em expansão, resulta em um aumento acentuado na vasoconstrição periférica. A estimulação é provavelmente causada por um acúmulo local de CO2 e uma redução no O2 e, possivelmente, pela excitação dos barorreceptores intracranianos. Com uma isquemia prolongada, severa, a depressão central eventualmente ocorre, e a pressão arterial cai.

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