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Resumo teórico-prático da Primeira prova

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Resumo teórico-prático 
Fotos fornecidas pelo depto. de 
Parasitologia – ICB UFMG 
Organizado por Thaís Stephanie Santos 
Pinto – Medicina 146 UFMG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Simetria bilateral 
 Exoesqueleto de quitina (formado pelo tegumento = epiderme + cutícula 
esclerotisada) 
 Apêndices locomotores e alimentares articulados (arthro = articulação; podos = 
pés) 
 Sofrem mudas (ecdises) 
 Corpo dividido em cefalotórax + abdome ou em cabeça + tórax + abdome 
 A organização interna é em hemocele, contendo hemolinfa e órgãos digestivo, 
respiratório, circulatório, nervoso, excretor e reprodutor 
 Metâmeros: dorsais (formam o tergo), ventrais (formam o ventre) e laterais (formam 
a pleura). 
 
Classe Arachnida 
Características Gerais 
 Quatro pares de patas 
 Ausência de antenas 
 Aparelho bucal adaptado à sucção 
 Corpo dividido em cefalotórax + abdome (exceção: Ordem Acari – corpo globoso 
com cabeça, tórax e abdome fundidos) 
o Subdivisão: gnastosoma (peças bucais: quelíceras + palpos) e idiossoma 
(restante do corpo, contém as patas, os orifícios genital e sexual e as estruturas 
respiratórias) 
 
Ordem Acari 
Família Sarcopitdae 
Espécie Sarcoptes scabiei var. hominis 
 Morfologia 
 
Pernas anteriores 
(curtas, sem garras) 
Pernas posteriores 
(curtas, sem garras) 
Vista ventral 
Sem dimorfismo 
sexual 
Sem olhos 
Estrias transversais 
no tegumento 
Cutícula fina 
Cerdas finas 
Espinhos Robustos 
Escamas 
triangulares 
gnastosoma 
 Ciclo biológico 
o Os adultos vivem na superfície da pele, onde realizam a cópula 
o As fêmeas cavam túneis na epiderme, onde fazem a postura de ovos 
 
 
o Vivem ≈ 4 semanas, totalizando ≈ 50 ovos 
 Transmissão 
o Contato direto 
o Fômites (superfície capaz de albergar o parasito até o contato com um 
hospedeiro, ex: roupas de cama) 
o Não sobrevive muito tempo no ambiente, altamente dependente do 
hospedeiro 
 Patogenia 
ESCABIOSE / SARNA SARCÓPITICA 
o Irritação e inflamação da pele (perfuração da epiderme pelas fêmeas; 
presença do parasito e de seus ovos, fezes e saliva) 
o Formação de crosta com borda eritematosa, que aumenta de tamanho 
(descamação da pele + exsudação de linfa) 
o Infecções bacterianas secundárias (prurido intenso à noite, induzindo o 
hospedeiro a coçar-se fortemente, abrindo ferida) 
o Áreas mais afetadas: dedos, pregas interdigitais, punhos, cotovelos, axilas, 
região mamária, região peri umbilical e nádegas (pele fina e/ou contato) 
SARNA CROSTOSA (NORUEGUESA) 
o Sintomatologia exagerada por hipersensibilidade do hospedeiro 
o Maior quantidade de parasitos 
o Crostas mais espessas, que podem invadir a cabeça e as palmas das mãos e 
dos pés 
Obs: A variedade canis (do cão) pode infestar humanos, mas a sintomatologia 
é branda e geralmente a cura é espontânea. 
 Epidemiologia 
o Cosmopolita 
o Locais de risco: creches, hospitais, manicômios, asilos, presídios e prostíbulos 
o Fatores secundários: tamanho da população, promiscuidade, migração, 
desinformação, resistência do parasito a drogas e erros de diagnóstico e de 
tratamento 
o População de risco: baixa renda (mais propensas a má nutrição, piores 
condições de higiene e falta de informação) 
 Diagnóstico 
o Clínico: anamnese (evolução da lesão, prurido intento que piora à noite, 
pessoas próximas com mesma sintomatologia) e avaliação da lesão 
o Parasitológico: (fita gomada ou raspagem das lesões para avaliação ao 
microscópio óptico) 
 Tratamento 
o Risco de surto: tratamento do paciente e das pessoas de contato próximo, 
simultaneamente 
o Medicação tópica (pomadas, sabonetes, soluções líquidas) ou oral 
o Antibioticoterapia para infecções bacterianas secundárias 
 Profilaxia 
o Hábitos de higiene 
o Evitar contato próximo com pessoas infestadas e esterilizar Fômites 
 
 
ovos  larvas hexápodas  ninfas octópodas  adultos ♀ ♂ 
Família Ixodidae – “Carrapatos” 
Espécie Amblyomma cajennense 
 Morfologia 
 
 
 
 
 
 
Sulco anal e ânus 
Fóvea sexual 
Gnastosoma 
 Quelíceras 
 Palpos 
 Hipóstomo (não visível) 
Escudo curto 
Fêmea 
Festões (11) 
Patas terminam 
em garras 
Macho 
Festões mais 
definidos (11) 
Escudo completo 
Sulco anal e ânus 
Fóvea sexual 
Sulco anal e ânus 
Ninfa Larva 
Ausência de 
fóvea sexual 
Octópoda Hexápoda 
o Gnastosoma: - Palpos: apêndices ancoradouros que auxiliam na fixação, 
além de possuir mecanoceptores e receptores gustativos e olfativos 
 - Quelíceras: peça cortante, serve para fazer uma incisão na 
pele do hospedeiro 
 - Hipóstomo: órgão sugador, penetra a incisão na pele, expele 
a saliva rica em enzimas digestivas e suga fluidos tissulares do hospedeiro 
o O escudo ornamentado é esclerotisado, sendo menor na fêmea para que 
esta possa ingurgitar-se de sangue e abrigar milhares de ovos 
 Ciclo biológico 
o Trioxeno: exige três hospedeiros para completar o ciclo 
o Os adultos se alimentam e realizam a cópula no hospedeiro, sendo que a 
fêmea se desprende para fazer a postura de ovos no solo, morrendo no ato 
o Larvas e ninfas sobem no hospedeiro para se alimentar e após repletas se 
desprendem para realizar a muda no solo 
 
 
 
 
 
 Transmissão 
o O parasito sobe em gramíneas, arbustos, paredes, etc., aguardando a 
passagem de um hospedeiro 
 Patogenia 
o Eritema, edema e prurido intenso (reação local à picada e saliva do parasito, 
mesmo após o seu desprendimento) 
FEBRE MACULOSA 
o O Amblyomma cajennense é vetor da bactéria intracelular Rickettsia rickettsii, 
agente etiológico da doença febre maculosa 
o A bactéria utiliza hospedeiros do carrapato como reservatórios animais, além 
da transmissão vertical no carrapato 
o A transmissão da bactéria é feita no momento da picada 
o A doença é de difícil diagnóstico pois apresenta sintomas inespecíficos 
(cefaleia, náuseas, vômito, dor muscular) nas fases iniciais. Quando surge a 
sintomatologia específica (manchar vermelho-róseas na pele), a doença está 
muito avançada e o tratamento é quase sempre ineficaz 
 Diagnóstico 
o As larvas e ninfas são muito pequenas e podem se passar por “pintas” quando 
vistas a olho nu 
o Os adultos são bem visíveis na pele, mas podem ser camuflados se a 
densidade de pelos é alta 
 Tratamento 
o Remoção do carrapato (acaricida tópico para matar o carrapato; remoção 
prendendo uma pinça no gnastosoma e puxando cuidadosamente) 
o Não espremer ou romper o carrapato, para evitar o refluxo de conteúdo 
intestinal contaminada por Rickettsia rickettsii e o espalhamento de ovos 
o Incinerar o carrapato removido, para matar possíveis ovos 
 Profilaxia 
o Uso de EPI’s (botas, calças compridas, luvas, repelentes, vedação do espaço 
entre a bota e a calça, etc.) 
o Uso de acaricidas nos hospedeiros animais e no ambiente 
o Manejo da vegetação 
ovos  larvas hexápodas ninfas octópodas adultos ♂ ♀ 
hospedeiro 1  solo hospedeiro 2  solo hospedeiro 3 
o Busca ativa no corpo quando da exposição a locais de risco (ex. pastagens) 
Classe Insecta 
Características Gerais 
 Três pares de patas 
 Corpo dividido em cabeça + tórax + abdome 
 Um par de antenas 
 Podem, ou não, apresentar asas 
 Seu sistema respiratório é organizado em traqueias e tubos tão ramificados que, 
muitas vezes, dispensa a hemolinfa para realizar as trocas gasosas a nível celular 
Ordem Siphonaptera 
Família Pulicidae – “Pulgas” 
 Hematófagos 
 Corpoachatado lateralmente, com cerdas numerosas 
 Ápteros 
 Aparelho bucal picador-sugador 
 Dimorfismo sexual 
 Patas adaptadas a saltar 
 Tergo dividido em três segmentos 
 O segundo segmento da pleura no tórax é chamado “mesopleura” 
 
 Ciclo biológico 
o Holometábolos (metamorfose completa) – exceto Tunga penetrans 
o As larvas, vivem no solo/assoalho, apresentam aparelho bucal do tipo 
mastigador e alimentam-se de fezes semidigeridas e sangue dejetados pelos 
adultos 
 
 
 
 
o Ao saírem da fase de pupa, os adultos realizam a cópula e buscam um 
hospedeiro 
o O repasto é necessário para que a fêmea faça oviposição 
 Transmissão 
o A pulga permanece parada próximo ao local de emersão da pupa, 
aguardando a passagem de um hospedeiro 
 Epidemiologia 
o Cosmopolita 
o Os mamíferos são os principais hospedeiros, sendo de grande importância os 
roedores 
o Apresentam certa especificidade de hospedeiro, mas podem infestar outras 
espécies, principalmente na ausência do hospedeiro próprio 
o Muito frequentes em animais domésticos 
o No Brasil, há alta prevalência de tungíase (“bicho-de-pé”), principalmente nos 
meses quentes e secos 
 
 
 
 
ovo  larva I  larva II  larva III  pupa  adulto 
 
 
Espécie Pulex irritans 
 Morfologia 
 
 
 
 
 Patogenia 
o Especificidade pelo homem, pode causar uma reação generalizada em 
pessoas mais sensíveis (pulicose) 
 Epidemiologia 
o Cosmopolita, encontrada em casa velhas e cinemas 
 Profilaxia 
o Limpeza frequente de pisos e assentos, com uso de inseticidas 
 
Espécie Xenopsylla cheopis 
 Morfologia 
 
 
 
 
Espermateca 
globosa 
Fêmea 
Mesopleura 
não dividida 
 
 
Aparelho bucal 
Orifícios: anal, 
respiratório e 
sexual 
Macho 
Edeago 
(pênis) 
“torcido” 
Macho 
Fêmea 
Mesopleura 
dividida 
 
 
Espermateca 
Em forma de 
gancho 
 
Edeago em 
forma de 
foice 
 
 Patogenia 
PESTE BULBÔNICA 
o A Xenopsylla cheopis é a principal espécie transmissora de Yersinia pestis, 
agente etiológico da peste bulbônica. Além da transmissão pela picada da 
pulga, essa bactéria pode ser transmitida pela inalação de perdigotos de 
doentes com lesões pulmonares (fase terminal da doença) 
 Epidemiologia 
o Cosmopolita 
o Especificidade por roedores, podendo atacar o homem 
 Profilaxia 
o Controle da população de roedores 
o Lavagem frequente de pisos e manejo do solo peridomiciliar 
 
Espécie Ctenocephalides sp. 
 Morfologia 
 
 
 
 
 
o Os ctenídeos, pentes de cerdas, facilitam a locomoção na pelagem dos 
hospedeiros 
 Epidemiologia 
o Cosmopolita, especificidade por mamíferos carnívoros 
o É a pulga mais encontra no interior de habitações, por parasitarem gatos e 
cães domésticos 
Mesopleura 
dividida 
 
 
Ctenídeos 
 
 
Edeago 
Mesopleura 
dividida 
 
 
Ctenídeos 
 
 
Macho 
Fêmea 
Espermateca em 
forma de ganho 
(não visível) 
 Profilaxia 
o Usar aspirador de pó e lavar o piso da casa 
o Lavar constantemente a cama do animal de estimação 
 
Espécie Tunga penetrans – “Bicho-de-pé” 
 Morfologia 
 
 
 
 
 
 
 
o A disposição dos orifícios respiratórios da fêmea permite a sua respiração 
quando penetra na pele no hospedeiro, mantendo a ponta posterior do 
abdome na superfície 
o O macho não é penetrante e seus orifícios respiratórios estão dispostos 
linearmente ao longo de todo o abdome 
 Transmissão 
o A fêmea lança os ovos em um mecanismo de “canhão”, que se espalham 
pelo ambiente 
o Ovos, larvas, pupas e adultos são disseminados pelo esterco de sítios e 
fazendas usados como adubo 
o Cães abandonados infestados dissemina ovos por onde passam 
 Patogenia 
TUNGÍASE 
o Após a cópula, a fêmea penetra a pele e se enche de alimento e ovos, 
assumindo uma forma hipertrofiada, chamada meosoma 
o A presença das fêmeas causa prurido intenso e, quando muito grandes, pode 
causar dor 
o As lesões formam bolhas rígidas que aumentam de tamanho, apresentando 
sempre um pequeno ponto preto no centro, local no qual os orifícios sexual, 
respiratório e anal da fêmea ficam em contato com o meio externo 
o Os locais mais afetados são a sola plantar, o calcanhar e canto dos dedos 
das mãos e dos pés – a infestação pode prejudicar os atos de ficar em pé, 
deambular e até mesmo de escrever 
o As lesões causadas podem ser porta de entrada para micoses e infecções 
bacterianas secundárias 
Tergo torácico com 
os 3 segmentos juntos 
 
 
Orifícios 
respiratórios 
 
 
Orifícios 
respiratórios 
 
 
Macho Fêmea 
Orifícios: 
anal e sexual 
Tubérculo frontal 
 
 
TÉTANO E GANGRENA GASOSA 
o As fêmeas podem fazer a veiculação mecânica das bactérias Clostridium 
tetani e Clostridium perfringens, agentes etiológicos do tétano e da gangrena 
gasosa, respectivamente 
 Tratamento 
o Remoção da pulga: Após desinfecção local, usar uma agulha esterilizada 
para dilacerar a pele superficialmente, em torno da tumoração. Puxar 
cuidadosamente o parasito para fora da pele 
o Não romper a pulga; incinera-la após a remoção para destruir os ovos 
o Esterilizar a lesão e proteger com curativo 
o Casos graves requerem incisão cirúrgica 
 Profilaxia 
o Andar calçado 
o Usar luvas na manipulação de esterco 
o Controlar infestações em chiqueiros 
o Vacinação antitetânica em regiões endêmicos 
 
Pulga Mesopleura Tergo Outra característica diferencial 
Pulex irritans Não dividida 3 segmentos 
distintos 
Espermateca globosa e Edeago 
“torcido” 
Xenopsylla cheopis Dividida 3 segmentos 
distintos 
Espermateca pigmentada em forma 
de ganho e Edeago em forma de 
foice 
Ctenocephalides sp. Dividida 3 segmentos 
distintos 
Ctenídeos na parte rostral da cabeça 
e entre os 2º e 3º segmentos torácicos 
Tunga penetrans Não dividida 3 segmentos 
sobrepostos 
Tubérculo frontal 
 
 
Subordem Anoplura – “Piolhos” 
 Aparelho bucal picador – sugador 
 Patas fortes com uma garra nas extremidades 
 Hematófagos nas fases imatura e adulta 
 Metamorfose gradual 
 Parasitos exclusivos de mamíferos, com alta especificidade pelo hospedeiro 
 Transmissão do adulto por contato 
Espécie Pediculus capites 
 Morfologia 
 
Elementos de diferenciação das pulgas estudadas 
Fêmea 
Macho 
Tórax mais 
estreito que 
o abdome 
Extremidade 
posterior 
arredondada 
Extremidade posterior bifurcada 
 Ciclo Biológico 
 
 
o A eclosão do ovo e a sobrevivência do parasito dependem da temperatura 
e da umidade do hospedeiro 
o Todo o ciclo acontece no couro cabeludo/base dos pelos da cabeça de 
humanos 
o As fêmeas põem os ovos na base dos pelos da cabeça, com auxílio de 
“cemento” 
o Lêndeas não sobrevivem a partir de 7mm afastadas do couro cabeludo 
(dependem do calor) 
o ≈ 200 ovos em ≈ 4 semanas 
 Patogenia 
o Não é vetor 
PEDICULOSE DO COURO CABELUDO 
o A picada causa prurido intenso e irritação da pele do couro cabeludo 
o A saliva injetada durante a picada pode ocasionar uma dermatite 
o O prurido da picada pode levar o hospedeiro a arranhar a pele, 
estabelecendo porta de entrada para infecções bacterianas secundárias 
o Causa grande incômodo e diminui o rendimento escolar de crianças 
 Epidemiologia 
o Países mais quentes 
o Crianças e jovens do sexo feminino são mais afetados,com surtos associados 
ao período de “volta às aulas” 
o Alta prevalência em moradores de rua 
 Tratamento 
o Controle natural: catação manual, penteação, ar quente do secador de 
cabelos, corte curto dos cabelos, uso de óleos e cremes, uso de solução salina 
o Piolhicida 
 Profilaxia 
o Inspeções periódicas da cabeça de crianças em idade escolar 
o Tratamento de familiares e pessoas próximas de indivíduos infestados 
 
Espécie Pthirus púbis 
 Morfologia 
 
 
 
 
ovo (lêndea)  ninfa I  ninfa II  ninfa III  adulto ♀ ♂ 
Macho Fêmea 
Tórax mais 
largo que o 
abdome 
Extremidade posterior arredondada 
Extremidade posterior bifurcada 
Asas 
Manchadas 
Antenas 
plumosas 
Palpos longos e 
com as pontas 
clavadas 
Aparelho bucal 
picador-sugador 
ovo  larva  pupa (móvel, não se alimenta)  adulto ♂ ♀ (seiva/néctar)  adulto ♀ 
hematófaga 
 Ciclo Biológico 
 
 
o A fêmea bota cerca de 3 ovos/dia nos pelo pubianos, incubados pelo calor 
 Transmissão 
o Contato sexual – o parasito vive nos pelos pubianos, podendo infestar as 
coxas, o baixo abdome e até mesmo axila, barba e couro cabeludo 
 Patogenia 
o Não é vetor 
FITIRÍASE ou PITIRÍASE 
o A picada gera prurido intenso e irritação da pele, podendo causar dermatite 
o O prurido da picada pode levar o hospedeiro a arranhar a pele, 
estabelecendo porta de entrada para infecções bacterianas secundárias 
 Epidemiologia 
o Infestante de pessoas com atividade sexual promíscua 
o Alta prevalência em moradores de rua 
 Tratamento 
o Controle natural: catação manual, remoção dos pelos, ar quente (secador 
de cabelos) 
o Piolhicida 
Ordem Diptera 
 Um par de asas funcionais e 1 par de asas vestigiais 
 Holometábolos 
Subordem Nematocera 
 Antenas longas 
Família Culicidae – “Mosquitos” 
 Ciclo Biológico 
 
 
 Profilaxia 
o Combate às larvas (predadores e/ou parasitos naturais) 
o Redução dos criadouros urbanos 
o Uso de telas em portas e janelas para reter a entrada de mosquitos adultos 
Tribo Anophelini 
 Morfologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ovo (lêndea)  ninfa I  ninfa II  ninfa III  adulto ♀ ♂ 
Macho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Patogenia 
o Irritação, alergias e dor causadas pela saliva durante a picada 
MALÁRIA 
o Várias espécies de Anophelini são vetores importantes do plasmódio agente 
etiológico da malária 
o A transmissão do plasmódio acontece pela picada do mosquito, que atinge 
diretamente um vaso capilar do hospedeiro (o aparelho bucal desses 
mosquitos detecta micropulsação) 
o Várias espécies desse mosquito têm hábitos domésticos, com hematofagia, 
preferencialmente, no horário crepuscular, o que facilita o contato com maior 
número de hospedeiros 
o Os mosquitos se alimentam e ovipõem várias vezes em seu ciclo, contribuindo 
para a disseminação da doença por um espécime infectado 
 Epidemiologia 
o Vivem em clima quente e precisam de grandes coleções calmas e límpidas 
(lagoas, mas também plantas aquáticas e grandes bromélias) de água para 
a deposição de ovos e desenvolvimento de larvas e pupas 
o Algumas espécies são mais adaptadas à salinidade das regiões costeiras 
o Distribuídos do México à Argentina, prevalecendo em quase todo o território 
brasileiro 
o A forma adulta é prevalente no ambiente doméstico 
o A espécie Anopheles darlingi é a mais relevante como vetor de Malária no 
Brasil 
 
 
 
Antenas 
pilosas 
Asas 
manchadas 
Palpos 
longos 
Aparelho bucal 
picador-sugador 
Fêmea 
Espiráculos 
respiratórios 
Larva 
Antenas 
plumosas 
Palpos longos 
e cilíndricos 
Aparelho bucal 
picador - sugador 
Tribo Culicini 
 Morfologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Patogenia 
o Perturbador do sono, hábitos noturnos 
FILARIOSE – “ELEFANTÍASE” 
o A espécie Culex quinquefasciatus é o principal vetor do nematoide filária, 
agente etiológico da filariose 
o Seu hábito noturno facilita o contato com microfilárias no sangue do 
hospedeiro, perpetuando o ciclo de contaminação 
 Epidemiologia 
o Regiões próximas aos trópicos 
o Pode se alimentar em aves e vários mamíferos, mas apresenta preferência 
pelo homem 
o Número elevado de casos de filariose no Nordeste brasileiro 
 
 
Macho 
Palpos curtos 
Sifão 
respiratório 
longo 
Fêmea Larva 
Tribo Aedini 
 Morfologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Patogenia 
DENGUE E FEBRE AMARELA 
o A espécie Aedes aegypti é o principal vetor de dengue e febre amarela 
urbana. Durante a hematofagia, a fêmea inocula, junco com a saliva, os vírus 
agentes etiológicos dessas doenças 
Macho 
Palpos 
longos 
Antenas 
plumosas 
Aparelho bucal 
picador -sugador 
Manchas branco -
prateadas nas 
articulações 
Manchas branco -
prateadas 
Fêmea Larva 
Sifão 
respiratório 
curto 
Antenas 
pilosas 
Palpos 
curtos 
Aparelho 
bucal 
picador -
sugador 
Manchas 
branco-
prateadas 
Manchas 
branco-
prateadas 
nas 
articulações 
 Epidemiologia 
o Cosmopolita, disseminado por toda a faixa tropical 
o Hábitos de hematofagia e cópula diurnos, antropofílico, intra ou 
extradomiciliar, altamente adaptados a não chamar a atenção do 
hospedeiro 
o Múltiplas alimentações por dia, favorecendo a transmissão de vírus 
o Possibilidade de transmissão vertical de vírus 
o Dispersão ativa alta, a fêmea pode voar ≈ 700m/dia para oviposição 
o A fêmea utiliza qualquer local ou recipiente que acumule um pouco de água 
relativamente limpa para depositar os ovos, desde poças de água a 
tampinhas de garrafas 
o Além de depositar ovos na água, a fêmea os deposita na parede do 
recipiente, de forma que, quando a água atingir maior altura (depois de 
chuvas, por exemplo) novas larvas irão eclodir 
o Os ovos são capazes de suportar longos períodos fora da água 
Família Psychodidae 
 Pequenos 
 Densamente piloso 
 Em repouso, asas abertas e “em pé” 
Subfamília Phlebotominae – “Flebótomos” 
Espécie Lutzomyia sp. 
 Morfologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ciclo Biológico 
 
o A fêmea põe os ovos em solo úmido ou em outros locais ricos em matéria 
orgânica em decomposição 
 Patogenia 
LEISHMANIOSE 
o Os Lutzomyia sp. são transmissores do protozoário Leishmania, agente 
etiológico das leishmanioses sistêmica e visceral 
o O protozoário é regurgitado do conteúdo intestinal durante a picada 
ovo  larva  pupa  adulto ♂ ♀ (fontes de açúcar)  adulto ♀ hematófaga 
Fêmea Macho 
Corpo e asas 
densamente pilosos Genitália bifurcada Genitália arredondada 
o A Leishmaniose acomete humanos e outros mamíferos, sendo que o 
protozoário encontrando nos cães desabrigados um largo reservatório animal 
no ambiente urbano 
 Epidemiologia 
o Grande prevalência na América, principalmente nos países mais quentes 
o Preferência por abrigos úmidos e escuros, com hábitos noturnos de 
hematofagia 
 Profilaxia 
o O rastreamento de criadouros é muito difícil, inviabilizando o combate aos 
ovos e larvas 
o Usos de “mosquiteiros” nas camas 
o Uso de inseticidas em regiões endêmicas 
o Para combater o ciclo de transmissão de leishmaniose, é importante tratar 
todos os casos humanos e fazer o controle da população decães 
desabrigados (atualmente, a política pública é de eliminação dos cães 
infectados) 
Família Simuliidae – “Borrachudos” 
Espécie Simulium sp. 
 Morfologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ciclo Biológico 
 
 
o As fêmeas põem centenas de ovos submersos ou próximos a ambientes 
aquáticos (rochas e plantas próximas a rios e riachos) 
 Patogenia 
o A picada da fêmea hematófaga deixa um hematoma punctiforme e a saliva 
do Simulium sp., inoculada no hospedeiro durante a picada, contém 
substâncias que causam dor 
o Podem ser vetores das filárias que são agentes etiológicos da oncocerose 
 Epidemiologia 
o No Brasil, são prevalentes nos estados do Sul e Sudeste, mas algumas espécies 
hematófagas também são encontradas no Nordeste e no extremo Norte 
Corpo pequeno, 
escuro, robusto 
Antenas semelhantes aos 
chocalhos de cascavel 
Asas 
membranosas 
ovo  larva  pupa  adulto♂ ♀ (fontes de açúcar)  adulto ♀ hematófaga 
 Profilaxia 
o Uso de repelentes quando em áreas endêmicas 
o Remoção mecânica e destruição de larvas e pupas 
o Uso de inseticidas nos criadouros 
o Controle biológico com plantas (Citronela afasta os adultos), parasitas 
(esporos tóxicos para as larvas) e animais predadores 
 
 
Mosquito Palpos Antenas Larvas Outros 
 ♂ ♀ ♂ ♀ ♂ ♀ 
Anophelini Longos 
Clavados 
Longos Plumosas Pilosas Espiráculo 
respiratório 
Asas manchadas 
Culicini Longos Curtos Plumosas Pilosas Sifão 
respiratório 
longo 
- 
Aedini Longos Curtos Plumosas Pilosas Sifão 
respiratório 
curto 
Corpo e 
articulações com 
manchas branco-
prateadas 
Lutzomyia 
sp. 
Curtos Curtos Plumosa Plumosa - Genitália 
bifurcada 
Genitália 
redonda 
Simulium sp. Curtos Curtos “Chocalho” “Chocalho” - Corpo escuro e 
robusto, asas 
membranosas 
Elementos de diferenciação dos mosquitos estudados

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