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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL

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7 
 
TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL EM PACIENTES CRÍTICOS: UMA 
REVISÃO DE LITERATURA¹ 
 
Laila Cristina do Couto Domingues², Maria de Jesus Vieira da Silva², Érika Aparecida 
da Silveira³. 
 
RESUMO 
 
Objetivo: Avaliar as vantagens e desvantagens da Terapia Nutricional Enteral em 
pacientes críticos submetidos à Terapia Intensiva. Metodologia: Estudo de revisão de 
literatura baseado em artigos encontrados no Scielo, LILACS, BIREME, MEDLINE e 
Google acadêmico. O período de busca foi entre 2005 e 2011, com as seguintes 
palavras-chave: nutrição enteral, unidade de terapia intensiva, paciente crítico, equipe 
multidisplinar de terapia nutricional e terapia nutricional. Resultados: Foram 
identificados 310 artigos, sendo excluídos de início 127 artigos devido ao ano de 
publicação; dos 185 restantes foram selecionados 55 pela análise dos textos, sendo que 
ao final da pesquisa 10 artigos foram utilizados. Evidenciou-se através destes estudos 
que a Terapia Nutricional Enteral é essencial para a melhora do quadro clínico do 
paciente crítico, mesmo com suas possíveis complicações, sendo utilizada a via mais 
natural. Conclusão: A Terapia Nutricional Enteral é a mais indicada para um controle 
seguro do quadro clínico do paciente crítico em Unidades de Terapia Intensiva, 
necessitando de uma Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional para que a 
monitoração seja feita de uma forma mais completa. 
Palavras-chaves: Nutrição Enteral, Unidade de Terapia Intensiva, paciente crítico, 
Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional, Terapia Nutricional. 
 
 
¹ Artigo apresentado ao Centro de Estudo de Enfermagem e Nutrição para o curso de Pós-
graduação em Nutrição Clínica e Esportiva (CEEN). 
² Especialização em Nutrição Clínica e Esportiva pelo CEEN. 
³ Orientadora do Trabalho de Conclusão de Curso pelo CEEN. 
8 
 
ENTERAL NUTRITION THERAPY IN CRITICAL PATIENTS: A REVIEW OF 
LITERATURE¹ 
 
Laila Cristina do Couto Domingues², Maria de Jesus Vieira da Silva², Érika Aparecida 
da Silveira³. 
 
ABSTRACT 
 
Objective: To evaluate the advantages and disadvantages of Enteral Nutrition Therapy 
in critically ill patients undergoing intensive care. Methodology: literature review based 
on articles found in SciELO, LILACS, BIREME, MEDLINE and Google scholar. The 
search period was between 2005 and 2011, with the following keywords: enteral 
nutrition, intensive care unit, critical patient, multidisciplinary team of nutritional 
therapy and nutritional therapy. Results: We identified 310 articles, of which 127 
articles initially excluded due to the year of publication, the 185 remaining 55 were 
selected for the analysis of texts, and at the end of the study 10 items were used. It was 
evident from these studies that the Enteral Nutrition Therapy is essential to improve the 
patient's condition critical, even with its complications, using the most natural way. 
Conclusion: Enteral Nutrition Therapy is the most adequate to secure control of the 
patient's condition critical in Intensive Care Units, requiring a multidisciplinary team of 
Nutritional Therapy for monitoring is done in a simple way. 
Keywords: Enteral Nutrition, intensive care unit, critical patient, Multidisciplinary 
Nutritional Therapy, Nutritional Therapy. 
 
 
 
¹ Paper presented at the Center for the Study of Nursing and Nutrition for Post-graduate Course 
in Clinical Nutrition and Sports (CEEN). 
² Specialization in Clinical Nutrition and Sports by CEEN. 
³ Advisor Course Conclusion Work by CEEN. 
 
9 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma clínica complexa e voltada para o 
tratamento de pacientes em estado grave, descompensados sistematicamente.
(1)
 
Pacientes em estado crítico comumente apresentam uma intensa resposta 
metabólica com importante catabolismo protéico. Esse alto risco de depleção do estado 
nutricional pode agravar ainda mais a condição clínica e interferir negativamente no 
prognóstico do paciente.
(2-4)
 Tendo em vista o risco nutricional de pacientes em UTI, é 
imprescindível o fornecimento de uma nutrição adequada para o controle da desnutrição 
e suas possíveis consequências.
(3) 
Raramente a ingestão por via oral é possível em pacientes de UTI, sendo comum 
a nutrição por via enteral.
(3)
 Em comparação com a terapia nutricional parenteral (TNP), 
a terapia nutricional enteral (TNE) é tida como mais fisiológica por evitar a atrofia da 
mucosa intestinal, apresenta menor risco de infecções e preserva a função imune do 
TGI, principalmente quando introduzida precocemente, dentro de 24 a 48 horas após a 
admissão.
(5,6)
 
“A Resolução RCS nº 63 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária do 
Ministério da Saúde, de 06/07/00, define nutrição enteral como sendo: (...) 
alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na 
forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, 
especialmente formulada e elaborada por uso de sondas ou via oral, 
industrializada ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir 
ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, 
conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, 
ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, 
órgãos ou sistemas.”(7) 
A TNE tem sido rotineiramente usada como uma alternativa bem sucedida para 
melhorar as condições nutricionais de pacientes hospitalizados. Pacientes que recebem 
TNE, frequentemente recuperam ou mantém seu estado nutricional.
(8)
 
Os pacientes criticamente enfermos estão relacionados a maiores índices de 
desnutrição, maior incidência de infecções hospitalares e maior índice de mortalidade. 
10 
 
As causas da incidência de desnutrição em UTI são multifatoriais e o manejo da terapia 
nutricional é um importante fator.
(9)
 A Terapia nutricional no paciente crítico visa 
fornecer os substratos necessários para atender a demanda dos diferentes nutrientes bem 
como proteger os órgãos vitais e amenizar a proteólise. Levando em consideração que a 
terapia nutricional precoce no paciente de UTI visa a diminuição do estresse fisiológico 
e a manutenção da imunidade, é fundamental avaliar a eficácia desse tratamento.
 (10)
 
A adequação da oferta energética ao paciente crítico tem se demonstrado um 
importante desafio. Frequentemente os pacientes submetidos a terapia nutricional 
enteral recebem menos do que o prescrito devido há inúmeros fatores que podem levar á 
interrupção no fornecimento da fórmula enteral.
(10-12) 
Entre esses fatores que impedem o 
adequado aporte nutricional enteral estão os relacionados à intolerância da dieta, 
disfunção do trato gastrointestinal, como vômitos, diarréia, distenção abdominal e os 
fatores relacionados a rotina hospitalar como jejum para exames, procedimentos de 
enfermagem, etc.
(10,12)
 
A monitoração diária da oferta nutricional, nesse contexto, se torna um 
importante instrumento para a identificação das causas que levam a administração 
abaixo do prescrito, permitindo também que sejam estabelecidas estratégias visando 
aumentar a eficiência da terapia nutricional e consequentemente melhorar a qualidade 
na assistência.
(4,5)
 
Neste contexto, a atuação da equipe multidisciplinar de terapia nutricional 
(EMTN) é fundamental e tem sido relacionada à melhores resultados para o paciente 
crítico.
(9)
 Para a obtenção de bons resultados a EMTN deve assegurar o suporte precoce 
e adequado ao paciente e supervisionar a terapia nutricional desde a prescrição até a 
administração.
(9)
 
As vantagens da Nutrição Enteral são visíveis e indispensáveis ao paciente 
crítico, principalmentequando é iniciada precocemente, sendo que atenua a resposta 
inflamatória de fase aguda, preserva a integridade da mucosa intestinal diminuindo o 
risco de translocação bacteriana.
(3)
 Além de prevenir a subnutrição, a qual está associada 
a diminuição do sistema imune, aumento de infecções, do tempo de permanência na 
UTI e de custos hospitalares.
(4) 
 
11 
 
Apesar de sua extrema importância a TNE pode causar complicações ou 
desvantagens, isto caso não haja uma monitoração adequada. O aporte de ingestão de 
nutrientes e energia é o mais prejudicado, pois frequentemente o paciente não recebe o 
valor energético referente às suas necessidades.
(10) 
A TNE pode apresentar algumas complicações gastrointestinais tais como: 
broncoaspiração, intolerância gastrointestinal, otite, sinusite, alterações metabólicas e 
síndrome de hiperalimentação.
(6)
 
A identificação das causas e complicações relacionadas à TNE auxilia a equipe 
na tomada de decisões para que se reduza a incidência de tais complicações e mais 
pacientes se beneficiem do sucesso da terapia.
(6)
 
O presente estudo pretende avaliar as vantagens e desvantagens do uso da 
Terapia Nutricional Enteral em pacientes críticos a partir da análise de estudos 
científicos publicados a fim de se aprofundar o conhecimento nessa área e traçar um 
parâmetro para um melhor prognóstico do paciente crítico, e assim auxiliar Equipes 
Multidisciplinares de Terapia Nutricional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
2 OBJETIVOS 
2.1 Objetivo Geral 
Avaliar as vantagens e desvantagens do uso da Terapia Nutricional Enteral em 
pacientes críticos submetidos à Terapia Intensiva. 
2.2 Objetivos Específicos 
- Descrever as indicações e contraindicações da TNE em pacientes submetidos à 
terapia intensiva; 
- Analisar o impacto da adequação da oferta energética da TNE em pacientes de 
UTI; 
- Relatar a importância da monitoração da TNE em UTI; 
- Identificar a importância da EMTN em UTI; 
- Relatar as principais vantagens e desvantagens da terapia nutricional enteral no 
paciente crítico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
3 METODOLOGIA 
O presente estudo foi realizado por meio de uma revisão de literatura á respeito 
do tema, mediante consulta às bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS): 
Scielo (Scientific Eletronic Library Online), Lilacs (Literatura Latino-Americana e do 
Caribe em Ciências da Saúde), MEDLINE (National Library of Medicine, EUA) e 
Google Acadêmico. Foram selecionados artigos publicados entre o período de 2005 e 
2011, com os seguintes desenhos: prospectivo observacional, tranversal e retrospectivo; 
a busca manual nas referencias dos artigos de revisão encontrados para captar possíveis 
artigos não selecionados na estratégia de busca. O período selecionado objetivou buscar 
os estudos mais recentes. Foi também realizada consulta á Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária. 
As palavras-chave utilizadas foram: nutrição enteral, unidade de terapia 
intensiva, paciente crítico, equipe multidisciplinar de terapia nutricional e terapia 
nutricional, nos idiomas português, inglês e espanhol. Foram localizadas na BVS e 
DECS. 
Os critérios de inclusão e exclusão podem ser observados na Tabela 1. 
Tabela 1. Critérios de inclusão e exclusão de artigos para revisão de literatura 
Inclusão Exclusão 
 
Artigos publicados entre os anos de 2005 
e 2011. 
 
Artigos publicados anteriores a 2005. 
 
Conter no título terapia nutricional enteral, 
avaliação nutricional e paciente crítico. 
 
Conter ao menos no resumo as demais 
palavras-chave. 
 
Artigos abordando a nutrição enteral 
juntamente com a parenteral. 
 
Artigos de revisão de literatura. 
Boa qualidade metodológica e de bases de 
dados confiáveis (amostra em número 
suficiente, dados consistentes). 
Tema não estando em conformidade com 
os objetivos estabelecidos. 
 
14 
 
Foi feito o fichamento dos dados encontrados, através do desenvolvimento de 
tabela, que incluía o ano de publicação e o autor, local onde foi realizada a pesquisa, 
tipo de estudo, amostra de pacientes e principais resultados. Foi feita a análise dos 
dados encontrados e a produção do texto da revisão de literatura. 
Em relação aos aspectos éticos, devido o estudo ser em caráter de 
fundamentação teórica, não lidando diretamente com o ser humano, não houve 
necessidade de aprovação em comitê de ética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
4 RESULTADOS 
4.1 Fluxograma de identificação, seleção e exclusão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inicialmente, foram identificados 310 artigos por meio de palavras-chave, dos 
quais 127 foram excluídos por não estarem de acordo com o critério de inclusão: ano de 
publicação entre 2005 e 2011. 
Após análise do resumo, 130 estudos foram excluídos por não estarem 
adequados ao tema ou por incluírem a terapia nutricional parenteral na pesquisa. Foram 
selecionados 55 artigos para análise completa do texto, dos quais 43 foram excluídos 
por não estarem em conformidade com o real objetivo da pesquisa e 2 por serem artigos 
de revisão de literatura. Ao final, foram utilizados 10 artigos para a revisão. 
Artigos identificados por meio 
de palavras-chave (n= 310). 
Artigos excluídos por ano de 
publicação anterior a 2005 (n= 127). 
Artigos que abordam o assunto 
direta ou indiretamente (n= 
185). 
Artigos selecionados para a 
revisão (n= 10). 
Artigos que não estão em 
conformidade com o objetivo da 
pesquisa ou por serem de revisão 
de literatura (n= 45). 
Artigos excluídos por não estarem 
adequados ao tema da pesquisa (n= 
130). 
Artigos selecionados para análise 
de texto completo (n= 55). 
16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
Dos estudos utilizados na revisão, 9 foram realizados no Brasil e 1 na Espanha. 
Sendo 8 em hospitais universitários e 2 em hospitais particulares. 
Quanto ao tipo de estudo, 7 foram de caráter prospectivo observacional, 2 
retrospectivos e 1 estudo transversal. Todos com amostra igual ou superior á 60 
pacientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
5 DISCUSSÃO 
5.1 Vantagens e desvantagens da TNE em pacientes críticos 
Em pacientes graves, alguns fatores como estresse metabólico, 
hipercatabolismo e oferta nutricional inadequada podem estar relacionados ao balanço 
energético negativo.
(11) 
A Terapia Nutricional Enteral é a opção para o paciente que se 
encontra na impossibilidade de se alimentar via oral, o que ocorre na maioria dos casos 
em pacientes de UTI.
(5) 
No entanto, há vários fatores que interferem no alcance das metas em pacientes 
recebendo nutrição enteral, entre esses fatores a intolerância gastrointestinal que pode 
causar vômitos, diarréia e distensão abdominal, jejuns prolongados para a realização de 
cirurgias ou exames de rotina, saída ou obstrução da sonda, ou mesmo práticas 
inadequadas dos profissionais da EMTN, como demora para o início da TNE, pausas 
desnecessárias, entre outros.
(5)
 
Borges et. al. verificaram em estudo retrospectivo que em pacientes em estado 
grave cuja oferta nutricional foi menor que as necessidades energéticas houve maior 
número de complicações. Isso sugere que a oferta calórica reduzida associada a quadros 
de metabolismo aumentado pode comprometer o estado nutricional do paciente, levando 
a um maior número de complicações e consequentementemaior tempo de internação 
hospitalar.
(6)
 
Teixeira et. al. realizaram estudo observacional prospectivo onde constataram 
que o volume prescrito da fórmula enteral atingiu as necessidades nutricionais de 
energia e esteve próximo de atingir as necessidades de proteína. Constataram também 
que as intercorrências relacionadas à tolerância gastrintestinal foram menores quando 
comparadas às demais causas de interrupção da NE, atribuíram esse fato á utilização de 
protocolo para evolução da TNE.
(10) 
Oliveira et. al. em estudo retrospectivo detectaram 94,5% de adequação 
calórica e 89,7% de adequação protéica. No entanto, também encontraram elevada 
prevalência de complicações, sendo que todos os pacientes apresentaram pelo menos 
um tipo de intercorrência gastrointestinal.
(3) 
19 
 
Oliveira et. al. em estudo prospectivo observacional concluíram que os 
percentuais de adequação do valor administrado em relação ao prescrito aumentaram de 
74% em 2005 para 87% em 2009, havendo uma nítida melhoria na assistência 
nutricional prestada. No entanto, relatam o aumento de procedimentos da rotina 
hospitalar que interferem na realização da TNE.
(5)
 
Assis et. al. em estudo prospectivo observacional relatam que os motivos mais 
freqüentes para a interrupção da dieta foram: náuseas e vômitos sendo 15%, distensão 
abdominal 14%, constipação 8,8%, complicações clínicas 14,4%, e realização de 
procedimentos diagnósticos 41,6%.
(12)
 
Aranjues et. al. em estudo prospectivo observacional concluem que fatores 
diretamente relacionados á terapia intensiva, como instabilidade hemodinâmica, jejuns 
para procedimentos e exames, entre outros são fatores que dificultam a administração da 
TNE. Além de problemas mecânicos com a sonda, como obstrução, mau 
posicionamento, que podem atrapalhar também na adequação da oferta.
(4) 
 
5.2 Importância do monitoramento da TNE em UTI 
Cartolano et. al. concluíram que a evolução constatada em seu estudo 
prospectivo, onde o tempo médio para alcance da meta e número de pacientes que a 
alcançaram diminuiu no ano de 2008 comparando-se aos anos anteriores, deve-se à 
monitorização rotineira desses pacientes.
(2)
 
A comparação de levantamentos periódicos em relação à monitorização da 
TNE é uma ferramenta que pode ser adotada como indicador de qualidade na assistência 
nutricional á pacientes críticos. Sendo que essa proposta assume papel fundamental 
quando são consideradas as dificuldades em se obter parâmetros nutricionais viáveis 
para pacientes de UTI.
(4) 
 
5.3 Importância da EMTN em UTI 
Oliveira et. al. atribuíram a boa adequação entre os valores de energia 
administrada e prescrita na UTI estudada (88,2% de adequação) á realização de práticas 
20 
 
consistentes com o protocolo de infusão de nutrição enteral bem como também aos 
esforços da EMTN em minimizar o tempo de jejum para extubação e procedimentos de 
rotina.
(11)
 
Oliveira et. al. em outro estudo prospectivo relacionou os bons resultados de 
adequação dos percentuais administrado/prescrito á adoção de protocolo de infusão de 
TNE, á atuação da EMTN e também as atividades de educação continuada da equipe da 
UTI.
(5)
 
Teixeira et. al. constataram que a contínua sistematização de rotinas e 
treinamentos da EMTN contribuiu positivamente em atingir os objetivos da terapia 
nutricional.
(10)
 Os resultados dos estudos demonstram e são reafirmados por seus 
autores que apesar das complicações que podem vir a ocorrer na terapia nutricional 
enteral, esses podem ser minimizados através da atuação da EMTN, adoção de 
protocolo de infusão e educação continuada dos profissionais da equipe de terapia 
intensiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
6 CONCLUSÃO 
Os artigos analisados neste trabalho evidenciaram que a Terapia Nutricional 
Enteral é fundamental para o bom estado do paciente crítico. A Terapia Nutricional 
baseia-se nos mesmos princípios de uma alimentação saudável, portanto sua 
recomendação, quanto mais precoce for proposta, é necessária para manter as condições 
fisiológicas adequadas e funcionantes. 
Como em todo procedimento hospitalar a TNE apresenta vantagens e 
desvantagens ao paciente, sendo que se pode observar, através do estudo, que a 
monitoração é fundamental para evitar complicações que possam surgir ao longo do 
quadro clínico, sendo necessária para isso uma EMTN. 
Em relação à necessidade da EMTN para o acompanhamento de pacientes 
críticos em UTI evidências convincentes, através de estudos demonstraram que esta é 
indispensável para uma adequada evolução clínica do paciente, já que estes receberam 
um cuidado bem maior, com o aperfeiçoamento da administração da dieta, dando o 
suporte nutricional necessário. É possível identificar que alguns fatores como utilização 
de protocolo e existência de EMTN na unidade de terapia intensiva colaboram com um 
maior sucesso da TN. No entanto alguns fatores como controvérsias quanto à oferta 
ideal a ser administrada ao paciente criticamente enfermo e principalmente interrupções 
da NE devido á procedimentos da terapia intensiva e intercorrências gastrointestinais 
podem interferir na TNE, podendo ou não prejudicar o prognóstico do paciente. 
Portanto, fica claro que por haver um constante estado descompensado a TNE 
é vital ao paciente nesse estado, já que não há outro tipo de manutenção nutricional que 
atinja todas as necessidades com um acompanhamento tão seguro. 
 
 
 
 
 
 
22 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
1. Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva – SOBRATI. Disponível em: 
http//www.sobrati.com.br. Acessado em 21/dez/2011. 
2. Cartolano FDCC, Caruso L, Soriano FG. Terapia nutricional enteral: aplicação de 
indicadores de qualidade. Revista Brasileira de Terapia Intensiva 2009 Out, 21 (4). 
3. Oliveira SMO et. al. Complicações gastrointestinais e adequação calórico-protéica de 
pacientes em uso de nutrição enteral em uma unidade de terapia intensiva. Revista 
Brasileira de Terapia Intensiva 2010 Set, 22 (3). 
4. Aranjues AL et. al. Monitoração da terapia nutricional enteral em UTI: indicador de 
qualidade? O Mundo da Saúde 2008 Jan. – Mar, 32 (1): 16-23. 
5. Oliveira NS, Caruso L, Soriano FG. Terapia nutricional enteral em UTI: seguimento 
longitudinal. Nutrire: Revista Sociedade Brasileira de Alimentos e Nutrição 2010 
Dez, 35 (3): 133-148. 
6. Borges RM et. al. Incidência de complicações em terapia nutricional enteral em 
pacientes em estado grave. Revista Brasileira de Terapia Intensiva 2005 Mai, 17 (2). 
7. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. 
Portaria n° 337/MS, de 14 de abril de 1999. Aprova o Regulamento Técnico para fixar 
os requisitos mínimos para a Terapia de Nutrição Enteral. D. O. U. de 15/04/99. 
8. Merhi VAL. Avaliação do estado nutricional precedente ao uso de nutrição enteral. 
Arquivos de Gastroenterologia 2009 Jul, 46 (3). 
9. Dock-Nascimento BD, Tavares MV, Aguilar-Nascimento JE. Evolution of nutritional 
therapy prescription in critically ill patients. Nutrición Hospitalaria 2005 Set, 20 (5): 
343-347. 
10. Teixeira ACC, Caruso L, Soriano FG. Terapia nutricional enteral em unidade de 
terapia intensiva: infusão versus necessidades. Revista Brasileira de Terapia 
Intensiva 2006 Out. – Dez, 18(4): 331-337. 
23 
 
11. Oliveira NS et. al. Impacto da adequação da oferta energética sobre a mortalidade 
em pacientes de UTI recebendo nutrição enteral. Revista Brasileira de Terapia 
Intensiva 2011 Mai, 23(2): 183-189. 
12. Assis MCS et al. Nutrição enteral: diferenças entre volume, calorias e proteínas 
prescritos e administrados em adultos. Revista Brasileirade Terapia Intensiva 2010 
Nov, 22(4): 346-350. 
24 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 9 
2 OBJETIVOS ................................................................................................................ 12 
2.1 Objetivo Geral .......................................................................................................... 12 
2.2 Objetivos Específicos ............................................................................................... 12 
3 METODOLOGIA ........................................................................................................ 13 
4 RESULTADOS ........................................................................................................... 15 
4.1 Fluxograma de identificação, seleção e exclusão ..................................................... 15 
5 DISCUSSÃO ............................................................................................................... 18 
5.1 Vantagens e desvantagens da TNE em pacientes críticos ........................................ 18 
5.2 Importância do monitoramento da TNE em UTI ..................................................... 19 
5.3 Importância da EMTN em UTI ................................................................................ 19 
6 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 21 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 22

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