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Prof. Fernando Rodrigues Unidade 1 - Bases Fisiológicas do Treinamento de Força (2ª parte) Finalidades do treinamento de Força Estética Recreativa Terapêutica Profilática Preparação Física Competitiva Especiais (Godoy, 1994; Gomes & Araújo Filho,1995; Rodrigues e Rocha, 1997; Feigenbaum & Pollock, 1997; Fleck e Kraemer, 1999; Hass et Al, 2000; Glaner, 2002); Guedes Jr, 1998; Lima, 1999; Ricardo & Vianna, 1999) Princípios do Treinamento de Desportivo: Princípio da Individualidade Biológica Princípio da Continuidade; Princípio da Interdependência Volume- Intensidade; Princípio da Especificidade; Princípio da Sobrecarga; Princípio da Adaptação; Princípio da Individualidade Biológica: Cada indivíduo possui uma estrutura física e uma formação psíquica própria, o que obriga a estabelecer-se diferentes tipos de condicionamento para obter as características físicas e psíquicas individuais. Princípio da Individualidade Biológica: Genótipo: Caracteres adquiridos no nascimento, potencial genético, intrasponível. Fenótipo: influências externas à partir do nascimento (exemplo: treinamento). Genótipo + Fenótipo + Indivíduo Biológico (Guedes, 1998) Princípio da Continuidade: Para assegurar a melhoria do rendimento é fundamental a continuidade do processo de treinamento das aulas. Trabalho cíclico e organizado pelo professor. Princípio da Continuidade: Pausa para recuperação – com novo estimulo após 24h. Os resultados do treinamento das capacidades motoras levam cerca de 3 meses. Princípio da Interdependência Volume X Intensidade: O que é Volume? Volume de treinamento é a quantidade de trabalho, incorporando as seguintes partes: O tempo, a duração do treinamento (em horas). O total de peso levantado por sessão ou fase. O número de exercícios por sessão. O número de séries e repetições por exercício ou sessão. Princípio da Interdependência Volume X Intensidade: O que é intensidade? Entende-se por intensidade: velocidade e inclinação (altimetria) e o volume como tempo, distância e quantidade de treinos, fica mais fácil estabelecer um planejamento adequado. Este conceito pode e deve ser aplicado não só na corrida, mas sim em todas as atividades físicas, como a musculação por exemplo. Princípio da Interdependência Volume X Intensidade: Um bom treino é aquele que considera os dois aspectos (intensidade e volume) de forma proporcional, ou seja, uma corrida ou treino de musculação nunca devem ser intensos e volumosos ao mesmo tempo. Devemos sempre priorizar, de acordo com a proposta do treino, um dos dois aspectos. Princípio da Interdependência Volume X Intensidade: A interdependência de volume e intensidade é na inversa, ou seja, o aumento do volume leva a diminuição da intensidade e vice- versa. Exemplo: Volume Intensidade Corrida de 100m rasos – Muita velocidade Maratona - Velocidade mais baixa (Guedes, 1998) Princípio da Interdependência Volume X Intensidade: Variação de Intensidade: Aumento da kilagem do material (Halter, caneleira, barra...) Amplitude de execução de movimento. Variação de Volume: Aumento do número de repetições dos exercícios. Aumento do número de exercícios nas séries. Aumento do número de passagens nas séries. Princípio da Especificidade: Observação do movimento; Análise dos ângulos e músculos envolvidos; Tipos de contração que está sendo priorizada. Bittencourt, 1984 Princípio da Sobrecarga: É um dos princípios mais importantes no treinamento desportivo. Caracterizado pelo aumento progressivo de carga (respeitando os períodos de recuperação). O tempo necessário de recuperação é proporcional a intensidade do trabalho realizado. Novaes & Vianna, 2003 Princípio da Sobrecarga: A reposição das reservas se faz em nível muscular, quase que integralmente nos primeiros 3 a 5 minutos de recuperação (passiva), mas a reposição orgânica ocorre somente no repouso prolongado. Novaes & Vianna, 2003 Princípio da Sobrecarga: Assimilação Compensatória Período de Recuperação Período de Restauração Ampliada Tempo de recuperação Princípio da Adaptação: Organismo estimulado aciona um mecanismo de compensação (estruturais e funcionais). Cuidados: estímulos bem dosados e progressivos (respeitando a recuperação) e evitando over training. TREINAMENTO – RECUPERAÇÃO - ALIMENTAÇÃO (Guedes, 1998) Princípios específicos do treinamento de força: a) Princípio da Segurança; b) Princípio da Estruturação; c) Princípio da Prioridade; d) Princípio da Seletividade; e) Princípio de Variabilidade; f) Princípio do Isolamento Muscular; g) Princípio da Adaptação Específica a Demanda Imposta. Hatfield, citado por Godoy, 1994 Princípio da Segurança: O treinamento não deve expor o indivíduo a riscos de lesões. Isto envolve a escolha de recursos materiais adequados, posicionamento na execução dos exercícios, a presença de ajudantes, etc. Hatfild, citado por Godoy, 1994 Princípio da Estruturação: NORMALMENTE trabalha-se os grandes grupamentos musculares antes dos pequenos Aquecimento neuromuscular no próprio exercício. Ordem dos exercícios: - Número de grupos; - Número de séries; - Métodos, etc; Princípio da Estruturação: NORMALMENTE trabalha-se os grandes grupamentos musculares antes dos pequenos Aquecimento neuromuscular no próprio exercício. Ordem dos exercícios: - Número de grupos; - Número de séries; - Métodos, etc; Por que? Princípio da Estruturação: NORMALMENTE trabalha-se os grandes grupamentos musculares antes dos pequenos Aquecimento neuromuscular no próprio exercício. Ordem dos exercícios: - Número de grupos; - Número de séries; - Métodos, etc; Por que? Pelo número de Unidades Motoras Princípio da Estruturação: NORMALMENTE trabalha-se os grandes grupamentos musculares antes dos pequenos Aquecimento neuromuscular no próprio exercício. Ordem dos exercícios: - Número de grupos; - Número de séries; - Métodos, etc; Princípio da Prioridade: Dar maior ênfase aos grupos musculares menos desenvolvidos, mais fracos ou menos aptos. Princípio da Seletividade: Os exercícios devem ser escolhidos de forma a provocarem adaptações determinadas e específicas. Princípio da Vareabilidade: O treinamento deve ser alterado, de forma a impedir a estagnação das reações de adaptação, bem como a monotonia, evitando a saturação psicológica e queda de motivação. Princípio do Isolamento Muscular: Os exercícios devem ser escolhidos e executados, de forma a diminuir a ação de músculos sinergistas, concentrando o estímulo sobre um grupo muscular específico. É óbvio que se trata de um isolamento relativo. Princípio da Adaptação Específica e Demanda Imposta: O treinamento deve promover um stress específico a cada componente da musculatura. Equipamentos: Módulos; Aglomerados; Halteres; Barras; Anilhas; Caneleiras; Sapatilhas; Capacetes; Coletes;Extensores; Definições de termos: Repetição ou Rep: É um movimento completo de um exercício. Normalmente consiste de duas fases: a ação concêntrica do músculo, ou levantamento completo do peso, e a ação excêntrica do músculo ou do retorno à posição inicial. Fleck & Kraemer (1999) Definições de termos: Repetições ou Rep: Número de execuções de um determinado movimento. Apresenta uma relação direta com o peso (carga) a ser deslocado. Ex. 15 reps Definições de termos: Séries ou Set: É um grupo de repetições desenvolvidas de forma contínua, sem interrupções. Embora uma série possa ser completada com qualquer número de repetições. Fleck & Kraemer (1999) Fig. 01 - Correlação entre o número de repetições e o percentual de peso máximo ( Matveiev,1991; citado por Zakharov,1992:121 ) (% RM) 100 - 95 - 2 3 90 - 3 5 85 - 5 7 80 - 6 10 75 - 8 12 70 - 10 15 65 - 12 18 60 - 15 20 55 - 0 5 10 15 20 (Rep. máx) Definições de termos: Intervalo: É a recuperação entre os sets de um exercício. Os períodos de descanso permitidos entre os sets e entre os exercícios durante uma sessão de treinamento. Apresenta relação direta com os sistemas energéticos. Fleck & Kraemer (1999) Definições de termos: Intervalo: Tempo de Recuperação do Sistema ATP-CP 30 seg 70% 1 min 80% 2 a 3 min 90% 5 a 10 min 100% Novaes e Vianna, 2003 Definições de termos: Rotina, sessão ou programa de treinamento: Representa um sistema de exercícios relativamente isolado no tempo, dotado de propriedades que permitem uma orientação supervisionada com características distintas, dependendo do objetivo do treino. (Zakharov, 1992) Definições de termos: Frequência: É o número de sessões de treino realizadas por semana (período). Depende da disponibilidade e do nível de treinamento do indivíduo e do tipo de trabalho muscular a ser realizado. Normalmente 48 horas. Zakharov, 1992 Fatores técnicos do treinamento de força: Intensidade: Está relacionada ao percentual (%) da carga máxima do indivíduo. Depende do nível de treinamento do indivíduo e do tipo de trabalho muscular a ser desenvolvido. Fatores técnicos do treinamento de força: Objetivo % 1-RM Repetições No de sets Intervalo entre sets força máxima estática > 100 6 a 20 contrações de 6" a 8" 3 a 4 1 a 2 minutos força máxima dinâmica 80 -100 1 a 8 3 a 5 + 2 a 5 minutos força explosiva 50 - 70 8 a 15 3 a 6 2 a 5 minutos força de resistência < 70 12 a 20 2 a 3 20" a 30" hipertrofia 70 - 85 6 a 12 4 a 6 30" a 90" Vianna e Ricardo, 1999 Fatores técnicos do treinamento de força: Quantidade de repetições por sets: OBJETIVOS REPS força, sem massa 2 a 4 massa, com pouca força 6 a 8 massa, força e resistência 10 a 15 resistência, sem sobrecarga 15 a 50 cardiorrespiratória resistência muscular e 75 a 100 cardiorrespiratória ou mais Godoy, 1994 Fatores técnicos do treinamento de força: Quantidade de exercícios por grupo muscular Iniciantes 1 a 2 Intermediários 2 a 4 Avançados variado Quantidade de sets por exercício Iniciantes 1 a 2 Intermediários 2 a 4 Avançados variado Godoy, 1994 Fatores técnicos do treinamento de força: Velocidade de execução: lenta massa e força 2s (+) e 4s (-) média resistência e coordenação 1,5s a 2,5s rápida força explosiva (entre 6 a 8 seg) Zakharov, 1992 Fatores técnicos do treinamento de força: Respiração: continuada ativa passiva bloqueada combinada livre inspira (+) e expira (-) expira (+) e inspira (-) apnéia (+ e -) ativa: inspira, (+) bloq, expira (-) passiva: expira (+), bloq (-) Bittencourt, 1984 Fatores técnicos do treinamento de força: Respiração: Respiração bloqueada: - Inspira, realiza o exercício e expira no final do movimento. Contra indicada , devido ao aumento da pressão arterial (Manobra de Valsalva). Fatores técnicos do treinamento de força: Respiração: Respiração Passiva – Ativa: - Inspira Concêntrica - Expira Excêntrica Fatores técnicos do treinamento de força: Respiração: Respiração Passiva – Eletiva: - Inspira Excêntrica - Expira Concêntrica - Possibilita um melhor retorno sanguíneo; Fatores técnicos do treinamento de força: Respiração: Respiração Passiva – Eletiva: - Inspira Excêntrica - Expira Concêntrica - Possibilita um melhor retorno sanguíneo; Fatores técnicos do treinamento de força: Respiração: Respiração Continuada: - Respiração livre durante a realização do exercício; - R.M.L.; - Iniciantes; Fatores técnicos do treinamento de força: Respiração: Respiração Combinada: - Bloqueada e passivo – ativo: inspira e bloqueia. Realiza o movimento; - Bloqueada e passiva – eletiva: bloqueia no final da fase concêntrica. Realiza o movimento excêntrico, e expira na fase concêntrica; Fatores técnicos do treinamento de força: Exercícios Básicos: Envolvem grandes massas musculares (coxa, peitorais, costas), em conjunto com músculos de menor tamanho (braços, antebraços, panturrilha). Biarticulares. Objetivam o aumento da massa muscular geral. Permitem a execução de movimentos com pesos elevados. (Geraldes, 1993) Fatores técnicos do treinamento de força: Exercícios Complementares: Ou exercícios isolados ou específicos, são aqueles que procuram isolar o grupo muscular trabalhado. Objetivando uma menor ação dos sinergistas. Geralmente são realizados com pesos mais leves, concentrado e/ ou unilateral. (Geraldes, 1993) Fatores técnicos do treinamento de força: Volume • no de repetições • no de sets • no de exercícios • duração do treino • freqüência semanal Intensidade • carga • velocidade de execução • intervalo de recuperação Programa de exercícios: Número dos exercícios; Nome dos exercícios; Número de grupos ou sets; Número de repetições; Kilagem (espaço p/ modificar o peso); Velocidade de execução; Duração dos intervalos; Freqüência do aluno; Tipo de respiração; Data da reavaliação ou duração do programa; Anamnese: perfil do aluno: (objetivos) estético; recreativo; saúde; modismo; C.F.G.; preparação física; dados pessoais; histórico de ativ. física; histórico de saúde; dados antropométricos; avaliação postural; testes (força, rml, flex., capac. aeróbica, etc.) TRABALHO (Atividade Estruturada) • Musculação X Esteróides• Musculação X Obesidade • Musculação X Diabetes • Musculação X Idosos • Musculação X Crianças • Musculação X Hipertensos To be continue... Prof. Fernando Rodrigues
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