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1 Avaliação Bioquímica Profa. Luana Padilha Introdução O uso de indicadores bioquímicos auxiliam na avaliação do estado nutricional, principalmente porque as alterações bioquímica ocorrem antes da manifestação de sinais e sintomas Parâmetros bioquímicos → Tem como objetivo confirmar, estabelecer ou complementar o diagnóstico nutricional Introdução Alguns fatores e condições podem limitar o uso dos indicadores bioquímicos na avaliação do estado nutricional, como: • Utilização de algumas drogas • Condições ambientais • Estado fisiológico • Estresse • Lesão • Inflamação Eles não devem, de maneira nenhuma, ser utilizados isoladamente para estabelecer um diagnóstico nutricional Vantagens Confirmação objetiva das deficiências nutricionais Identificação precoce dos problemas nutricionais: Detecção da desnutrição subclínica Diminuição dos estoques de nutrientes antes da redução dos níveis circulantes Monitoramento do estado nutricional do indivíduo em tratamento Avaliação da intervenção nutricional Prognóstico de morbimortalidade e delineamento de fatores de risco 2 Limitações Podem sofrer influência de idade, sexo, raça, estado fisiológico, condições ambientais, fatores não nutricionais (ex: drogas, estresse, atividade física), ingestão recente, posição do paciente Inexistência de testes que possibilitem uma avaliação abrangente e completa de todos os nutrientes Indefinição dos limites de normalidade para um grande número de nutrientes Inexistência de valores de referência específicos para cada faixa etária para a maioria dos nutrientes Limitações Custo elevado Confiabilidade de uma única medida - níveis plasmáticos podem estar normais apesar de deficiência tissular Procedimentos de coleta da amostra Baixa especificidade para problemas nutricionais Sensibilidade e especificidade do método analítico 26/02/2018 7 Avaliação Estado Nutricional de Proteína 3 Albumina Dentre as proteínas de transporte presentes no plasma, a albumina tem sido a mais frequentemente utilizada na avaliação do estado nutricional Segundo alguns autores, a albuminemia reflete as reservas proteicas viscerais, distintas das proteínas somáticas, representadas pela massa proteica muscular esquelética Baixa sensibilidade da albumina no diagnóstico da fase aguda da DEP: sua meia vida biológica relativamente longa (± 20 dias), podendo transcorrer várias semanas para que ocorra uma resposta às variações na ingestão dieteticoproteica 9 10 Albumina 26/02/2018 11 Transferrina A transferrina, também, tem sido proposta como proteína plasmática útil na avaliação do estado nutricional A principal vantagem em relação à albumina é a sua meia vida biológica curta, cerca de 8 dias, o que a torna mais susceptível às alterações no processo de síntese proteica 12 4 Transferrina O resultado de sua dosagem pode ser mascarado por vários fatores que afetam (aumentam) sua síntese hepática, tais como deficiência de ferro e infecção Esta limitação pode ser ampliada para outras patologia como doenças hepáticas, renais, de medula óssea, insuficiência cardíaca congestiva e inflamações generalizadas 13 14 Transferrina Proteína Ligadora do Retinol (RBP) e Pré-albumina que se liga à Tiroxina (TBPA) A RBP, por apresentar a meia vida de apenas algumas horas (12 horas), e a TBPA meia vida de 2 dias, têm sido sugeridas como indicadores mais sensíveis, principalmente no reconhecimento do estágio agudo de DPC Além da deficiência proteica, dentre os demais fatores determinantes da diminuição do sistema de transporte do retinol plasmático estão as doenças hepáticas, hipotireoidismo, fibrose cística do pâncreas, etc. Em pacientes, com insuficiência renal crônica, são descritos níveis elevados tanto de RBP, como dos parâmetros relacionados com deficiência energética, vitamina A e zinco 15 Índice Creatinina Altura (ICA) Considerando que: 1) a creatinina se encontra quase que, totalmente, dentro do músculo esquelético 2) em uma dieta livre de creatinina, o “pool ” de creatinina total e a concentração média de creatinina por kg de músculo permanecem constante 3) a creatinina é convertida, irreversivelmente, em taxa diária constante, independente de enzimas 4) a creatinina, uma vez formada, é excretada via renal a uma taxa constante Conclui-se que esta excreção urinária de creatinina pode ser relacionada com a massa muscular do indivíduo 16 5 Índice Creatinina Altura (ICA) Aplicável apenas em indivíduos adultos e com um intervalo de 30 dias entre as avaliações, que são realizadas através da equação abaixo: ICA = Excreção de creatinina na urina em 24 horas x 100 Excreção teórica de creatinina em 24 horas A excreção teórica de creatinina na urina de 24 horas: - homens - 23 mg por kg de peso ideal - mulheres - 18 mg por kg de peso ideal 17 18 Excreção de creatinina urinaria ideal de homens (mg/dia) 19 Excreção de creatinina urinaria ideal de mulheres (mg/dia) Interpretação do resultado: • 90 a 100%= Normal • 89 a 75% = depleção leve • 74 a 45% = depleção moderada • < 60% = depleção severa 20 Índice Creatinina Altura (ICA) 6 • A degradação intensa do músculo esquelético pode ser aferida a partir da dosagem da creatinina urinária • Avaliação da Massa Muscular Corpórea nos processos carenciais, quando ocorre diminuição da massa muscular • Menor produção de creatinina e menor excreção urinária de creatinina 21 Índice Creatinina Altura (ICA) Índice Creatinina Altura (ICA) A confiabilidade nas determinações da creatinina urinária é maior quando as amostras são colhidas com rigor, e a técnica é, particularmente, útil para medidas de controle da evolução em um mesmo paciente. 22 • Desvantagens: • Necessário coleta da urina de 24 horas • Restrições a pacientes nefropatas (elevação de creatinina) • Restrições para idosos (fisiologicamente mais elevada) • Recomendado que 24 a 48 horas antes da coleta da urina os pacientes façam uma dieta restrita em carne e derivados • Pacientes em trauma é contra indicado (excreção de creatinina elevada nesta fase). 23 Índice Creatinina Altura (ICA) Avaliação Bioquímica GLICEMIA 7 25 Controle Glicêmico em Adultos: Metas da SBD 26 27 28 8 29 30 31 32 9 33 34 35 36 10 O TESTE DE HEMOGLOBINA GLICADA (A1C) • Instrumento mais importante para avaliar o controle glicêmico da pessoa com diabetes • Para confirmar o diagnóstico de diabetes ou de pré-diabetes 26/02/2018 37 38 O TESTE DE HEMOGLOBINA GLICADA (A1C) • Princípio do teste • A glicose sanguínea liga- se à molécula de hemoglobina . Quanto maior for o nível de glicose na circulação, maior será a ligação da glicose com a hemoglobina. • O resultado do teste de A1C é dado em porcentagem de hemoglobina ligada à glicose. 26/02/2018 39 40 11 Interpretação dos resultados do teste de A1C Quando a A1C é utilizada para avaliação do controle glicêmico em pessoas com diabetes: • A1C entre 4% a 6% = faixa de resultados normais; • A1C entre 6% a 7% = diabetes moderadamente controlado; • A1C maior que 7% = diabetes mal controlado. Quando a A1C é utilizada para diagnóstico do diabetes: • A1C abaixo de 5,7% = ausência de diabetes; • A1C entre 5,7% e 6,4% = presença de pré-diabetes; • A1C maior ou igual a 6,5% = diabetes mal controlado. 41 Frequência de realização dos testes de A1C • Quando utilizado para a avaliação do controle glicêmico de pessoas com diabetes,o teste de A1C deve ser repetido a cada três meses nos casos de diabetes mal controlado ou a cada seis meses, nos casos de diabetes estável e sob controle dos níveis glicêmicos 42 Avaliação Perfil Lipídico 44 12 45 46 47 48 13 49 50 51 Avaliação da Anemia 14 26/02/2018 53 26/02/2018 54 26/02/2018 55 26/02/2018 56 15 26/02/2018 57 26/02/2018 58 26/02/2018 59 26/02/2018 60 16 26/02/2018 61 26/02/2018 62 26/02/2018 63 26/02/2018 64 17 26/02/2018 65 26/02/2018 66 26/02/2018 67 Avaliação da Competência Imunológica 18 COMPETÊNCIA IMUNOLÓGICA CTL = % Linfócitos x Leucócitos 100 Classificação Células/mm3 Depleção leve 1.200 – 2.000 Depleção moderada 800 –1.199 Depleção grave <800 Contagem Total de Linfócitos (CTL) - linfocitometria Relação estado nutricional – imunidade Mede as reservas imunológicas momentâneas Interferências nas respostas: infecções, cirrose hepática, queimaduras e alguns medicamentos BALANÇO NITROGENADO Monitoramento periódico da terapia nutricional Avalia a ingestão e degradação proteica (de pacientes hospitalizados → precisão) Fornece a dinâmica do balanço proteico energético, mas não do estado nutricional atual Perda fecal de N aumentada: má absorção, diarreia, enteropatia perdedora de proteínas, hemorragias digestivas Limitações: pacientes renais e perdas anormais de proteína (queimaduras, fístulas do TGI...) BALANÇO NITROGENADO BN = N ingerido – N excretado BN neutro → N ingerido = N excretado → BN = 0 BN positivo → N ingerido > N excretado → BN > 0 BN negativo → N ingerido < N excretado → BN < 0 Fonte: Dan Waitzberg BALANÇO NITROGENADO BN positivo → BN > 0 BN neutro → BN = 0 a -5 BN negativo Hipermetabolismo leve ou nível de estresse 1 → BN = - 5 a -10 Hipermetabolismo moderado ou nível de estresse 2 → BN = -10 a - 15 Hipermetabolismo severo ou nível de estresse 3 → BN < -15 Fonte: Salete Brito e Elisabeth Dreyer. GAN/EMTN – HC – Unicamp. 2003 19 Avaliação Bioquímica Profa. Luana Padilha
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