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Direito Administrativo resumo

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7. Licitações 
Toda vez que a Administração Pública gera uma licitação com outrem, ela tem uma relação realizada pelo Contrato Administrativo. De inicio, todo Contrato Administrativo é derivado de uma licitação prévia. 
Quando não há licitação é porque ela é	: dispensada, dispensável e inexigivel 
...e quem define isso é a LEI, que é de caráter interno da Administração de analisar os requisitos.
Licitação é algo antecedente ao contrato, é um antecedente necessário para que tenha um contrato administrativo. A licitação nada mais é um conjunto de procedimentos para a execução de determinada obra ou contratação de serviço. 
GANHAR A LICITAÇÃO NÃO É GARANTIA DA CONTRATAÇÃO E NEM DIREITO AQUIDIRO, quem ganha a licitação tem a expectativa do direito. 
7.2 Conceitos 
É um conjunto de atos/ações que a Administração Pública tem como objeto final, que é procurar buscar a proposta que lhe é mais vantajosa (a mais vantajosa não é a que você compra mais barato e vende mais cara, mas sim cotar o preço e qualidade do produto). 
A administração busca com isso estruturar um equilíbrio de situação econômica aonde todos possam concorrer, seja grande, médica ou pequena empresa. Ela busca fortalecer as cadeias produtivas das pequenas empresas. 
A licitação se desenvolve como um processo, petição inicial, documentos anexos, procuração, manifestação, todo o rito de um processo já conhecido, uma sucessão ordenada de atos, atos vinculantes, tanto para Administração (ela tem que cumprir) e também para quem esta participante da licitação (licitante), a finalidade ultima da licitação é SEMPRE proporcional igual oportunidade de concorrência a todos que tem interesse, tento possiblidade e igualdade. 
7.2.2 Princípios Constitucionais da Licitação
Os princípios fundamentais para a licitação são: 
1º Princípio do Procedimento Formal: licitação não é ato desenvolvido de forma verbal, deve ter todo conjunto de atos, vinculada a esse procedimento de atos, tendo prescrições legais mostrando os atos, regendo, coordenar todos os atos e todas as fases da licitação. As normativas que a regem é a CF, seguida da Lei 8.666/03 para dar o procedimento. 
As licitações, com exceção de uma, tem editais, que é a regra material daquela licitação específica, e a licitação mais simples que não necessita de edital é a chamada CARTA CONVITE, que por meio de uma carta você convida as empresas para participar daquela licitação, que é a mesma coisa que o edital. 
Formalismo é excesso de burocracia, de atos desnecessários, e as vezes os editais trazem esses excessos. Ex: timbre da empresa devera estar do lado direito num espaço inferior da proposta, e na hora de imprimir o timbre sai do lado esquerdo, e a outra empresa quer impugnar porque a outra “errou”, e ai a empresa que “errou” pode contestar por excesso de formalismo. 
2º Princípio da Publicidade: dos atos e procedimentos da licitação, tudo tem que ser publicado, exceto algumas exceções, o que precisa ser publicado é um aviso que vai abrir um edital de licitação, a carta convite não é edital, então não é necessário que seja publicado o aviso da carta convite.
As exigências de publicação são: adjudicação de quem ganhou, a homologação e a minuta. 
3º Princípio da Igualdade: impede a discriminação dos participantes, não deixando privilégios dentro do certame, não favorecendo as empresas com nenhum tipo de circunstância, por edital ou carta convite. 
4º Princípio do Sigilo: as propostas devem ser apresentadas lacradas dentro de um envelope, para que se evite fraudes. Isso para quase todas licitações, exceto em caso de pregão, que as propostas são abertas. 
5º Princípio da Vinculação ao Edital: o que está escrito no edital ou carta convite vale para o Poder Público e para quem está participando, é dever cumprir o que está estabelecido, vincula-se ao edital. E na licitação a mesma coisa, o que estiver na lei tem que ser cumprido.
6º Princípio do Julgamento Objetivo: a escolha não pode ser subjetiva, se está sendo ofertado camiseta para uniforme, não pode incluir o preço do shorts no valor da licitação.
7º Princípio da Probidade Administrativa: tem que conduzir tudo que tem na Administração Pública de acordo com os princípios da licitação, descumprir ou deixar de fazer é agir com improbidade. Esse princípio é quase uma advertência a todos que participam da licitação. A palavra vem de “probo” que é honesto, ou seja, conduzir corretamente a Administração Pública, ele é um mandamento constitucional. 
8º Princípio da Adjudicação Compulsória: é um manifesto de todos os outros princípios, principalmente com a vinculação ao edital, ou seja, se a licitação é de preço, o primeiro ato que é feito é uma ata de adjudicação compulsória sobre os 10 preços ofertados e compulsoriamente só vai ser alterado se for comprovado que tiver algum erro na ata. 
7.2.3 Objeto da Licitação
Obra: ocorre quando a administração pública contrata, por meio de licitação, para que a empresa vencedora realize alguma obra, como por exemplo, uma concessória para execução de obras na estrada.
Serviço: ocorre quando a administração pública contrata um serviço para execução de alguma obra.
Compra: ocorre quando é necessário a compra de produtos, no caso de uma escola, compra de carteiras, merenda, etc. 
Alienação: ocorre quando sair um objeto da administração pública. Quando a administração pública estiver vendendo um bem imóvel, a primeira orientação é que ela tenha uma lei autorizando. Precisa que a Câmara autorize a venda, quando a Câmara autoriza por meio de lei, a Câmara tem a disponibilidade de: mesmo que não conste no projeto de lei, ela pode constar e pode vincular o dinheiro da venda daqueles imóveis a algum projeto específico. Se for depois da lei, abre-se a licitação, antes da lei é uma modalidade nula, pode também o poder publico vender bens moveis, não necessitando a aprovação do legislativo. 
Concessão: é aquilo que se faz por um longo tempo, aquilo que a Administração Pública concede por um tempo considerável o uso, no mínimo 12 meses, podendo ser renovado por até 60 meses (se houver interesse entre as partes), por exemplo, os pedágios, o poder público deixa por um tempo de 5 ou 6 anos a empresa com os lucros do pedágio para recuperar os gatos pela empresa. 
Permissão: A diferença entre concessão e a permissão é que esta é de uso é temporária, você vai usar o espaço público por um tempo certo, definido, por exemplo, a realização da festa do pião, permissão porque está permitindo o uso por tempo determinado.
E a finalidade é conseguir o melhor objeto, e isso se faz na elaboração do edital, deixando bem objetivo e claro, para que pretende, para o que esta fazendo, que tipo de serviço que você pretende que seja realizado. 
7.3 Obrigatoriedade da Licitação
A primeira coisa é elaborar a minuta do contrato, que a partir dela vai constar se precisa ou não de licitação. O primeiro requisito é que o preço não é fundamental para definir, mas é uma condição para definir se vai ter ou não licitação, se cotar 3 empresas e o valor mais alto não passar de R$ 8.000,00 não precisa de licitação. 
Dação em pagamento – dou um objeto para pagar uma dívida.
É POSSIVEL A DAÇÃO EM PAGAMENTO? Sim, desde que seja por meio de pagamento de bens imóveis, de materiais não, pois o STF reconhece este ato como inconstitucional e fere o principio da igualdade. 
Somente lei federal define modalidades licitatórias, é iniciativa exclusiva da UNIÃO.
 Se aparecer uma proposta acima de R$ 8.000,00, mesmo que as outras sejam menores, é obrigatória realizar a licitação. 
 Qual modalidade licitatória vai ser utilizada? Na contratação de serviços de R$ 8.000,00 à R$ 80.000,00 deve ser realizada através da carta convite. Acima de R$ 80.000,01 é realizada a tomada de preço que vai de R$ 80.000,01 à R$ 150.000,00 (se fizer uma modalidade superior não está errado, agora se fizer uma modalidade inferior está errado).
7.3.1 Dispensa de Licitação 
- só pode houver dispensa de licitação se houver dizendo que é uma possibilidade de dispensa.A lei especifica os casos que pode, em alguns casos ela diz que PODE e em outros ela diz que DEVE ocorrer a dispensa. Quando ela diz que pode ela está dando a discricionariedade, quando ela diz que deve é que não tem chances de ocorrer a licitação. 
7.3.1.1 Dispensada
Ocorre por meio de lei, quando ela declara ou autoriza. Com relação a questão de imóveis, quando o poder público recebe imóvel por dação em pagamento, se quem está pagando a dívida é Joao, se é a dívida dele que ele quer permutar, como vai ser realizado a licitação para saber qual imóvel vai permutar. É uma negociação. Venda ou doação para outro órgão público não precisa de licitação, por exemplo, Estado doando para a União. Já com os bens móveis quando ocorre a permuta não é necessária a licitação. 
7.3.1.2 Dispensável
É uma modalidade discricionária, ela pode, em algumas circunstâncias, transformar em dispensável. A lei que define os casos em que a licitação é dispensável. 
Obras e serviços de engenharia: dispensável quando for fazer um termo aditivo, quando o serviço já está contratado, lembrando que o termo aditivo deve ser de até 10%. 
Ela nunca é obrigatória ter essa modalidade, ou seja, ela pode ou não dispensar a licitação.
Outros serviços e compra até 10% do valor da aquisição: pode adquirir até o limite da carta convite. Sobe para 20% quando contrata uma empresa de economia mista, autarquia, empresa pública. 
Quando estiver em Estado de Guerra.
7.3.1.3 Inexigível 
Conhecida também como a inexigibilidade de licitações. Ela ocorre quando a lei estabelece, quando houver impossibilidade de competição, e isso ocorre por que: primeiro pela natureza do negócio, segundo pelos objetivos que você pretende atingir. Inviolabilidade de competição.
1º Produtor ou Venda Exclusiva: se só existe um produtor ou um único produto para a venda não é necessário realizar a licitação, pois é direcionado diretamente aquele produto ou fornecedor. 
2º Serviços Profissionais Profissionalizados: contrata um profissional profissionalizado e não precisa de licitação. 
3º Contratação de Artistas.

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