Buscar

Direito Ambiental 5

Prévia do material em texto

Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 
95 
 
 Para o respeitado mestre Édis Milaré, os ETEPs são divididos em: 
ETEPs em sentido estrito (stricto sensu), que são as Unidades de 
Conservação; e ETEPs em sentido amplo (lato sensu), que são as Áreas de 
Preservação Permanente, Reservas Legais, Áreas de Uso Restrito e todas 
as demais. 
Segundo a Lei 9.985/00, unidade de conservação é o espaço 
territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas 
jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente 
instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e 
limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se 
aplicam garantias adequadas de proteção. 
 
 Esquematizando tudo: 
 Unidade de conservação é o: 
9 Espaço territorial e seus recursos ambientais, 
9 Com características naturais relevantes, 
9 Legalmente instituído pelo Poder Público, 
9 Objetivos de conservação, 
9 Limites definidos, 
9 Sob regime especial de administração, e 
9 Garantias adequadas de proteção. 
 
Assim, para a configuração jurídico-ecológica de uma UC, deve haver 
a relevância natural, o caráter oficial, a delimitação territorial, o objetivo 
conservacionista, e o regime especial de proteção e administração. 
Cabe ressaltar que o subsolo e o espaço aéreo, sempre que influírem 
na estabilidade do ecossistema, integram os limites das unidades de 
conservação. 
 Poderão ser criadas por ato do Poder Público (Poder Legislativo 
- lei ou Poder Executivo - decreto), mas só poderão ser extintas, 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 
95 
suprimidas ou reduzidas por LEI. A desafetação também depende 
de LEI, mesmo que a UC tenha sido criada por decreto. 
Pessoal, na criação da UC, a lei ou decreto poderá ser federal, 
estadual ou municipal. Poderá, portanto, ser um decreto do chefe do 
Poder Executivo Federal (Presidente), Estadual (Governador) ou Municipal 
(Prefeito) OU ainda uma lei federal, estadual ou municipal. 
 Importante lembrar que é um dos instrumentos da Política Nacional 
de Meio Ambiente a criação de espaços territoriais especialmente 
protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal tais como 
áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas 
extrativistas (Art. 9º, VI da Lei 6.938/81). 
 A CF/88 em seu art. 225, § 1º, III, determina que incumbe ao Poder 
Público definir, em TODAS as unidades da Federação, espaços 
territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo 
a alteração e a supressão permitidas somente através de LEI, 
vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos 
que justifiquem sua proteção. 
A ampliação dos limites de uma unidade de conservação, sem 
modificação dos seus limites originais, exceto pelo acréscimo proposto, 
pode ser feita por instrumento normativo do mesmo nível 
hierárquico do que criou a unidade, desde que obedecidos os 
procedimentos de consulta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 
95 
 
Criação ou ampliação de UC Alteração (redução dos limites) 
ou supressão ou extinção e 
desafetação de UC 
Ato do Poder Público (Decreto 
ou Lei) da União, dos Estados, 
do DF e dos Municípios. 
Somente por Lei da União, dos 
Estados, do DF e dos Municípios. 
 
 Segundo o art. 2o do decreto 4.340/02, que regulamenta a Lei 
9.985/00, a o ato de criação de uma unidade de conservação deve indicar: 
I - a denominação, a categoria de manejo, os objetivos, os limites, a 
área da unidade e o órgão responsável por sua administração; 
II - a população tradicional beneficiária, no caso das Reservas 
Extrativistas e das Reservas de Desenvolvimento Sustentável; 
III - a população tradicional residente, quando couber, no caso das 
Florestas Nacionais, Florestas Estaduais ou Florestas Municipais; e 
IV - as atividades econômicas, de segurança e de defesa nacional 
envolvidas. 
 A CRIAÇÃO é precedida de ESTUDOS TÉCNICOS e de 
CONSULTA PÚBLICA que permitam identificar a localização, a 
dimensão e os limites mais adequados para a unidade. É 
dispensável [NÃO é obrigatória] a consulta para a criação de 
Estações Ecológicas e Reservas Biológicas. 
 As unidades de conservação poderão ser compostas de áreas 
públicas ou privadas, dependendo da categoria. Na tabela resumo estão 
especificadas as características de cada UC. 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 
95 
Recurso ambiental: 
x atmosfera, 
x águas interiores, superficiais e subterrâneas, 
x estuários, 
x mar territorial, 
x solo, e subsolo, 
x elementos da biosfera, 
x fauna e flora. 
Proteção integral: manutenção dos ecossistemas livres de alterações 
causadas por interferência humana, admitido apenas o uso indireto 
dos seus atributos naturais. 
Uso indireto: aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou 
destruição dos recursos naturais. 
Uso direto: aquele que envolve coleta e uso, comercial ou não, dos 
recursos naturais. 
Uso sustentável: exploração do ambiente de maneira a garantir a 
perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos 
ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos 
ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável 
(SUSTENTÁVEL = Conservação ambiental + exploração econômica + 
justiça ou equidade social). 
Extrativismo: sistema de exploração baseado na coleta e extração, de 
modo sustentável, de recursos naturais renováveis; 
Recuperação: restituição de um ecossistema ou de uma população 
silvestre degradada a uma condição não degradada, que pode ser 
diferente de sua condição original. 
Restauração: restituição de um ecossistema ou de uma população 
silvestre degradada o mais próximo possível da sua condição 
original. 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 
95 
Conservação da natureza: o manejo do uso humano da natureza, 
compreendendo a preservação, a manutenção, a utilização 
sustentável, a restauração e a recuperação do ambiente natural, 
para que possa produzir o maior benefício, em bases sustentáveis, às 
atuais gerações, mantendo seu potencial de satisfazer as necessidades 
e aspirações das gerações futuras, e garantindo a sobrevivência dos 
seres vivos em geral. 
Preservação: conjunto de métodos, procedimentos e políticas que 
visem a proteção a longo prazo das espécies, habitats e ecossistemas, 
além da manutenção dos processos ecológicos, prevenindo a 
simplificação dos sistemas naturais. 
Zona de amortecimento: o entorno de uma UC, onde as atividades 
humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o 
propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade. 
Corredores ecológicos: porções de ecossistemas naturais ou 
seminaturais, ligando unidades de conservação, que possibilitam 
entre elas o fluxo de genes e o movimento da biota, facilitando a 
dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, bem como 
a manutenção de populações que demandam para sua sobrevivência 
áreas com extensão maior do que aquela das unidades individuais. 
Diversidadebiológica: a variabilidade de organismos vivos de todas 
as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, 
marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de 
que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de 
espécies, entre espécies e de ecossistemas. 
Conservação in situ: conservação de ecossistemas e habitats naturais 
e a manutenção e recuperação de populações viáveis de espécies em 
seus meios naturais e, no caso de espécies domesticadas ou 
cultivadas, nos meios onde tenham desenvolvido suas propriedades 
características. 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 
95 
Manejo: todo e qualquer procedimento que vise assegurar a 
conservação da diversidade biológica e dos ecossistemas. 
Zoneamento: definição de setores ou zonas em uma unidade de 
conservação com objetivos de manejo e normas específicos, com o 
propósito de proporcionar os meios e as condições para que todos os 
objetivos da unidade possam ser alcançados de forma harmônica e 
eficaz. 
Plano de manejo: documento técnico mediante o qual, com 
fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se 
estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso 
da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das 
estruturas físicas necessárias à gestão da unidade. 
 
 Os mais cobrados em provas são os conceitos de Unidade de 
Conservação, zona de amortecimento e corredor ecológico. Perceba 
a diferença entre recuperação e restauração. E observe que a conservação 
compreende a preservação, ou seja, de acordo com a Lei do SNUC, 
conservação é um conceito mais amplo. 
. 
Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) 
 
 O Sistema NACIONAL de Unidades de Conservação (SNUC) é 
constituído pelo conjunto das unidades de conservação FEDERAIS, 
ESTADUAIS e MUNICIPAIS. Assim todos os entes federativos (União, 
Estados, DF e Municípios) são competentes para criar unidades de 
conservação. 
 As unidades de conservação (UC) integrantes do SNUC dividem-se 
em 2 grupos: UC de PROTEÇÃO INTEGRAL e UC de USO 
SUSTENTÁVEL. Cada grupo é dividido em categorias, com características 
específicas. 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 
95 
ResEx PÚBLICO Extrativismo, complementarmente 
agricultura de subsistência e criação de 
pequenos animais. 
ReFau PÚBLICO Área natural com animais de espécies 
nativas. Estudos técnicos científicos 
sobre manejo econômico sustentável. 
RDS PÚBLICO Área natural com populações 
tradicionais. Preservação da natureza e 
manutenção das condições de vida. 
RPPN PRIVADO Área privada gravada com perpetuidade. 
Conservar a biodiversidade. Permitida 
pesquisa e visitação com objetivos 
turísticos, recreativos e educacionais. 
Observações: 
Obs. 1: APA e Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) são 
constituídas por áreas públicas ou privadas, que podem ter normas e 
restrições de utilização. 
 RPPN é área privada. 
 As demais Unidades de uso sustentável (FloNa, ResEx, ReFau, 
RDS) são de domínio público. 
 Reserva Extrativista e Reserva de Desenvolvimento 
Sustentável terão o uso concedido por meio de contrato às populações 
extrativistas e tradicionais, respectivamente. 
Obs. 2: Em Reserva de Fauna e em Reserva Extrativista é proibida a 
caça amadorística ou profissional. 
*A caça profissional ou comercial é aquela que tem por finalidade 
extrair da fauna silvestre produtos animais, com o retorno econômico. 
*A caça amadorística ou desportiva ou esportiva é o exercício 
da caça com o fim recreativo, sem fins lucrativos. 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 
95 
Órgão 
central 
Ministério do Meio 
Ambiente (MMA) 
Coordenar o Sistema. 
Órgãos 
executores 
Instituto Chico Mendes 
(ICMBio) e o Ibama, em 
caráter supletivo, os 
órgãos estaduais e 
municipais. 
Implementar o SNUC, 
subsidiar propostas de 
criação e administrar as 
UCs, nas respectivas 
esferas de atuação. 
 
A lei 11.516/07 além de ter alterado a lei 9.985/00 também criou o 
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 
(ICMBio), autarquia federal dotada de personalidade jurídica de direito 
público, autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério do 
Meio Ambiente, com a finalidade de: 
 
I - executar ações da política nacional de unidades de conservação 
da natureza, referentes às atribuições federais relativas à proposição, 
implantação, gestão, proteção, fiscalização e monitoramento das 
unidades de conservação instituídas pela União; 
 
II - executar as políticas relativas ao uso sustentável dos recursos 
naturais renováveis e ao apoio ao extrativismo e às populações 
tradicionais nas unidades de conservação de uso sustentável 
instituídas pela União; 
 
III - fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, 
preservação e conservação da biodiversidade e de educação 
ambiental; 
 
IV - exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das 
unidades de conservação instituídas pela União; e 
 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 
95 
V - promover e executar, em articulação com os demais órgãos e 
entidades envolvidos, programas recreacionais, de uso público e de 
ecoturismo nas unidades de conservação, onde estas atividades 
sejam permitidas. 
 
 Atenção, pois o exercício do poder de polícia ambiental exercido 
pelo ICMBio para a proteção das unidades de conservação instituídas pela 
União, NÃO exclui o exercício supletivo do poder de polícia ambiental pelo 
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 
- IBAMA. 
 
Zona de Amortecimento 
 
 As unidades de conservação, exceto Área de Proteção 
Ambiental (APA) e Reserva Particular do Patrimônio Natural 
(RPPN), devem possuir uma zona de amortecimento e, quando 
conveniente, corredores ecológicos. 
 A zona de amortecimento é o ENTORNO de uma unidade de 
conservação, onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e 
restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos 
sobre a unidade. 
 A área de uma unidade de conservação do Grupo de Proteção 
Integral é considerada zona rural, para os efeitos legais e sua zona de 
amortecimento, uma vez definida formalmente, não pode ser 
transformada em zona urbana. Isso torna inaplicável nessas áreas a Lei 
6.766/79, que trata de loteamento e desmembramento urbanos. 
O órgão responsável pela administração da unidade estabelecerá 
normas específicas regulamentando a ocupação e o uso dos recursos da 
zona de amortecimento e dos corredores ecológicos de uma unidade de 
conservação. 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 
95 
Os limites da zona de amortecimento e dos corredores ecológicos e 
as normas específicas para disciplinar a ocupação e o uso dessas áreas 
poderão ser definidas no ato de criação da unidade ou posteriormente. 
 
 
Zona de amortecimento em amarelo. 
 
Mosaicos de Unidades de Conservação 
 
Quando existir um conjunto deunidades de conservação de 
categorias diferentes ou não, próximas, justapostas ou sobrepostas, e 
outras áreas protegidas públicas ou privadas, constituindo um 
MOSAICO, a GESTÃO DO CONJUNTO deverá ser feita de forma 
INTEGRADA e PARTICIPATIVA, considerando-se os seus distintos 
objetivos de conservação, de forma a compatibilizar a presença da 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 
95 
biodiversidade, a valorização da sociodiversidade e o desenvolvimento 
sustentável no contexto regional. 
 O mosaico de Unidades de Conservação deverá dispor de um 
conselho de mosaico, com caráter consultivo e a função de atuar como 
instância de gestão integrada das unidades de conservação que o 
compõem. O conselho de mosaico terá como presidente um dos chefes das 
unidades de conservação que o compõem, o qual será escolhido pela 
maioria simples de seus membros. 
O mosaico de unidades de conservação será reconhecido em 
ato do Ministério do Meio Ambiente, a pedido dos órgãos gestores 
das unidades de conservação. 
Os corredores ecológicos, reconhecidos em ato do Ministério do Meio 
Ambiente, integram os mosaicos para fins de sua gestão. 
Na ausência de mosaico, o corredor ecológico que interliga unidades 
de conservação terá o mesmo tratamento da sua zona de amortecimento. 
Pessoal, já apresentamos os conceitos, mas sempre é bom revisar. 
Lembrem-se de que corredores ecológicos são porções de 
ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando unidades de 
conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de genes e o movimento 
da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas 
degradadas, bem como a manutenção de populações que demandam para 
sua sobrevivência áreas com extensão maior do que aquela das unidades 
individuais. 
Já a zona de amortecimento é o entorno de uma unidade de 
conservação, onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e 
restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos 
sobre a unidade. 
 
Limitação Administrativa 
 
 O Poder Público poderá, na forma da lei, decretar limitações 
administrativas provisórias ao exercício de atividades e 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 
95 
empreendimentos efetiva ou potencialmente causadores de 
degradação ambiental, para a realização de estudos com vistas na 
criação de Unidade de Conservação. 
 Isso poderá ocorrer quando, a critério do órgão ambiental 
competente, houver risco de dano grave aos recursos naturais ali 
existentes. 
 Excluem-se dessa limitação as atividades agropecuárias e outras 
atividades econômicas em andamento e obras públicas licenciadas. 
 Na área submetida a limitações administrativas, não serão 
permitidas atividades que importem em exploração a corte raso da 
floresta e demais formas de vegetação nativa. 
 *Corte raso é a remoção total da cobertura florestal. 
 A destinação final da área submetida à limitação administrativa será 
definida no prazo de 7 meses, improrrogáveis, após esse prazo fica 
extinta a limitação administrativa. 
 
Plano de Manejo 
 
 O Plano de Manejo é o documento técnico mediante o qual, com 
fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se 
estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso 
da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação 
das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade. 
 O Plano de Manejo constitui a lei interna da UC, devendo cada 
unidade de conservação dispor de um Plano de Manejo, que deverá 
ser elaborado (pelo órgão gestor ou pelo proprietário quando for o caso) 
no prazo de 5 anos a partir da data de criação da UC. 
 O Plano de Manejo deve abranger a área da unidade de 
conservação, sua zona de amortecimento e os corredores 
ecológicos, incluindo medidas com o fim de promover sua integração à 
vida econômica e social das comunidades vizinhas. 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 
95 
 Na elaboração, atualização e implementação do Plano de Manejo das 
Reservas Extrativistas, das Reservas de Desenvolvimento Sustentável, das 
Áreas de Proteção Ambiental e, quando couber, das Florestas Nacionais e 
das Áreas de Relevante Interesse Ecológico, será assegurada a ampla 
participação da população residente. 
 Segundo o art. 12 do decreto 4.340/02, o Plano de Manejo da 
unidade de conservação, elaborado pelo órgão gestor ou pelo proprietário 
quando for o caso, será aprovado: 
I - em portaria do órgão executor, no caso de Estação Ecológica, 
Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural, Refúgio de 
Vida Silvestre, Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante 
Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva de Fauna e Reserva 
Particular do Patrimônio Natural; 
 
II - em resolução do conselho deliberativo, no caso de Reserva 
Extrativista e Reserva de Desenvolvimento Sustentável, após prévia 
aprovação do órgão executor. 
 
O Plano de Manejo aprovado deve estar disponível para consulta do 
público na sede da unidade de conservação e no centro de documentação 
do órgão executor. 
 
Plano de Manejo e OGM 
 
 O Plano de Manejo poderá dispor sobre as atividades de 
liberação planejada e cultivo de organismos geneticamente 
modificados (OGM) nas Áreas de Proteção Ambiental (APAs) e nas 
zonas de amortecimento das demais categorias de unidade de 
conservação, observadas as informações contidas na decisão 
técnica da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBio. 
 ATENÇÃO! A liberação planejada e o cultivo de OGM precisam 
estar expressamente previstos no Plano de Manejo e só poderão 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 
95 
ocorrer nas APAs e nas zonas de amortecimento das demais 
categorias. Além disso, deve-se observar a decisão técnica da 
CTNBio. 
 O Poder Executivo estabelecerá os limites para o plantio de 
organismos geneticamente modificados nas áreas que circundam as 
unidades de conservação até que seja fixada sua zona de amortecimento e 
aprovado o seu respectivo Plano de Manejo. 
 * Organismo geneticamente modificado ± OGM é o organismo cujo 
material genético ± ADN/ARN tenha sido modificado por qualquer técnica 
de engenharia genética. 
 
Gestão compartilhada de UC por OSCIP 
 
 As unidades de conservação podem ser geridas por 
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) com 
objetivos afins aos da unidade, mediante instrumento a ser firmado com o 
órgão responsável por sua gestão. 
 A gestão compartilhada de unidade de conservação por OSCIP é 
regulada por termo de parceria firmado com o órgão executor, nos 
termos da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999. 
 Poderá gerir unidade de conservação a OSCIP que preencha os 
seguintes requisitos: 
x Tenha dentre seus objetivos institucionais a proteção do meio 
ambiente ou a promoção do desenvolvimento sustentável; e 
x Comprove a realização de atividades de proteção do meio 
ambiente ou desenvolvimento sustentável, preferencialmente na 
unidade de conservação ou no mesmo bioma. 
 A OSCIP deve encaminhar anualmente relatórios de suas atividades 
para apreciação do órgão executor e do conselho da unidade. 
 
Espécies não autóctonesDireito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 
95 
 São as espécies exóticas, não nativas da área em que vivem. 
 É proibida a introdução nas unidades de conservação de espécies 
não autóctones. Excetuando-se as Áreas de Proteção Ambiental, as 
Florestas Nacionais, as Reservas Extrativistas e as Reservas de 
Desenvolvimento Sustentável, bem como os animais e plantas necessários 
à administração e às atividades das demais categorias de unidades de 
conservação, de acordo com o que se dispuser em regulamento e no Plano 
de Manejo da unidade. 
 Nas áreas particulares localizadas em Refúgios de Vida Silvestre e 
Monumentos Naturais podem ser criados animais domésticos e cultivadas 
plantas considerados compatíveis com as finalidades da unidade, de acordo 
com o que dispuser o seu Plano de Manejo. 
 
Pesquisa Científica 
 
 A realização de pesquisas científicas nas unidades de conservação, 
exceto Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio 
Natural, depende de aprovação prévia e está sujeita à fiscalização 
do órgão responsável por sua administração. 
Os órgãos executores articular-se-ão com a comunidade científica 
com o propósito de incentivar o desenvolvimento de pesquisas sobre a 
fauna, a flora e a ecologia das unidades de conservação e sobre formas de 
uso sustentável dos recursos naturais, valorizando-se o conhecimento das 
populações tradicionais. 
Evidentemente as pesquisas científicas nas unidades de conservação 
não podem colocar em risco a sobrevivência das espécies integrantes dos 
ecossistemas protegidos. 
 
Recursos e Doações 
 
 Os órgãos responsáveis pela administração das unidades de 
conservação podem receber recursos ou doações de qualquer 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 
95 
natureza, nacionais ou internacionais, com ou sem encargos, provenientes 
de organizações privadas ou públicas ou de pessoas físicas que desejarem 
colaborar com a sua conservação. 
 A administração dos recursos obtidos cabe ao órgão gestor da 
unidade, e estes serão utilizados exclusivamente na sua 
implantação, gestão e manutenção. 
 Os recursos obtidos pelas unidades de conservação do Grupo de 
Proteção Integral (exemplo: Parques Nacionais) mediante a cobrança 
de taxa de visitação e outras rendas decorrentes de arrecadação, 
serviços e atividades da própria unidade serão aplicados de acordo 
com os seguintes critérios: 
¾ até 50%, e não menos que 25%, na implementação, 
manutenção e gestão da própria unidade; 
¾ até 50%, e não menos que 25%, na regularização fundiária 
das unidades de conservação do Grupo; 
¾ até 50%, e não menos que 15%, na implementação, 
manutenção e gestão de outras unidades de conservação do Grupo 
de Proteção Integral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 
95 
 
 
Jurisprudência STF sobre a Compensação Ambiental 
 
 Compensação ambiental é um instrumento previsto no art. 36 da 
Lei 9.985/00, que obriga o empreendedor a apoiar a implantação e 
manutenção de unidade de conservação, nos casos de licenciamento 
ambiental de empreendimentos que causem significativo impacto 
ambiental, com fundamento no EIA/RIMA. 
 Segundo o Caput do art. 36, as unidades de conservação beneficiadas 
são as pertencentes ao grupo de proteção integral; entretanto no parágrafo 
3º do mesmo artigo, temos que no caso de o empreendimento afetar uma 
unidade específica (mesmo que não seja de Proteção Integral) ou sua zona 
de amortecimento, a unidade afetada deverá ser uma das beneficiárias, ou 
seja, se uma unidade de conservação sustentável for afetada pela 
atividade, também deverá ser beneficiada com a compensação. Além disso, 
o licenciamento só será concedido mediante autorização do órgão 
responsável pela administração da UC atingida. 
 A lei estabeleceu, em seu texto original, que o montante de recursos 
a ser destinado para as unidades de conservação pelo empreendedor não 
poderia ser inferior a 0,5% dos custos totais de implementação do 
empreendimento, sendo o percentual fixado pelo órgão ambiental 
licenciador de acordo com o grau de impacto causado pelo 
empreendimento. 
 O artigo 36, § 1o da lei 9.985/2000, ainda traz essa redação. E é aqui 
que mora o perigo! Pois o Supremo declarou a inconstitucionalidade 
da expressão "não pode ser inferior a meio por cento dos custos 
totais previstos para a implantação do empreendimento." (STF. ADI 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 
95 
3.378-DF, Relator Min. Carlos Britto. Julgamento: 09-04-2008. DJ 20-06-
2008). 
 Por esse motivo, eu risquei a exigência do percentual mínimo de 
0,5%. Hoje não temos mais um piso! O órgão ambiental fixará o 
montante de acordo com o grau de impacto causado, com 
fundamento no EIA/RIMA. 
 Observe que a decisão do STF declarou inconstitucional 
apenas o piso de 0,5%. A compensação ambiental é constitucional 
e continua em vigor. 
Assim, para os fins de fixação da compensação ambiental, o IBAMA 
estabelecerá o grau de impacto a partir de estudo prévio de impacto 
ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, ocasião em que considerará, 
exclusivamente, os impactos ambientais negativos sobre o meio ambiente. 
ATENÇÃO! É o IBAMA que faz o cálculo da compensação ambiental! 
 Apenas para complementar o assunto, vale dizer que, de acordo com 
o art. 36, § 2º da Lei 9.985/00, as unidades de conservação a serem 
beneficiadas são definidas pelo órgão ambiental licenciador, 
considerando as propostas apresentadas no EIA/RIMA e ouvido o 
empreendedor, podendo inclusive ser contemplada a criação de novas 
unidades de conservação. Além disso, o Decreto 4.340/02 acrescenta que 
fixado em caráter final o valor da compensação, o IBAMA definirá sua 
destinação, ouvindo tabém o Instituto Chico Mendes de Conservação da 
Biodiversidade - Instituto Chico Mendes. 
A aplicação dos recursos da compensação ambiental nas 
unidades de conservação, existentes ou a serem criadas, deve obedecer à 
seguinte ordem de prioridade: 
 
I - regularização fundiária e demarcação das terras; 
 
II - elaboração, revisão ou implantação de plano de manejo; 
 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 
95 
III - aquisição de bens e serviços necessários à implantação, 
gestão, monitoramento e proteção da unidade, compreendendo sua 
área de amortecimento; 
 
IV - desenvolvimento de estudos necessários à criação de nova 
unidade de conservação; e 
 
V - desenvolvimento de pesquisas necessárias para o manejo da 
unidade de conservação e área de amortecimento. 
 
 Pessoal, sobre compensação ambiental há apenas mais um detalhe. 
Há uma fórmula para calcular o seu valor. 
 
O Valor da Compensação Ambiental - CA será calculado pelo produto 
do Grau de Impacto - GI com o Valor de Referência - VR, de acordo com a 
fórmula a seguir: 
CA = VR x GI, onde: 
CA = Valor da Compensação Ambiental; 
VR = somatório dos investimentos necessários para implantação do 
empreendimento, não incluídos os investimentos referentes aos planos,projetos e programas exigidos no procedimento de licenciamento ambiental 
para mitigação de impactos causados pelo empreendimento, bem como os 
encargos e custos incidentes sobre o financiamento do empreendimento, 
inclusive os relativos às garantias, e os custos com apólices e prêmios de 
seguros pessoais e reais; (As informações necessárias ao calculo do VR 
deverão ser apresentadas pelo empreendedor ao órgão licenciador antes 
da emissão da licença de instalação) 
GI = Grau de Impacto nos ecossistemas, podendo atingir valores de 0 a 
0,5%. O EIA/RIMA deverá conter as informações necessárias ao cálculo do 
GI. O grau de impacto considera o Impacto sobre a Biodiversidade; o 
Comprometimento de Área Prioritária; e a Influência em Unidades de 
Conservação. 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 
95 
 
Jurisprudência 
 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 36 E SEUS §§ 1º, 2º E 
3º DA LEI Nº 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000. CONSTITUCIONALIDADE 
DA COMPENSAÇÃO DEVIDA PELA IMPLANTAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS 
DE SIGNIFICATIVO IMPACTO AMBIENTAL. INCONSTITUCIONALIDADE 
PARCIAL DO § 1º DO ART. 36. 
1. O compartilhamento-compensação ambiental de que trata o art. 36 da 
Lei nº 9.985/2000 não ofende o princípio da legalidade, dado haver 
sido a própria lei que previu o modo de financiamento dos gastos com as 
unidades de conservação da natureza. De igual forma, não há violação 
ao princípio da separação dos Poderes, por não se tratar de delegação 
do Poder Legislativo para o Executivo impor deveres aos administrados. 
2. Compete ao órgão licenciador fixar o quantum da compensação, 
de acordo com a compostura do impacto ambiental a ser 
dimensionado no relatório - EIA/RIMA. 
3. O art. 36 da Lei nº 9.985/2000 densifica o PRINCÍPIO USUÁRIO-
PAGADOR, este a significar um mecanismo de assunção partilhada da 
responsabilidade social pelos custos ambientais derivados da atividade 
econômica. 
4. Inexistente desrespeito ao postulado da razoabilidade. 
Compensação ambiental que se revela como instrumento adequado à 
defesa e preservação do meio ambiente para as presentes e futuras 
gerações, não havendo outro meio eficaz para atingir essa finalidade 
constitucional. Medida amplamente compensada pelos benefícios que 
sempre resultam de um meio ambiente ecologicamente garantido em sua 
higidez. 
5. Inconstitucionalidade da expressão "não pode ser inferior a meio 
por cento dos custos totais previstos para a implantação do 
empreendimento", no § 1º do art. 36 da Lei nº 9.985/2000. O valor da 
compensação-compartilhamento é de ser fixado proporcionalmente ao 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 
95 
impacto ambiental, após estudo em que se assegurem o contraditório e a 
ampla defesa. Prescindibilidade da fixação de percentual sobre os 
custos do empreendimento. 
6. Ação parcialmente procedente. 
(STF: ADI 3378 DF, Relator: CARLOS BRITTO, Data de Julgamento: 
08/04/2008, Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJe-112 Divulg. 19-06-
2008 Public. 20-06-2008) 
 
 Pessoal, por fim cabe dizer que o novo Código Florestal (Lei 
12.651/2012) dispôs em seu artigo 41, § 6o, que os proprietários 
localizados nas zonas de amortecimento de Unidades de Conservação de 
Proteção Integral são elegíveis para receber apoio técnico-financeiro da 
compensação prevista no art. 36 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, 
com a finalidade de recuperação e manutenção de áreas prioritárias para a 
gestão da unidade. 
 
Assistam ao vídeo sobre a compensação ambiental com questões 
comentadas para complementar o estudo: 
https://www.youtube.com/watch?v=7fh3iyNnvBw 
 
Obs.: Consulte na busca do Youtube ³5RVHQYDO�-~QLRU´�H�DVVLVWD�DR�YtGHR�
#3 sobre Compensação Ambiental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 
95 
Reserva da Biosfera 
 
 A Reserva da Biosfera é reconhecida pelo Programa 
Intergovernamental "O Homem e a Biosfera ± MAB", estabelecido pela 
Unesco, organização da qual o Brasil é membro. 
 Trata-se de um modelo, adotado internacionalmente, de gestão 
integrada, participativa e sustentável dos recursos naturais. É 
gerida por um Conselho Deliberativo, formado por representantes de 
instituições públicas, de organizações da sociedade civil e da população 
residente. 
 É constituída por áreas de domínio público ou privado; podendo 
ser integrada por unidades de conservação já criadas pelo Poder Público. 
 Possui como objetivos básicos a preservação da diversidade 
biológica, pesquisa científica, monitoramento ambiental, educação 
ambiental, o desenvolvimento sustentável e a melhoria da 
qualidade de vida das populações. 
Quando a Reserva da Biosfera abranger o território de apenas um 
Estado, o sistema de gestão será composto por um conselho 
deliberativo e por comitês regionais. 
Quando a Reserva da Biosfera abranger o território de mais de um 
Estado, o sistema de gestão será composto por um conselho 
deliberativo e por comitês estaduais. 
A única diferença é que se a RB abranger apenas um estado 
terá comitês regionais. No caso de abranger mais de um Estado, o 
sistema de gestão terá comitês estaduais. Nas duas situações 
haverá conselho deliberativo. 
À Comissão Brasileira para o Programa "O Homem e a Biosfera" ± 
COBRAMAB - compete criar e coordenar a Rede Nacional de Reservas da 
Biosfera. 
 
 O Brasil possui atualmente as seguintes Reservas da Biosfera 
distribuídas pelos grandes biomas brasileiros: 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 
95 
¾ RB Mata Atlântica, 
¾ RB Pantanal, 
¾ RB Caatinga, 
¾ RB Cerrado, 
¾ RB Amazônia Central, 
¾ RB da Serra do Espinhaço e 
¾ RB Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (que integra a RB 
Mata Atlântica). 
 A primeira dessas Reservas da Biosfera foi a da Mata Atlântica 
(RBMA), que tem atualmente 350.000 km2 e forma um grande corredor 
envolvendo 15 estados brasileiros, incorporando centenas de áreas núcleo 
(Unidades de Conservação). A RBMA foi reconhecida em cinco fases entre 
1991 e 2002, e é a segunda maior reserva da biosfera do mundo. 
 As Reservas da Biosfera são constituídas de: 
9 Áreas-núcleo: destinadas à proteção integral da natureza; 
9 Zonas de amortecimento: só são admitidas atividades que 
não resultem em dano para as áreas-núcleo; e 
9 Zonas de transição: Não possui limites rígidos, onde o 
processo de ocupação e o manejo dos recursos naturais são 
planejados e conduzidos de modo participativo e em bases 
sustentáveis. 
 
 Veja abaixo as ilustrações sobre a constituição das Reservas da 
Biosfera. 
 
 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 
95 
Nesse caso, o órgão executor deve viabilizar a participação de 
pessoas físicas ou jurídicas, observando-se os limites estabelecidos pela 
legislação vigente sobre licitações públicas e demais normas em vigor. 
Além disso, a autorização deve estar fundamentada em estudos de 
viabilidade econômica e investimentos elaborados pelo órgão executor, 
ouvido o conselho da unidade. Ficando proibida a construção e ampliaçãode benfeitoria sem autorização do órgão gestor da unidade de 
conservação. 
Os produtos, sub-produtos ou serviços inerentes à unidade de 
conservação seriam: 
I - aqueles destinados a dar suporte físico e logístico à sua administração 
e à implementação das atividades de uso comum do público, tais como 
visitação, recreação e turismo; 
II - a exploração de recursos florestais e outros recursos naturais em 
Unidades de Conservação de Uso Sustentável, nos limites estabelecidos em 
lei. 
O uso de imagens de unidade de conservação com finalidade 
comercial será cobrado conforme estabelecido em ato administrativo pelo 
órgão executor. Quando a finalidade do uso de imagem da unidade de 
conservação for preponderantemente científica, educativa ou cultural, o 
uso será gratuito. 
Resumindo: o uso de imagem com fim comercial será cobrado! 
Quando o uso for predominantemente para fins científicos será gratuito! 
 
Conselho Consultivo e Deliberativo 
 
 As categorias de unidade de conservação poderão ter conselho 
consultivo ou deliberativo, que serão presididos pelo chefe da unidade 
de conservação, o qual designará os demais conselheiros indicados pelos 
setores a serem representados. 
Conforme artigo 29 da Lei 9.985/00, cada unidade de 
conservação do grupo de Proteção Integral disporá de um Conselho 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 
95 
Consultivo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e 
constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da 
sociedade civil, por proprietários de terras localizadas em Refúgio de Vida 
Silvestre ou Monumento Natural, quando for o caso, e, das populações 
tradicionais residentes, conforme se dispuser em regulamento e no ato de 
criação da unidade. 
Para as unidades de uso sustentável há previsão específica de 
conselho para algumas unidades e omissão em relação a outras. 
A lei 9.985/00 especifica que Reserva Extrativista (Art. 18, § 2º) e 
Reserva de Desenvolvimento Sustentável (Art. 20, § 4º) serão geridas por 
conselho deliberativo. Assim como para Reserva da Biosfera (Art. 41, § 4º 
da Lei 9985/00). Floresta Nacional disporá de um conselho consultivo (Art. 
17, § 5º) e a Área de Proteção Ambiental disporá de um Conselho presidido 
pelo órgão responsável por sua administração e constituído por 
representantes dos órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e 
da população residente (Art. 15, § 5º). 
Nos demais casos a legislação é omissa, o que nos leva a entender 
que seria facultativo, uma vez que o decreto 4.340/02, em seu artigo 17, 
dispõe que as categorias de unidade de conservação poderão ter 
conselho consultivo ou deliberativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 
95 
Questões comentadas 
Unidades de Conservação 
 
1 - (CESPE - Juiz - TRF - 1ª REGIÃO - 2011) 
Os espaços territoriais previstos na CF dizem respeito apenas às 
porções do território nacional, isto é, pertencentes à União, não 
podendo atingir áreas estaduais ou municipais. 
 
Errado. Art. 225, § 1º, III da CF/88. 
"Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, 
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, 
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e 
preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder 
Público: III - definir, em TODAS as UNIDADES DA FEDERAÇÃO, 
espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente 
protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através 
de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos 
atributos que justifiquem sua proteção." 
Sendo assim, teremos espaços territoriais e seus componentes 
a serem especialmente protegidos em TODAS as UNIDADES DA 
FEDERAÇÃO [U, E, DF e M]. 
 
2 - (Cesgranrio - Petrobrás - Profissional Júnior - 2010) 
A Estação Ecológica é uma das categorias de unidade de 
conservação da natureza dentre as quais se incluem as áreas de 
preservação permanente. 
 
Errado. Pessoal, não confundam Unidade de Conservação com área de 
preservação permanente (APP) e com reserva legal (RL). São espaços 
territoriais especialmente protegidos (ETEP) distintos. 
 ETEP é o gênero. UC, APP e RL são espécies. 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 
95 
4 - (PGE-RO - Procurador - 2011) 
As Unidades de Conservação integrantes do Sistema Nacional de 
Unidades de Conservação dividem-se em três grupos: Unidades de 
Proteção Integral, Unidades de Uso Sustentável e Unidades de 
Preservação Permanente. 
 
Errado. São 2 grupos: UC de Proteção Integral e UC de Uso 
Sustentável. 
 
5 - (PGE-RO - Procurador - 2011) 
As Unidades de Conservação podem ser criadas por ato do Poder 
Executivo ou do Poder Legislativo. 
 
Correto. São criadas por ato do Poder Público. Pode ser por lei ou por 
decreto. 
 
6 - (CESPE - Juiz - TJ-PB - 2011) 
Sendo o objetivo básico das unidades de proteção integral manter 
os ecossistemas livres de alterações causadas por interferência 
humana, não se admite o uso, mesmo indireto, dos recursos 
naturais nelas situados. 
 
Errado. O objetivo das unidades de conservação de proteção integral é 
preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus 
recursos naturais, com exceção dos casos previstos na lei do SNUC. 
 
7 - (TRF - Juiz - TRF - 4ª REGIÃO - 2010) 
O Grupo das Unidades de Uso Sustentável tem como objetivo básico 
preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos 
seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos na Lei 
9.985/2000. 
 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 
95 
Errado. Aqui houve uma inversão de conceitos. A definição apresentada 
pela questão diz respeito às Unidades de Proteção Integral. As unidades de 
Uso Sustentável visam compatibilizar a conservação da natureza com 
o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. 
 
8 - (PGE-RO - Procurador - 2011) 
Todas as Unidades de Conservação, sem exceções, devem dispor de 
um plano de manejo. 
 
Correto. Não há exceção! As unidades de conservação devem dispor 
de um Plano de Manejo, que deverá ser elaborado (pelo órgão gestor 
ou pelo proprietário quando for o caso) no prazo de 5 anos a partir da 
data de sua criação. 
 O Plano de Manejo deve abranger a área da unidade de 
conservação, sua zona de amortecimento e os corredores 
ecológicos, incluindo medidas com o fim de promover sua integração à 
vida econômica e social das comunidades vizinhas. 
 
9 - (CESPE - Promotor de Justiça - MPE-RN - 2009) 
Considerando a Lei n.º 9.985/2000, assinale a opção correta acerca 
do SNUC. 
(A) O Ministério do Meio Ambiente é o órgão consultivo e 
deliberativo do SNUC. 
(B) O Conselho Nacional do Meio Ambiente é o órgão central do 
SNUC. 
(C) O refúgio de vida silvestre é unidade de conservação de uso 
sustentável. 
(D) A floresta nacional é unidade de conservação de proteção 
integral. 
(E) O objetivo básico das unidades de proteção integral é preservar 
a natureza, sendo admitidoapenas o uso indireto de seus recursos 
naturais, com exceção dos casos previstos em lei. 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 
95 
 
Gabarito: Letra E. 
A- Errado. O Conama é o órgão consultivo e deliberativo do SNUC. 
B - Errado. O MMA é o órgão central. 
C- Errado. Refúgio da Vida Silvestre é UC de proteção integral. 
D- Errado. Floresta Nacional é UC de uso sustentável. 
E- Correto. Perfeito. Literalidade do art. 7º, § 1º da Lei 9.985/00. 
 
10 - (TRF - 4ª REGIÃO - Juiz - 2010) 
Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta. 
Podem ser constituídas de terras particulares: 
I. Área de proteção ambiental. 
II. Refúgio de vida silvestre. 
III. Reserva biológica. 
IV. Área de relevante interesse ecológico. 
V. Reserva extrativista. 
(A) Estão corretas apenas as assertivas I e V. 
(B) Estão corretas apenas as assertivas II e IV. 
(C) Estão corretas apenas as assertivas I, II e IV. 
(D) Estão corretas apenas as assertivas II, III e V. 
(E) Nenhuma assertiva está correta. 
 
Gabarito: Letra C. 
 Pessoal, as unidades que podem ser constituídas de áreas 
particulares ou públicas são: 
x Monumento Natural; 
x Refúgio da Vida Silvestre; 
x APA; 
x Área de Relevante Interesse Ecológico. 
 
 A RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) é uma área 
privada gravada com perpetuidade. 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 
95 
 As demais unidades são de domínio Público. 
 
11 - (CESPE - Promotor de Justiça - MPE-AM - 2007) 
De acordo com a Lei n.º 9.985/2000, que instituiu o Sistema 
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, o refúgio de 
vida silvestre é unidade de conservação de proteção integral 
restrita às áreas públicas. 
 
Errado. De fato, é uma UC de proteção integral, no entanto o Refúgio da 
Vida Silvestre pode ser de domínio público ou privado. Vide questão 
anterior. 
 
12 - (CESPE - Advogado - IBRAM-DF - 2009) 
A reserva biológica, unidade de proteção integral da qual trata a Lei 
nº 9.985/2000, em áreas particulares ou públicas, tem como 
objetivo a preservação integral da biota e dos demais atributos 
naturais existentes em seus limites. 
 
Errado. Meus alunos, estão notando como são as questões? Estou 
buscando passar o pulo do gato para na prova vocês responderem essas 
questões muito rapidamente e sem esforço. 
 Basta memorizar quais são as Unidades de domínio público ou 
privado. E quais são elas? 
x Monumento Natural; 
x Refúgio da Vida Silvestre; 
x APA; 
x Área de Relevante Interesse Ecológico. 
 
 A RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) é uma área 
privada gravada com perpetuidade. 
 As demais unidades são de domínio Público. 
 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 
95 
 Pronto! Saibam que 2 unidades do grupo de proteção integral 
(Monumento Natural e Refúgio da Vida Silvestre) e 2 unidades do grupo de 
uso sustentável (APA e Área de Relevante Interesse Ecológico) podem ser 
de domínio público ou privado. 
 RPPN só pode ser área privada. Acabou! Todas as outras 7 categorias 
são de domínio público! 
 Galera, para quem está estudando pela primeira vez esse assunto, 
sugiro que primeiro entenda essa divisão dos 2 grupos, memorizem as 
categorias e a qual grupo elas pertencem. A maioria das questões exige 
esse conhecimento. 
 
13 - (CESPE - Procurador de Estado - PGE-AL - 2009) 
O ser humano há muito tempo delimita áreas para preservação de 
sua fauna e flora. Indica-se como precursor da ideia de parques e 
outros espaços territorialmente protegidos a criação do parque 
nacional de Yellowstone, em 1872, nos Estados Unidos da América. 
No Brasil, o primeiro parque nacional instituído foi o de Itatiaia, em 
1937. A Lei n.º 9.985/2000 buscou sistematizar critérios para a 
criação, implantação e gestão de unidades de conservação (UCs). 
Assinale a opção correta com relação aos enunciados normativos 
dessa legislação. 
(A) O Sistema Nacional de Unidades de Conservação estabelece 
dois grupos de UCs: as de proteção integral e as de uso sustentável. 
(B) Estação ecológica e reserva biológica são unidades de proteção 
de uso sustentável. 
(C) Parque nacional e área de proteção ambiental são unidades de 
uso sustentável. 
(D) Refúgio da vida silvestre é unidade de uso sustentável. 
(E) Entende-se por UC o espaço territorial e seus recursos 
ambientais, exceto os recursos hídricos nele existentes. 
 
Gabarito: Letra A. 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 
95 
A - Correto. Art. 7º, da Lei 9.985/00. 
B - Errado. Estação Ecológica e Reserva Biológica são Unidades de 
Proteção Integral. 
C- Errado. Parque Nacional é UC de proteção integral, mas APA é UC de 
uso sustentável. 
D - Errado. Refúgio da Vida Silvestre é UC de proteção integral. 
E- Errado. Inclusive os recursos hídricos. E até o subsolo e o espaço aéreo, 
sempre que influírem na estabilidade do ecossistema. Art. 24, da Lei 
9.985/00. 
 
14 - (Cesgranrio - Engenheiro Ambiental - SEAD Amazonas - 2005) 
A Lei Federal no 9.985, de 18 de julho de 2000, institui o Sistema 
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) e 
estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão 
das unidades de conservação. Segundo esta lei, a restituição de um 
ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma 
condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição 
original, é denominada: 
(A) recuperação. 
(B) conservação. 
(C) melhoria. 
(D) restauração. 
(E) proteção 
 
Gabarito: Letra A. 
 Quando for restituição a uma condição não degradada, que 
pode ser diferente de sua condição original, estaremos falando de 
RECUPERAÇÃO. 
 Em se tratando de restituição o mais próximo possível da sua 
condição original será RESTAURAÇÃO. 
 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 42 de 
95 
 
15 - (Cesgranrio - Analista Ambiental Júnior Biologia - Petrobras 
março/2010) 
De acordo com a Lei no 9.985 de 2.000, uma unidade de 
conservação da natureza criada na esfera administrativa municipal 
ou estadual pode, excepcionalmente, integrar o Sistema Nacional 
de Unidades de Conservação desde que 
(A) a integração seja aprovada pelo Conselho Nacional de Meio 
Ambiente. 
(B) a unidade inclua trechos do território de mais de um município. 
(C) a unidade possua pelo menos 100 ha de área. 
(D) a zona de amortecimento desta unidade não inclua terrenos 
de marinha. 
(E) os objetivos de manejo desta unidade possam ser claramente 
atendidos por alguma categoria prevista nesta Lei. 
 
Gabarito: Letra A. 
 Podem integrar o SNUC, excepcionalmente e a critério do Conama, 
unidades de conservação estaduais e municipais que, concebidas para 
atender a peculiaridades regionais ou locais, possuam objetivos de manejo 
que não possam ser satisfatoriamente atendidos por nenhuma categoria 
prevista na lei do SNUC e cujas características permitam, em relação a estas, 
uma clara distinção. 
 
16 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente - Petrobras - 
março/2010)O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), instituído 
pela Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, estabelece que as 
unidades de conservação integrantes do SNUC dividem-se em dois 
grupos, com características específicas: as Unidades de Proteção 
Integral e as Unidades de Uso Sustentável. Constituem um exemplo 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 46 de 
95 
Não consta entre os seus objetivos básicos o controle da poluição 
ambiental. 
 
19 - (Cesgranrio - Engenheiro Ambiental - SEAD Amazonas ± 2005) 
A proteção da biodiversidade no Brasil ocorre, principalmente, por 
meio da criação de unidades de conservação. A Lei n° 9.985/00 
institui o Sistema Nacional das Unidades de Conservação (SNUC). As 
Áreas de Proteção Ambiental são uma categoria de um dos grupos das 
unidades de conservação integrantes do SNUC. Em relação a Áreas de 
Proteção Ambiental (APA), está correto afirmar que: 
(A) são áreas em geral extensas, com um certo grau de ocupação 
humana, tendo como objetivos básicos proteger a diversidade 
biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a 
sustentabilidade do uso dos recursos naturais. 
(B) disporão de um Conselho presidido pelo órgão responsável por 
sua administração e constituído somente por representantes de 
órgãos públicos. 
(C) são de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares 
incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que 
dispõe a lei. 
(D) nas áreas da APA que estão sob domínio público, as condições 
para a realização de pesquisa científica e visitação pública serão 
estabelecidas pelo órgão de controle ambiental enquadrante. 
(E) a utilização de uma propriedade privada localizada em uma APA é 
de competência de seu proprietário, não cabendo o estabelecimento 
de normas ou restrições de uso pelo gestor da APA. 
 
Gabarito: Letra A. 
 A Área de Proteção Ambiental (APA) é uma área em geral 
extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos 
abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a 
qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 47 de 
95 
objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o 
processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos 
recursos naturais. 
 APA é constituída por terras públicas ou privadas. A utilização 
da propriedade privada localizada em uma APA pode ficar sujeita a 
normas e restrições. 
 É o órgão gestor da unidade que estabelece as condições para 
a realização de pesquisa científica e visitação pública nas áreas sob 
domínio público 
 Nas áreas sob propriedade privada, cabe ao proprietário 
estabelecer as condições para pesquisa e visitação pelo público, 
observadas as exigências e restrições legais. 
 A APA disporá de um Conselho presidido pelo órgão responsável 
por sua administração e constituído por representantes: 
x dos órgãos públicos, 
x de organizações da sociedade civil e 
x da população residente. 
 
20 - (Cesgranrio - Especialista em Regulação de Petróleo e 
Derivados, Álcool Combustível e Gás Natural - Especialidade: Meio 
Ambiente - ANP 2008) 
A proteção da biodiversidade no Brasil ocorre, principalmente, por 
meio da criação de unidades de conservação. A Lei no 9.985/00 
institui o Sistema Nacional das Unidades de Conservação (SNUC). A 
Unidade de Conservação definida como uma área, em geral de 
pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com 
características naturais extraordinárias ou que abriga exemplares 
raros da biota regional, e que tem como objetivo manter os 
ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o 
uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os 
objetivos de conservação da natureza, é a (o) 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 48 de 
95 
(A) Área de Relevante Interesse Ecológico. 
(B) Área de Proteção Ambiental. 
(C) Reserva de Desenvolvimento Sustentável. 
(D) Reserva Particular do Patrimônio Natural. 
(E) Parque Nacional. 
 
Gabarito Letra A. 
 Coloquei uma questão de APA e outra de ARIE de propósito. 
 Nas provas os examinadores costumam trocar as definições das duas. 
x APA é área em geral EXTENSA, com CERTO GRAU de 
ocupação. 
x ARIE é área em geral pequena, com POUCA ou NENHUMA 
ocupação. 
 
21 - (UEPA - Delegado de Polícia - PCPA - 2013) 
O Sistema Nacional de Unidades de Conservação, criado pela Lei 
9985/2000, estabelece as Unidades de Conservação de Uso 
Sustentável e de Proteção Integral. A Floresta Nacional é uma 
unidade de conservação de proteção integral. 
 
ERRADO. De fato o SNUC é formado por Unidades de Conservação de Uso 
Sustentável e de Proteção Integral. No entanto, a FloNa é uma UC de Uso 
Sustentável. 
Os 2 grupos e as 12 categorias de Unidades de Conservação: 
 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 49 de 
95 
 
 
 
 
 
22 - (CESPE - Analista de Atividade do Meio Ambiente - Engenheiro 
Florestal - IBRAM - 2009) 
Na estação ecológica, a pesquisa científica depende de autorização 
do órgão responsável por sua administração, permitido-se 
alterações dela decorrentes em área de até 3% da extensão total 
da unidade e não superior a 1.500 ha. 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 50 de 
95 
 
Certo. Art. 9º, § 4º da Lei 9.985/00 
 
Na Estação Ecológica só podem ser permitidas alterações dos 
ecossistemas no caso de: 
I - medidas que visem à restauração de ecossistemas modificados; 
II - manejo de espécies com o fim de preservar a diversidade biológica; 
III - coleta de componentes dos ecossistemas com finalidades 
científicas; 
IV - pesquisas científicas cujo impacto sobre o ambiente seja maior do 
que aquele causado pela simples observação ou pela coleta controlada de 
componentes dos ecossistemas, em uma área correspondente a no 
máximo 3% da extensão total da unidade e até o limite de 1.500 
hectares. 
 
Pesquisa científica em Estação Ecológica 
9 MÁX.: 3% da extensão total da unidade 
9 ATÉ o limite de 1.500 hectares. 
 
23 - (FCC - Procurador - PGE-SP - 2009) 
Com o julgamento da ADI 3.378-6 DF, ajuizada pela Confederação 
Nacional da Indústria, pelo Supremo Tribunal Federal, a 
compensação ambiental, de que trata o artigo 36 da Lei Federal no 
9.985/2000, foi considerada inconstitucional, não mais podendo 
ser exigida pelo órgão ambiental competente nos processos de 
licenciamento ambiental. 
 
Errado. Esse tema já está bastante manjado e vocês não podem errar! 
Cuidado! O STF declarou a inconstitucionalidade apenas do piso de 
0,5%. A compensação ambiental é constitucional e continua sendo 
exigida. 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 51 de 
95 
 
24 - (Cesgranrio - Petrobras - Advogado - 2011) 
Sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, analise as 
afirmações a seguir: 
I - Nos casos de licenciamento ambientalde empreendimentos de 
significativo impacto ambiental, assim considerado pelo órgão 
ambiental competente, com fundamento em Estudo de Impacto 
Ambiental e respectivo Relatório (EIA/Rima), o empreendedor é 
obrigado a apoiar a implantação e a manutenção de unidade de 
conservação do Grupo de Proteção Integral. 
 
Correto. Questão aborda o instrumento da compensação ambiental. 
Pessoal, o item é cópia literal do artigo 36 da Lei 9.985/2000. 
 
II - Quando o empreendimento sujeito à compensação ambiental 
afetar a zona de amortecimento de uma Área de Proteção 
Ambiental (APA), essa Unidade de Conservação deverá ser uma das 
beneficiárias dos recursos da compensação ambiental. 
 
Errado. 
ATENÇÃO! 
 Confira comigo o artigo Art. 25. da lei 9.985/2000. "As unidades de 
conservação, exceto Área de Proteção Ambiental e Reserva 
Particular do Patrimônio Natural, devem possuir uma zona de 
amortecimento e, quando conveniente, corredores ecológicos." 
 Ora, se APA e RPPN não possuem zona de amortecimento como 
poderiam ter essas áreas afetadas??? 
 
III - O montante de recursos a ser destinado pelo empreendedor a 
título de compensação ambiental não pode ser inferior a meio por 
cento dos custos totais previstos para a implantação do 
empreendimento, sendo o percentual fixado pelo órgão ambiental 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 52 de 
95 
licenciador de acordo com o grau de impacto ambiental causado 
pelo empreendimento. 
 
Errado. 
 O Supremo declarou a inconstitucionalidade da expressão 
"não pode ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos 
para a implantação do empreendimento." (STF. ADI 3.378-DF, Relator 
Min. Carlos Britto. Julgamento: 09-04-2008. DJ 20-06-2008). 
 Embora o item tenha reproduzido a literalidade do art. 36, deve ser 
analisado como errado, pois desconsiderou a decisão do STF. 
 
IV - Dentre as unidades de conservação de uso sustentável, cujo 
objetivo básico é compatibilizar a conservação da natureza com o 
uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais, encontram-
se as Áreas de Proteção Ambiental, as Áreas de Relevante Interesse 
Ecológico, as Florestas Nacionais e as Reservas de Fauna. 
Certo. 
7 categorias de UC no grupo de UC de USO SUSTENTÁVEL 
I - Área de Proteção Ambiental (APA); 
II - Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE); 
III - Floresta Nacional (FloNa); 
IV - Reserva Extrativista (ResEx); 
V - Reserva de Fauna (RF); 
VI ± Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS); e 
VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). 
 
A) I e II, apenas. 
B) I e IV, apenas. 
C) II e III, apenas. 
D) III e IV, apenas. 
E) I, II, III e IV. 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 53 de 
95 
 
Gabarito: Letra B. 
 
25 - (Elaborada pelo Professor) 
Um Parque Nacional obteve R$ 10.000 mediante a cobrança de taxa 
de visitação. Desse valor poderão ser aplicados até R$ 5.000,00 na 
implementação, manutenção e gestão de outras unidades de 
conservação do Grupo de Proteção Integral. 
 
Certo. Os recursos obtidos pelas unidades de conservação do Grupo de 
Proteção Integral (exemplo: Parques Nacionais) mediante a cobrança de 
taxa de visitação e outras rendas decorrentes de arrecadação, serviços e 
atividades da própria unidade serão aplicados de acordo com os seguintes 
critérios: 
 
¾ até 50%, e não menos que 25%, na implementação, 
manutenção e gestão da própria unidade; 
¾ até 50%, e não menos que 25%, na regularização fundiária 
das unidades de conservação do Grupo; 
¾ até 50%, e não menos que15%, na implementação, 
manutenção e gestão de outras unidades de conservação do 
Grupo de Proteção Integral. 
 
Dessa forma, como o valor arrecadado foi de R$ 10.000,00 o Parque 
Nacional, unidade de proteção integral, poderia aplicar até R$ 5.000,00, ou 
seja, 50% do total arrecadado na implementação, manutenção e gestão de 
outras unidades de conservação do Grupo de Proteção Integral. 
 
26 - (CESPE - Analista em Geociências ± Direito - CPRM ± 2013) 
A unidade de conservação compreende o espaço territorial e seus 
recursos ambientais, com características naturais relevantes, aí 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 54 de 
95 
incluídas as águas jurisdicionais. Legalmente instituído pelo poder 
público, com objetivos de conservação e limites definidos, esse 
espaço territorial possui regime especial de administração ao qual 
se aplicam garantias adequadas de proteção. 
 
CERTO. 
Questão simples que cobra o conceito de Unidade de Conservação. 
 
Conforme o art. 2°, I da Lei 9.985/00, unidade de conservação é o 
espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas 
jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente 
instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites 
definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam 
garantias adequadas de proteção. 
 
27 - (CESPE - Analista em Geociências ± Direito - CPRM ± 2013) 
Caso pretenda criar uma unidade de conservação, o poder público 
deve, previamente, promover estudos técnicos e de consulta 
pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os 
limites mais adequados para a unidade. Esse processo de consulta 
é dispensável apenas na criação de estação ecológica ou reserva 
biológica. 
 
CERTO. Art. 22, da Lei do SNUC. 
 
As unidades de conservação são criadas por ato do Poder Público. 
A criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de 
estudos técnicos e de consulta pública que permitam identificar a 
localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade, 
conforme se dispuser em regulamento. 
Na criação de Estação Ecológica ou Reserva Biológica não é 
obrigatória a consulta, ou seja, é dispensável. 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 55 de 
95 
 
28 - (MPE-SC - Promotor de Justiça ± 2013) 
Conforme a Lei 9.985/2000, a desafetação ou redução dos limites 
de uma unidade de conservação só pode ser feita mediante lei 
específica. 
 
CERTO. Art. 22, § 7º da Lei 9.985/00. 
A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação só 
pode ser feita mediante lei específica. 
 
29 - (CESPE/UnB - Analista Ambiental - ICMBIO - 2008) 
Uma vez elaborado o zoneamento de uma UC, é possível constituir 
o seu plano de manejo. Este é um documento técnico mediante o 
qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma UC, 
estabelecem-se as normas que devem presidir o uso da área e o 
manejo dos recursos naturais, incluindo a implantação das 
estruturas físicas necessárias à gestão da unidade. 
Errado. Questão muito sutil. Vejam o conceito de plano de manejo, 
disposto no art. 2o, XVII da Lei 9.985/00. 
Plano de manejo: documento técnico mediante o qual, com 
fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se 
estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso 
da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação 
das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade. 
 Notem que é o plano de manejo que estabelece o zoneamento, ou 
seja, o zoneamento é estabelecido mediante o plano de manejo. A redaçãodo item leva a entender que primeiro faz-se o zoneamento, para só depois 
poder elaborar o plano de manejo. 
 
30 - (CESPE/UnB - Analista Ambiental - ICMBIO - 2008) 
O Parque Nacional, de posse e domínio públicos, tem como objetivo 
básico a preservação de ecossistemas naturais de grande 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 56 de 
95 
relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de 
pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de 
educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com 
a natureza e de turismo ecológico. A visitação pública está sujeita 
às normas e às restrições estabelecidas no plano de manejo da 
unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua 
administração e àquelas previstas em regulamento. 
 
Certo. Neste e no próximo item o Examinador fez um resumo de três 
unidades de conservação de proteção integral. Aqui ele abordou os 
principais aspectos dos Parques Nacionais. No próximo item a Banca exigiu 
conhecimentos sobre Reserva Biológica e Refúgio da Vida Silvestre. 
 Vamos aos principais dispositivos: 
De acordo com o art. 11 da Lei 9.985/00, o Parque Nacional tem 
como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande 
relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de 
pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e 
interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de 
turismo ecológico. 
O Parque Nacional é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas 
particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com 
o que dispõe a lei. 
A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas 
no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão 
responsável por sua administração, e àquelas previstas em regulamento. 
A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão 
responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e 
restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em 
regulamento. 
As unidades dessa categoria, quando criadas pelo Estado ou 
Município, serão denominadas, respectivamente, Parque Estadual e Parque 
Natural Municipal. 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 57 de 
95 
 
31 - (CESPE/UnB - Analista Ambiental - ICMBIO - 2008) 
O objetivo da reserva biológica é a preservação integral da biota e 
demais atributos naturais existentes em seus limites, sem 
interferência humana direta ou modificações ambientais, 
excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas 
alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e 
preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os 
processos ecológicos naturais. O refúgio de vida silvestre tem como 
objetivo a proteção dos ambientes naturais onde se asseguram 
condições para a existência ou a reprodução de espécies ou 
comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória. 
 
Certo. Agora temos outras duas unidades de proteção integral: Reserva 
Biológica e Refúgio da Vida Silvestre. 
Consoante art. 10 da Lei 9.985/00, a Reserva Biológica tem como 
objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais 
existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou 
modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de 
seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para 
recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os 
processos ecológicos naturais. 
A Reserva Biológica é de posse e domínio públicos, sendo que as 
áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de 
acordo com o que dispõe a lei. 
É proibida a visitação pública, exceto aquela com objetivo 
educacional, de acordo com regulamento específico. 
A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão 
responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e 
restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em 
regulamento. 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 58 de 
95 
No art. 13 da Lei 9.985/00 temos as características do Refúgio de 
Vida Silvestre, o qual tem como objetivo proteger ambientes naturais onde 
se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou 
comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória. 
O Refúgio de Vida Silvestre pode ser constituído por áreas 
particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade 
com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos 
proprietários. 
Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades 
privadas ou não havendo aquiescência do proprietário às condições 
propostas pelo órgão responsável pela administração da unidade para a 
coexistência do Refúgio de Vida Silvestre com o uso da propriedade, a área 
deve ser desapropriada, de acordo com o que dispõe a lei. 
A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas 
no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão 
responsável por sua administração, e àquelas previstas em regulamento. 
A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão 
responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e 
restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em 
regulamento. 
Galera, com esses dois últimos itens nós vimos 3 importantes 
unidades de proteção integral, para completar a lista ficaram faltando 
apenas 2: Estação Ecológica e Monumento Natural. 
É imprescindível que vocês memorizem as cinco e gravem suas 
principais características. 
Recordando as 5 unidades de proteção integral: 
I - Estação Ecológica; 
II - Reserva Biológica; 
III - Parque Nacional; 
IV - Monumento Natural; 
V - Refúgio de Vida Silvestre. 
 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 59 de 
95 
 
Criação ou ampliação de UC Alteração (redução dos limites) 
ou supressão ou extinção e 
desafetação de UC 
Ato do Poder Público (Decreto 
ou Lei) da União, dos Estados, 
do DF e dos Municípios. 
Somente por Lei da União, dos 
Estados, do DF e dos Municípios. 
 
32- (CESPE - Analista em Geociências ± Direito - CPRM ± 2013) 
A unidade de conservação compreende o espaço territorial e seus 
recursos ambientais, com características naturais relevantes, aí 
incluídas as águas jurisdicionais. Legalmente instituído pelo poder 
público, com objetivos de conservação e limites definidos, esse 
espaço territorial possui regime especial de administração ao qual 
se aplicam garantias adequadas de proteção. 
 
CERTO. 
Questão simples que cobra o conceito de Unidade de Conservação. 
 
Conforme o art. 2°, I da Lei 9.985/00, unidade de conservação é o 
espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas 
jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente 
instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites 
definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam 
garantias adequadas de proteção. 
 
33 - (CESPE - Analista em Geociências ± Direito - CPRM ± 2013) 
 
Direito Ambiental 
Exame de Ordem 
Aula 05 
 
 
 
Prof.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes