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UNIDADE 1 Em resumo aos conceitos e definições abordados na Unidade 1, recomendo estudo sobre os seguintes temas: - Linguagens culta (ou formal) e coloquial (ou informal); - Variações linguísticas e influências regionais, sociais e culturais: (1) variação diacrônica, (2) variação diatópica, (3) variação diastrática e (4) variação diafásica; - Linguagens literária e não literária; - Linguagens emotiva, referencial e apelativa; - Linguagens verbal e não verbal; - Expressão corporal e entonação da voz; - Uso de símbolos, imagens e ilustrações para comunicação; - Relação entre interlocutores (enunciador e co-enunciador; ou emissor e receptor); - Intenção comunicativa; - Preconceito linguístico. Conceitos e definições importantes: - Linguagem culta: utilizada em contextos formais e exige a aplicação das regras gramaticais e ortográficas da Língua Portuguesa; - Linguagem coloquial: é utilizada no cotidiano e não requer atenção as regras gramaticais e ortográficas da Língua Portuguesa; - Variação diacrônica: é a variação que ocorre na linguagem com o passar do tempo; - Variação diatópica: é a variação linguística que sofre influência regional; - Variação diastrática: é a variação linguística percebida em grupos sociais ou culturais diferentes; - Variação diafástica: é a variação linguística que ocorre de acordo com o contexto; - Linguagem literária: permite a interpretação subjetiva, pessoal e emocional da mensagem transmitida; - Linguagem não literária: é objetiva e apresenta um sentido preciso sobre a mensagem transmitida; - Linguagem emotiva: envolve emoção, sentimento, pontuações expressivas, gestos faciais e é caracterizada como pessoal; - Linguagem referencial: é objetiva e discute um assunto; - Linguagem apelativa: busca defender um argumento; - Linguagem verbal: é feita através da fala ou da escrita; - Linguagem não verbal: não utiliza fala nem escrita, e sim expressões e elementos comunicativos (placas, imagens, gestos, etc.). UNIDADE 2 Em resumo aos conceitos e definições abordados na Unidade 2, recomendo estudo sobre os seguintes temas: - Definição de leitura; - Função social da leitura; - Textos com linguagem verbal e linguagem não verbal (visual e musical); - Coesão e coerência textual; - Conjunções, pronomes e preposições; - Conotação e denotação (sentido literal e não literal); - Intertextualidade; - Elementos estruturais de um texto (introdução, desenvolvimento e fechamento/conclusão); - Regras de estruturação de um texto (estrutura, conteúdo e expressão); - Técnicas de interpretação de textos (compreender, organizar e sistematizar a leitura); - Capacidade de abstração; - Leitura crítica; - Mapas mentais. Conceitos e definições importantes: - Definição de leitura: leitura não é apenas uma decodificação de palavras. É interpretar, compreender, deduzir, interferir e transformar signos em significados; é o desenvolvimento da capacidade de raciocínio e da criticidade; a leitura é também a interação entre o leitor e o texto. - Função social da leitura: o leitor deve ser capaz de interpretar, discutir ideias e se posicionar perante o que lê. Neste sentido, pode-se afirmar que “impactar” é a função social da leitura. Cada vez que somos impactados por um texto nos transformamos e passamos a agir e pensar de maneira diferente. - Texto com linguagem verbal: é feito através da escrita, ou seja, utiliza palavras. - Texto com linguagem não verbal: não utiliza a escrita (palavras), e sim elementos comunicativos visuais e sonoros (desenhos, imagens, música, etc.). - Coesão: trata-se da conexão apropriada entre as palavras e os parágrafos de forma que se crie um significado harmonioso. Essa conexão pode ser criada pela utilização dos elementos de ligação ou coesivos: conjunções, pronomes e preposições. - Conjunções: servem para conectar orações/frases. São exemplos de conjunções: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, pois, portanto, desse modo, nem, mas também, ainda que, mesmo que, quer dizer, isto é, aliás, além do mais, além disso, etc. - Pronomes: ajudam a evitar a repetição de palavras na mesma sentença. São exemplos de pronomes: meu, minha, seu, sua, nosso, aquele, isto, algum, nenhum, todos, alguém, cujo, os quais, onde, etc. - Preposições: são elementos que estabelecem relações entre dois termos ou mais em uma oração/frase. São exemplos de preposições: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, etc. - Coerência: trata-se do sentido, da compreensão ou da profundidade do texto, ou seja, trata-se da harmonia das ideias de quem escreve, de forma que estas ideias não sejam contraditórias. - Denotação: quando a palavra é utilizada em seu sentido comum, como o que aparece no dicionário; a palavra tem o sentido literal. - Conotação: quando a palavra não é utilizada em seu sentido comum e, por sua vez, permite a interpretação subjetiva de seu significado; a palavra tem o sentido não literal. - Intertextualidade: trata-se da criação de um texto a partir de outro preexistente, que serve como modelo ou ponto de partida. Ou seja, como se houvesse um texto dentro de outro, estabelecendo uma relação dialógica entre eles. - Elementos estruturais de um texto: Introdução: deve contar com elementos que definam sobre o que se vai falar, ou seja, um breve resumo, uma pergunta ou reflexão instigante que remeta o leitor a uma participação ativa na leitura; Desenvolvimento: é o assunto em questão. São apresentados dados, fatos, histórias ou novas ideias. Aborda-se no desenvolvimento tudo aquilo que precisa ser esclarecido sobre o tema escolhido; Fechamento/conclusão: o momento em que se concluem as ideias. Traz, em geral, um resumo das ideias previamente desenvolvidas. - Regras de estruturação de um texto: Estrutura: requer organicidade para determinar que as três partes de um texto (introdução, desenvolvimento e fechamento) tenham lógica e coerência, e requer forma, jeito ou maneira de se apresentar um tema (nas formas descritiva, narrativa ou dissertativa); Conteúdo: é o elemento que exige clareza de ideias e que estas devam ser pertinentes ao tema escolhido; Expressão: exige que o leitor/escritor domine o conjunto de palavras que constituem a língua. Requer originalidade, correção (uso correto das formas gramaticais, ortografia e acentuação) e concisão (consiste em eliminar palavras ou expressões desnecessárias). - Capacidade de abstração: está relacionada à capacidade que o escritor/leitor tem em analisar o texto e observar seus elementos como vários aspetos contidos num todo e, ao mesmo tempo, estudar separadamente as suas peculiaridades ou características. - Leitura crítica: é uma leitura atenta, reflexiva, pausada e com possíveis releituras, que visa compreender e criticar toda a montagem do texto, sua coerência informativa e seu valor de opinião. - Técnicas para interpretar, compreender, organizar e sistematizar a leitura: (1) fazer uma leitura de inspeção e seletiva para se contextualizar. Marcar o texto, sublinhar, grifar, anotar observações e comentários, etc.; (2) escrever uma síntese da ideia central de cada tópico do texto e anotar a página de referência, ou seja, fazer um fichamento registrando um conjunto de dados relevantes; (3) escrever um resumo sobre o que leu; (4) produzir mapas mentais ou conceituais, buscando associar conceitos com a sua imaginação e conhecimento pré-existentes sobre o tema. Irá desenvolver a memória, a concentração e a abstração. - Mapas mentais: é tudo aquilo que acumulamos no decorrer da nossa vida, que faz sentido para nós e que buscamos relacionar com novasexperiências e conhecimentos. Auxilia na concentração, memorização, estimula a capacidade de abstração, criatividade, emoção e ajuda a estudar ou ler com maior eficiência e rapidez. UNIDADE 3 Em resumo aos conceitos e definições abordados na Unidade 3, recomendo estudo sobre os seguintes temas: - História dos textos e da escrita; - Definição da escrita; - Gênero textual oral e escrito; - Gênero textual primário e secundário; - Tipologia textual descritiva, narrativa e dissertativa (texto dissertativo-expositivo e texto dissertativo-argumentativo); - Figuras de palavras/pensamento, figuras de construção/sintaxe e figuras de som; - Concordância verbal e nominal; - Regência verbal e nominal; - Técnicas para redação de um texto dissertativo-argumentativo. Conceitos e definições importantes: - História dos textos e da escrita: em diferentes civilizações, a escrita sempre foi sinônimo de poder e status. O Antigo Egito foi uma das primeiras civilizações a adotar a escrita em seu sistema escolar. Para eles, a escrita era uma dádiva concebida por Thoth, o deus da sabedoria na mitologia, e foi considerada pelos egípcios como uma arte misteriosa. Aquele que soubesse escrever, portanto, tornava-se dotado de poder. Graças à escrita, os egípcios puderam registrar todo o seu conhecimento e história através de caracteres típicos, chamados de hieróglifos, que significa “grafia sagrada”. Foram também os egípcios que introduziram a divisão da escrita em duas formas: uma para representar a fala (símbolos), e outra para representar as ideias (gravuras) (ELIAS, 2000). Observação: Mas foi do alfabeto grego que nasceu o nosso alfabeto latino. Referência: ELIAS, Marisa del Cioppo. De Emílio a Emília: a trajetória da alfabetização. São Paulo: Scipione, 2000. - Definição da escrita: a escrita é mais do que um mero conjunto de sinais que representam a forma como falamos, é também uma extensão de nossas ideias, pensamentos e sentimentos. - Gênero textual oral: é quando falamos; - Gênero textual escrito: é quando escrevemos. - Gênero textual primário: é utilizado no dia a dia e aprendemos em convivências informais; - Gênero textual secundário: é utilizado em ambientes formais, como acadêmico e profissional, aprendemos na escola e exige técnicas para serem escritos. - Tipologia textual descritiva: é utilizada quando o autor descreve algo, contando detalhes, mas sem ser prolixo (que não sintetiza o pensamento) ou cansativo; - Tipologia textual narrativa: é utilizada quando o autor conta um fato, um acontecimento ou uma história seguindo uma sequência lógica. Pode-se utilizar a linguagem coloquial (texto informal) e acrescentar falas. Os principais elementos de um texto narrativo são: os fatos em si, personagens, modo ou maneira como os fatos ocorrem, espaços onde ocorrem, razões ou causas para que os fatos tenham acontecido e os resultados ou consequência desses fatos; - Tipologia textual dissertativa: é utilizada quando o autor produz um texto de natureza teórica, em que é exposto um ponto de vista sobre um tema. É escrito através de uma estruturação lógica e ordenada das concepções iniciais e o autor propõe reflexões, defende um ponto de vista, discute uma ideia, disponibiliza debates, questiona suposições, etc. O padrão de linguagem é o da norma culta (texto formal) e os textos podem ser classificados de duas maneiras: (1) Dissertativo-expositivo: quando a intenção do autor é apenas discorrer sobre um tema, sem necessariamente expor sua opinião. Trata-se apenas de mostrar um dado ou um fato; (2) Dissertativo-argumentativo: quando a intenção do autor é defender as suas ideias com raciocínio lógico e aceitável. Trata-se de expor um argumento de forma mais aprofundada, defender uma ideia e expressar opiniões embasadas. - Figuras de palavras/pensamento: são utilizadas como substituição ou transferência de uma palavra por outra. (1) Metáfora: utilizada para mudar o sentido literal da palavra para o sentido figurado; (2) Analogia: utilizada para esclarecer o que nos é desconhecido, relacionando a palavra nova com algo que já supostamente conhecemos; (3) Clichê: expressões geralmente formadas a partir da relação com certos objetos, animais, parte do corpo humano, etc.; (4) Catacrese: utilizada para compensar a falta de uma palavra específica na língua; (5) Antítese: utilizada para opor uma figura de linguagem à outra; (6) Ironia: utilizada para dar às palavras um significado diferente do original, sugerindo exatamente o oposto daquilo que se quer dizer; (7) Eufemismo: utilizado para atenuar o sentido literal e desagradável de uma palavra; (8) Hipérbole: utilizada quando se exagera na expressão de uma ideia (especialmente o amor). - Figuras de construção/sintaxe: são utilizadas para fazer alguma modificação na estrutura da oração. (1) Hipérbato: utilizado como recurso de inversão da ordem natural das palavras; (2) Gradação: consiste na progressão das frases ou palavras de forma crescente ou decrescente, com o objetivo de se criar um “clímax” ou suspense no texto; (3) Pleonasmo: utilizado quando se quer enfatizar ou reforçar o significado de uma ideia (redundância). - Figuras de som: São utilizadas para criar um efeito sonoro ou intensificar o ritmo da oração. (1) Onomatopeia: utilizada para representar, através da escrita, os sons produzidos pelos animais, objetos ou seres humanos. - Concordância verbal: quando o verbo é flexionado para concordar com seu sujeito. O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em número e pessoa; - Concordância nominal: quando o substantivo funciona como núcleo de um termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal. Trata-se da relação entre um substantivo (ou pronome, ou numeral substantivo) e as palavras que a ele se ligam para caracterizá-lo (artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). - Regência: é a relação de complementação entre as palavras. A palavra que depende de outra é chamada de regida ou termo regido, e o termo a que se subordina é o regente; - Regência verbal: é a relação que o verbo estabelece com os termos que o complementam (objeto direto e objeto indireto) ou o caracterizam (adjunto adverbial). Em resumo, quando o regente é um verbo; - Regência nominal: é a relação entre um substantivo, adjetivo ou advérbio e o seu complemento nominal, respectivamente. - Técnicas para redação de um texto dissertativo-argumentativo: (1) Definir um tema (não muito abrangente) e buscar conhecimento sobre ele através da leitura; (2) Elaborar mapas mentais ou conceituais para unir as ideias sobre o tema e organizá-las; (3) Praticar a elaboração de “perguntas-estímulo”, como: O que? Como? Quando? Onde? Quem? Etc.; (4) Defender o tema com argumentos consistentes e coerentes; (5) Seguir 03 premissas: descrever a evidência (introdução), sua justificativa (desenvolvimento) e uma proposta de intervenção (conclusão). Além de um bom dicionário, é indicada a consulta de uma gramática da Língua Portuguesa, que poderá lhes ajudar em outros casos gramaticais para a boa produção de um texto. UNIDADE 4 Em resumo aos conceitos e definições abordados na Unidade 4, recomendo estudo sobre os seguintes temas: - História da comunicação oral; - Comunicação internalizada; - Assertividade; - Estilos de comportamento ao se comunicar: passivo, agressivo, manipulador/ passivo- agressivo e assertivo; - Técnica de Bower - DEEC; - Relação entre os interlocutores; - Aspectos da comunicação oral: clareza, coerência, coesão, entonação, ritmo, movimento, contato visual e expressões faciais, atitudes e capacidade de ouvir; - Dicas para manter uma boa comunicação:concentração, autocontrole, capacidade de ouvir e observar, técnica backtracking e questionamentos; - Ruídos e rumores na comunicação; - Técnicas para falar em público: preparação, domínio do tema, organização do discurso e disposição para questionamentos; - Técnica para impactar a audiência - P.U.N.C.H. Conceitos e definições importantes: - História da comunicação oral: sabe-se que seria muito difícil chegarmos neste momento da história sem a escrita, mas seria ainda impensável sem a comunicação oral. Todo o processo produtivo do homem perpassa pelo desenvolvimento de sua comunicação com os demais; A comunicação oral sempre exerceu grande influência na história da humanidade. Por muito tempo, a academia rejeitou a oralidade como um conhecimento vulgar, porque é legitimada pelo hábito. Mas com o desenvolvimento dos estudos da linguagem, aqueles que sempre se dedicaram mais à escrita passaram a observar a oralidade mais de perto. Documentos orais e memórias passaram a ser objeto de estudo de muitas áreas do conhecimento. - Comunicação internalizada: ocorre quando pensamos antes de falar ou quando fazemos julgamentos internos sobre o que deve ou não ser dito. Essa comunicação é chamada de interna ou privada. É ela que dará o tom de como será a qualidade da comunicação. - Assertividade: é a qualidade de alguém fazer uma afirmação enfática sobre os próprios direitos e expressar pensamentos, opiniões e sentimentos de maneira clara, direta, honesta e apropriada ao contexto, de modo a não violar o direito e respeito às outras pessoas. - Estilos de comportamento ao se comunicar: (1) Passivo: é representado por algumas características típicas em pessoas tímidas, com pouca autoconfiança, com receio ou falta de habilidade de se expor ou de falar em público. A pessoa de comportamento passivo apresenta dificuldades em se expressar, expor suas opiniões, direitos e sentimentos. Ela é também fortemente influenciada pelas outras pessoas e acaba abrindo mão do que é bom para si em função dos desejos alheios; (2) Agressivo: o indivíduo tem pouco ou nenhum interesse na opinião dos outros, fazendo valer a sua opinião muitas vezes no berro e expõe a sua ideia como sendo a verdade. As pessoas que predominantemente possuem o comportamento comunicativo agressivo “explodem” facilmente, têm opiniões fortes e não têm medo de expressá-las, ainda que o assunto não seja dirigido a elas. Estas ainda têm um tom de voz e olhar intimidantes. Mas dizer tudo que nos vem à mente ou ser absolutamente sincero pode resultar em incompreensões e desentendimentos; (3) Manipulador/ Passivo-agressivo: é uma junção dos estilos passivo e agressivo, combinando características de ambos. A pessoa diz ou fala a verdade, só que para a pessoa errada. Ou reclama, reclama, mas nunca faz nada para amenizar o problema e a culpa é sempre do outro. No mundo profissional, esse comportamento pode ser contraproducente; (4) Assertivo: é quando conseguimos expressar as nossas opiniões, pensamentos e sentimentos sem agredir o outro, de forma firme e tranquila. A pessoa de comportamento assertivo tem respeito pelas suas próprias ideias e sentimentos, tem autoconfiança, não sente medo de discordar, de dizer “não” nem de perguntar o motivo. Busca sempre os melhores meios do discurso oral, fazendo uso de um vocabulário contextualizado e adequado aos seus interlocutores. Está relacionado também com como a própria pessoa se sente ao se expressar, evitando o estresse, os ruídos comunicativos e outros problemas. - Técnica de Bower - DEEC (FACHADA, 1998): é uma técnica para praticar a comunicação oral, com o objetivo de exercitar a habilidade de nos comunicarmos de forma mais assertiva, ou seja, de expressar nossa opinião fazendo bom uso da linguagem oral e de seus recursos: (D) Descrever de forma clara e objetiva o fato ocorrido; (E) Expressar como você se sente e/ou os impactos que a situação lhe gerou; (E) Ser específico, dizendo ao outro como você gostaria que fosse a comunicação; (C) Falar das consequências positivas sobre a mudança de comportamento do outro. - Relação entre os interlocutores: a comunicação ocorre de forma interativa, criando uma relação entre o agente emissor da mensagem (enunciador) e o agente receptor (co- enunciador), e permitindo uma troca de informações entre quem fala e quem ouve. - Aspectos da comunicação oral: (1) Clareza: tem a ver com objetividade. Trata-se de se expressar por meio da comunicação oral com um bom direcionamento do que é dito, com um vocabulário adequado aos interlocutores, evitando expressões, assuntos ou palavras irrelevantes; (2) Coerência: trata-se da relação lógica entre as ideias, situações ou acontecimentos, buscando adequação nos recursos formais da língua, como os aspectos gramaticais ou lexicais, e no conhecimento a ser transmitido; (3) Coesão: refere-se às articulações gramaticais existentes entre as palavras, as orações e frases para garantir que a informação seja transmitida de modo adequado; (4) Entonação: é preciso saber usar a voz conforme o contexto. Nem sempre é fácil para a pessoa perceber que está falando alto demais ou baixo demais; (5) Ritmo: falar com pausas esporádicas, colocar entusiasmo ao que é enunciado, conectar os temas de modo agradável aos interlocutores – tudo isso se refere ao ritmo. Para usar como parâmetro, realize o seu discurso oral com pausas como se fosse iniciar um novo parágrafo ao escrever. O texto escrito tem um ritmo e a linguagem oral também, evidenciando inclusive uma gradação; (6) Movimento: o movimento corporal pode apoiar aquilo que está sendo dito. Ter movimentos suaves, conforme o que é dito, envolvendo a atenção visual do interlocutor é uma forma de captar a sua atenção; (7) Contato visual e expressões faciais: para muitas pessoas, o contato visual é imprescindível. Transmite clareza e a sensação de veracidade. Além disso, estreita as distâncias entre os interlocutores. As expressões faciais devem ser um recurso para o discurso oral, evitando-se traços expressivos desnecessários; (8) Atitudes: repare o seu comportamento na relação com os seus interlocutores. Uma atitude positiva tem mais chances de feedbacks mais assertivos. Uma atitude agressiva pode passar a impressão errada sobre quem somos ou o que queremos transmitir. - Capacidade de ouvir: para que se tenha uma comunicação eficiente é preciso saber ouvir. Quando você identifica o que o outro quer ouvir e entende o que ele quer dizer, atrai a atenção dos seus interlocutores. - Dicas para manter uma boa comunicação: (1) Concentração: pare tudo o que estiver fazendo para ouvir a outra pessoa. Silencie toda conversação interna dentro de você. Somente ouvindo você conseguirá reconhecer os interesses do outro; (2) Autocontrole: nada de interrupções. Quando você interrompe a outra pessoa, ou não permite que ela chegue às suas conclusões, você demonstra que aquilo que você tem a dizer é mais importante do que aquilo que você tem para ouvir; (3) Capacidade de ouvir e observar: as palavras representam apenas 7% da importância na comunicação verbal contra 55% da linguagem corporal. Portanto, as pessoas que estão atentas à linguagem corporal de seu interlocutor têm muito mais chance de dizer aquilo que realmente precisa ser dito; (4) Técnica backtracking: trata-se de uma maneira simples de identificar se você realmente entendeu o que o outro está dizendo e mostra, sobretudo, bastante empatia pela pessoa. Ela funciona desta forma: ao final de algumas conclusões do seu interlocutor, repita com suas próprias palavras aquilo que ele acabou de dizer. A técnica backtracking nos ajuda a compreender melhor o outro e nos dá mais segurança sobre a nossa interpretação; (5) Questionamentos: as perguntas são o caminhomais rápido para encontrar o sentido nas suas conversas. Além do mais, quando você participa com perguntas no diálogo, atesta que toda sua atenção está focada no assunto que está em pauta. - Ruídos e rumores na comunicação: os ruídos e os rumores que transitam pelos corredores de uma empresa, além da má interpretação das falas, instruções ou qualquer discurso de ordem oral, é um desafio para o ambiente profissional em amplo aspecto. É preciso trabalhar o fluxo de informações no ambiente de trabalho constantemente. - Técnicas para falar em público: (1) Preparação: é preciso pesquisar informações sobre o tema do seu discurso, buscar argumentos, organizar as ideias e materiais. A ideia de outras pessoas, assim como em uma produção escrita, de modo referido e organizado serve para dar credibilidade e enriquecer a sua exposição; (2) Domínio do tema: dominar o assunto é muito importante. Você não vai defender uma ideia que não conhece. Preparar o que será dito, pesquisando e organizando o seu discurso, mostrará que tem domínio sobre o tema. Tenha em mãos um roteiro ou uma pauta com as principais ideias que serão apresentadas; (3) Organização do discurso: organizar o discurso oral é outra parte importante do processo de apresentação oral. A introdução, o desenvolvimento e as conclusões são as etapas básicas na transmissão das ideias; (4) Disposição para questionamentos: é preciso também estar preparado para responder as perguntas que surgirem e não ter medo de errar. Seja honesto com o seu interlocutor e, caso cometa algum engano, reconheça e contorne a situação. - Técnica para impactar a audiência - P.U.N.C.H. (Reynolds, 2012): é preciso começar a sua apresentação com impacto ou potência, ou seja, nada daquelas introduções monótonas em que você diz logo de cara o tema da sua palestra. Você pode colocar intensidade no seu discurso oral sem ser agressivo: (P) Personal = Pessoal: faça uma introdução contando algo bastante pessoal que o aproxime da sua plateia como pessoa e não como orador; (U) Unexpected = Inesperado: traga ou revele algo inesperado. Traga um objeto, uma ilustração ou uma música. Use os recursos midiáticos e as diferentes funções da linguagem. No caso da apresentação acadêmica, um teórico pertinente ao assunto ou uma citação bem colocada pode ter um bom efeito; (N) Novel = Fato/ história: não há ser humano que não goste de ouvir uma boa história, uma parábola ou uma fábula. Pense nas novidades e pesquisas recentes sobre o assunto do qual vai falar. Inclua esses dados na sua introdução. No caso do meio acadêmico, utilize esses recursos apenas se forem realmente bem contextualizados com o tema, primando pela clareza e objetividade; (C) Challenging = Desafiador: o cérebro adora desafios. O palestrante entediante é aquele que só transfere conhecimento, mas não provoca curiosidade. Lance uma pergunta provocante, reflexiva, faça com que sua plateia participe daquilo que você está falando; (H) Humorous = Humor: não é preciso ser comediante para se utilizar do humor. Aliás, não é da habilidade de contar piada que estamos falando aqui. Às vezes, o final de uma história ou o trecho de um filme pode ser tão engraçado quanto o ato de contar piada. Tenha cuidado ao usar essa técnica, que não é pertinente ao meio acadêmico.
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