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18
danielle dos santos lima 
diagnósticos de enfermagem relacionados à hipertensão arterial
Osasco
2017
danielle dos santos lima
diagnósticos de enfermagem relacionados à hipertensão arterial
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Anhanguera, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Enfermagem. 
Orientador: Keila Silva
Osasco
2017
danielle dos santos lima
diagnósticos de enfermagem relacionados à hipertensão arterial
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Anhanguera, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Enfermagem. 
BANCA EXAMINADORA
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Cidade, dia de mês de ano (Fonte Arial 12)
Substitua as palavras em vermelho conforme o local e data de aprovação.
 Dedico este trabalho:
Aos meus pais,
Josinete e Adilson
Ao meu esposo,
Sérgio Araújo Soares
A minha orientadora,
Keila Silva
E a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para que meu sonho se concretizasse.
 
AGRADECIMENTOS 
Primeiramente a Deus por ter me dado saúde e forças para lutar pelos meus sonhos, me manter firme diante de todas dificuldades, em prol de alcançar meus objetivos.
A minha mãe Josinete Guilherme dos Santos por ter me dado o bem mais precioso que é a vida, ter me ensinado a ser uma pessoa de bem, guerreira e batalhadora, por todo apoio que sempre me deu em todas as fases da minha vida.
A meu pai Adilson Felix de Lima por ter me mostrado que somos capazes de alcançar todos nossos sonhos e objetivos, sendo uma referência de força e dedicação.
A meu esposo Sergio Araújo Soares que esteve durante todo o tempo ao lado, por todo apoio, incentivo, carinho e companheirismo.
A minha orientadora Keila Silva por ter me instruído, me orientado e tornado possível a finalização deste trabalho.
A todos que participaram da minha vida durante essa trajetória e que de alguma forma contribuíram para que meus objetivos fossem alcançados.
LIMA, Danielle dos Santos. Diagnósticos de Enfermagem Relacionados à Hipertensão Arterial. 2017. 31 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso de Enfermagem – Universidade Anhanguera, Osasco, 2017.
RESUMO
A hipertensão arterial é uma doença caracterizada por níveis elevados de pressão arterial. Sendo uma condição clínica multifatorial e o principal fator de risco para as complicações das doenças cardiovasculares, é essencial um modelo assistencial de enfermagem para a prevenção e recuperação. Dentre todo o processo de enfermagem, há o diagnóstico de enfermagem que consiste na tomada de decisão clínica sobre a presença de uma resposta humana que requer uma intervenção. Considerado a segunda fase do processo de enfermagem, o diagnóstico de enfermagem é fundamental para definir um plano assistencial adequado e eficaz.
Palavras-chave: Diagnósticos; Hipertensão arterial; Enfermagem
LIMA, Danielle dos Santos. Diagnósticos de Enfermagem Relacionados à Hipertensão Arterial. 2017. 31 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso de Enfermagem – Universidade Anhanguera, Osasco, 2017.
ABSTRACT
Hypertension is a disease characterized by high blood pressure levels. As a multifactorial clinical condition and the main risk factor for complications of cardiovascular diseases, a nursing care model for prevention and recovery is essential. Among all the nursing process, there is the nursing diagnosis that consists of the clinical decision making about the presence of a human response that requires an intervention. Considering the second phase of the nursing process, the nursing diagnosis is fundamental to define an adequate and effective care plan.
Key-words: Diagnostics; Arterial hypertension; Nursing
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 – Classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual do consultório ( > 18 anos) (VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2010).	19
Tabela 2 – Tipos de diagnósticos de enfermagem segundo a NANDA	20
Tabela 3 – Eixos que devem ser levados em conta no processo diagnóstico......	...22
Tabela 4 – Domínios que são distribuídos os diagnósticos de enfermagem na NANDA
	23
Tabela 5 – Diagnósticos de enfermagem e suas características definidoras com alta prevalência, segundo domínios da NANDA-I em pacientes atendidos em ambulatório de hipertensão. Porto Alegre – RS, 2011...................................................................27
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
DE Diagnóstico de Enfermagem
PE Processo de Enfermagem
SAE Sistematização da Assistência de Enfermagem
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................13
1. A DOENÇA HIPERTENSÃO ARTERIAL.............................................15
1.1	FISIOPATOLOGIA................................................................................16
1.2	MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS..............................................................17
1.3 HISTÓRICO E ACHADOS DIAGNÓSTICOS........................................18
1.4 TRATAMENTO CLÍNICO......................................................................18
1.5 TERAPIA FARMACOLÓGICA..............................................................19
2	 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM.................................................20
3	 A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM HIPERTENSÃO...........................................................................25
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................30
REFERÊNCIAS...............................................................................................31
INTRODUÇÃO
A hipertensão arterial sistêmica popularmente conhecida como pressão alta é uma condição clínica que pode ser causada por diferentes fatores, tais como: doenças relacionadas, obesidade, idade, consumo excessivo de sal, consumo de bebidas alcoólicas, sedentarismo, dentre outros fatores. Essa doença se caracteriza por níveis elevados da pressão arterial de maneira sustentada, ou seja, boa parte do tempo ou durante todo o tempo essa pressão arterial se manterá elevada. Podendo ser assintomática durante um grande período, assim como ocasionar dores no peito, cefaleia, visão turva, vertigem, dentre outros, é o principal fator de risco para complicações de doenças cardiovasculares. Seu diagnóstico é feito através de aferição periódica da pressão arterial, afim de constatar a aumento sustentado da pressão. Seu tratamento é feito através de hábitos de vida saudáveis, assim como medicações se houver a necessidade.
O diagnóstico de enfermagem se caracteriza pela análise e julgamento clínico, a partir do levantamento de sinais e sintomas que o paciente apresenta, de modo que, através do mesmo será possível criar um plano assistencial eficaz e obter os resultados esperados.
 
 Sendo assim, torna-se fundamental que exista diagnósticos de enfermagem adequado sobre hipertensão arterial para que ocorra intervenções de enfermagem apropriada e eficazes, visando a prevenção e recuperação dos níveis elevados da pressão arterial.
Deste modo foi investigado alguns diagnósticos de enfermagem relacionados à hipertensão, assim como qual a importância dos diagnósticos de enfermagem para pacientes com hipertensão arterial.
O objetivo geral deste trabalho consiste em investigar diagnósticos de enfermagem que estejam relacionados à hipertensão arterial, assim como analisar a importância dos diagnósticos de enfermagem em pacientes hipertensos.
Deste modo os três objetivos específicos que formam o objetivo geral são: Descrever com bases científicas a Doença HipertensãoArterial, assim como suas causas, cuidados e tratamento; explicar o que é um diagnóstico de enfermagem baseando-se em artigos científicos; indicar possíveis diagnósticos para pressão arterial elevada, assim como demonstrar a importância do diagnóstico de enfermagem frente ao paciente com hipertensão arterial.
A metodologia deste trabalho de conclusão de curso consiste em um estudo de revisão bibliográfica nas bases de dados indexados, exploratório e descritivo, utilizando os descritores em ciências de saúde: Diagnósticos, Enfermagem, Hipertensão Arterial, os resultados sintetizam a coleta de dados de artigos científicos.
1 A DOENÇA HIPERTENSÃO ARTERIAL
Pressão arterial é a força que o sangue exerce sobre as paredes dos vasos. Ocorre oscilações contínuas de acordo com a posição da pessoa, da situação em que se encontra e as atividades exercidas. (PORTO, PORTO, 2013. p.290)
 Tem por desígnio promover uma boa perfusão tecidual, possibilitando as trocas metabólicas. Está diretamente ligada com o trabalho do coração e demonstra o sistema de pressão vigente na árvore vascular arterial. (PORTO, PORTO, 2013. p.290)
 Na investigação diagnóstica a tensão arterial é um parâmetro fisiológico que se torna indispensável, sendo o registro dos níveis pressóricos obrigatórios durante o exame clínico. (MARCOLINO, SANTOS, 2009, p.2)
 Fala-se em hipertensão arterial quando os níveis tensionais estão acima dos valores que são considerados normais. É necessário cuidado nas técnicas de aferir a pressão arterial, devendo haver repetição em ocasiões diferentes evitando a precipitação de diagnosticar a doença e prejudicar o paciente. (PORTO, PORTO, 2013. p.290)
Em 2000 a prevalência da hipertensão estava em torno de 26%, totalizando 1 milhão de pessoas. Para 2025 a previsão é de que a prevalência seja igual ou maior a 29%, devido ao fato de se esperar uma grande proporção de idosos nesse período. (MARCOLINO, SANTOS, 2009, p.2)
 Existe cerca de 17 milhões hipertensos no Brasil, correspondendo 35% da população acima de 40 anos. (MARCOLINO, SANTOS, 2009, p.2)
 A hipertensão algumas vezes é denominada “ o assassino silencioso”, devido ao fato de ser frequentemente assintomática. (SMELTZER et al, 2011, p. 893)
 Com constância a hipertensão acompanha outros fatores de risco para a doença cardíaca aterosclerótica, como diabetes mellitus, dislipidemia (níveis sanguíneos anormais de lipídeos), obesidade, síndrome metabólica e estilo de vida sedentário. Maiores incidências mostram-se também em pessoas que apresentam outras condições cardiovasculares, como doença arterial coronária, insuficiência cardíaca, e história de acidente vascular cerebral. Embora o tabagismo não eleva a pressão, pessoas hipertensas que fumam correm um risco maior de morrer por doença cardíaca. (SMELTZER et al, 2011, p. 893)
 O aumento da pressão arterial pode ser dividido de três formas: como um sinal, como fator de risco para doença cardiovascular aterosclerótica ou como a doença. Como sinal a pressão arterial é utilizada para monitorar o estado clínico do cliente. Podendo indicar dose em excesso de medicação vasoconstritor, entre outros problemas. Como fator de risco, a hipertensão contribui para o acumulo em maior velocidade de placa aterosclerótica no interior das paredes das artérias. Como doença, a hipertensão contribui de forma significativa para a morte por doença vascular cerebral, vascular periférica, cardíaca e renal. (MARCOLINO, SANTOS, 2009, p.2)
 A hipertensão descompensada provoca lesão dos vasos sanguíneos em todo o corpo, particularmente nos órgão-alvo, como o cérebro, coração, rins e os olhos. Como consequência desse aumento de pressão durante um tempo prolongado e de forma descontrolada pode ocorrer infarto do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais, insuficiência cardíaca, insuficiência renal e comprometimento da visão. Pode ocorrer a hipertrofia do ventrículo esquerdo, pois seu funcionamento é bombear o sangue contra a pressão que neste caso estará elevada. Recomenda-se o eco cardiograma para determinar a ocorrência de hipertrofia. (SMELTZER et al, 2011, p. 893, 894)
1.1 FISIOPATOLOGIA
 A pressão arterial é o produto do débito cardíaco pela resistência periférica. O débito cardíaco é o produto da frequência cardíaca pelo volume sistólico. Na circulação considerada normal, a pressão passa do músculo cardíaco para o sangue sempre que ocorre a contração do coração e, logo após, a pressão é exercida pelo sangue à medida que corre através dos vasos sanguíneos. (MARCOLINO, SANTOS, 2009, p.2)
 O aumento do débito cardíaco e o aumento da resistência periférica podem ser resultados da hipertensão. Embora a etiologia da maioria dos casos de aumento da pressão arterial não seja identificada, sabe-se que é uma doença multifatorial. É preciso haver alteração em um ou mais dos fatores que afetam o débito cardíaco ou a resistência periférica para que exista a hipertensão. É preciso que também exista um problema com os sistemas de controle do organismo responsáveis por monitorar e regular a pressão arterial. (PORTO, PORTO, 2013. p.290)
Diversos fatores foram apontados como causas da hipertensão arterial:
Elevação da atividade do sistema nervoso simpático associado com a disfunção do sistema nervoso autônomo. (SMELTZER et al, 2011, p. 894)
Elevação da reabsorção renal de água, sódio e cloreto relacionado com uma alteração genética nas vias de processamento do sódio pelos rins. (SMELTZER et al, 2011, p. 894)
Elevação da atividade do sistema de renina-angiotensiona-aldosterona, tendo como resultado a expansão do volume de líquido extracelular e aumento da resistência vascular sistêmica. (PORTO, PORTO, 2013. p.290)
Diminuição da vasodilatação das arteríolas, relacionado à disfunção do endotélio vascular. (SMELTZER et al, 2011, p. 894)
Resistencia à ação da insulina, podendo ocasionar um fator comum que integra a hipertensão, o diabetes melito tipo 2, a obesidade, a hipertrigliceridemia e a intolerância à glicose. (PORTO, PORTO, 2013. p.290)
1.2 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Pode ocorrer de o exame físico não acusar nenhuma anormalidade, a não ser os níveis da pressão arterial elevados. Em algumas ocasiões ocorrem alterações retinianas, como hemorragias, estreitamento arteriolar, exsudatos (acúmulo de líquidos, e manchas algodonosas (pequenos infartos). Pode-se observar na hipertensão grave a presença de papiledema (edema do disco do nervo óptico). A hipertensão pode ser assintomática durante anos. Todavia quando aparecem sinais e sintomas específicos, habitualmente indicam lesão vascular. Sendo consequências comuns da hipertensão a doença arterial coronária com angina e o infarto do miocárdio. Em resposta ao aumento de trabalho do ventrículo esquerdo quando contrai contra a pressão mais elevada ocorre a hipertrofia ventricular. Em caso de lesão cardíaca com grande extensão sobrevém a insuficiência cardíaca. As patologias renais podem se manifestar como nictúria. O acidente vascular cerebral ou um ataque isquêmico transitório resultam de um comprometimento vascular cerebral, manifestando-se através de alterações na fala ou na visão, fraqueza, tontura, queda súbita ou paralisia inalterável ou temporária em um lado do corpo. Em pacientes hipertensos os infartos cerebrais respondem pela maioria dos acidentes vasculares cerebrais e ataque isquêmico transitório. (SMELTZER et al, 2011, p. 894,895)
1.3 HISTÓRICO E ACHADOS DIAGNÓSTICOS
 São necessários um histórico de saúde completo e também exame físico. São examinadas as retinas e exames laboratoriais são feitos para verificar a possibilidade de lesão dos órgãos-alvo. (PORTO, PORTO, 2013. p.290)
Os exames laboratoriais de rotina incluem exame de urina, bioquímica (i. e., determinação do sódio, potássio, creatinina, glicose em jejum e níveis de colesterol total e colesterol das lipoproteínas de alta densidade [HDL]) e eletrocardiograma (ECG) de 12 derivações. A hipertrofia vascular esquerda pode ser avaliada através de ecocardiograma. A presença de lesão renal pode ser sugeridapor elevações nos níveis de ureia e de creatinina ou pela detecção de microalbuminúria ou macroalbuminúria. (SMELTZER et al, 2011, p. 895)
 Exames como depuração da creatina, exames de urina, nível de renina e proteína urinária de 24horas também podem ser realizados.
 É preciso fazer a avaliação dos fatores de risco para classificar e orientar o tratamento de pacientes hipertensos com risco de lesão cardiovascular. (MARCOLINO, SANTOS, 2009, p.2)
1.4 TRATAMENTO CLÍNICO
 O tratamento da hipertensão tem como meta evitar complicações e a morte, mantendo a pressão arterial igual ou menor que 140/90 mmHg. Para pacientes com diabetes melito ou doença renal crônica é importante a pressão arterial menor que 130/80mmHg. (MARCOLINO, SANTOS, 2009, p.2)
 O ideal seria um tratamento simples, de baixo custo e que modifique o mínimo possível a vida do paciente. (SMELTZER et al, 2011, p. 895)
Para um tratamento eficaz é necessário que o hipertenso faça modificações em seus hábitos cotidianos como redução de sódio e álcool, abandono do tabagismo, controle de peso, atividade física regular, sendo preciso em determinados casos a terapia farmacológica para o controle da pressão arterial. (PORTO, PORTO, 2013. p.290)
1.5 TERAPIA FARMACOLÓGICA
 Para o tratamento de hipertensão são usados medicamentos que diminuem a resistência periférica, o volume do sangue ou a força e a frequência de contração do miocárdio. Para pacientes sem complicações e indicações específicas são usados inicialmente diuréticos, betabloqueadores ou ambos. De imediato o paciente recebe doses baixas do medicamento. Se a pressão não diminuir para menos que 140/90mmHg, aumenta-se a dose gradualmente, incluindo outros medicamentos se necessário. Se a pressão permanecer abaixo de 140/90mmHg por no mínimo 12 meses, diminui-se a dose e os tipos de medicação gradualmente. (SMELTZER et al, 2011, p. 895, 897)
Tabela 1. Classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual do consultório ( > 18 anos) (VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2010).
Fonte: (PORTO, PORTO, 2013. p.296)
	Classificação 
	Pressão Sistólica (mmHg)
	Pressão Diastólica (mmHg)
	Ótima
	<120
	<80
	Normal
	<130
	<85
	Limítrofe
	130 – 139
	85 – 89
	Hipertensão estágio 1
	140 – 159
	90 – 99
	Hipertensão estágio 2
	160 – 179
	100 – 109
	Hipertensão estágio 3
	> ou igual a 180
	> ou igual a 110
2 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM 
O termo diagnóstico tem origem norte-americana surgiu em 1950 com McManus, que, ao apresentar as funções que competem ao enfermeiro, acrescenta o diagnóstico como responsabilidade da enfermagem. (TANNURE, PINHEIRO, 2011, p.49)
No ano de 1953 Vera Fry adicionou ao termo diagnóstico a palavra ‘enfermagem”, propondo a criação de diagnósticos de enfermagem e a implementação de cuidados de forma individualizada. (LOPES, MACEDO, LOPES, 1997, p.35 – 41)
No ano de 1973, um conjunto de enfermeiras norte-americanas observaram que se tornava necessário o desenvolvimento de uma terminologia para apresentar os problemas de saúde diagnosticados e tratados pelos profissionais de enfermagem com maior frequência. Deste modo foi realizado a 1ª Conferência Nacional sobre Classificação de Dagnósticos de Enfermagem em Saint-Louis University School of Nursing. (TANNURE, PINHEIRO, 2011, p.49)
A primeira listagem de diagnósticos foi desenvolvida por enfermeiros assistenciais, educadores, pesquisadores e teóricos, e os diagnósticos foram organizados em ordem alfabética e posteriormente evoluíram para um sistema conceitual que direcionou a classificação dos diagnósticos em uma taxonomia. (TANNURE, PINHEIRO, 2011, p.49)
No ano de 1982, foi desenvolvida e aceita para testes clínicos uma lista com 50 diagnósticos em ordem alfabética, onde, as conferências que no começo era limitada a convidados passam a ser abertas à comunidade de enfermagem. (TANNURE, PINHEIRO, 2011, p.49)
De acordo com TANNURE, PINHEIRO (2011) “ em 1982, o grupo adotou um regime interno e foi criada a NANDA.
Tabela 2: Tipos de diagnósticos de enfermagem segundo a NANDA
	Diagnósticos reais
(ou atuais)
	Diagnósticos de risco
	Diagnósticos de promoção da saúde
	Diagnósticos de bem-estar
Fonte: TANNURE, PINHEIRO (2011 p. 50)
De acordo com TANNURE, PINHEIRO (2011) “diagnóstico de enfermagem real descreve respostas humana a condições de saúde/processos vitais que existem de fato em um indivíduo, uma família ou uma comunidade no momento presente”.
Segundo TANNURE, PINHEIRO (2011) “ Diagnóstico de enfermagem de risco descreve respostas humanas às condições de saúde que podem desenvolver-se em um indivíduo, uma família ou uma comunidade vulnerável”.
Diagnóstico de enfermagem de promoção da saúde é o julgamento clínico de motivação e de desejo de um indivíduo, família ou comunidade de aumentar o bem-estar e concretizar o potencial de saúde humana, conforme manifestado em sua disposição para melhorar comportamentos específicos de saúde, como alimentação e o exercício.
Conforme TANNURE, PINHEIRO (2011) “ diagnóstico de enfermagem de bem-estar descreve respostas humanas a níveis de bem-estar em um indivíduo, uma família ou comunidade que têm potencial de aumento para um estado mais elevado. 
O diagnóstico de enfermagem foi adentrado no Brasil em 1967, por Wanda de Aguiar Horta, que se fundamentou na teoria da motivação humana de Abraham Maslow. Horta sugeriu uma sistematização da assistência de enfermagem, subdividindo-se em seis fases, sendo o diagnóstico de enfermagem a segunda fase deste processo. A enfermagem brasileira esqueceu por um longo período do termo diagnóstico, sendo relembrado na literatura após quase 20 anos. (LOPES, MACEDO, LOPES, 1997, p.35 – 41) 
Em 1977 observa-se que o enfermeiro encontra grande dificuldade para constituir o diagnóstico de enfermagem durante o todo o processo. Atribuindo como razões: a falta de conhecimento dos sinais e sintomas, das alterações das necessidades básicas humanas e da nomenclatura das mesmas. (SILVA, et al, 2007 p.2/13)
Em 1990 a NANDA (North American Nursing Diagnosis Association) descreveu o diagnóstico de enfermagem como sendo um julgamento clínico baseado nas respostas e ou experiências do indivíduo, do familiar ou de toda uma comunidade, aos problemas de saúde que existem ou que possam vir a existir, estabelecendo a base para que o enfermeiro (a) prescreva as intervenções de enfermagem adequadas atingindo assim os resultados esperados. O uso dos diagnósticos de enfermagem pode trazer benefícios para o profissional, para o cliente, e também para a instituição. (LOPES, MACEDO, LOPES, 1997, p.35 – 41)
De acordo com NANDA (2012-2014) Diagnóstico de enfermagem é um julgamento clínico das respostas/experiências do indivíduo, da família ou da comunidade a problemas de saúde/processos vitais reais ou potenciais. O diagnóstico de enfermagem constitui a base para a seleção das intervenções de enfermagem para alcançar resultados pelos quais o enfermeiro é responsável.
O diagnóstico estabelece a segunda etapa da sistematização de enfermagem (SAE) no processo de enfermagem. Nesta fase todos os dados investigados na coleta de dados através do histórico e do exame físico devem ser avaliados e interpretados de forma criteriosa afim de estabelecer diagnósticos adequados de acordo com os sinais e sintomas apresentados pelo paciente. (TANNURE, PINHEIRO, 2011, p.47)
“ Os diagnósticos de enfermagem baseiam-se tanto nos problemas reais quanto nos potenciais, que podem ser sintomas de disfunções fisiológicas, comportamentais, psicossociais ou espirituais”. (TANNURE, PINHEIRO, 2011, p.47)
Importante ressaltar que todos diagnósticos precisam ser identificados e listados prioritariamente, de acordo com as necessidades do paciente, levando em conta o nível de ameaça e o do bem-estar, mantendo um foco central para as fases que virão posteriormente. (SILVA, et al, 2007 p.2/13)
Tabela 3: Eixos que devem ser levados em conta no processo diagnóstico.
	Eixo 1
	Conceito diagnóstico
	Eixo 2Sujeito do diagnóstico ( indivíduo, família, grupo, comunidade)
	Eixo 3
	Julgamento (comprometido,diminuído,atrasado, perturbado, prejudicado, disposição para)
	Eixo 4
	Localização ( partes/ regiões do corpo e funções)
	Eixo 5
	Idade ( de feto a idoso)
	Eixo 6
	Tempo (agudo, crônico, intermitente, contínuo)
	Eixo 7
	Situação do diagnóstico ( real, promoção da saúde, risco e bem-estar)
Fonte: TANNURE, PINHEIRO (2011 p. 50)
De acordo com TANNURE, PINHEIRO (2011 p. 51) a taxonomia da NANDA (2010) é, atualmente, o sistema de classificação mais usado no mundo. Traduzida para mais de 17 idiomas, está incorporada a alguns sistemas de informática desses países. As conferências da NANDA são realizadas a cada 2 anos: em plenária geral, na qual são discutidos e aprovados novos diagnósticos e componentes que integrarão a taxomia revista. 
Tabela 4: Domínios que são distribuídos os diagnósticos de enfermagem na NANDA
	Domínio 1
	Promoção da saúde
	Domínio 2
	Nutrição
	Domínio 3
	Eliminação e troca
	Domínio 4
	Atividade/repouso
	Domínio 5
	Percepção/cognição
	Domínio 6
	Autopercepção
	Domínio 7
	Papéis e relacionamento
	Domínio 8
	Sexualidade
	Domínio 9
	Enfrentamento/tolerância ao estresse
	Domínio 10
	Princípios da vida
	Domínio 11
	Segurança/proteção
	Domínio 12
	Conforto
	Domínio 13
	Crescimento/desenvolvimento
Fonte: TANNURE, PINHEIRO (2011 p. 51)
 Para que a enfermeira dê a assistência adequada ao paciente, é imprescindível conhecer as dificuldades do mesmo, de modo que, a falta de perceptibilidade na identificação das dificuldades existentes resulta em perda de tempo, energia e até mesmo de dinheiro, pois não haverá um resultado adequado e satisfatório, levando em conta que, a necessidade apresentada pelo cliente/paciente não ser suprida. De acordo com sua teoria o foco da enfermagem é fornecer uma assistência adequada e de qualidade, atendendo as necessidades exibidas pelo paciente, e o objetivo da instituição é proporcionar um serviço efetivo e eficiente, afim de atingir um resultado satisfatório. (LOPES, MACEDO, LOPES, 1997, p.35 – 41) 
 Deste modo, o uso dos diagnósticos de enfermagem beneficia a todos, pois direciona os cuidados de enfermagem para as necessidades e dificuldades do paciente, diminui a chance de erros na escolha de intervenções, registra de maneira clara e objetiva as reações do cliente e consequentemente permite a avaliação dos cuidados prestados. (LOPES, MACEDO, LOPES, 1997, p.35 – 41)
É imprescindível que o profissional de enfermagem saiba manipular a NANDA e obtenha domínio sobre os conceitos estabelecidos pela mesma, para que não ocorra equívocos na interpretação e nos fechamentos dos diagnósticos estabelecendo as intervenções adequadas de acordo com a necessidade do paciente. A NANDA é de grande importância para todo o processo de enfermagem, estando vinculada tanto assistência quanto a docência. (SILVA, et al, 2007 p.2/13)
De acordo com SILVA, et al (2007) O processo de Enfermagem é constituído de um conjunto de etapas: coleta de dados, diagnóstico de Enfermagem, planejamento, implementação e avaliação, que focalizam a individualização do cuidado mediante uma abordagem de solução de problemas a qual se fundamenta em teorias e modelos conceituais de Enfermagem. Dentre essas etapas, o diagnóstico de Enfermagem tem merecido destaque por se tratar de uma etapa dinâmica, sistemática, organizada e complexa do processo de Enfermagem, significando não apenas uma simples listagem de problemas, mas uma fase que envolve avaliação crítica e tomada de decisão
O diagnóstico de enfermagem é uma forma de demonstrar a necessidade de cuidados do paciente de acordo com os todos os dados que foram coletados e avaliados de forma detalhada e criteriosa. (SILVA, et al, 2007 p.2/13)
3 IMPORTâNCIA DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM hipertensão
A hipertensão arterial sistêmica, por ser uma doença multifatorial, carece de cuidado multiprofissional para garantir resultados mais eficientes. Entre os profissionais que atuam na assistência dos hipertensos estão os enfermeiros. (CALEGARI et al, 2012, p.610 – 618)
A pressão arterial alta é de manejo complexo e de difícil controle, de modo que em grande maioria dos casos o paciente cuida da hipertensão na fase aguda, entretanto na doença crônica muitos hipertensos não aderem ao tratamento por se tratar de um cuidado diário e contínuo. (CALEGARI et al, 2012, p.610 – 618)
A pressão arterial alta associada à falta de adesão ao tratamento aumentam as chances de doenças cardiovasculares tais como: doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca congestiva, além de acidentes vasculares encefálicos e insuficiência renal. (CALEGARI et al, 2012, p.610 – 618)
 A assistência prestada pela enfermagem, estabelece que as suas decisões sobre as intervenções propostas sejam baseadas na avaliação do estado de saúde do paciente. Para que seja possível realizar esta avaliação, é necessário que se coloque em prática o processo de enfermagem, pois através dele poderá identificar os cuidados que são cabíveis ao paciente de forma individual e integral. (CALEGARI et al, 2012, p.610 – 618)
 Tendo em vista que a HAS é uma doença de difícil manejo e seu descontrole representa alto risco cardiovascular para seus portadores, a abordagem contínua da enfermagem aos pacientes crônicos apresenta efeitos relevantes na prevenção primária e secundária de eventos cardiovasculares. (CALEGARI et al, 2012, p.610 – 618)
 A aplicação do processo de enfermagem (PE) permite ao enfermeiro uma assistência individualizada, focada nas necessidades humanas básicas. O PE promove o diagnóstico de enfermagem, que por sua vez, garante a prescrição dos cuidados adequada, a avaliação correta dos resultados e qualidade no serviço assistencial. (LOPES, MACEDO, LOPES, 1997, p.35 – 41)
 Deste modo, o diagnóstico de enfermagem (DE) classifica-se como um julgamento clínico das respostas apresentadas pelo indivíduo, família e comunidade, aos problemas de saúde reais ou potenciais, permitindo a prescrição das intervenções de enfermagem adequada, visando alcançar resultados exatos e eficazes. (CALEGARI et al, 2012, p.610 – 618)
 Estando evidente que a hipertensão é uma doença de difícil manejo e que sua falta de controle promove alto risco cardiovascular para os pacientes, a investida contínua da equipe de enfermagem aos pacientes crônicos provoca efeitos significativos na prevenção primária e secundária de eventos cardiovasculares. (CALEGARI et al, 2012, p.610 – 618)
 A identificação dos diagnósticos de enfermagem (DE) facilita a elaboração de um plano de assistencial mais específico, de acordo com a necessidade individual de cada paciente. A partir do conhecimento da doença, de seus fatores etiológicos e da identificação dos diagnósticos de enfermagem torna-se possível prevenir, detectar e controlar as complicações reais ou potenciais. (LOPES, MACEDO, LOPES, 1997, p.35 – 41)
 Para prescrever a intervenção do enfermeiro nas diferentes situações existentes torna-se necessária a identificação do diagnóstico de enfermagem. (PAVAN et al, 2005 p. 173-178)
 Dentre os respectivos diagnósticos de enfermagem existes, foi identificado os seguintes DE para hipertensão: (CALEGARI et al, 2012, p.610 – 618)
Disposição para controle aumentado do regime terapêutico; levando em conta a vontade que o paciente apresenta em controlar a doença, e seu medo de que o ocorra piora em seu quadro clínico. Ressaltando também que normalmente há fácil adesão ao tratamento, por se tratar de um regime terapêutico fácil. (CALEGARI et al, 2012, p.610 – 618)
 Ansiedade; devido à preocupação com a doença, aflição no que se refere a complicações que possam ocorrer. (CALEGARI et al, 2012, p.610 – 618)
Estilo de vida sedentário; muitas vezes ligado a falta de condicionamento físico, falta de exercícios; alimentação inadequada. (CALEGARI et al, 2012, p.610 – 618)
 Padrão de sono prejudicado; muitas vezes relacionado a preocupações,mas também ligado a presença do despertar durante a noite pela necessidade de micção com maior frequência, devido a uso de medicações para a pressão, como no caso de diuréticos. (CALEGARI et al, 2012, p.610 – 618)
Tabela 5: Diagnósticos de enfermagem e suas características definidoras com alta prevalência, segundo domínios da NANDA-I em pacientes atendidos em ambulatório de hipertensão. Porto Alegre – RS, 2011.
	Diagnósticos de enfermagem e características definidoras n (%)
	1) Disposição para controle aumentado do regime terapêutico
Descreve redução de fatores de risco
Escolha do dia-a-dia adequadas para o atendimento das metas
Expressa desejo de controlar a doença 
Expressa pouca dificuldade com o regime de tratamento prescrito
Não há aceleração inesperada dos sintomas da doença
	33 (50,8)
9 (13,8)
9 (13,8)
20 (30,8)
6 (9,2)
3 (4,6)
	2) Ansiedade
Aflição
Apreensão
Preocupação
Tensão facial
Insônia
	33 (50,8) 
18 (27,7) 
15 (23,1) 
11 (16,9) 
1 (1,5) 
4 (6,2
	3) Estilo de vida sedentário
Falta de condicionamento físico 
Escolhe uma rotina diária sem exercícios físicos
Verbaliza preferência por atividades com pouco exercício físico
	31 (47,7)
25 (38,5) 
13 (20) 
1 (1,5)
	4) Padrão de sono prejudicado
Capacidade funcional diminuída
Insatisfação com sono
Mudança de padrão de sono normal
Queixa de não se sentir descansado
Relado de dificuldade para dormir
	30(46,4) 
1 (1,5) 
11 (16,9) 
5 (7,7) 
11 (16,9) 
21 (32,3)
Fonte: (CALEGARI et al, 2012, p.610 – 618)
Segundo CALEGARI et al, (2012) os diagnósticos de enfermagem com média prevalência identificados nesta população foram Nutrição desequilibrada (33,8%), Intolerância a atividade (32,3%) e Volume de líquido excessivo (32,3%). Os de baixa prevalência foram Falta de adesão (15,4%), Risco de glicemia instável (13,8%) e Disfunção sexual (13,8%).
Os diagnósticos de enfermagem acima poderão ser utilizados para a elaboração de um plano assistencial individualizado e integral, visando o bem-estar do paciente. (CALEGARI et al, 2012, p.610 – 618)
De acordo com CALEGARI et al, (2012) “ diagnósticos de enfermagem fornecem subsídios para autocuidado e identificam a melhor conduta entre pacientes com regimes terapêuticos mais complexos”.
É imprescindível que o enfermeiro, assim como qualquer profissional responsável pela assistência preventiva e curativa de saúde esteja apto a atender pacientes hipertensos, levando em consideração que atualmente não é uma doença que acomete apenas idosos, atingindo também adultos de todas as idades. O profissional de enfermagem deve promover o autocuidado, com o objetivo de controlar a hipertensão e promover a melhoria da qualidade de vida. (PAVAN et al, 2005 p. 173-178)
 “O diagnóstico de enfermagem ou diagnóstico clínico feito por enfermeiros, descreve problemas de saúde reais ou potenciais, nos quais estes, em razão de sua formação e experiência, são capacitados e autorizados a dar tratamento”. (PAVAN et al, 2005 p. 173-178)
Os diagnósticos de enfermagem propostos têm como base nove padrões de resposta humana: trocar, comunicar, relacionar, valorizar, escolher, mover, perceber, conhecer e sentir, constituindo a Taxonomia I. Atualmente já em nova versão, esta classificação foi inicialmente traduzida para nosso meio e resultou em fonte de muitos trabalhos para o aprimoramento dos diagnósticos de enfermagem na prática diária do enfermeiro, constando da taxonomia II da NANDA. (PAVAN et al, 2005 p. 173-178)
Em um grupo de trabalhadores hipertensos foram identificados 3 diagnósticos de enfermagem: (PAVAN et al, 2005 p. 173-178)
Déficit de conhecimento sobre a doença; sendo o diagnóstico mais frequente, o trabalhador refere não ter a informação certa ou completa o que é necessário para manter ou melhorar seu bem-estar, mudanças de hábitos diários e regimes terapêuticos. (PAVAN et al, 2005 p. 173-178)
Distúrbio do padrão do sono; o trabalhador informa alteração durante o sono, ocasionando desconforto e alteração no estilo de vida de forma indesejada. Os trabalhadores demonstram dificuldades para dormir, interrupções de novo, sensação de cansaço ao acordar, irritação, sensação de mal-estar, de modo que esses sinais e sintomas podem estar relacionados ao aumento da pressão, assim como aos efeitos colaterais do uso dos medicamentos hipertensivos ou doenças associadas. (PAVAN et al, 2005 p. 173-178)
Diagnóstico de nutrição alterada com ingestão maior do que as necessidades corporais; o trabalhador ingere uma quantidade de alimentos maior do que a sua necessidade metabólica, em alguns casos isso ocorre devido a falta de adesão a dieta prescrita.
Outros diagnósticos de enfermagem encontrados em protocolos de pacientes portadores de hipertensão arterial foram: controle ineficaz do regime terapêutico, manutenção Ineficaz de Saúde, nutrição desequilibrada: menos que as necessidades corporais, volume de líquidos deficiente, volume excessivo de líquidos, eliminação urinária prejudicada, incontinência urinária de urgência, constipação, disposição para sono, insônia, mobilidade física prejudicada, deambulação prejudicada, atividades de recreação deficientes, estilo de vida sedentário, intolerância à atividade, déficit no autocuidado para alimentação, risco para solidão, baixa autoestima situacional, padrões de sexualidade ineficazes, ansiedade, integridade tissular prejudicada, dor aguda e dor crônica. (FERRARI et al, 2013)
CONsiderações finais
As questões que nortearam este estudo nasceram de uma inquietação: Qual
a importâncias do diagnóstico de enfermagem para pacientes com hipertensão arterial?
Hipertensão arterial é uma doença determinada por elevados níveis de pressão sanguínea nas artérias, fazendo com que o coração exerça maior esforço para que ocorra a circulação do sangue nos vasos sanguíneos. Esta doença pode causar diversos problemas cardiovasculares.
Sendo a segunda etapa do processo de enfermagem (PE), o diagnóstico de enfermagem é uma análise e julgamento clínico, feito pelo enfermeiro, baseando-se em um conjunto de sinais e sintomas apresentados pelo paciente, bem como, as necessidades apresentadas pelo mesmo. 
Ao decorrer deste trabalho identificou-se que, os diagnósticos de enfermagem relacionados à hipertensão arterial são essenciais para que seja possível realizar as próximas etapas do PE, assim como um plano de cuidados específicos e adequados, buscando alcançar os resultados esperados.
REFERÊNCIAS
CALEGARI, Danielle Plocharski et al. Diagnósticos de enfermagem em pacientes hipertensos acompanhados em ambulatório multiprofissional. Rev Enferm UFSM 2012 Set/Dez;2(3):610-618.
FERRARI, Roberta Fernanda Rogonni et al. Diagnósticos de enfermagem em portadores de hipertensão arterial primária. Volume 17, n2. 2013. P93-98-116.
LIMA, Telma Cristiane Sasso; MIOTO, Regina Célia Tamaso. Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento científico: a pesquisa bibliográfica. Florianópolis: Revista Katálysis. 2007. p. 38 – 43
 LOPES, Rosimeire Aparecida Mendes; MACEDO, Denise Diniz; LOPES, Maria Helena Baena de Moraes. Diagnósticos de enfermagem mais frequentes em uma unidade de internação oncológica. 1997. p. 35- 41
MARCOLINO, Clarice; SANTOS, Laura Maria. Hipertensão Arterial sob a Ótica da Promoção da Saúde: Estudo qualitativo. Vol 8. 2009. p. 1/14
PAVAN, Rosa Maria Scanavin et al. Diagnósticos de enfermagem em trabalhadores hipertensos de uma empresa de transporte urbano coletivo. Volume07, n02. 2005 p.173 – 178.
PORTO, Celmo Celeno; PORTO, Arnaldo Lemos. Exame clínico. 2013. p.290.
SILVA, C M Carvalho et al. Diagnósticos de enfermagem como instrumentos na formação do enfermeiro: Uma revisão de literatura. 2007. P.1 – 13.
SMELTZER, Suzane C.; BARE, Brenda G.; HINKLE, Janice L.; CHEEVER, Kerry H. Tratado de Enfermagem Médico – Cirúrgico. Volume1. 2011. p.893 – 897
TANNURE, Meire Chucre; PINHEIRO, Ana Maria. SAE/ Sistematizaçãoda Assistência de Enfermagem. 2010. p. 47 – 68

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