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OAB Damasio Dir. Tibutario

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OAB Damásio de Jesus
Disciplina direito Tributário
Prof. Caio Bertine
Email.: profcaiobartine@gmail.com
Twitter: @ CAIOBARTINE
Face: Caio_bartine
Direito Constitucional Tributário
Estuda a visão constitucional da matéria tributária que é de grande relevância
Previsto nos arts. 145 a 162 da CF - sistema tributário nacional
(A CF não cria tributos, todavia, estabelece o rol de tributos a serem instituídos.
De acordo com o entendimento do STF, que adota a chamada escola PENTAPARTIDA, a CF traz a possibilidade da instituição de 5 espécies de tributos. São eles:
Imposto
Taxa CTN
Contribuição de melhoria
Empréstimo compulsório
Contribuições especiais 
No entanto, o CTN, em seu art. 5º, traz apenas 3 tributos, adotando a chamada escola tripartida.
Se a questão não colocou nada, determinar que são 5 espécies. Se, contudo, a questão trouxer a expressão “de acordo com o CTN”, são apenas 3 espécies.
Competência tributária
Competência = instituição de tributos
É aquela conferida para instituição criar tributos
Entes federados U, E, DF, M com competência plena, somente estes.
Cuidado: toda e qualquer pessoa jurídica de direito público não podem criar tributos, porque incluem autarquias e fundações.
Características: 
Indelegabilidade - competência tributária não se delega mesmo que seja PJ de direito público;
Intransferibilidade - competência tributária não pode ser transferida entre os entes dotados de competência (U não pode transferir competência para o E);
Incaducabilidade (imprescritibilidade) a competência tributária não se perde por decurso de tempo.
p.ex. IGF - imposto sobre grandes fortunas - a U ainda não criou, todavia, não perdeu nem perderá a competência de instituí-lo.
Capacidade tributária ativa
Está-se referindo sobre arrecadação e fiscalização de tributo
Quem pode exercer capacidade tributária ativa? Cuidado, É TODA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO, U, E, DF, M Autarquia e fundações públicas.
No que tange as autarquias e fundações públicas fazem partem da adm. Pública indireta, criadas por leis específicas. Quando são criadas, estas entidades não são dotadas de capacidade tributária ativa (verifica-se que toda fundação ou autarquia pública são vinculadas aos entes que as criaram. Os próprios entes criadores podem delegar capacidade).
Características:
Delegabilidade: U, E, DF, M podem delegar por ato unilateral, a capacidade tributária ativa para autarquias e para as fundações públicas.
Transferibilidade: os entes federados U, E, DF, M, podem transmitir a capacidade tributária ativa entre si. Mas, para tanto, precisam observar requisitos: 
 - previsão expressa na CF;
- deve se ter uma autorização legislativa (para formalizar a transmissão), p.ex. 153, §4º, III, CF (EC 42/03) - Os Municípios que desejarem, poderão arrecadar e fiscalizar o ITR. A lei 11.250/05 formaliza a transferência de capacidade tributária ativa da União para Municípios em relação ao ITR.
O que documenta a transmissão? O instrumento para documentar essa transmissão é o CONVÊNIO. 
Precariedade: a delegação da capacidade tributária ativa pode ser revogada a qualquer tempo, por ato unilateral (a delegação não gera direito adquirido para aquele que recebe)
Espécies de competência tributária:
Competência privativa: é a competência para instituição de IMPOSTOS nominados na CF de competência da U, E, M
A CF irá desenhar a competência privativa para cada ente.
	União
	Estados 
	Municípios
	
	DF (tem competência para criar impostos estaduais)
	DF (tem competência para criar impostos municipais
	Art. 153 CF (7)
	155 CF (3)
	156 CF (3)
	iR
iE
iPi
iI
iTr
IOF
IGF
	IPVA imposto sobre propriedade de veículos automotores
	ISS imposto sobre serviços
ISS QN - sobre qualquer natureza
	
	ITCMD imposto sobre transmissão causa mortis e doações de qualquer natureza
	ITBI imposto sobre transmissão de bens imóveis (inter vivos) e onerosa
	
	ICMS - Imposto sobre circulação mercadorias e serviços
Serviço de transporte Interestadual e intermunicipal, bem como serviço de comunicação
CUIDADO: não pode ser transporte inframunicipal, que é ISS
A Súmula 334 do STJ diz que não incide ICMS sobre provedores de acesso à internet, mas, sim, ISS
	IPTU imposto predial territorial urbano
Competência residual:
- apenas da União, para criar outros impostos não previstos na CF ou outras contribuições sociais não previstas na CF, todavia, terá que preencher requisitos previstos no art. 154, I, CF (cumulativos):
- somente por meio de LEI complementar
- TRIBUTOS NÃO CUMULATIVOS
- TRIBUTOS DEVEM TER FATO GERADOR E BASE DE CÁLCULO DIFERENTE DOS JÁ PREVISTOS NA CF.
Competência exclusiva:
É da União (pela regra geral), art. 149 da CF: criar as contribuições especiais
A expressão contribuição especiais se configuram como gênero
- contribuição de intervenção no domínio econômico - CIDE
- contribuição de interesse das categorias profissionais e econômicas (das entidades de classes, CRM, CREA)*
* a anuidade da OAB não é tributo
- contribuição para o financiamento das seguridades sociais (contribuições sociais)
A competência para criá-la é da União, no entanto, há exceção à competência exclusiva: 
c.1. Contribuições especiais que não são instituídas pela União:
art. 149-A da CF: os Municípios e o DF poderão criar uma contribuição para o custeio de serviço de iluminação pública - COSIP
art. 149, §1º da CF: E, DF e M podem criar contribuição para o custeio do regime previdenciário de seus servidores, conforme estabelece art. 40 da CF. - servidor é todo agente detentor de cargo público - tem um regime previdenciário próprio. 
Dica: o cargo público tem que ser efetivo
Cargo em comissão, temporário, emprego público, função pública - nessas situações estão sujeitas ao regime geral de previdência social a cargo da União, art. 201 da CF.
Limitações constitucionais ao Poder de tributar:
A limitação serve como uma garantia do contribuinte contra os excessos na tributação
Previsto no art. 150 da CF - princípios constitucionais tributários
 Imunidades tributárias
 Princípio da legalidade: art. 150, I, CF e 97 do CTN
Todo tributo somente poderá ser instituído ou majorado (aumentado) mediante lei (lei ORDINÁRIA - REGRA GERAL)
Dica: Lei complementar poderá instituir e majorar tributo, desde que haja expressa previsão constitucional.
Quais são os tributos instituídos por lei complementar? 
IGF - imposto sobre grandes fortunas (art. 153, VII, CF)
Empréstimo compulsório (art. 148 da CF)
Tributos residuais (art. 154, I art. 195, §4º da CF)
E, ainda outro papel da Lei complementar em matéria tributária: art. 146 da CF: papel triplo
Conflito de competência tributária
Regular as limitações constitucionais ao poder de tributar
Normas gerais em matéria tributária
Medida provisória:
Medida provisória pode ser usada em matéria tributária? 
É um ato normativo presidido pelo chefe do Executivo. Congresso tem 60 dias prorrogáveis por mais 60 dias para analisá-la
A MP pode instituir e majorar impostos, dentro dos limites estabelecidos pela CF.
Dica: art. 62, §1º, III, CF: é vedada a edição de medida provisória sobre matéria reservada a Lei Complementar, sendo assim, veja a MP nunca poderá instituir IGF, empréstimo compulsório e tributos residuais.
a.1) Exceção ao princípio da Legalidade:
Dica: a instituição de tributo não comporta exceção. Sendo assim, o tributo só pode ser instituído por lei.
A exceção existe na MAJORAÇÃO DE TRIBUTOS - tem tributos que não dependem de lei para ser majorado. A exceção ao princípio da legalidade passa a ser pelo DECRETO EXECUTIVO PRESIDENCIAL.
O art. 153, §1º da CF determina que o decreto executivo poderá alterar as alíquotas de 4 impostos (da União): II, IE, IPI, IOF.
O art. 167, §4, I, aliena “b” da CF: o decreto executivopoderá ser utilizado para reduzir e restabelecer as alíquotas das CIDE combustíveis
Base de cálculo: só poderá ser fixada ou alterada mediante lei (art. 97 do CTN)
Dica: trata-se do que vem disposto no art. 97, §2º do CTN: atualização monetária da base de cálculo não se equipara a majoração de tributo.
Se atualizar não é majorar, a base de cálculo NÃO precisa de lei para sofrer atualização. A base de cálculo pode ser atualizada mediante decreto.
Ao dizer que existe uma atualização monetária, somente poderá existir observado o índice de atualização. 
Atualização monetária é uma recomposição do poder aquisitivo da moeda, observando o índice de inflação.
Atualização acima dos índices de inflação é majoração disfarçada - Súmula 160 do STJ veda que o Município atualize a base de cálculo do IPTU acima dos índices de inflação por meio de decreto.
 Aula dia 13/01/12
Tributo pela regra geral tem que ser criado por lei ordinária. Lei complementar poderá criar tributo, quando a CF expressamente outorgar, caso contrário não se terá necessidade de criar tributo por lei complementar.
Cont. Princípios Constitucionais tributários
 Princípio da Irretroatividade tributária
Art. 150, III, “a”, CF 
Regra geral: a lei tributária não retroage a fatos ocorridos anteriormente a sua vigência.
Se a lei entrou em vigor na data de Janeiro se predispõe a criar efeitos para o futuro. No entanto, existe dentro deste princípio exceção!
b.1.) Exceção: retroatividade benéfica: 
A lei tributária só retroagirá para benefício do contribuinte. A possibilidade de retroagir estará sempre no art. 106 do CTN. Tal artigo traz 2 situações em que se permite a retroatividade:
- em qualquer caso, desde que expressamente interpretativa - trará de forma expressa a possibilidade de retroatividade. Não dependerá de outra norma para sua interpretação, utiliza-se a ela interpretação literal.
Todavia, se esta lei trouxer alguma penalidade, mesmo tendo a possibilidade de retroação, não poderá ser aplicada, porque a lei tributária só retroagirá em benefício do contribuinte.
- ato infracional não transitado em julgado, cuja lei vigente posterior a este ato esteja deixando de definir aquela infração ou ainda aplicando uma penalidade menos severa.
Cuidado: tem que ter ato infracional e este ato ainda não transitou em julgado. Vindo uma lei com vigência posterior, e deixou de definir o ato infracional não transitado em julgado ou estiver aplicando uma pena menos severa - poderá ter a incidência dessa lei porque é benéfica.
p.ex. Autuação: 30% de multa - Contribuinte apresenta defesa administrativa: julgada na 1ª instância adm. Mas perdeu em 1ª instância e recorre perante a 2ª instância administrativa, contudo, perde novamente - aqui gerou uma decisão administrativa irreformável (publicada em 05/05/08) - a veio uma lei em 07/05/08 dizendo que a multa é de 20% - ESSA LEI RETROAGIRÁ. 
Poder judiciário sistema inglês - somente o Poder Judiciário faz coisa julgada, na área administrativa NÃO FAZ COISA JULGADA. Cuidado, decisão irreformável administrativa NÃO FAZ COISA JULGADA, podendo ainda ingressar no Poder Judiciário.
Art. 5º, XXXV da CF, princípio da inafastabilidade de jurisdição.
A irretroatividade somente poderá ocorrer em benefício do contribuinte.
p.ex.: Contribuinte praticou fato gerador que deveria recolher alíquota de 18% e depois veio uma lei aumentando a alíquota para 20%, depois outra lei 15% e depois outra lei 5%, qual lei se aplicará ao caso? A lei a ser aplicada será aquela vigente a época da ocorrência do fato gerador, neste caso, como não disse se era interpretativa, aplicará a lei da época do fato gerador.
 Princípio da anterioridade tributária
Este princípio dá ao contribuinte uma maior segurança jurídica, para evitar a surpresa pela tributação.
Tal princípio substituiu o princípio da anualidade tributária, que previa que o tributo só poderia ser exigido dentro daquele orçamento. Como o orçamento é anual, o fisco só poderia cobrar o respectivo tributo se estivesse previsto naquele orçamento. 
O anterioridade tributária tem 3 formas de aplicação:
1ª) F: anterioridade comum/exercício, art.150, III, “b” da CF/88 - todo tributo instituído ou majorado em determinado ano SÓ PODE SER COBRADO NO PRÓXIMO ANO - significa que criou o tributo neste ano, cobrará somente em 2013. 
O exercício fiscal coincide com o civil (01/01 a 31/12).
2ª) F: Anterioridade mímina/noventena/nonagésimal, art. 150, III , “c” da CF inserida pela EC 42/03 - entre os exercícios financeiros deve ser observado um prazo mínimo de 90 dias. É entre um ano e outro, e não o fato de esperar um ano mais noventa dias.
Tributo criado em junho de 2009, poderá ser exigido em janeiro de 2010? Sim, porque tem mais de 90 dias;
Se o tributo foi criado em setembro de 2009, poderá ser exigido em janeiro de 2010? Sim, porque tem mais de 90 dias.
Se o tributo foi criado em outubro de 2009, poderá ser exigido em janeiro de 2010? Não, porque tem menos de 90 dias.
São aplicadas em conjunto, uma dependerá da outra
3: F: Estas 2 anterioridades aplicam-se a todos os tributos, salvo: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS E OS TRIBUTOS PREVISTOS no art. 150, §1º da CF
A contribuição social não tem estas duas formas de anterioridades, porque o constituinte fez com que tivesse uma anterioridade própria, que é chamada de anterioridade MITIGADA, prevista no art. 195, §6º da CF - toda contribuição social poderá SER EXIGIDA NO MESMO ANO EM QUE FOI CRIADA OU MAJORADA, desde que observe um prazo mínimo de 90 dias.
Se uma contribuição social foi aumentada em junho poderá ser cobrada no mesmo ano, desde que observe o prazo de 90 dias.
Dica: essa anterioridade para contribuição social é uma regra, não comportando exceção.
Exceções ao princípio da anterioridade
prevista no art. 150, §1º da CF/88
1ª) Tributos cobrados imediatamente, ou seja, significa dizer que não irá respeitar qualquer anterioridade: II, IE, IOF, IEG, EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO DECORRENTE DE CALAMIDADE PÚBLICA OU GUERRA.
Cuidado: Empréstimo compulsório de investimento público - tem que observar a anterioridade de exercício e a anterioridade nonagésimal (art. 148, II, CF)
2ª) Tributos cobrados no mesmo ano, desde que aguardado o prazo mínimo de 90 dias: (esta exceção é a mesma forma de cobrança das contribuições sociais): IPI, ICMS combustíveis, CIDE combustíveis;
3ª) Tributos cobrados no ano seguinte sem observar o prazo de 90 dias (caso o tributo seja criado ou aumentado no mês de dezembro poderá ser cobrado em Janeiro, porque é exceção à anterioridade nonagesimal): IR, Fixação da base de cálculo do IPVA e do IPTU.
Obs.: os tributos que não foram elencados nestas situações deverão observar integralmente a anterioridade. (Taxa tem que respeitar a anterioridade, ICMS (menos o combustível).
Imunidades tributárias
Conceito: a imunidade é uma VEDAÇÃO constitucional que impede a incidência de tributos.
A CF imuniza e a lei isenta (o contrário não acontece)
A expressão imunidade tributária não consta expressamente da CF, mas entende-se pelas expressões correlatas: VEDAÇÃO, NÃO INCIDÊNCIA, ISENÇÃO OU GRATUIDADE. Se estas 4 expressões estiverem na CF entender-se-á por imunidade.
Imunidades genéricas.
Previstas no art. 150, VI da CF
Cuidado: com este inciso VI - porque a imunidade genérica veda a incidência de impostos - não é uma imunidade que atinge a qualquer tributo, passando a ser uma imunidade específica de impostos.
Tem-se 4 imunidade genérica:
Imunidade genérica recíproca: veda a incidência de impostos sobre o patrimônio, sobre a renda e sobre os serviços entre os entes federados (U, E, DF e M)
Esta imunidade, nos termos do §2º do art. 150 da CF, é extensiva às autarquias e fundações públicas, desde que atendam suas finalidades essenciais.
*IPTU - a União realiza um contrato de locação com o particular - incide IPTU? NÃO, porque o imóvel pertence à União, o que ela fez com o particular foi um contrato particular.
Particular faz um contrato de particularcom a União, incide IPTU? Sim. Supondo que esteja no contrato que a União terá que pagar as parcelas do IPTU, a União é imune? Neste caso, a União tem que pagar as parcelas do IPTU, porque fez contrato particular, na qual se obrigou a pagar (foi convencionado) - se a União não pagar, o Município cobrará do particular as parcelas do IPTU e o particular ingressará com ação de regresso contra a União (é uma relação de direito privado e não de direito público)
*ITBI - a União alienou (vendeu) imóvel para o particular, incide ITBI? SIM, porque o ITBI será pago pela pessoa do adquirente, o comprador que é o particular.
Se o particular alienou imóvel à União, incide ITBI? NÃO, porque é a União que está adquirindo o imóvel, e ela é imune.
 Obs.: Isso também ocorrerá nos casos das autarquias e fundações públicas, só que deverá provar o atendimento de suas finalidades.
Se for PJ de direito privado, não goza de imunidade recíproca, isso pelo regramento geral; Se for concessionária, permissionária de serviço público estas entidades também não gozam de imunidade recíproca. É possível a existência de isenção, que é concedida por lei. 
( se uma entidade explora atividade econômica não gozará de imunidade recíproca, art. 150, §3º da CF
Imunidade religiosa - veda a incidência de impostos sobre templos de qualquer culto.
Aqui, a finalidade do constituinte foi de conferir um determinado privilégio para liberdade de crença religiosa. Não se trata apenas da imunidade de impostos sobre o imóvel, trata-se de uma imunidade segundo o STF, que abrange a difusão de crença religiosa, sendo assim, a igreja pode ter 10 imóveis locados, e ficar comprovado que os alugueres desses imóveis são usados para difusão da crença, estende de imunidade de IPTU.
Se o particular locou imóvel para a igreja - pagará IPTU (veículo, receitas, imóveis, alugueres para manutenção da difusão da crença)
Imunidade subjetiva ou condicional - veda a incidência de impostos sobre patrimônio, renda e serviços dos partidos políticos e suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos, desde que atendam os requisitos da lei.
Que tipo de lei é essa? Essa lei é necessariamente uma LEI COMPLEMENTAR em matéria tributária.
O art. 146, II da CF, diz que cabe a lei complementar regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. (limitações podem ser princípios e imunidades, então imunidade é regulada por lei complementar)
Os requisitos estão no art. 14 do CTN. O CTN formalmente é uma lei ordinária, mas recepcionado pela CF de 1967, como lei complementar em sentido material. Sendo assim, é competente para tratar.
- não distribuir qualquer parcela de suas receitas (devem aplicar diretamente ao funcionamento da atividade);
- Aplicar o dinheiro no país; e
- manter regular escrituração fiscal.
Súmula 724 do STF: se estas entidades realizarem locação a terceiro, os imóveis estariam também abrangidos pela imunidade.
Aula dia 19/01/12 - Prof. Caio
Imunidades genéricas - art. 150, VI, CF
 Imunidade objetiva - Veda a incidência de impostos sobre livros, jornais, periódicos, papel destinado a impressão - a finalidade precípua é a liberdade de comunicação, expressão.
Veja que a única matéria prima que não será tributada de impostos é o papel, assim, tintas, material gráfico são tributados de impostos.
O STF na Súmula 657, entende que cabe imunidade para o papel fotográfico (entendido como capa dos livros).
Playboy paga impostos? A CF não faz qualquer vedação a conteúdo, sendo assim a playboy é um periódico, e não sofrerá tributação.
( Mídia digital - jornal online, revista digital - tem a extensão da imunidade de impostos? Não se estende a mídia digital, abrangendo apenas a mídia impressa.
3. Tributos e espécies tributárias
A definição de tributo deve ser tratada numa lei complementar federal
Art. 146, III, “a” da CF
O CTN passa a ser uma lei ordinária em seu sentido “FORMAL”, porque até a sua vigência sob a égide de 1946, que não previa a existência de Lei complementar. O CTN foi recepcionado pela CF 1967 com conteúdo de lei complementar “MATERIAL”.
3.1) Espécies tributárias
Posicionamento do STF - adota a escola PENTAPARTIDA: 
Imposto
Taxa
Contribuição de melhoria
Empréstimos compulsórios
Contribuições sociais
Posicionamento do CTN - adota a teoria TRIPARTIDA:
Imposto
Taxa
Contribuição de melhoria
Dica: se na prova perguntar espécies tributárias, responder pelo entendimento do STF, escola pentapartida; se disser “conforme o CTN”, responder a escola tripartida
Impostos
Art. 145, I, CF
Art. 16 do CTN
 - tributo NÃO vinculado
O Estado não tem o DEVER contraprestacional.
Os impostos são regidos pelo princípio da não afetação, nos termos do art. 167, IV da CF - é vedada a vinculação da receita de impostos a qualquer espécie de fundo, órgão ou despesa.
É vedada, SALVO quando a CF determinar a vinculação da receita de impostos.
Pela regra geral, o dinheiro arrecadado vai aos cofres públicos por meio dos impostos que serve para o custeio de serviços gerais (“uti universi”) da administração pública.
a.1. Classificação dos impostos:
O que são os chamados impostos residuais? São outros impostos não previstos na constituição federal, de competência da União, desde que atendidos os seguintes requisitos: (seria uma espécie de novos impostos federais)
Lei complementar
Não cumulativos
Fato gerador e a base de cálculo diferente de todos os impostos previstos na CF
(Impostos progressivos: IR - ITR - IPTU
(Impostos não cumulativos: IPI - ICMS - IMP residuais
(Impostos seletivos:
Obrigatórios: IPI
Facultativos: ICMS - IPVA - ISS
TAXAS
Prevista no art. 145, II, CF e art. 77 do CTN
A taxa é considerada um tributo vinculado, ou seja, o Estado tem o dever contraprestacional (mediante o pagamento da taxa realizar uma contrapretsação).
Tem-se 2 espécies de taxas: 
Taxa de polícia - é instituída para custear o exercício regular do poder de polícia.
O poder de polícia é a denominada polícia administrativa e não a judiciária, que é a fiscalização exercida pela administração pública, visando prevenir danos à coletividade.
Definição do Poder de Polícia está no art. 78 do CTN, “in verbis”:
“Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.”
p.ex. vigilância sanitária; fiscalização em portos e aeroportos; fiscalização para funcionamento de bares e restaurantes;
A taxa só poderá ser instituída se o poder de polícia for exercido com o exercício regular - cuidado, poder regular não é a fiscalização exercida de maneira contínua, porta a porta!, significa que a fiscalização administrativa está amparada por lei e é exercida por uma autoridade competente.
Poder de polícia quando exercido de maneira regular, significará que fiscalização está amparada por Legalidade e legitimidade.
Questão: particular que nunca sofreu a fiscalização está obrigado a pagar uma taxa de polícia? Entende o STF que se o órgão administrativo que realizar a fiscalização já se encontra estruturado e se o particular estiver sujeito aquela fiscalização, mesmo que o particular nunca tenha sofrido uma fiscalização, a taxa é devida.
Taxa de serviço: é aquela que vai ser utilizada para custeio da prestação de serviços públicos e desde que estes sejam:
Específicos
Divisíveis
Particular - uso efetivo
 À disposição (potencial)
O particular terá que pagar pelo uso ou por está à sua disposição.
O que é serviço específico? Também denominado de “uti singuli”, quandoos usuários são DETERMINADOS OU DETERMINÁVEIS - Aquele que presta o serviço público (o poder Público) sabe identificar ou tem uma ideia de que irá utilizar.
Divisível - pode ser mensurado por aquele que presta o serviço. (o quantum)
p.ex. serviço de água e esgoto - tem usuários que são determinados (o Poder Publico sabe quem está usando), sendo possível então, mensurar o quanto o usuário se utiliza.( verifica-se que tem um serviço específico e divisível, PODENDO (pode e não deve) ser custeado por taxa). 
Cuidado: NEM TODO SERVIÇO PÚBICO ESPECÍFICO E DIVISÍVEL É CUSTEADO POR MEIO DE TAXA.
Pode acontecer, e a CF permite, de o serviço público seja prestado por um particular. Quando o particular presta serviço público, prestará na forma do art. 175 da CF (concessão ou permissão) 
- lei 8.987/95 Concessões e permissões - o valor dos serviços utilizados pelos usuários está previsto em contrato administrativo e não na lei. Então o valor pago não é tributo, mas uma TARIFA OU PREÇO PÚBLICO.
Espécies de serviços públicos: 
Segurança pública
Conservação e limpeza de ruas
Serviço de iluminação pública
Nestas espécies os usuários são indeterminados - é um serviço geral e indivisível, não podendo assim, ser custeado por meio de taxa.
Regra geral: serviço geral é custeado por meio de imposto
Exceção: SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA, nos termos do art. 149 - A da CF, os Municípios e DF podem instituir por meio de uma CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL, denominada de COSIP.
Art. 77, parágrafo único do CTN: taxa não pode ter base cálculo própria de imposto.
Súmula Vinculante 29: a taxa pode utilizar um ou mais elementos da base de cálculo de impostos, só não pode ser idêntica. 
p.ex. taxa do lixo: tem como base cálculo o m² do imóvel. Veja que o IPTU tem como base de cálculo do valor venal do imóvel.
A Municipalidade irá analisar a localização, m², do uso, função social, edificação - o valor venal é composto por vários elementos. E a taxa utiliza apenas um dos elementos do IPTU, sendo assim, constitucional.
 Contribuição de Melhoria
Prevista no art. 145, III da CF, 81 do CTN e decreto 195/65
Quando existir uma valorização imobiliária efetiva em decorrência de uma obra pública
p..ex. construção de um Shopping Center, acarretando a valorização dos imóveis - não poder gerar contribuição de melhoria, porque a obra não é pública. somente ocorrerá a valorização de um imóvel quando decorrente de uma obra pública.
 O limite da cobrança: o máximo que o Poder Público pode cobrar é o custo total da obra, não pode ultrapassar o custo total da obra.
Definir valor da cobrança, o Poder Público pode se utilizar: 
Limite global: o custo total da obra
Limite individual: o quanto cada imóvel teve de valorização
Se a obra pública ainda não foi concluída é possível instituir contribuição de melhoria? Segundo o STF, se o Poder Público conseguir determinar a valorização efetiva dos imóveis é possível a instituição de contribuição de melhoria, mesmo que a obra não tenha sido concluída.
p.ex. manutenção de obra pública gera contribuição de melhoria? (recapeamento asfáltico; revitalização de uma praça pública) - MERA MANUTENÇÃO NÃO DÁ DIREITO AO PODER PÚBLICO INSTITUIR CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
Empréstimo compulsório
Previsto no art. 148 da CF
Instituído pela União, mediante lei complementar - em situações extraordinárias.
Criados em 2 situações:
Calamidade pública, guerra externa ou sua iminência
Investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional
Somente o empréstimo compulsório decorrente de calamidade pública e guerra pode ser exigido IMEDIATAMENTE - este empréstimo não respeita o princípio da anterioridade.
Se for o empréstimo de investimento público TEM que observar tanto a anterioridade de exercício quanto à anterioridade nonagesimal.
No caso de anterioridade no empréstimo público NÃO se observa o que determina o art. 148, II da CF (anterioridade de exercício), mas deve ser observado o art. 150, §1º da CF/88 (EC 42/03 criou o parágrafo).
O empréstimo compulsório é um tributo restituível - a lei complementar que o institui deve determinar o mecanismo de sua devolução ao particular.
Aula dia 25/01/2012
Normas gerais tributárias
Toda norma geral é de competência da União, para assim, dispor de um tratamento uniforme sobre determinados temas. (§1º do art. 24 da CF)
Art. 146, III, CF => lei complementar + §1º do art. 24 da CF = lei complementar federal para tratar sobre normas gerais.
Atualmente a LC federal (vigência) é o CTN, 5.172/66. Na verdade o CTN é uma lei ordinária formal (sua origem), todavia, fora recepcionado pela CF/1967 como lei complementar “MATERIAL”.
CTN - (art. 96 a 218)
Obrigação tributária - OT
Previsto no art. 113 do CTN
A obrigação se configura com uma relação jurídica, que passa a ser estabelecida entre o Estado e o particular. 
Se é uma relação jurídica tem-se 2 sujeitos: ativo e passivo
O sujeito ativo é aquele que pode exigir o cumprimento da obrigação tributária (OT). E o sujeito passivo é aquele que tão somente deve cumprir com a obrigação tributária.
Dentre as espécies de obrigação, tem-se a obrigação principal (que é equivalente a obrigação de dar do direito civil), na qual tem o intuito de levar dinheiro aos cofres públicos.
Toda obrigação principal surge com a ocorrência do FATO GERADOR.
“EX LEGE” - decorre da lei em sentido estrito.
Ex. de OTP: pagamento de tributo, pagamento de multa (que vem na lei como pecuniária)
Obrigação acessória são deveres administrativos, atinentes a arrecadação e fiscalização de tributos. Esta não depende da lei, mas decorre da legislação tributária.
Ex. de OTA emissão de nota fiscal, escrituração de livros, preenchimento de guias e formulários.
A multa em matéria tributária tem natureza principal, diferentemente do direito civil, porque no direito tributário a multa leva dinheiro ao cofre público.
Obrigação principal e obrigação acessória no direito tributário são autônomas. Observe que poderá ocorrer a dispensa de uma obrigação principal e ter que cumprir uma obrigação acessória.
Igrejas são imunes, ou seja, não leva dinheiro aos cofres públicos. Todavia, tem que escriturar os livros, para comprovar a receita, ou seja, tem que cumprir a obrigação acessória, que é um dever. Do descumprimento de uma obrigação acessória, sofrerá uma punição, p.ex. multa (cuidado, a multa é uma obrigação acessória, devido o descumprimento da OBTA).
Sujeitos da obrigação tributária
Sujeito ativo: CTN, art. 119 - é aquele dotado de competência tributária (U, E, DF, M)
Segundo o STF: sujeito ativo é quem tem capacidade tributária ativa (U, E, DF, M, Autarquias e fundações públicas)
Dica: se a questão falar em CTN, responder conforme entendimento do STF.
Sujeito passivo: art. 121 e ss do CTN
Contribuinte - é aquele que realiza o fato gerador (fazendo nascer à obrigação tributária) - tem uma relação direta com a ocorrência direta do fato gerador.
Responsável - SEMPRE será uma terceira pessoa que poderá ser física ou jurídica. A terceira pessoa é indicada por lei para assumir um encargo tributário. Essa pessoa NÃO realiza o fato gerador, mas possui um NEXO DE CAUSALIDADE com a sua ocorrência. - (não é presunção e sim indicação da própria lei).
p.ex. empregado de uma empresa (a empresa paga salário (a pessoa está auferindo renda(está realizando o FG do imposto de renda(o empregado está na condição de contribuinte(a empresa não praticou o FG mas possui um nexo de causalidade, porque o empregado é dela, sendo assim, está na condição de responsável (mas por imposição legal a empresa tem que reter parte dos valores do contribuinte e repassar para o fisco).
2. Responsabilidade tributária
Previsto nos arts. 128 a 137 do CTN.
Responsabilidade tributária por sucessão
A lei vai determinar quem está apto a assumir dívidas tributárias no lugar do contribuinte.
Sucessão imobiliária - art. 130 do CTN
Compra e venda de bem imóvel ( o imóvel possui débitos tributáriosanteriores a alienação. Quem responderá pelos débitos tributários anteriores perante o fisco? é o ADQUIRENTE que se subrroga do pagamento de todos os débitos tributários relativos ao imóvel, mesmo ocorridos antes da alienação. 
Caberá, todavia, ao adquirente ação regressiva contra o alienante (na esfera cível).
Nessa situação, a dívida tributária do imóvel, conforme doutrina, é a dívida chamada “propter ren”, a dívida que segue o bem, por isso que o adquirente se subrroga.
Possibilidade de exclusão do adquirente da responsabilidade tributária, constando no título da propriedade a PROVA DE QUITAÇÃO dos tributos.
CND - certidão negativa de débitos não serve como prova de quitação dos tributos, pois apenas indica débito que não foram constituídos.
O STJ entende que a CND serve como prova da boa-fé objetiva do adquirente, mas não como prova de quitação. Sendo assim, a CND exclui a responsabilidade direta do adquirente, podendo o fisco cobrar os débitos tributários apenas do alienante.
Imóvel adquirido em hasta pública (leilão) - como ficam as dívidas tributárias?
O artigo 130, parágrafo único do CTN diz que as dívidas tributárias estão subrrogadas no preço pago na arrematação. (embutido no lance)
Sucessão no trespasse:
Previsto no art. 133 do CTN
Trespasse é o contrato de alienação do estabelecimento empresarial. O adquirente continuará a exploração da mesma atividade econômica anteriormente desenvolvida pelo alienante, podendo se utilizar a mesma ou de outra denominação.
p.ex. estabelecimento comercial tem dívidas anterior a alienação, (cuidado, é diferente das regras do direito civil quando diante de dívidas tributárias e trabalhistas).
O adquirente se subrroga ao pagamento dos débitos tributários existentes até a data da alienação.
No entanto, poderá responder de 2 formas: 
1º) o adquirente responde de forma integral (todos os débitos); ou
2º) o adquirente responde de forma subsidiária (primeiro o fisco cobrará do alienante).
Mas, como saber tal regra?
Alienante: contados da data da alienação, passados os 6 primeiros meses não constituiu nenhum outro negócio (mesmo ramo de atividade ou em outro), o ADQUIRENTE RESPONDERÁ DE FORMA INTEGRAL). Este alienante possuía um único negócio.
Se o alienante possuía outros negócios OU se constituiu outro negócio não importa o ramo de atividade, dentro do prazo de 6 meses, contados da data da alienação, ai a responsabilidade do ADQUIRENTE PASSA A SER SUBSIDIÁRIA.
Incorporação societária - art. ...
A sociedade “A” absorve ao seu patrimônio, bens de uma mais sociedades (ocorrerá a extinção das demais), “B” e “C”.
“B” e “C” sociedades incorporadas, que tinham débitos tributários que só apareceram depois da incorporação. As dívidas de “B” e “C” serão subrrogadas na sociedade “A”.
Produto final da formação nas operações societárias se subrrogam no pagamento de todas as dívidas tributárias das sociedades fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Responsabilidade dos terceiros
Nos termos do art. 134 do CTN
A responsabilidade do terceiro é subsidiária, é o entendimento dos tribunais superiores.
pais respondem - os filhos tem capacidade passiva, sendo assim os pais respondem;
tutores, curadores - respondem pelos tributos; 
administrador de bens de terceiro; 
inventariante (responderá pelos tributos devidos pelos espólio);
 síndico/comissário (era da vigência do decreto 76/65, que tratava da falência e concordata - a atualmente no art. 21 da lei 11.101/05, tem-se a figura do administrador judicial); 
tabeliães; escrivães e demais serventuários de ofício;
sócios respondem numa situação de liquidação da sociedade.
( A multa não se transmite para os terceiros (penalidade pecuniária fica com a pessoa que cometeu).
Responsabilidade por infrações
Art. 136 do CTN
Se não pagou o tributo porque não quis, agiu como dolo/culpa? Quem pagará a multa? 
Quando se tratar de infração administrativa, esta por sua vez, possui responsabilidade OBJETIVA, ou seja, independe da intenção do agente - responderá quem agiu indiferentemente se cometeu com dolo ou culpa.
Ressalta que só se exige dolo específico contra a ordem à tributária (inexistindo a modalidade culposa).
Súmula vinculante 24: diz que só pode ter denúncia contra ordem tributária após o término do procedimento administrativo (decisão administrativa irreformável, condenando o particular - ou seja, é condição de procedibilidade.
Denúncia espontânea
Previsto no art. 138 do CTN
Tem um devedor (contribuinte), ou seja, que não cumpriu com o pagamento do tributo no vencimento. Tal devedor, antes do início do procedimento fiscalizatório, faz:
- O PAGAMENTO DO TRIBUTO COM OS JUROS DE MORA E A CORREÇÃO MONETÁRIA
- O devedor vai até a autoridade administrativa competente apresentando a guia de pagamento.
Se realmente, foi feito antes do procedimento fiscalizatório, a autoridade administrativa RECEBERÁ O PAGAMENTO COMO DENÚNCIA ESPONTÂNEA, QUE TERÁ POR BENEFÍCIO À EXCLUSÃO DA MULTA. 
Como o contribuinte sabe se a fiscalização já iniciou? MEDIANTE NOTIFICAÇÃO OU AUTUAÇÃO.
Agora, se o pagamento ocorreu após a NOTIFICAÇÃO, NÃO SE CONSIDERA DENÚNCIA ESPONTÂNEA, MAS UMA MERA CONFISSÃO DE DÍVIDA. Desta feita, o contribuinte terá que PAGAR A MULTA.
Crédito tributário
Previsto no art. 139 do CTN
O crédito tributário é um valor devido ao fisco em decorrência de uma obrigação tributária principal VÁLIDA.
Crédito tributário decorre da obrigação principal que tem a mesma natureza.
O direito do crédito tributário inicialmente é um direito subjetivo do fisco. Enquanto o crédito tributário não for formalizado, entendido por documentado, o fisco mesmo tendo o direito, não poderá exigir do contribuinte.
O que o fisco tem que fazer para tornar o crédito exigível? O que torna crédito tributário exigível é o LANÇAMENTO.
| lei descreve uma conduta a ser tributada-----| contribuinte pratica um fato (se for típico, se enquadrará na lei, gerando obrigação tributária ---obrigação poderá ser principal ou acessória)------OTP enseja o crédito tributário
Se a obrigação tributária for inválida não existirá crédito. 
O crédito tem que ser formalizado, para o fisco exigir, cobrar. O que torna o crédito tributário exigível é o lançamento.
Lançamento
Lançamento está previsto no art. 142 do CTN.
Lançamento é um procedimento administrativo VINCULADO, ou seja, é um conjunto de atos administrativos adstritos à lei, que tem por finalidade constituir definitivamente o crédito tributário.
É no lançamento que o fisco indica todos os dados suficientes para a exigência do crédito tributário.
De acordo com o CTN tem-se modalidades de lançamentos, que são 3:
Lançamento de ofício/direto: art. 149 do CTN
Lançamento por declaração/misto: art. 147 do CTN
Lançamento por homologação/auto-lançamento: art. 150 do CTN
Lançamento de ofício: quando a autoridade administrativa efetua o lançamento SEM a necessidade de quaisquer informações por parte do contribuinte, uma vez que o fisco já possui todas as informações pertinentes em sua base de dados, como p.ex. IPVA, IPTU;
Lançamento por declaração: a autoridade administrativa efetua o lançamento com base nas informações prestadas pelo contribuinte, caso o contribuinte omita informações ou as preste de maneira falsa, fará com que o fisco dentro do prazo de 5 anos, contados da declaração, possa mediante fiscalização, lançar de ofício. P.ex. parte do imposto de IE, II, ITCMD, ITBI;
Lançamento por homologação: o contribuinte além de prestar informações necessárias realiza a antecipação do pagamento dos tributos. A autoridade administrativa terá o prazo de 5 anos para realizar a fiscalização e proceder a homologação. Tal homologação poderá ser expressa (quando ocorrer manifestação por escrito dentro do prazo de 5 anos) ou tácita (pelo decurso do lapso temporal de 5 anos).
( Ocorrendo a homologação, decorre a extinção do crédito tributário.
 p.ex. IR, IPI, ICMS, ITR, etc.
Alteração do lançamento
Uma vez eu ocorreuo lançamento, poderá ser alterado em 3 situações:
Impugnação do contribuinte (defesa administrativa, observada as regras do decreto 70.235/72)
Recurso de ofício
Suponhamos que a defesa tenha sido favorecida ao contribuinte - a FP poderá fazer recurso de ofício, que será apresentado para a 2ª instância, caso não concorde com a decisão de 1ª instância;
Iniciativa de ofício da autoridade administrativa - muitas vezes no lançamento por homologação (antecipação do pagamento), se a FP não concordar poderá lançar de ofício e alterar;
Art. 149 do CTN
Suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário
	Suspensão art. 151 do CTN
	Extinção art. 156 do CTN
	Exclusão art. 175 do CTN
	MODERECOPA
	
	ANIS
	Moratória
	Extinção
	Anistia
	Deposito integral
	Decadência
	isenção
	Recursos administrativos
	
	
	Concessão de Liminar em MS e tutela antecipada
	
	
	Parcelamento
	
	
Decadência
Art. 173 do CTN
É a perda do direito do fisco LANÇAR
Prazo: 5 anos, contados de: depende
Se tiver um tributo sujeito a lançamento de ofício e declaração, contará o prazo decadencial a partir de 1º dia do exercício seguinte em que o lançamento deveria ter sido efetuado.
Se em 5 anos a FP não lançar, perderá o direito, ou seja, não poderá mais constituir o crédito.
Se tiver um tributo sujeito a lançamento por homologação, o prazo decadencial será contado a partir DO FATO GERADOR.
Vale observar que prazo decadencial NÃO SE SUSPENDE NEM SE INTERROMPE, podendo ainda ser argüida de ofício pelo juiz.
Prescrição
Art. 174 do CTN
É a perda do direito do fisco COBRAR o crédito tributário. O fisco cobra o crédito tributário mediante ajuizamento da execução fiscal (lei 6.830/80).
Prazo: o fisco terá 5 anos, contados do lançamento definitivo.
O prazo de prescrição PODE SER SUSPENSO E INTERROMPIDO.
O MODERECOPA suspende a prescrição; e a interrupção da prescrição ocorre nos casos estabelecidos pelo art. 174, parágrafo único do CTN.
Ações tributárias:
Ações declaratórias
Ação anulatória
Ação de consignação em pagamento
Ação de repetição de indébito
MS
Embargos à execução fiscal
Exceção de pré-executividade
Dica: verifica se teve lançamento? se for não, caberá ação declaratória ou MS
Se sim: EF, MS, Ação anulatória
Se não sabe para quem pagar: consignação, repetição de indébito.
Aula dia 31/01/2012 (tivemos alguns problemas nesta aula, onde teve repetição de matérias já ministrada, por isso inserir os comentários junto aos tópicos pertinentes - Adriana).

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