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No dia 1º de abril de 2017, Armando B. Hote, com 18 anos de idade, residente em São Leopoldo foi com outros amigos numa boate em Ivoti, onde conheceu Natascha K. Pital, linda jovem, por quem se encantou. Após um bate-papo informal e troca de beijos, por volta das 2h eles decidiram ir para um local mais reservado. Nesse local trocaram carícias e Natascha K. Pital, de forma voluntária, praticou sexo oral e consentiu com a penetração vaginal por Armando B. Hote. Depois da longa noite juntos, ambos foram para suas residências, tendo antes trocado telefones e contatos nas redes sociais. No dia seguinte, Armando, ao acessar a página de Natascha na rede social, descobre que, apesar da aparência adulta, esta possui apenas 13 (treze) anos de idade, tendo Armando B. Hote ficado em choque e não mais procurou a linda garota. 
O seu medo foi corroborado com a chegada, em sua residência, no dia 12 de junho de 2017, do oficial de justiça para citá-lo da denúncia, pois o pai de Natascha, ao descobrir o ocorrido, procurou a autoridade policial, narrando o fato. Pelo fato de Natascha ser inimputável e contar, à época dos fatos, com 13 (treze) anos de idade, Armando foi denunciado pela prática de dois crimes de estupro de vulnerável (em decorrência do coito oral e vaginal), previsto no artigo 217- A, na forma do artigo 69, ambos do Código Penal. Pediu-se, ainda, o reconhecimento da agravante da embriaguez preordenada, prevista no artigo 61, II, alínea l, do CP. O juiz competente recebeu a acusação e o processo teve início, esse, enfim, era o motivo da citação.
Armando, por ser réu primário, ter bons antecedentes e residência fixa, respondeu ao processo em liberdade. Na audiência de instrução e julgamento, realizada no dia 06 de dezembro de 2017, a vítima afirmou que aquela foi a sua primeira noite, mas que tinha o hábito de fugir de casa com as amigas para frequentar boates. As testemunhas de defesa, amigos de Armando, disseram que o comportamento e a vestimenta da Natascha eram incompatíveis com uma menina de 13 (treze) anos, pois bebia e estava com salto 15 e saia de borracha, de modo que qualquer pessoa acreditaria ser uma pessoa maior de 14 (quatorze) anos, destacando que Armando havia bebido, mas não estava embriagado quando conheceu Natascha. As testemunhas de acusação não compareceram, motivo pelo qual não foram ouvidas, designando-se nova data para tanto. 
Na audiência seguinte, em 1º de março de 2018, as testemunhas de acusação afirmaram que não viram os fatos e que não sabiam das fugas de Natascha para sair com as amigas. Acrescentaram que ouviram falar que Armando já tinha feito algo semelhante com outra menina, no Estado de Santa Catarina. O réu, em seu interrogatório, disse que se interessou por Natascha, por ser muito bonita e por estar vestida de modo provocante. Disse que não perguntou a sua idade, pois acreditou que no local somente pudessem frequentar pessoas maiores de 18 (dezoito) anos. Admitiu ter ingerido bebida alcoólica. Diante do relato das testemunhas, a acusação pediu, em diligência, os antecedentes do acusado no Estado de Santo Catarina. O Juiz encerrou a audiência. 
Atendida a diligência, sem notícia de qualquer outro processo contra o denunciado, foi intimada a acusação que pugnou pela condenação de Armando nos termos da denúncia. A defesa de Armando B. Hote foi intimada no dia 29 de março de 2018 (quinta-feira). Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso acima, redija a peça cabível, no último dia do prazo, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes.

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