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1º Período - Medicina Edith Coradi Bisognin Compreender a anatomia dos vasos sanguíneos dos membros superiores. Conhecer os sinais vitais em uma situação de normalidade e de alteração. Compreender todos os mecanismos que estão relacionados ao controle da pressão arterial. Entender a volemia e como ocorre o choque volêmico. Identificar quais são os riscos de trabalhos expositivos e como preveni-los. Artérias: Túnica Adventícia: parede mais externa Túnica Média: abriga a membrana elástica externa e músculo liso Túnica Intima: Abriga a memb. Elástica interna, a camada subendotelial e o endotélio vascular Lúmen: parte interna dos vasos Artérias: Subclávia, Axilar, Braquial, Radial, Ulnar, Arco Palmar (profundo e superficial) 1º Período - Medicina Edith Coradi Bisognin Veias: Túnica Adventícia: parede externa Túnica Média: musc. liso Túnica Intima: memb. Elástica interna e endotélio vascular Folheto da Válvula: importante no retorno venoso Lúmen: parte mais interna dos vasos Arteríolas, Capilares, Vênulas Veias Profundas: Veia Cava Superior (VCS), V. jugular (interna e externa), V. Subclávia, V. Axilar, V. Basílica, Arco Venoso Palmar Profundo, Arco Venoso Palmar Superficial. Veias Superficiais: Veia Cefálica, Veia intermediária do cotovelo, V. Basílica, V. intermediária do Antebraço Veias Perfurantes: responsáveis pelo fluxo das veias superficiais para as profundas ARTÉRIAS VEIAS CAPILARES TÚNICA ÍNTIMA Lâmina elástica s/ lâmina elástica contém valvas no interior Endotélio e membrana basal TÚNICA MÉDIA Parede espessa; pode ser musc. Ou elást. Parede fina Não possui TÚNICA EXTERNA Mais fina que a média Mais espessa que a média Não possui LÚMEN estreito amplo Muito estreito 1º Período - Medicina Edith Coradi Bisognin Temperatura corporal: entre 35 º C e 36º C. Frequência cardíaca (pulso): entre 60 e 90 bpm. Pressão arterial Sistólica: entre 100 e 140 mmHg e diastólica entre 60 e 90 mmHg. Saturação de oxigênio sanguínea: acima de 96. Respiração: entre 16 e 20 mrpm. Dor: medida em escala entre suportável e insuportável. Alterações: febre, aumento da frequência cardíaca, respiratória e hipotensão Quase todos os mecanismos são reflexos de feedback negativo. Mecanismos Reguladores a Curto Prazo: Reflexos Barorreceptores: Reflexos rápidos que visam manter a PA constante por meio das alterações nas aferências do SN simpático e parassimpático. É o mais conhecido dos mecanismos nervosos de controle da pressão arterial, se localizam no sulco carotídeo e no arco da aorta. Esse reflexo é desencadeado por receptores de estiramento localizados em pontos específicos das paredes de diversas grandes artérias sistêmicas. O aumento da pressão estira os barorreceptores fazendo com 1º Período - Medicina Edith Coradi Bisognin que transmitam sinais ao SNC. Sinais de feedback são enviados de volta pelo sistema nervoso autônomo para a circulação, reduzindo a pressão arterial até seu nível normal. Além disso, os barorreceptores respondem com muito mais rapidez as variações de pressão que à pressão estável. Trajetória da Transmissão: 1. Detectação da alteração da PA pelos barorreceptores (sulco carotídeo e arco da aorta) 2. Estímulo é enviado ao tronco cerebral pelo nervo vago (parassimpático – aumentos na PA) ou glossofaríngeo (simpático – diminuição da PA) 3. Alterações nos centros vasomotores 4. Ativação de fibras simpáticas ou parassimpáticas Os barorreceptores possuem também uma capacidade de manter a pressão arterial constante na parte superior do corpo. Por exemplo, quando a pessoa fica em pé, após ter ficado deitada, a pressão na cabeça e na parte superior do corpo tende a diminuir, o que poderia resultar na perda de consciência. Contudo, a queda de pressão nos barorreceptores gera uma forte descarga simpática no corpo, o que minimiza a queda de pressão na cabeça e na parte superior do corpo. Quimiorreceptores Carotídeos e Aórticos – Efeito do baixo nível de oxigênio sobre a pressão arterial: Os reflexos quimiorreceptores trabalham da mesma maneira que os barorreceptores, a não ser pelo fato de a resposta ser desencadeada por quimiorreceptores ao invés de receptores de estiramento. Os quimiorreceptores são células sensíveis ao baixo nível de oxigênio e ao excesso de dióxido de carbono e íons hidrogênio. Excitam fibras nervosas que junto com as fibras barorreceptoras, passam pelos nervos de Hering e pelos nervos vagos, indo em direção ao centro vasomotor do tronco encefálico. Quando a pressão arterial cai abaixo do nível crítico, os quimiorreceptores são estimulados, transmitindo sinais e excitando o centro vasomotor, e essa resposta eleva a pressão arterial de volta ao normal. Reflexos cardiopulmonares: Os átrios e as artérias possuem em suas paredes, receptores de baixa pressão. Esses receptores desempenham um papel importante, especialmente ao minimizarem as variações da pressão arterial., em resposta às alterações do volume sanguíneo. Assim, apesar dos receptores de baixa pressão não serem capazes de detectar a pressão arterial sistêmica, eles detectam elevações simultâneas nas áreas de baixa pressão, causadas pelo aumento do volume sanguíneo, desencadeando reflexos paralelos aos barorreceptores, tornando o sistema total dos reflexos mais potente para o controle da PA. Resposta Isquêmica do SNC: Quando o fluxo sanguíneo diminui o suficiente para causar isquemia cerebral, os neurônios vasoconstritores e cardioaceleradores no centro vasomotor respondem à isquemia de modo a ficarem muito excitados. Quando essa excitação ocorre, a pressão arterial sistêmica se eleva aos níveis máximos do bombeamento cardíaco. Acredita-se que esse efeito seja causado pela incapacidade do fluxo lento de sangue de 1º Período - Medicina Edith Coradi Bisognin eliminar o dióxido de carbono do centro vasomotor. O grau de vasoconstrição simpática causado pela isquemia pode ser tão elevado que alguns vasos periféricos ficam quase ou totalmente obstruídos. Mecanismos Reguladores a Longo Prazo Sistema Hormonal de Regulação: Renina-Angiotensina-aldosterona: Sistema lento, responde a diminuição da PA. A renina é uma enzima proteica liberada pelos rins quando a pressão cai para níveis muito baixos. Sua resposta consiste em elevar a PA de diversos modos, contribuindo para a correção da queda inicial da pressão. A enzima renina age sob o substrato de renina, liberando angiotensina I, que possui propriedades vasoconstritoras, mas não o suficiente para causar alterações significativas na função circulatória. Após a formação de angiotensina I, forma-se a angiotensina II que é um vasoconstritor superpotente, de modo a aumentar a pressão arterial de dois modos: 1) vasoconstrição de diversas áreas do corpo; 2) diminuição da excreção de sal e água pelos rins. Volemia significa a quantidade de sangue que está circulando no corpo. Quando essa quantidade de sangue fica abaixo do considerado normal em um adulto, chamamos de hipovolemia. Geralmente esse decréscimo de quantidade ocorre por conta de hemorragias internas/externas, mas outros fatores podem ser responsáveis como problemas renais e mesmo a desidratação. Em contrapartida, existe a chamada hipervolemia, que uma quantidade mais alta do que normal de sangue circulando no corpo. Geralmente ocorre por conta de líquidos em excesso (até mesmo água). Choque Hipovolêmico: É o tipo mais frequente de choque e é causado por débito cardíaco inadequado devido à redução do volume sanguíneo. Dividido em: • Hemorrágico: pode ser relacionado ao trauma, em que há hipovolemia devido a perda de sangue e destruição tecidual. Ou não relacionado ao trauma, como ocorre no sangramento espontâneo por coagulopatia ou iatrogênico, hemoptise maciça e hemorragia digestiva. • Não hemorrágico: perda de volume pelo trato gastrointestinal (diarreia, vômitos), rins (excesso de diurético,estado hiperosmolar hiperglicêmico), perda para o terceiro espaço (pancreatite aguda, obstrução intestinal), queimaduras, hipertermia. 1º Período - Medicina Edith Coradi Bisognin Fisiopatologia: • Aumento da atividade simpática. • Hiperventilação. • Vasoconstrição venosa. • Hipoperfusão tecidual –> metabolismo anaeróbio –> lactato Classificação do choque hipovolêmico: O Ministério do Trabalho, por meio da Norma Regulamentadora 9 (NR-9), NR-12 e da Portaria no 25/1994, classifica os riscos ocupacionais em cinco tipos: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentais. Além disso, existe uma classificação por cor para facilitar a elaboração do Mapa de riscos ocupacionais e a adoção de medidas de prevenção de acidentes como, por exemplo, o uso de dispositivos de segurança como Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs). Riscos físicos São agentes de risco físico: ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e não- ionizantes, vibração e quaisquer outras formas de energia a que possam estar expostos os 1º Período - Medicina Edith Coradi Bisognin trabalhadores. Para cada tipo de risco é indicada uma limitação permitida. No caso de ruídos, o máximo de decibéis por exemplo. Riscos químicos São substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória como gases, poeiras, fumos ou vapores, além de outros que possam ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. É o nível de toxicidade do agente químico que determina o período máximo que o colaborador pode ter exposição. Riscos biológicos São bactérias, vírus, fungos, protozoários e as medidas de prevenção variam de acordo com a patogenicidade ao qual o trabalhador está exposto em sua atividade. Riscos ergonômicos Postura inadequada de trabalho, levantamento e transporte de peso, jornadas prolongadas de turno e quaisquer outras situações que exijam esforço físico demasiado ou que haja estresse físico. A avaliação desses riscos é feita por meio de um laudo ergonômico. Riscos de acidentais São situações perigosas que colocam o trabalhador em risco de acidente: iluminação ruim, operar máquinas e equipamentos sem proteção, estruturas de trabalho inadequadas (ferramentas descalibradas, armazenamento de materiais de forma incorreta) e situações como trabalho em altura, risco iminente de choque elétrico, incêndio, atmosferas explosivas e manuseio de máquinas pesadas. Fisiopatologia: Classificação do choque hipovolêmico:
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