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ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA PATOLOGIAS DO COTOVELO Epicondilites Prevalência: Epicondilite lateral 7:1 Epicondilite medial Sintomas: O paciente com epicondilite lateral ou medial apresenta dor para levantar e abaixar o punho, para digitar, perda de força, dor que piora com o decorrer das atividades durante o dia e dor noturna. A dor pode se iniciar no cotovelo mas normalmente estende-se por todo o antebraço. Causas: As pessoas que trabalham digitando, manipulando máquinas pesadas, parafusando, escrevendo ou mesmo treinando musculação, tênis ou golf além de seu limite, podem desenvolver a doença. Quadro clínico: Há uma degeneração das fibras de colágeno dos tendões, que pode ocorrer após uma inflamação inicial. Quando a sobrecarga continua ocorrendo, essa degeneração não apresenta melhora, cicatrizes de fibrose podem ser formar e o paciente passa a sentir dor crônica e diminuição de força. Tratamento: Conservador – crioterapia, cinesioterapia, órtese não tem eficácia definida, onda de choque (às vezes são necessário dois a três meses de tratamento para atingir o resultado ideal). Cirúrgico – quando há lesão tendínea completa, e ressecção de tecido lesionado Bursite Causas? A bursa pode ficar inflamada devido a traumatismo local. Pode ser um macrotrauma, como nas quedas, ou microtraumas, como ficar apoiado sobre a ponta do cotovelo. Outras alterações, como reumatismo, gota e alterações ósseas podem facilitar o aparecimento. Sintomas: Na fase aguda, um inchaço na ponta do cotovelo e vermelhidão local são os achados mais frequentes. A bursa fica com o consistência de uma bexiga cheia de água. No caso da gota o processo costuma ser crônico, e a bursa fica endurecida, e não mole como na bursite típica. Tratamento: Conservador - evitar traumas locais é a medida mais importante. Na fase aguda, compressas frias ajudam e medicação para dor pode ser utilizada dependendo dos sintomas. Cirúrgico - Cirurgia é indicada na minoria dos casos, quando as outras medidas não surtiram efeito, e consiste na ressecção da bursa. Luxação O que é? Quando as superfícies articulares do cotovelo são separadas, o cotovelo luxa. Classificação: As luxações podem ser completas ou parciais, sendo que as primeiras ocorrem quando os ossos se separam completamente. Tratamento: Conservador – redução, imobilização, reabilitação Cirúrgico – luxação irredutível, fraturas associadas, instabilidade, reparo lateral/medial Prevalência: Adulto 2º comum Criança 1º comum Mecanismo de trauma: Queda com mão espalmada, extensão de cotovelo, valgo/supinação/axial Fratura do Cotovelo Tratamento: 1º restaurar articulação úmero-ulnar 2º restaurar cabeça do rádio 3º reparo ligamentar lateral 4º reparo ligamentar medial = instável - reconstrução 5º mobilização protegida - órtese Complicações: Neurovasculares, rigidez articular, ossificação heterotópica, instabilidade crônica, instabilidade rádio-ulnar distal, artrose pós-traumática. Fratura do Olécrano Mecanismo de lesão: Direto: queda sobre a ponta do cotovelo ou golpe direto no olecrano Indireto: queda sobre a mão estendida com o cotovelo em flexão e uma forte contração de tríceps Direto-indireto: contração muscular + trauma direto atuam juntos podendo produzir fraturas. Sinais e sintomas: Ocorre um derrame hemorrágico na articulação que em aumento de volume e dor no olecrano. Também pode haver um sulco palpável no local de fratura, acompanhado de arco de movimentação doloroso e limitado, além de creptação. Incapacidade de estender o cotovelo ativamente contra a gravidade. Classificação: Sem desvio Com desvio - Tipo 1: desvio até 2mm - Tipo 2: com desvio, sem instabilidade - Tipo 3: desviada, associada a instabilidade Tratamento: Em geral a redução incruenta é difícil pela ação do tríceps. Lesões sem desvios = tratamento conservador (imobilização por 3 semanas) Lesões com desvio = redução aberta (cirúrgica) com osteossíntese Complicações: Rigidez do cotovelo, infecção, pseudo-artrose, neuropatia ulnar. Fratura Supracondilianas Prevalência: Pico entre 5 e 7 anos de idade, meninos 3:2 meninas, compreende 55 a 75% de todas as fraturas do cotovelo em crianças. Mecanismo de trauma: Queda com a mão espalmada e cotovelo totalmente extendido (98%): desvio posterior Mão pronada: desvio póstero - medial (75%) Mão supinada: desvio póstero - lateral Tipo em flexão (2% dos casos) - trauma direto ou queda com o cotovelo fletido: desvio anterior. Quadro clínico: Dor, edema, deformidade e ADM doloroso Fratura associada mais comum: porção distal do rádio. Classificação: Gartland Tipo I: não deslocada, traço de fratura pouco evidente Tipo II: deslocada com cortical posterior intacta, traço de fratura evidente Tipo III: deslocada sem contato cortical, não há contato entre as corticais Tratamento: Tipo I - imobilização com tala posterior em flexão de 90° Tipo II - manobra de redução, posicionar cotovelo em mais de 120º para manter redução numa fratura não fixada Tipo III - se conseguir redução, imobilizar o cotovelo em mais de 120º Flexão (não fixada) Fratura da Cabeça do Rádio Prevalência: Ocorre entre 20 a 40 anos, lesão associada 1:3 dos casos, 33% das fraturas do cotovelo. Mecanismo de lesão: Queda com a mão espalmada com o antebraço em pronação, com força axial sendo transmitida através da cabeça do rádio sobre o capítulo. Classificação: Segundo Mason: Tipo I: fraturas marginais ou fissuras sem deslocamento Tipo II: fraturas marginais deslocadas; Tipo III: fraturas cominutivas envolvendo toda a cabeça Tratamento: Tratamento conservador (tipo 1 e2 < 2mm) Redução aberta e fixação interna Ressecção de fragmentos da cabeça do rádio Ressecção da cabeça do rádio Artroplastia da cabeça do rádio Complicações: Rigidez articular (fraturas complexas, imobilização prolongada, posicionamento inadequado do material de síntese), Ossificação heterotópica (após fratura-luxação, traumas de alta energia e retardo no tratamento cirúrgico), lesão do nervo interósseo posterior (lesão direta no acesso cirúrgico ou por afastadores), instabilidade em valgo ou migração proximal do rádio secundários a ressecção indevida da cabeça do rádio. Fratura de Monteggia O que é: Fratura da Ulna associada a luxação anterior da cabeça radial. Tratamento: Redução cruenta e a fixação interna da Ulna (placa, parafuso) e redução radial. Complicação: Não redução adequada das fraturas ou da cabeça do rádio, necessitando de procedimentos complementares. Testes Especiais para Cotovelo
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