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Tolerância Imunológica e Autoimunidade Docente: Camila Souza Farmácia e Biomedicina – UNINASSAU – 3° semestre COMPONENTES ADAIlDA SANTOS B. NETO CARLOS AUGUSTO DOS SANTOS ENILDES PINHEIRO FERNANDO PEREIRA HILDERIQUE C. M. DA CRUZ SILVA ILZA DE JESUS BARRETO LAÍS ALVES SANTANA DOS SANTOS PABLO BATISTA ABREU . RENATA SOUZA ROBERTA SILVEIRA SHEILA LAISLA DA SILVA SANTANA SIMONE MIRANDA DOS SANTOS THAÍS DOS SANTOS FERREIRA VANESSA MEIRELES VIVIANE CERQUEIRA 2 Tolerância Imunológica A tolerância imunológica consiste na não-responsividade aos antígenos próprios e pode ser induzida quando os linfócitos em desenvolvimento encontram esses antígenos nos órgãos linfoides geradores (medula óssea e timo) e tecidos periféricos. Há três tipos de respostas possíveis: 3 Inativação ou eliminação; Tolerógeno Ativação e proliferação de células efetoras; Imunógeno Não reagem de qualquer modo. Ignorância Imunológica Tolerância Central4 ▹ Os linfócitos amadurecidos passam por processo de teste de autorreatividade. ▹ O linfócito T autorreativos ao reconhecer o antígeno próprio podem sofrer apoptose (deleção) ou desenvolver o as células regulatórias. ▹ O linfócitos B também ao reconhecer os autoantígenos sofrem apoptose ou muda a sua superfície de receptores. Tolerância Periférica5 ▹ Os linfócitos autorreativos que não sofreram alteração ou morte programada na seleção anterior e chegaram a periferia, passam pelo último teste de tolerância. ▹ Na periferia podem sofrer anergia (inativação celular), apoptose ou supressão (Tregs). Tolerância central e periférica aos Ag próprios 6 Tolerância Imunológica Linfócitos T – Central ▹ Mecanismo 7 8 Tolerância Periférica da Célula T ▹ Alguns linfócitos T autorreativos podem amadurecer e entrar nos tecidos periféricos, e podem sofrer: Anergia9 APC apresenta o antígeno próprio para a célula T virgem. A célula T não recebe coestimulação. Receptores das Células T perdem a habilidade de transmitir sinais ativadores ou englobam receptores da família CD28,CTLA-4. Anergia de longa duração. Anergia 10 Supressão11 Estimuladas por IL-2 e pelo fator de transcrição Foxp3 a se tornarem células T reguladoras. Produzem citocinas que bloqueiam a ativação dos macrófagos e linfócitos Realizam interação direta e supressão de outros linfócitos e APCs As células reguladoras causam, então, inibição da ativação da célula T virgem em efetora e inibição de funções da célula T efetora. Supressão ▹ Nos linfonodos e principalmente no timo, encontramos células T reconhecedoras de antígenos próprios, que, em sua maioria, são CD4+ e expressam altos níveis de CD25, a cadeia alfa do receptor da IL-2. 12 Mecanismo da CLTA-413 ▹ A – ativação do CTLA-4 em um célula T pode transmitir sinais inibitórios que extinguem ativações posteriores. Fator intrínseca. ▹ B - células T regulatórias liga-se a B7 nas APCs ou remove essas moléculas, fazendo com que os coestimuladores B7 fiquem indisponíveis ao CD28, bloqueando. Fator extrínseco. Deleção14 ▹ Há dois mecanismos prováveis de morte dos linfócitos T maduros induzida por antígenos próprios: ▪ via mitocondrial ▪ via dos receptores da morte 15 ▹ A) Células B imatura que reconhecem autoantígenos na medula óssea com alta altivez, morrem por apoptose ou alteram a especificidade de seus receptores de antígenos. ▹ B) Um fraco reconhecimento de autoantígenos na medula óssea pode levar a anergia das células. Tolerância imunológica dos Linfócitos B – Central Editoramento da superfície16 Célula B imatura reconhece fortemente antígenos próprios na medula Reativação do gene da Ig. Expressão de uma nova cadeia de Ig leve associada à cadeia pesada prévia. Produção de novo receptor: Editoramento do Receptor. Linfócito B maduro não-específico para antígeno próprio. Tecido linfóide periférico Seleção Negativa ▹ Como nos linfócitos T, a seleção negativa elimina linfócitos B imaturos com receptores de alta afinidade para antígenos da membrana celular ou antígenos próprios solúveis que são abundantes. 17 18 Tolerância imunológica dos Linfócitos B – Periférico ▹ Linfócito B maduro reconhece antígeno próprio e não recebe estímulo da célula T(porque as células T auxiliares estão ausentes ou tolerantes). ▹ Linfócito B torna-se anérgico ou parcialmente ativado. ▹ Célula B é excluída do folículo linfóide. ▹ A ausência de estímulos de sobrevivência leva à morte da célula. Fatores que Determinam a Tolerogenicidade de Autoantígenos19 ▹ A natureza da célula dendríticas que apresenta antígenos para os linfócitos T é um determinante importante da resposta subsequente. Autoimunidade ▹ A autoimunidade ocorre devido a falha do mecanismo da tolerância imunológica (Central e Periférica). 20 Falha na autotolerância Central em Células T Periférica Quebra de anergia Supressão de células regulatórias Defeitos na deleção por apoptose Central em Células B Autoimunidade ▹ A autoimunidade acontece devido alguns fatores, como: 21 Garante a produção de linfócitos autorreativos em maior quantidade; Susceptibilida de Genética O mecanismo não impede a resposta autoimune; Falha no mecanismo de autotolerância Trauma, infecção, dano tecidual garante, o 2° sinal de ativação dos linfócitos autorreativos. Estímulos ambientais Mecanismos propostos de autoimunidade A ¹ Genes suscetíveis garantem a produção de linfócitos autorreativos. ² Os linfócitos autorreativos não ativados (ausência do 2°sinal ou coestimulação) são liberados quando ocorre a falha da tolerância 22 B ¹ Os linfócitos são ativados em razão da presença da coestimulação disponibilizado pelo estimulo ambiental. ² Linfócitos efetores autorreativos: doença autoimune Estímulo ambiental ▹ Principal fator de estimulo ambiental são as infecções e podem ocorrer de duas formas: ▹ Mecanismo do APC que expressam coestimuladores; ▹ Mecanismo de mimetismo molecular. 23 Mecanismo do APC que expressam coestimuladores ▹ A – Resposta normal ao APC sem coestimulação o resultado é anergia. 24 ▹ B – Expressão de coestimuladores nas CDs originado do antígeno estranho (resultado da fagocitação do microrganismo). A célula T autorreativas reconhece também o antígeno próprio e o coestimuladores do Ags. Em razão reconhecimento do antígeno próprio o linfócito ataca o tecido próprio. Mecanismo de mimetismo molecular ▹ C – O linfócito T reconhece o antígeno microbiano(presente no peptídeo) que é semelhante ao antígeno próprio 25 Doenças Autoimunes ▹ Doença autoimune é caracterizado pelo dano tecidual ou alteração funcional ocasionado pela reação autoimune a antígenos próprios; ▹ A maioria das doenças autoimunes é poligênica, e numerosos genes suscetíveis contribuem para o desenvolvimento; ▹ Dentre os genes que estão associados à autoimunidade, as associações mais fortes são com os genes MHC. 26 27 Polimorfismos em Genes Não HLA Associados à Autoimunidade ▹ Os estudos associativos de mapeamento genômico levaram à suposta identificação de polimorfismos de nucleotídios (variantes) de diversos genes que estão associados a doenças autoimunes; essa identificação vem ampliando-se bastante por meio dos recentes esforços no sequenciamento do genoma. 28 Fala-se de polimorfismo genético para designar a existência de diferentes alelos de um mesmogene, o que implica mudanças na sequência genética entre integrantes de uma certa população. 29 Polimorfismos em Genes Não HLA Associados à doenças autoimune Anormalidades de Gene Único Herdadas (Mendelianas) que Causam Autoimunidade ▹ Ao contrário dos polimorfismos complexos descritos anteriormente, esses defeitos de gene único são exemplos de distúrbios mendelianos nos quais a mutação é rara, mas apresenta uma alta penetrância, de modo que muitos indivíduos que carregam a mutação são afetados. ▹ Os genes conhecidos contribuem para os mecanismos estabelecidos de tolerância central (AIRE), produção de células T regulatórias (FOXP3, IL2, IL2R), anergia e função das células T regulatórias (CTLA4), e deleção periférica de linfócitos T e B (FAS, FASL). 30 Exemplos de Mutações de Gene Único que causam Doenças Autoimune 31 Outros Fatores na Autoimunidade ▹ O desenvolvimento da autoimunidade está relacionado com vários fatores, além de suscetibilidade genética e infecções. ▹ Influências hormonais têm papel em algumas doenças autoimunes. Muitas doenças autoimunes têm maior incidência em mulheres do que em homens. Por exemplo, o SLE (Lúpus Eritematoso Sistêmico) afeta mulheres com 10 vezes mais frequência do que homens. Não se sabe se essa predominância em fêmeas resulta da influência dos hormônios sexuais ou de outros fatores relacionados com o gênero. 32 0 00 10 Homens Mulheres Homens Mulheres Exemplos de Doenças Autoimunes ▹ Esclerose Múltipla ▹ Psoríase ▹ Tireoidite de Hashimoto ▹ Vitiligo ▹ Diabetes do tipo 1 ▹ Doença Celíaca ▹ Artrite Reumatoide ▹ Lúpus Eritematoso Sistêmico 33 Lúpus Eritematoso Sistêmico ▹ É o distúrbio que faz com que o sistema imune produza anticorpos em excessos. E os anticorpos quando em alta concentração passam a atacar o próprio organismo, provocando lesões e inflamações em vários órgãos. 34 Lúpus Eritematoso Sistêmico - Causas ▹ Embora ainda não se conheça a causa específica para o desenvolvimento do lúpus, sabe-se que a doença é resultado de uma propensão genética somada a fatores hormonais e ambientais. 35 36 Lúpus Eritematoso Sistêmico -Incidências ▹ Sendo 9 a 10 vezes mais frequente em mulheres durante a idade reprodutiva ▹ A incidência estimada em diferentes locais do mundo é de aproximadamente 1 a 22 casos para cada 100.000 pessoas por ano ▹ No Brasil, estima-se uma incidência de LES em torno de 8,7 casos para cada 100.000 pessoas por ano, de acordo com um estudo epidemiológico realizado na região Nordeste. 37 ▹ O exame de FAN é feito com amostras de sangue do paciente com suspeita de doença autoimune. ▹ No laboratório consegue-se identificar todos os anticorpos circulantes neste sangue. ▹ Com um corante fluorescente o laboratório marca cada um destes anticorpos. 38 Lúpus Eritematoso Sistêmico - Diagnóstico Exame de FAN http://whitakerwellness.com/2016/11/treating-autoimmune- diseases-workswhat-doesnt/ Exame FAN ▹ Os padrões mais comuns do FAN e suas prováveis patologias, são: • Nuclear tipo membrana nuclear contínua; • Nuclear pontilhado fino; • Nuclear pontilhado grosso . 39 Nuclear pontilhado grosso 40 Centromérico Nucleolar Citoplasmático Misto citoplasmático pontilhado fino Nucleolar Fuso Mitótico Resultado de exame de FAN http://www.medicinanet.com.br/imagens/20091203183412.jpg 41 Exame de FAN Lúpus Eritematoso Sistêmico, Síndrome de Sjõgren e Doença Mista do Tecido Conjuntivo 42 Lúpus Eritematoso Sistêmico - Diagnóstico Células LE ▹ Teste citomorfológico. ▹ Sua formação ocorre em duas fases distintas: • acontece a interação do núcleo com o anticorpo antinuclear, geralmente da classe IgG • O núcleo já sensibilizado é fagocitado por leucócitos íntegros, especialmente neutrófilos e monócitos, na presença da fração C1 do complemento, dando origem à célula LE. h tt p :/ /c e n tr o d e p a to lo g ia .b lo g s p o t. c o m /2 0 1 7 /0 5 /p e s q u is a -d e - c e lu la s -l e .h tm l Processo do exame das células LE 43 1 2 3 4 5 6 Resultado do exame de células LE44 http://www.pacienteonline.com/labhep/?estatica=2&id=15 http://www.laboratoriocentralmm.com.br/manual-de-exame-c/ O que vimos até aqui? 45 Tolerância Imunologica Doenças Autoimunes Autoimunidade Tolerância Central e Periféricas dos Linfócitos T e B Fatores de susceptibilidade genética e estímulos ambientais Associações de alelos HLA; Polimorfismo em genes não HLA; Mutações no gene; SLE. Fontes IMUNOLOGIA CELULAR E MOLECULAR, ABBAS, 8° EDIÇÃO PAGINAS 122 http://conteudoacademicoweb.com.br/2017/10/capitulo-15-tolerancia-imunologica- e.html www.doencasdofigado.com.br/Autoimunidade.pdf www.medicina.ufba.br/imuno/roteiros_imuno/tolerncia_e_autoimunidade.p df www.nupeb.ufop.br/lip/pdf/tolerancia_imunologica.pdf 46
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