Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resumo teórico-prático Fotos fornecidas pelo depto. de Parasitologia – ICB UFMG Organizado por Thaís Stephanie Santos Pinto – Medicina 146 UFMG Simetria bilateral Exoesqueleto de quitina (formado pelo tegumento = epiderme + cutícula esclerotisada) Apêndices locomotores e alimentares articulados (arthro = articulação; podos = pés) Sofrem mudas (ecdises) Corpo dividido em cefalotórax + abdome ou em cabeça + tórax + abdome A organização interna é em hemocele, contendo hemolinfa e órgãos digestivo, respiratório, circulatório, nervoso, excretor e reprodutor Metâmeros: dorsais (formam o tergo), ventrais (formam o ventre) e laterais (formam a pleura). Classe Arachnida Características Gerais Quatro pares de patas Ausência de antenas Aparelho bucal adaptado à sucção Corpo dividido em cefalotórax + abdome (exceção: Ordem Acari – corpo globoso com cabeça, tórax e abdome fundidos) o Subdivisão: gnastosoma (peças bucais: quelíceras + palpos) e idiossoma (restante do corpo, contém as patas, os orifícios genital e sexual e as estruturas respiratórias) Ordem Acari Família Sarcopitdae Espécie Sarcoptes scabiei var. hominis Morfologia Pernas anteriores (curtas, sem garras) Pernas posteriores (curtas, sem garras) Vista ventral Sem dimorfismo sexual Sem olhos Estrias transversais no tegumento Cutícula fina Cerdas finas Espinhos Robustos Escamas triangulares gnastosoma Ciclo biológico o Os adultos vivem na superfície da pele, onde realizam a cópula o As fêmeas cavam túneis na epiderme, onde fazem a postura de ovos o Vivem ≈ 4 semanas, totalizando ≈ 50 ovos Transmissão o Contato direto o Fômites (superfície capaz de albergar o parasito até o contato com um hospedeiro, ex: roupas de cama) o Não sobrevive muito tempo no ambiente, altamente dependente do hospedeiro Patogenia ESCABIOSE / SARNA SARCÓPITICA o Irritação e inflamação da pele (perfuração da epiderme pelas fêmeas; presença do parasito e de seus ovos, fezes e saliva) o Formação de crosta com borda eritematosa, que aumenta de tamanho (descamação da pele + exsudação de linfa) o Infecções bacterianas secundárias (prurido intenso à noite, induzindo o hospedeiro a coçar-se fortemente, abrindo ferida) o Áreas mais afetadas: dedos, pregas interdigitais, punhos, cotovelos, axilas, região mamária, região peri umbilical e nádegas (pele fina e/ou contato) SARNA CROSTOSA (NORUEGUESA) o Sintomatologia exagerada por hipersensibilidade do hospedeiro o Maior quantidade de parasitos o Crostas mais espessas, que podem invadir a cabeça e as palmas das mãos e dos pés Obs: A variedade canis (do cão) pode infestar humanos, mas a sintomatologia é branda e geralmente a cura é espontânea. Epidemiologia o Cosmopolita o Locais de risco: creches, hospitais, manicômios, asilos, presídios e prostíbulos o Fatores secundários: tamanho da população, promiscuidade, migração, desinformação, resistência do parasito a drogas e erros de diagnóstico e de tratamento o População de risco: baixa renda (mais propensas a má nutrição, piores condições de higiene e falta de informação) Diagnóstico o Clínico: anamnese (evolução da lesão, prurido intento que piora à noite, pessoas próximas com mesma sintomatologia) e avaliação da lesão o Parasitológico: (fita gomada ou raspagem das lesões para avaliação ao microscópio óptico) Tratamento o Risco de surto: tratamento do paciente e das pessoas de contato próximo, simultaneamente o Medicação tópica (pomadas, sabonetes, soluções líquidas) ou oral o Antibioticoterapia para infecções bacterianas secundárias Profilaxia o Hábitos de higiene o Evitar contato próximo com pessoas infestadas e esterilizar Fômites ovos larvas hexápodas ninfas octópodas adultos ♀ ♂ Família Ixodidae – “Carrapatos” Espécie Amblyomma cajennense Morfologia Sulco anal e ânus Fóvea sexual Gnastosoma Quelíceras Palpos Hipóstomo (não visível) Escudo curto Fêmea Festões (11) Patas terminam em garras Macho Festões mais definidos (11) Escudo completo Sulco anal e ânus Fóvea sexual Sulco anal e ânus Ninfa Larva Ausência de fóvea sexual Octópoda Hexápoda o Gnastosoma: - Palpos: apêndices ancoradouros que auxiliam na fixação, além de possuir mecanoceptores e receptores gustativos e olfativos - Quelíceras: peça cortante, serve para fazer uma incisão na pele do hospedeiro - Hipóstomo: órgão sugador, penetra a incisão na pele, expele a saliva rica em enzimas digestivas e suga fluidos tissulares do hospedeiro o O escudo ornamentado é esclerotisado, sendo menor na fêmea para que esta possa ingurgitar-se de sangue e abrigar milhares de ovos Ciclo biológico o Trioxeno: exige três hospedeiros para completar o ciclo o Os adultos se alimentam e realizam a cópula no hospedeiro, sendo que a fêmea se desprende para fazer a postura de ovos no solo, morrendo no ato o Larvas e ninfas sobem no hospedeiro para se alimentar e após repletas se desprendem para realizar a muda no solo Transmissão o O parasito sobe em gramíneas, arbustos, paredes, etc., aguardando a passagem de um hospedeiro Patogenia o Eritema, edema e prurido intenso (reação local à picada e saliva do parasito, mesmo após o seu desprendimento) FEBRE MACULOSA o O Amblyomma cajennense é vetor da bactéria intracelular Rickettsia rickettsii, agente etiológico da doença febre maculosa o A bactéria utiliza hospedeiros do carrapato como reservatórios animais, além da transmissão vertical no carrapato o A transmissão da bactéria é feita no momento da picada o A doença é de difícil diagnóstico pois apresenta sintomas inespecíficos (cefaleia, náuseas, vômito, dor muscular) nas fases iniciais. Quando surge a sintomatologia específica (manchar vermelho-róseas na pele), a doença está muito avançada e o tratamento é quase sempre ineficaz Diagnóstico o As larvas e ninfas são muito pequenas e podem se passar por “pintas” quando vistas a olho nu o Os adultos são bem visíveis na pele, mas podem ser camuflados se a densidade de pelos é alta Tratamento o Remoção do carrapato (acaricida tópico para matar o carrapato; remoção prendendo uma pinça no gnastosoma e puxando cuidadosamente) o Não espremer ou romper o carrapato, para evitar o refluxo de conteúdo intestinal contaminada por Rickettsia rickettsii e o espalhamento de ovos o Incinerar o carrapato removido, para matar possíveis ovos Profilaxia o Uso de EPI’s (botas, calças compridas, luvas, repelentes, vedação do espaço entre a bota e a calça, etc.) o Uso de acaricidas nos hospedeiros animais e no ambiente o Manejo da vegetação ovos larvas hexápodas ninfas octópodas adultos ♂ ♀ hospedeiro 1 solo hospedeiro 2 solo hospedeiro 3 o Busca ativa no corpo quando da exposição a locais de risco (ex. pastagens) Classe Insecta Características Gerais Três pares de patas Corpo dividido em cabeça + tórax + abdome Um par de antenas Podem, ou não, apresentar asas Seu sistema respiratório é organizado em traqueias e tubos tão ramificados que, muitas vezes, dispensa a hemolinfa para realizar as trocas gasosas a nível celular Ordem Siphonaptera Família Pulicidae – “Pulgas” Hematófagos Corpoachatado lateralmente, com cerdas numerosas Ápteros Aparelho bucal picador-sugador Dimorfismo sexual Patas adaptadas a saltar Tergo dividido em três segmentos O segundo segmento da pleura no tórax é chamado “mesopleura” Ciclo biológico o Holometábolos (metamorfose completa) – exceto Tunga penetrans o As larvas, vivem no solo/assoalho, apresentam aparelho bucal do tipo mastigador e alimentam-se de fezes semidigeridas e sangue dejetados pelos adultos o Ao saírem da fase de pupa, os adultos realizam a cópula e buscam um hospedeiro o O repasto é necessário para que a fêmea faça oviposição Transmissão o A pulga permanece parada próximo ao local de emersão da pupa, aguardando a passagem de um hospedeiro Epidemiologia o Cosmopolita o Os mamíferos são os principais hospedeiros, sendo de grande importância os roedores o Apresentam certa especificidade de hospedeiro, mas podem infestar outras espécies, principalmente na ausência do hospedeiro próprio o Muito frequentes em animais domésticos o No Brasil, há alta prevalência de tungíase (“bicho-de-pé”), principalmente nos meses quentes e secos ovo larva I larva II larva III pupa adulto Espécie Pulex irritans Morfologia Patogenia o Especificidade pelo homem, pode causar uma reação generalizada em pessoas mais sensíveis (pulicose) Epidemiologia o Cosmopolita, encontrada em casa velhas e cinemas Profilaxia o Limpeza frequente de pisos e assentos, com uso de inseticidas Espécie Xenopsylla cheopis Morfologia Espermateca globosa Fêmea Mesopleura não dividida Aparelho bucal Orifícios: anal, respiratório e sexual Macho Edeago (pênis) “torcido” Macho Fêmea Mesopleura dividida Espermateca Em forma de gancho Edeago em forma de foice Patogenia PESTE BULBÔNICA o A Xenopsylla cheopis é a principal espécie transmissora de Yersinia pestis, agente etiológico da peste bulbônica. Além da transmissão pela picada da pulga, essa bactéria pode ser transmitida pela inalação de perdigotos de doentes com lesões pulmonares (fase terminal da doença) Epidemiologia o Cosmopolita o Especificidade por roedores, podendo atacar o homem Profilaxia o Controle da população de roedores o Lavagem frequente de pisos e manejo do solo peridomiciliar Espécie Ctenocephalides sp. Morfologia o Os ctenídeos, pentes de cerdas, facilitam a locomoção na pelagem dos hospedeiros Epidemiologia o Cosmopolita, especificidade por mamíferos carnívoros o É a pulga mais encontra no interior de habitações, por parasitarem gatos e cães domésticos Mesopleura dividida Ctenídeos Edeago Mesopleura dividida Ctenídeos Macho Fêmea Espermateca em forma de ganho (não visível) Profilaxia o Usar aspirador de pó e lavar o piso da casa o Lavar constantemente a cama do animal de estimação Espécie Tunga penetrans – “Bicho-de-pé” Morfologia o A disposição dos orifícios respiratórios da fêmea permite a sua respiração quando penetra na pele no hospedeiro, mantendo a ponta posterior do abdome na superfície o O macho não é penetrante e seus orifícios respiratórios estão dispostos linearmente ao longo de todo o abdome Transmissão o A fêmea lança os ovos em um mecanismo de “canhão”, que se espalham pelo ambiente o Ovos, larvas, pupas e adultos são disseminados pelo esterco de sítios e fazendas usados como adubo o Cães abandonados infestados dissemina ovos por onde passam Patogenia TUNGÍASE o Após a cópula, a fêmea penetra a pele e se enche de alimento e ovos, assumindo uma forma hipertrofiada, chamada meosoma o A presença das fêmeas causa prurido intenso e, quando muito grandes, pode causar dor o As lesões formam bolhas rígidas que aumentam de tamanho, apresentando sempre um pequeno ponto preto no centro, local no qual os orifícios sexual, respiratório e anal da fêmea ficam em contato com o meio externo o Os locais mais afetados são a sola plantar, o calcanhar e canto dos dedos das mãos e dos pés – a infestação pode prejudicar os atos de ficar em pé, deambular e até mesmo de escrever o As lesões causadas podem ser porta de entrada para micoses e infecções bacterianas secundárias Tergo torácico com os 3 segmentos juntos Orifícios respiratórios Orifícios respiratórios Macho Fêmea Orifícios: anal e sexual Tubérculo frontal TÉTANO E GANGRENA GASOSA o As fêmeas podem fazer a veiculação mecânica das bactérias Clostridium tetani e Clostridium perfringens, agentes etiológicos do tétano e da gangrena gasosa, respectivamente Tratamento o Remoção da pulga: Após desinfecção local, usar uma agulha esterilizada para dilacerar a pele superficialmente, em torno da tumoração. Puxar cuidadosamente o parasito para fora da pele o Não romper a pulga; incinera-la após a remoção para destruir os ovos o Esterilizar a lesão e proteger com curativo o Casos graves requerem incisão cirúrgica Profilaxia o Andar calçado o Usar luvas na manipulação de esterco o Controlar infestações em chiqueiros o Vacinação antitetânica em regiões endêmicos Pulga Mesopleura Tergo Outra característica diferencial Pulex irritans Não dividida 3 segmentos distintos Espermateca globosa e Edeago “torcido” Xenopsylla cheopis Dividida 3 segmentos distintos Espermateca pigmentada em forma de ganho e Edeago em forma de foice Ctenocephalides sp. Dividida 3 segmentos distintos Ctenídeos na parte rostral da cabeça e entre os 2º e 3º segmentos torácicos Tunga penetrans Não dividida 3 segmentos sobrepostos Tubérculo frontal Subordem Anoplura – “Piolhos” Aparelho bucal picador – sugador Patas fortes com uma garra nas extremidades Hematófagos nas fases imatura e adulta Metamorfose gradual Parasitos exclusivos de mamíferos, com alta especificidade pelo hospedeiro Transmissão do adulto por contato Espécie Pediculus capites Morfologia Elementos de diferenciação das pulgas estudadas Fêmea Macho Tórax mais estreito que o abdome Extremidade posterior arredondada Extremidade posterior bifurcada Ciclo Biológico o A eclosão do ovo e a sobrevivência do parasito dependem da temperatura e da umidade do hospedeiro o Todo o ciclo acontece no couro cabeludo/base dos pelos da cabeça de humanos o As fêmeas põem os ovos na base dos pelos da cabeça, com auxílio de “cemento” o Lêndeas não sobrevivem a partir de 7mm afastadas do couro cabeludo (dependem do calor) o ≈ 200 ovos em ≈ 4 semanas Patogenia o Não é vetor PEDICULOSE DO COURO CABELUDO o A picada causa prurido intenso e irritação da pele do couro cabeludo o A saliva injetada durante a picada pode ocasionar uma dermatite o O prurido da picada pode levar o hospedeiro a arranhar a pele, estabelecendo porta de entrada para infecções bacterianas secundárias o Causa grande incômodo e diminui o rendimento escolar de crianças Epidemiologia o Países mais quentes o Crianças e jovens do sexo feminino são mais afetados,com surtos associados ao período de “volta às aulas” o Alta prevalência em moradores de rua Tratamento o Controle natural: catação manual, penteação, ar quente do secador de cabelos, corte curto dos cabelos, uso de óleos e cremes, uso de solução salina o Piolhicida Profilaxia o Inspeções periódicas da cabeça de crianças em idade escolar o Tratamento de familiares e pessoas próximas de indivíduos infestados Espécie Pthirus púbis Morfologia ovo (lêndea) ninfa I ninfa II ninfa III adulto ♀ ♂ Macho Fêmea Tórax mais largo que o abdome Extremidade posterior arredondada Extremidade posterior bifurcada Asas Manchadas Antenas plumosas Palpos longos e com as pontas clavadas Aparelho bucal picador-sugador ovo larva pupa (móvel, não se alimenta) adulto ♂ ♀ (seiva/néctar) adulto ♀ hematófaga Ciclo Biológico o A fêmea bota cerca de 3 ovos/dia nos pelo pubianos, incubados pelo calor Transmissão o Contato sexual – o parasito vive nos pelos pubianos, podendo infestar as coxas, o baixo abdome e até mesmo axila, barba e couro cabeludo Patogenia o Não é vetor FITIRÍASE ou PITIRÍASE o A picada gera prurido intenso e irritação da pele, podendo causar dermatite o O prurido da picada pode levar o hospedeiro a arranhar a pele, estabelecendo porta de entrada para infecções bacterianas secundárias Epidemiologia o Infestante de pessoas com atividade sexual promíscua o Alta prevalência em moradores de rua Tratamento o Controle natural: catação manual, remoção dos pelos, ar quente (secador de cabelos) o Piolhicida Ordem Diptera Um par de asas funcionais e 1 par de asas vestigiais Holometábolos Subordem Nematocera Antenas longas Família Culicidae – “Mosquitos” Ciclo Biológico Profilaxia o Combate às larvas (predadores e/ou parasitos naturais) o Redução dos criadouros urbanos o Uso de telas em portas e janelas para reter a entrada de mosquitos adultos Tribo Anophelini Morfologia ovo (lêndea) ninfa I ninfa II ninfa III adulto ♀ ♂ Macho Patogenia o Irritação, alergias e dor causadas pela saliva durante a picada MALÁRIA o Várias espécies de Anophelini são vetores importantes do plasmódio agente etiológico da malária o A transmissão do plasmódio acontece pela picada do mosquito, que atinge diretamente um vaso capilar do hospedeiro (o aparelho bucal desses mosquitos detecta micropulsação) o Várias espécies desse mosquito têm hábitos domésticos, com hematofagia, preferencialmente, no horário crepuscular, o que facilita o contato com maior número de hospedeiros o Os mosquitos se alimentam e ovipõem várias vezes em seu ciclo, contribuindo para a disseminação da doença por um espécime infectado Epidemiologia o Vivem em clima quente e precisam de grandes coleções calmas e límpidas (lagoas, mas também plantas aquáticas e grandes bromélias) de água para a deposição de ovos e desenvolvimento de larvas e pupas o Algumas espécies são mais adaptadas à salinidade das regiões costeiras o Distribuídos do México à Argentina, prevalecendo em quase todo o território brasileiro o A forma adulta é prevalente no ambiente doméstico o A espécie Anopheles darlingi é a mais relevante como vetor de Malária no Brasil Antenas pilosas Asas manchadas Palpos longos Aparelho bucal picador-sugador Fêmea Espiráculos respiratórios Larva Antenas plumosas Palpos longos e cilíndricos Aparelho bucal picador - sugador Tribo Culicini Morfologia Patogenia o Perturbador do sono, hábitos noturnos FILARIOSE – “ELEFANTÍASE” o A espécie Culex quinquefasciatus é o principal vetor do nematoide filária, agente etiológico da filariose o Seu hábito noturno facilita o contato com microfilárias no sangue do hospedeiro, perpetuando o ciclo de contaminação Epidemiologia o Regiões próximas aos trópicos o Pode se alimentar em aves e vários mamíferos, mas apresenta preferência pelo homem o Número elevado de casos de filariose no Nordeste brasileiro Macho Palpos curtos Sifão respiratório longo Fêmea Larva Tribo Aedini Morfologia Patogenia DENGUE E FEBRE AMARELA o A espécie Aedes aegypti é o principal vetor de dengue e febre amarela urbana. Durante a hematofagia, a fêmea inocula, junco com a saliva, os vírus agentes etiológicos dessas doenças Macho Palpos longos Antenas plumosas Aparelho bucal picador -sugador Manchas branco - prateadas nas articulações Manchas branco - prateadas Fêmea Larva Sifão respiratório curto Antenas pilosas Palpos curtos Aparelho bucal picador - sugador Manchas branco- prateadas Manchas branco- prateadas nas articulações Epidemiologia o Cosmopolita, disseminado por toda a faixa tropical o Hábitos de hematofagia e cópula diurnos, antropofílico, intra ou extradomiciliar, altamente adaptados a não chamar a atenção do hospedeiro o Múltiplas alimentações por dia, favorecendo a transmissão de vírus o Possibilidade de transmissão vertical de vírus o Dispersão ativa alta, a fêmea pode voar ≈ 700m/dia para oviposição o A fêmea utiliza qualquer local ou recipiente que acumule um pouco de água relativamente limpa para depositar os ovos, desde poças de água a tampinhas de garrafas o Além de depositar ovos na água, a fêmea os deposita na parede do recipiente, de forma que, quando a água atingir maior altura (depois de chuvas, por exemplo) novas larvas irão eclodir o Os ovos são capazes de suportar longos períodos fora da água Família Psychodidae Pequenos Densamente piloso Em repouso, asas abertas e “em pé” Subfamília Phlebotominae – “Flebótomos” Espécie Lutzomyia sp. Morfologia Ciclo Biológico o A fêmea põe os ovos em solo úmido ou em outros locais ricos em matéria orgânica em decomposição Patogenia LEISHMANIOSE o Os Lutzomyia sp. são transmissores do protozoário Leishmania, agente etiológico das leishmanioses sistêmica e visceral o O protozoário é regurgitado do conteúdo intestinal durante a picada ovo larva pupa adulto ♂ ♀ (fontes de açúcar) adulto ♀ hematófaga Fêmea Macho Corpo e asas densamente pilosos Genitália bifurcada Genitália arredondada o A Leishmaniose acomete humanos e outros mamíferos, sendo que o protozoário encontrando nos cães desabrigados um largo reservatório animal no ambiente urbano Epidemiologia o Grande prevalência na América, principalmente nos países mais quentes o Preferência por abrigos úmidos e escuros, com hábitos noturnos de hematofagia Profilaxia o O rastreamento de criadouros é muito difícil, inviabilizando o combate aos ovos e larvas o Usos de “mosquiteiros” nas camas o Uso de inseticidas em regiões endêmicas o Para combater o ciclo de transmissão de leishmaniose, é importante tratar todos os casos humanos e fazer o controle da população decães desabrigados (atualmente, a política pública é de eliminação dos cães infectados) Família Simuliidae – “Borrachudos” Espécie Simulium sp. Morfologia Ciclo Biológico o As fêmeas põem centenas de ovos submersos ou próximos a ambientes aquáticos (rochas e plantas próximas a rios e riachos) Patogenia o A picada da fêmea hematófaga deixa um hematoma punctiforme e a saliva do Simulium sp., inoculada no hospedeiro durante a picada, contém substâncias que causam dor o Podem ser vetores das filárias que são agentes etiológicos da oncocerose Epidemiologia o No Brasil, são prevalentes nos estados do Sul e Sudeste, mas algumas espécies hematófagas também são encontradas no Nordeste e no extremo Norte Corpo pequeno, escuro, robusto Antenas semelhantes aos chocalhos de cascavel Asas membranosas ovo larva pupa adulto♂ ♀ (fontes de açúcar) adulto ♀ hematófaga Profilaxia o Uso de repelentes quando em áreas endêmicas o Remoção mecânica e destruição de larvas e pupas o Uso de inseticidas nos criadouros o Controle biológico com plantas (Citronela afasta os adultos), parasitas (esporos tóxicos para as larvas) e animais predadores Mosquito Palpos Antenas Larvas Outros ♂ ♀ ♂ ♀ ♂ ♀ Anophelini Longos Clavados Longos Plumosas Pilosas Espiráculo respiratório Asas manchadas Culicini Longos Curtos Plumosas Pilosas Sifão respiratório longo - Aedini Longos Curtos Plumosas Pilosas Sifão respiratório curto Corpo e articulações com manchas branco- prateadas Lutzomyia sp. Curtos Curtos Plumosa Plumosa - Genitália bifurcada Genitália redonda Simulium sp. Curtos Curtos “Chocalho” “Chocalho” - Corpo escuro e robusto, asas membranosas Elementos de diferenciação dos mosquitos estudados
Compartilhar