Direito Penal OAB

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EXAME DE ORDEM 2012.1 
Coordenação Pedagógica OAB 
 
 
 
 
 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
 
CURSO INTENSIVO MODULAR – OAB 2012.1 
 
Disciplina Direito Penal 
Aula 03 
 
EMENTA DA AULA 
1. Tipicidade 
2. Dolo 
3. Culpa 
4. Preterdolo 
 
GUIA DE ESTUDO 
1. Tipicidade: 
� Para ser crime a conduta deve ser típica, ilícita e culpável. 
� Quando se fala em tipicidade existem dois aspectos: 
• Tipicidade formal: adequação do fato à lei. Para fins didáticos é possível dividir 
a tipicidade: 
a) Tipicidade formal objetiva: elementos objetivos constantes do tipo 
legal. 
b) Tipicidade formal subjetiva: elementos subjetivos, compostos de dolo 
ou culpa, se não tiver dolo ou culpa o fato é atípico. 
• Tipicidade material: a tipicidade não se esgota na tipicidade formal, num juízo 
de subjunção. A tipicidade material é a lesão ou ameaça ao bem jurídico, a 
lesão ou ameaça tem que ser séria, relevante, para ser considerada ilícito 
penal. Princípios que tornam o fato materialmente atípico. (não tem previsão 
na lei, são construções doutrinárias) 
a) Princípio da Ofensividade: É materialmente atípica a 
conduta que não configura se quer ameaça ao bem jurídico protegido. 
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Ex. parte da jurisprudência considera atípica a conduta de porte de 
arma desmuniciada e sem condições de pronto municiamento. 
b) Princípio da Insignificância: é materialmente atípica a 
conduta que não provoca lesão relevante ao bem jurídico (levando-se 
em conta as condições do autor, da vítima, contexto e as consequências 
da conduta). Ex. nos crimes tributários e previdenciários é atípica a 
conduta que envolver valor inferior àquele estabelecido para 
ajuizamento da execução fiscal (R$ 10.000,00) 
c) Princípio da Adequação Social: é materialmente atípica a 
conduta considerada socialmente adequada. Ex. colocação de brincos 
em crianças pequenas. 
2. Dolo: 
� Conceito: é a consciência e vontade de praticar a conduta. Para a teoria finalista, o 
dolo é puramente natural ou psicológico: exige a consciência sobre o fato, mas não 
exige a consciência sobre a ilicitude do fato. 
� Espécies: 
• Dolo Direto: o agente prevê o resultado e deseja produzi-lo (Teoria da 
Vontade). 
• Dolo Eventual: o agente prevê o resultado e assume o risco de produzi-lo 
(Teoria da Assunção). Ex. roleta russa. 
3. Culpa: 
� Conceito: é a inobservância do dever de cuidado objetivo. Salvo quando houver 
previsão expressa na lei, só é típica a conduta quando praticada dolosamente. Ex.1: 
Crimes contra a pessoa (art. 121 a 154, CP): apenas 2 tem previsão de modalidade 
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culposa (homicídio e lesão corporal), todas as outras são atípicas quando praticadas 
com culpa. Ex.2: Crimes contra o patrimônio (art. 155 a 183, CP): de todos os crimes 
contra o patrimônio apenas a receptação tem modalidade culposa prevista. 
� Espécies: 
• Culpa Consciente: o agente prevê o resultado, mas espera 
sinceramente poder evita-lo. Ex. atirador de facas em um circo. 
• Culpa Inconsciente: o agente não prevê o resultado, que era 
previsível. Ex. pai que esquece o filho dentro do veículo, provocando 
a sua morte. 
3. Preterdolo: 
• Conceito: trata-se de crime qualificado pelo resultado em que a conduta inicial 
é dolosa e o resultado qualificador é culposo. Ex. Lesão seguida de morte.