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Auto estudo EAD - COMUNICAÇÃO NA FMU

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UNIDADE 1 
Em resumo aos conceitos e definições abordados na Unidade 1, recomendo estudo sobre 
os seguintes temas: 
 
- Linguagens culta (ou formal) e coloquial (ou informal); 
 
- Variações linguísticas e influências regionais, sociais e culturais: (1) variação diacrônica, 
(2) variação diatópica, (3) variação diastrática e (4) variação diafásica; 
 
- Linguagens literária e não literária; 
 
- Linguagens emotiva, referencial e apelativa; 
 
- Linguagens verbal e não verbal; 
 
- Expressão corporal e entonação da voz; 
 
- Uso de símbolos, imagens e ilustrações para comunicação; 
 
- Relação entre interlocutores (enunciador e co-enunciador; ou emissor e receptor); 
 
- Intenção comunicativa; 
 
- Preconceito linguístico. 
 
Conceitos e definições importantes: 
 
- Linguagem culta: utilizada em contextos formais e exige a aplicação das regras 
gramaticais e ortográficas da Língua Portuguesa; 
 
- Linguagem coloquial: é utilizada no cotidiano e não requer atenção as regras gramaticais 
e ortográficas da Língua Portuguesa; 
 
- Variação diacrônica: é a variação que ocorre na linguagem com o passar do tempo; 
 
- Variação diatópica: é a variação linguística que sofre influência regional; 
 
- Variação diastrática: é a variação linguística percebida em grupos sociais ou culturais 
diferentes; 
 
- Variação diafástica: é a variação linguística que ocorre de acordo com o contexto; 
 
- Linguagem literária: permite a interpretação subjetiva, pessoal e emocional da 
mensagem transmitida; 
 
- Linguagem não literária: é objetiva e apresenta um sentido preciso sobre a mensagem 
transmitida; 
 
- Linguagem emotiva: envolve emoção, sentimento, pontuações expressivas, gestos faciais 
e é caracterizada como pessoal; 
 
- Linguagem referencial: é objetiva e discute um assunto; 
 
- Linguagem apelativa: busca defender um argumento; 
 
- Linguagem verbal: é feita através da fala ou da escrita; 
 
- Linguagem não verbal: não utiliza fala nem escrita, e sim expressões e elementos 
comunicativos (placas, imagens, gestos, etc.). 
 
 
 
UNIDADE 2 
 
Em resumo aos conceitos e definições abordados na Unidade 2, recomendo estudo sobre 
os seguintes temas: 
 
- Definição de leitura; 
 
- Função social da leitura; 
 
- Textos com linguagem verbal e linguagem não verbal (visual e musical); 
 
- Coesão e coerência textual; 
 
- Conjunções, pronomes e preposições; 
 
- Conotação e denotação (sentido literal e não literal); 
 
- Intertextualidade; 
 
- Elementos estruturais de um texto (introdução, desenvolvimento e 
fechamento/conclusão); 
 
- Regras de estruturação de um texto (estrutura, conteúdo e expressão); 
 
- Técnicas de interpretação de textos (compreender, organizar e sistematizar a leitura); 
 
- Capacidade de abstração; 
 
- Leitura crítica; 
 
- Mapas mentais. 
 
Conceitos e definições importantes: 
 
- Definição de leitura: leitura não é apenas uma decodificação de palavras. É interpretar, 
compreender, deduzir, interferir e transformar signos em significados; é o 
desenvolvimento da capacidade de raciocínio e da criticidade; a leitura é também a 
interação entre o leitor e o texto. 
 
- Função social da leitura: o leitor deve ser capaz de interpretar, discutir ideias e se 
posicionar perante o que lê. Neste sentido, pode-se afirmar que “impactar” é a função 
social da leitura. Cada vez que somos impactados por um texto nos transformamos e 
passamos a agir e pensar de maneira diferente. 
 
- Texto com linguagem verbal: é feito através da escrita, ou seja, utiliza palavras. 
 
- Texto com linguagem não verbal: não utiliza a escrita (palavras), e sim elementos 
comunicativos visuais e sonoros (desenhos, imagens, música, etc.). 
 
- Coesão: trata-se da conexão apropriada entre as palavras e os parágrafos de forma que se 
crie um significado harmonioso. Essa conexão pode ser criada pela utilização dos 
elementos de ligação ou coesivos: conjunções, pronomes e preposições. 
 
- Conjunções: servem para conectar orações/frases. São exemplos de conjunções: mas, 
porém, contudo, todavia, entretanto, pois, portanto, desse modo, nem, mas também, ainda 
que, mesmo que, quer dizer, isto é, aliás, além do mais, além disso, etc. 
 
- Pronomes: ajudam a evitar a repetição de palavras na mesma sentença. São exemplos de 
pronomes: meu, minha, seu, sua, nosso, aquele, isto, algum, nenhum, todos, alguém, cujo, 
os quais, onde, etc. 
 
- Preposições: são elementos que estabelecem relações entre dois termos ou mais em uma 
oração/frase. São exemplos de preposições: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, 
entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, etc. 
 
- Coerência: trata-se do sentido, da compreensão ou da profundidade do texto, ou seja, 
trata-se da harmonia das ideias de quem escreve, de forma que estas ideias não sejam 
contraditórias. 
 
- Denotação: quando a palavra é utilizada em seu sentido comum, como o que aparece no 
dicionário; a palavra tem o sentido literal. 
 
- Conotação: quando a palavra não é utilizada em seu sentido comum e, por sua vez, 
permite a interpretação subjetiva de seu significado; a palavra tem o sentido não literal. 
 
- Intertextualidade: trata-se da criação de um texto a partir de outro preexistente, que 
serve como modelo ou ponto de partida. Ou seja, como se houvesse um texto dentro de 
outro, estabelecendo uma relação dialógica entre eles. 
 
- Elementos estruturais de um texto: 
 
Introdução: deve contar com elementos que definam sobre o que se vai falar, ou seja, um 
breve resumo, uma pergunta ou reflexão instigante que remeta o leitor a uma participação 
ativa na leitura; 
 
Desenvolvimento: é o assunto em questão. São apresentados dados, fatos, histórias ou 
novas ideias. Aborda-se no desenvolvimento tudo aquilo que precisa ser esclarecido sobre 
o tema escolhido; 
 
Fechamento/conclusão: o momento em que se concluem as ideias. Traz, em geral, um 
resumo das ideias previamente desenvolvidas. 
 
- Regras de estruturação de um texto: 
 
Estrutura: requer organicidade para determinar que as três partes de um texto 
(introdução, desenvolvimento e fechamento) tenham lógica e coerência, e requer forma, 
jeito ou maneira de se apresentar um tema (nas formas descritiva, narrativa ou 
dissertativa); 
 
Conteúdo: é o elemento que exige clareza de ideias e que estas devam ser pertinentes ao 
tema escolhido; 
 
Expressão: exige que o leitor/escritor domine o conjunto de palavras que constituem a 
língua. Requer originalidade, correção (uso correto das formas gramaticais, ortografia e 
acentuação) e concisão (consiste em eliminar palavras ou expressões desnecessárias). 
 
- Capacidade de abstração: está relacionada à capacidade que o escritor/leitor tem em 
analisar o texto e observar seus elementos como vários aspetos contidos num todo e, ao 
mesmo tempo, estudar separadamente as suas peculiaridades ou características. 
 
- Leitura crítica: é uma leitura atenta, reflexiva, pausada e com possíveis releituras, que 
visa compreender e criticar toda a montagem do texto, sua coerência informativa e seu 
valor de opinião. 
 
- Técnicas para interpretar, compreender, organizar e sistematizar a leitura: 
 
(1) fazer uma leitura de inspeção e seletiva para se contextualizar. Marcar o texto, 
sublinhar, grifar, anotar observações e comentários, etc.; 
 
(2) escrever uma síntese da ideia central de cada tópico do texto e anotar a página de 
referência, ou seja, fazer um fichamento registrando um conjunto de dados relevantes; 
 
(3) escrever um resumo sobre o que leu; 
 
(4) produzir mapas mentais ou conceituais, buscando associar conceitos com a sua 
imaginação e conhecimento pré-existentes sobre o tema. Irá desenvolver a memória, a 
concentração e a abstração. 
 
- Mapas mentais: é tudo aquilo que acumulamos no decorrer da nossa vida, que faz sentido 
para nós e que buscamos relacionar com novasexperiências e conhecimentos. Auxilia na 
concentração, memorização, estimula a capacidade de abstração, criatividade, emoção e 
ajuda a estudar ou ler com maior eficiência e rapidez. 
 
 
UNIDADE 3 
 
Em resumo aos conceitos e definições abordados na Unidade 3, recomendo estudo sobre 
os seguintes temas: 
 
- História dos textos e da escrita; 
 
- Definição da escrita; 
 
- Gênero textual oral e escrito; 
 
- Gênero textual primário e secundário; 
 
- Tipologia textual descritiva, narrativa e dissertativa (texto dissertativo-expositivo e texto 
dissertativo-argumentativo); 
 
- Figuras de palavras/pensamento, figuras de construção/sintaxe e figuras de som; 
 
- Concordância verbal e nominal; 
 
- Regência verbal e nominal; 
 
- Técnicas para redação de um texto dissertativo-argumentativo. 
 
Conceitos e definições importantes: 
 
- História dos textos e da escrita: em diferentes civilizações, a escrita sempre foi sinônimo 
de poder e status. O Antigo Egito foi uma das primeiras civilizações a adotar a escrita em 
seu sistema escolar. Para eles, a escrita era uma dádiva concebida por Thoth, o deus da 
sabedoria na mitologia, e foi considerada pelos egípcios como uma arte misteriosa. Aquele 
que soubesse escrever, portanto, tornava-se dotado de poder. Graças à escrita, os egípcios 
puderam registrar todo o seu conhecimento e história através de caracteres típicos, 
chamados de hieróglifos, que significa “grafia sagrada”. Foram também os egípcios que 
introduziram a divisão da escrita em duas formas: uma para representar a fala (símbolos), 
e outra para representar as ideias (gravuras) (ELIAS, 2000). Observação: Mas foi do 
alfabeto grego que nasceu o nosso alfabeto latino. 
 
Referência: ELIAS, Marisa del Cioppo. De Emílio a Emília: a trajetória da alfabetização. São 
Paulo: Scipione, 2000. 
 
- Definição da escrita: a escrita é mais do que um mero conjunto de sinais que representam 
a forma como falamos, é também uma extensão de nossas ideias, pensamentos e 
sentimentos. 
 
- Gênero textual oral: é quando falamos; 
 
- Gênero textual escrito: é quando escrevemos. 
 
- Gênero textual primário: é utilizado no dia a dia e aprendemos em convivências 
informais; 
 
- Gênero textual secundário: é utilizado em ambientes formais, como acadêmico e 
profissional, aprendemos na escola e exige técnicas para serem escritos. 
 
- Tipologia textual descritiva: é utilizada quando o autor descreve algo, contando detalhes, 
mas sem ser prolixo (que não sintetiza o pensamento) ou cansativo; 
 
- Tipologia textual narrativa: é utilizada quando o autor conta um fato, um acontecimento 
ou uma história seguindo uma sequência lógica. Pode-se utilizar a linguagem coloquial 
(texto informal) e acrescentar falas. Os principais elementos de um texto narrativo são: os 
fatos em si, personagens, modo ou maneira como os fatos ocorrem, espaços onde ocorrem, 
razões ou causas para que os fatos tenham acontecido e os resultados ou consequência 
desses fatos; 
 
- Tipologia textual dissertativa: é utilizada quando o autor produz um texto de natureza 
teórica, em que é exposto um ponto de vista sobre um tema. É escrito através de uma 
estruturação lógica e ordenada das concepções iniciais e o autor propõe reflexões, defende 
um ponto de vista, discute uma ideia, disponibiliza debates, questiona suposições, etc. O 
padrão de linguagem é o da norma culta (texto formal) e os textos podem ser classificados 
de duas maneiras: 
 
(1) Dissertativo-expositivo: quando a intenção do autor é apenas discorrer sobre um tema, 
sem necessariamente expor sua opinião. Trata-se apenas de mostrar um dado ou um fato; 
(2) Dissertativo-argumentativo: quando a intenção do autor é defender as suas ideias com 
raciocínio lógico e aceitável. Trata-se de expor um argumento de forma mais aprofundada, 
defender uma ideia e expressar opiniões embasadas. 
 
- Figuras de palavras/pensamento: são utilizadas como substituição ou transferência de 
uma palavra por outra. 
 
(1) Metáfora: utilizada para mudar o sentido literal da palavra para o sentido figurado; 
 
(2) Analogia: utilizada para esclarecer o que nos é desconhecido, relacionando a palavra 
nova com algo que já supostamente conhecemos; 
 
(3) Clichê: expressões geralmente formadas a partir da relação com certos objetos, 
animais, parte do corpo humano, etc.; 
 
(4) Catacrese: utilizada para compensar a falta de uma palavra específica na língua; 
 
(5) Antítese: utilizada para opor uma figura de linguagem à outra; 
 
(6) Ironia: utilizada para dar às palavras um significado diferente do original, sugerindo 
exatamente o oposto daquilo que se quer dizer; 
 
(7) Eufemismo: utilizado para atenuar o sentido literal e desagradável de uma palavra; 
 
(8) Hipérbole: utilizada quando se exagera na expressão de uma ideia (especialmente o 
amor). 
 
- Figuras de construção/sintaxe: são utilizadas para fazer alguma modificação na estrutura 
da oração. 
 
(1) Hipérbato: utilizado como recurso de inversão da ordem natural das palavras; 
 
(2) Gradação: consiste na progressão das frases ou palavras de forma crescente ou 
decrescente, com o objetivo de se criar um “clímax” ou suspense no texto; 
 
(3) Pleonasmo: utilizado quando se quer enfatizar ou reforçar o significado de uma ideia 
(redundância). 
 
- Figuras de som: São utilizadas para criar um efeito sonoro ou intensificar o ritmo da 
oração. 
 
(1) Onomatopeia: utilizada para representar, através da escrita, os sons produzidos pelos 
animais, objetos ou seres humanos. 
 
- Concordância verbal: quando o verbo é flexionado para concordar com seu sujeito. O 
sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em número e pessoa; 
 
- Concordância nominal: quando o substantivo funciona como núcleo de um termo da 
oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal. Trata-se da relação entre um substantivo 
(ou pronome, ou numeral substantivo) e as palavras que a ele se ligam para caracterizá-lo 
(artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). 
 
- Regência: é a relação de complementação entre as palavras. A palavra que depende de 
outra é chamada de regida ou termo regido, e o termo a que se subordina é o regente; 
 
- Regência verbal: é a relação que o verbo estabelece com os termos que o complementam 
(objeto direto e objeto indireto) ou o caracterizam (adjunto adverbial). Em resumo, 
quando o regente é um verbo; 
 
- Regência nominal: é a relação entre um substantivo, adjetivo ou advérbio e o seu 
complemento nominal, respectivamente. 
 
- Técnicas para redação de um texto dissertativo-argumentativo: 
 
(1) Definir um tema (não muito abrangente) e buscar conhecimento sobre ele através da 
leitura; 
 
(2) Elaborar mapas mentais ou conceituais para unir as ideias sobre o tema e organizá-las; 
 
(3) Praticar a elaboração de “perguntas-estímulo”, como: O que? Como? Quando? Onde? 
Quem? Etc.; 
 
(4) Defender o tema com argumentos consistentes e coerentes; 
 
(5) Seguir 03 premissas: descrever a evidência (introdução), sua justificativa 
(desenvolvimento) e uma proposta de intervenção (conclusão). 
 
Além de um bom dicionário, é indicada a consulta de uma gramática da Língua Portuguesa, 
que poderá lhes ajudar em outros casos gramaticais para a boa produção de um texto. 
 
 
UNIDADE 4 
 
Em resumo aos conceitos e definições abordados na Unidade 4, recomendo estudo sobre 
os seguintes temas: 
 
- História da comunicação oral; 
 
- Comunicação internalizada; 
 
- Assertividade; 
 
- Estilos de comportamento ao se comunicar: passivo, agressivo, manipulador/ passivo-
agressivo e assertivo; 
 
- Técnica de Bower - DEEC; 
 
- Relação entre os interlocutores; 
 
- Aspectos da comunicação oral: clareza, coerência, coesão, entonação, ritmo, movimento, 
contato visual e expressões faciais, atitudes e capacidade de ouvir; 
 
- Dicas para manter uma boa comunicação:concentração, autocontrole, capacidade de 
ouvir e observar, técnica backtracking e questionamentos; 
 
- Ruídos e rumores na comunicação; 
 
- Técnicas para falar em público: preparação, domínio do tema, organização do discurso e 
disposição para questionamentos; 
 
- Técnica para impactar a audiência - P.U.N.C.H. 
 
Conceitos e definições importantes: 
 
- História da comunicação oral: sabe-se que seria muito difícil chegarmos neste momento 
da história sem a escrita, mas seria ainda impensável sem a comunicação oral. Todo o 
processo produtivo do homem perpassa pelo desenvolvimento de sua comunicação com 
os demais; A comunicação oral sempre exerceu grande influência na história da 
humanidade. Por muito tempo, a academia rejeitou a oralidade como um conhecimento 
vulgar, porque é legitimada pelo hábito. Mas com o desenvolvimento dos estudos da 
linguagem, aqueles que sempre se dedicaram mais à escrita passaram a observar a 
oralidade mais de perto. Documentos orais e memórias passaram a ser objeto de estudo 
de muitas áreas do conhecimento. 
 
- Comunicação internalizada: ocorre quando pensamos antes de falar ou quando fazemos 
julgamentos internos sobre o que deve ou não ser dito. Essa comunicação é chamada de 
interna ou privada. É ela que dará o tom de como será a qualidade da comunicação. 
 
- Assertividade: é a qualidade de alguém fazer uma afirmação enfática sobre os próprios 
direitos e expressar pensamentos, opiniões e sentimentos de maneira clara, direta, 
honesta e apropriada ao contexto, de modo a não violar o direito e respeito às outras 
pessoas. 
 
- Estilos de comportamento ao se comunicar: 
 
(1) Passivo: é representado por algumas características típicas em pessoas tímidas, com 
pouca autoconfiança, com receio ou falta de habilidade de se expor ou de falar em público. 
A pessoa de comportamento passivo apresenta dificuldades em se expressar, expor suas 
opiniões, direitos e sentimentos. Ela é também fortemente influenciada pelas outras 
pessoas e acaba abrindo mão do que é bom para si em função dos desejos alheios; 
 
(2) Agressivo: o indivíduo tem pouco ou nenhum interesse na opinião dos outros, fazendo 
valer a sua opinião muitas vezes no berro e expõe a sua ideia como sendo a verdade. As 
pessoas que predominantemente possuem o comportamento comunicativo agressivo 
“explodem” facilmente, têm opiniões fortes e não têm medo de expressá-las, ainda que o 
assunto não seja dirigido a elas. Estas ainda têm um tom de voz e olhar intimidantes. Mas 
dizer tudo que nos vem à mente ou ser absolutamente sincero pode resultar em 
incompreensões e desentendimentos; 
 
(3) Manipulador/ Passivo-agressivo: é uma junção dos estilos passivo e agressivo, 
combinando características de ambos. A pessoa diz ou fala a verdade, só que para a pessoa 
errada. Ou reclama, reclama, mas nunca faz nada para amenizar o problema e a culpa é 
sempre do outro. No mundo profissional, esse comportamento pode ser 
contraproducente; 
 
(4) Assertivo: é quando conseguimos expressar as nossas opiniões, pensamentos e 
sentimentos sem agredir o outro, de forma firme e tranquila. A pessoa de comportamento 
assertivo tem respeito pelas suas próprias ideias e sentimentos, tem autoconfiança, não 
sente medo de discordar, de dizer “não” nem de perguntar o motivo. Busca sempre os 
melhores meios do discurso oral, fazendo uso de um vocabulário contextualizado e 
adequado aos seus interlocutores. Está relacionado também com como a própria pessoa se 
sente ao se expressar, evitando o estresse, os ruídos comunicativos e outros problemas. 
 
- Técnica de Bower - DEEC (FACHADA, 1998): é uma técnica para praticar a comunicação 
oral, com o objetivo de exercitar a habilidade de nos comunicarmos de forma mais 
assertiva, ou seja, de expressar nossa opinião fazendo bom uso da linguagem oral e de seus 
recursos: 
 
(D) Descrever de forma clara e objetiva o fato ocorrido; 
 
(E) Expressar como você se sente e/ou os impactos que a situação lhe gerou; 
 
(E) Ser específico, dizendo ao outro como você gostaria que fosse a comunicação; 
 
(C) Falar das consequências positivas sobre a mudança de comportamento do outro. 
 
- Relação entre os interlocutores: a comunicação ocorre de forma interativa, criando uma 
relação entre o agente emissor da mensagem (enunciador) e o agente receptor (co-
enunciador), e permitindo uma troca de informações entre quem fala e quem ouve. 
 
- Aspectos da comunicação oral: 
 
(1) Clareza: tem a ver com objetividade. Trata-se de se expressar por meio da 
comunicação oral com um bom direcionamento do que é dito, com um vocabulário 
adequado aos interlocutores, evitando expressões, assuntos ou palavras irrelevantes; 
 
(2) Coerência: trata-se da relação lógica entre as ideias, situações ou acontecimentos, 
buscando adequação nos recursos formais da língua, como os aspectos gramaticais ou 
lexicais, e no conhecimento a ser transmitido; 
 
(3) Coesão: refere-se às articulações gramaticais existentes entre as palavras, as orações e 
frases para garantir que a informação seja transmitida de modo adequado; 
 
(4) Entonação: é preciso saber usar a voz conforme o contexto. Nem sempre é fácil para a 
pessoa perceber que está falando alto demais ou baixo demais; 
 
(5) Ritmo: falar com pausas esporádicas, colocar entusiasmo ao que é enunciado, conectar 
os temas de modo agradável aos interlocutores – tudo isso se refere ao ritmo. Para usar 
como parâmetro, realize o seu discurso oral com pausas como se fosse iniciar um novo 
parágrafo ao escrever. O texto escrito tem um ritmo e a linguagem oral também, 
evidenciando inclusive uma gradação; 
 
(6) Movimento: o movimento corporal pode apoiar aquilo que está sendo dito. Ter 
movimentos suaves, conforme o que é dito, envolvendo a atenção visual do interlocutor é 
uma forma de captar a sua atenção; 
 
(7) Contato visual e expressões faciais: para muitas pessoas, o contato visual é 
imprescindível. Transmite clareza e a sensação de veracidade. Além disso, estreita as 
distâncias entre os interlocutores. As expressões faciais devem ser um recurso para o 
discurso oral, evitando-se traços expressivos desnecessários; 
 
(8) Atitudes: repare o seu comportamento na relação com os seus interlocutores. Uma 
atitude positiva tem mais chances de feedbacks mais assertivos. Uma atitude agressiva 
pode passar a impressão errada sobre quem somos ou o que queremos transmitir. 
 
- Capacidade de ouvir: para que se tenha uma comunicação eficiente é preciso saber ouvir. 
Quando você identifica o que o outro quer ouvir e entende o que ele quer dizer, atrai a 
atenção dos seus interlocutores. 
 
- Dicas para manter uma boa comunicação: 
 
(1) Concentração: pare tudo o que estiver fazendo para ouvir a outra pessoa. Silencie toda 
conversação interna dentro de você. Somente ouvindo você conseguirá reconhecer os 
interesses do outro; 
 
(2) Autocontrole: nada de interrupções. Quando você interrompe a outra pessoa, ou não 
permite que ela chegue às suas conclusões, você demonstra que aquilo que você tem a 
dizer é mais importante do que aquilo que você tem para ouvir; 
 
(3) Capacidade de ouvir e observar: as palavras representam apenas 7% da importância 
na comunicação verbal contra 55% da linguagem corporal. Portanto, as pessoas que estão 
atentas à linguagem corporal de seu interlocutor têm muito mais chance de dizer aquilo 
que realmente precisa ser dito; 
 
(4) Técnica backtracking: trata-se de uma maneira simples de identificar se você 
realmente entendeu o que o outro está dizendo e mostra, sobretudo, bastante empatia 
pela pessoa. Ela funciona desta forma: ao final de algumas conclusões do seu interlocutor, 
repita com suas próprias palavras aquilo que ele acabou de dizer. A técnica backtracking 
nos ajuda a compreender melhor o outro e nos dá mais segurança sobre a nossa 
interpretação; 
 
(5) Questionamentos: as perguntas são o caminhomais rápido para encontrar o sentido 
nas suas conversas. Além do mais, quando você participa com perguntas no diálogo, atesta 
que toda sua atenção está focada no assunto que está em pauta. 
 
- Ruídos e rumores na comunicação: os ruídos e os rumores que transitam pelos 
corredores de uma empresa, além da má interpretação das falas, instruções ou qualquer 
discurso de ordem oral, é um desafio para o ambiente profissional em amplo aspecto. É 
preciso trabalhar o fluxo de informações no ambiente de trabalho constantemente. 
 
- Técnicas para falar em público: 
 
(1) Preparação: é preciso pesquisar informações sobre o tema do seu discurso, buscar 
argumentos, organizar as ideias e materiais. A ideia de outras pessoas, assim como em 
uma produção escrita, de modo referido e organizado serve para dar credibilidade e 
enriquecer a sua exposição; 
 
(2) Domínio do tema: dominar o assunto é muito importante. Você não vai defender uma 
ideia que não conhece. Preparar o que será dito, pesquisando e organizando o seu 
discurso, mostrará que tem domínio sobre o tema. Tenha em mãos um roteiro ou uma 
pauta com as principais ideias que serão apresentadas; 
 
(3) Organização do discurso: organizar o discurso oral é outra parte importante do 
processo de apresentação oral. A introdução, o desenvolvimento e as conclusões são as 
etapas básicas na transmissão das ideias; 
 
(4) Disposição para questionamentos: é preciso também estar preparado para responder 
as perguntas que surgirem e não ter medo de errar. Seja honesto com o seu interlocutor e, 
caso cometa algum engano, reconheça e contorne a situação. 
 
- Técnica para impactar a audiência - P.U.N.C.H. (Reynolds, 2012): é preciso começar a sua 
apresentação com impacto ou potência, ou seja, nada daquelas introduções monótonas em 
que você diz logo de cara o tema da sua palestra. Você pode colocar intensidade no seu 
discurso oral sem ser agressivo: 
 
(P) Personal = Pessoal: faça uma introdução contando algo bastante pessoal que o 
aproxime da sua plateia como pessoa e não como orador; 
 
(U) Unexpected = Inesperado: traga ou revele algo inesperado. Traga um objeto, uma 
ilustração ou uma música. Use os recursos midiáticos e as diferentes funções da 
linguagem. No caso da apresentação acadêmica, um teórico pertinente ao assunto ou uma 
citação bem colocada pode ter um bom efeito; 
 
(N) Novel = Fato/ história: não há ser humano que não goste de ouvir uma boa história, 
uma parábola ou uma fábula. Pense nas novidades e pesquisas recentes sobre o assunto do 
qual vai falar. Inclua esses dados na sua introdução. No caso do meio acadêmico, utilize 
esses recursos apenas se forem realmente bem contextualizados com o tema, primando 
pela clareza e objetividade; 
 
(C) Challenging = Desafiador: o cérebro adora desafios. O palestrante entediante é aquele 
que só transfere conhecimento, mas não provoca curiosidade. Lance uma pergunta 
provocante, reflexiva, faça com que sua plateia participe daquilo que você está falando; 
 
(H) Humorous = Humor: não é preciso ser comediante para se utilizar do humor. Aliás, não 
é da habilidade de contar piada que estamos falando aqui. Às vezes, o final de uma história 
ou o trecho de um filme pode ser tão engraçado quanto o ato de contar piada. Tenha 
cuidado ao usar essa técnica, que não é pertinente ao meio acadêmico.

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