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LESÃO DO PLEXO BRAQUIAL 2017 pdf

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LESÃO DO PLEXO 
BRAQUIAL. 
Ana Larissa Costa de Oliveira. 
 
INTRODUÇÃO: 
 O SNP é dividido em sua organização 
anatômica e funcional=nervos somáticos e 
autonômicos. 
Neuroanatomia: 
radículas da medula- raízes espinhais dorsais e 
ventrais=nervo espinhal. 
Nervo espinhal - ramo primário anterior 
 - ramo primário posterior 
 
Ramo primário anterior: inervação cutânea da 
pele antero- lateral do tronco e extremidades e 
se une com outros ramos primários= plexos 
cervical, braquial e lombar e sacral. 
 
Ramo primário posterior: inervação cutânea da 
pele da região posterior do tronco e motora da 
musculatura paravertebral. 
Microscópica: 
 
Nervos periféricos consistem em três feixes 
paralelos de axônios, circundados por 3 
bainhas de tecido conjuntivo: endoneuro, 
perineuro, epineuro. 
 
 
 
Plexos nervosos: 
Braquial: C5 a T1 : todo o membro superior 
 
Considerações fisiopatológicas das 
lesões nervosas: 
 
*** Degeneração Walleriana ou degeneração 
secundária. 
 Faixas de Bungner (céls.de Schawnn e 
fibroblastos)=responsáveis pela orientação dos 
brotamentos axonais entre o coto proximal e o 
órgão efetor 
 
 
Etiologia: 
 
 - Metabólica: DM, falência renal e 
hepática 
 - Tóxicas: alcóol, drogas, carenciais 
 -Infecciosas: HIV, hanseníase, varicela 
zoster 
 -Imune: SGB 
 -Hereditária: atrofia espinhal hereditária 
 - Traumáticas 
 - Compressivas 
Classificação da lesão nervosa periférica: 
 
1.Velocidade de instalação 
2.Tipo de fibra nervosa envolvida 
3.Tamanho da fibra nervosa 
4.Distribuição 
5.Padrão 
6.Patologia 
Segundo o padrão: 
 
Mononeuropatia-único nervo,focal 
Mononeuropatia múltipla-vários nervos 
individuais,assimétrica,multifocal 
Polineuropatia-distúrbio 
generalizado,simétrico, bilateral e começa 
de maneira distal 
 -Polirradiculopatia ou 
Polirradiculoneuropatia 
Segundo a patologia: 
 
Classe I ou neuropraxia 
 Tipo 1:lesão leve e rapidamente reversível 
 Tipo 2:lesão moderada com desmielinização 
paranodal 
 Causas: isquemia por compressão. 
Tempo de recuperação:+- 3 meses 
 
 
Classe II ou axoniotmese 
 - axônio lesado 
 - degeneração walleriana 
 - células de Schawnn preservadas 
Causa: lesão por esmagamento, hanseníase 
Tempo de recuperação: +- 6 meses a 1 ano 
 
 
 
Classe III ou neurotmese: 
 - axônio lesado 
 - degeneração walleriana 
 - céls. de Schawn lesadas 
 - brotamento anormal 
Causas:PAF, cortantes, tração de plexo 
Tempo de recuperação:+- 18 meses 
SEDDON SUNDERLAND CONDUÇÃO 
DO NERVO 
TUBO ENDO-
NEURAL 
PERDA DA 
FUNÇÃO 
RECUPERAÇÃO 
Neuropraxia 1 Interrupção 
focal 
íntegro variável Completa 
Dias ou 
semanas 
Axonotmese 2 Interrupção 
distal 
íntegro transitória Regeneração/ 
semanas ou 
meses 
 3 Interrupção 
distal 
 
Rompido 
endoneuro 
prolongada Regeneração 
parcial 
 4 Interrupção 
distal 
Rompido 
perineuro e 
fascículo 
grave Déficit 
permanente/ 
Cirurgia(?) 
Neurotmese 5 Interrupção 
distal 
Rompido 
epineuro 
Grave 
Morte do 
corpo 
celular 
Déficit 
permanente 
mesmo com 
cirurgia 
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES SEGUNDO SUNDERLAND E 
SEDDON: 
Quadro clínico: 
 
*Alterações sensitivas: 
 - hipoestesia ou anestesia 
 - disestesias 
 - parestesias 
*Alterações motoras: 
 - paresia ou paralisia 
* Alterações reflexas: 
 - hiporreflexia ou arreflexia 
 
 
*Alterações tróficas: 
 - hipotrofia ou atrofia 
 * Alterações autonômicas: 
 - perda do controle do tônus vasomotor= 
vasodilatação do vaso=edema 
 * Alterações na ADM 
 * Alterações nas AVD’s = incapacidades. 
 
 
Alterações secundárias: 
 - tecidos moles: instabilidade articular 
 adesões fibróticas 
 frouxidão ligamentar 
 contraturas 
 deformidades 
 
- ósseas: fraturas 
Lesões do plexo braquial: 
1. Nervo Axilar: 
 C5 e C6 
 mm. Deltóide(3 porções) 
 sensitivo: região supero- lateral do braço. 
Etiologias comuns: muletas axilares , traumas. 
Quadro clínico: incapacidade de abduzir o 
braço, flexionar e estender o braço e 
alterações sensitivas(hipoestesia, anestesia 
e parestesia) em região súpero-lateral do 
braço. 
 
 
 
2. Nervo musculocutâneo: 
 
 C5 E C6 
 mm. Bíceps e braquial 
 sensitivo: região lateral do antebraço 
 participa do reflexo bicipital 
 Quadro clínico: incapacidade de flexão de 
cotovelo com supinação, alt. sensitivas e de 
reflexo. 
 
 
 
3. Nervo radial - C5 a C8 
 
 mm. Tríceps, braquiorradial,extensor radial 
do carpo, extensor ulnar do carpo, extensor 
comum dos dedos,longo e curto do polegar 
 sensitivo: região posterior do braço, 
póstero medial do antebraço e dorso da mão 
 reflexos: tricipital e estilo radial 
 
Quadro clínico: 
Paresia ou plegia = inacapacidade para: 
-Extensão do cotovelo , punho, 
metacarpofalangeanas, interfalangeana do 
polegar e abdução radial do polegar. 
Alterações sensitivas: hipoestesia ou 
anestesia, parestesia, disestesia ou 
hiperestesia. 
Hiporreflexia ou arreflexia tricipital e 
estiloradial. 
Edema 
 
 
4. Nervo mediano- C6-T1: 
 
 mm. Flexor radial do carpo, palmar longo, 
interosséos dorsais e palmares, pronadores 
redondo e quadrado 
 sensitivo: face palmar dos 3 primeiros 
dedos e metade lateral do 4 dedo, face dorsal 
da falange distal dos 3 primeiros dedos e 
metade lateral da falange distal do 4 dedo. 
 reflexo flexor de dedos 
 
Quadro Clínico: 
Paresia ou plegia = incapacidade para: 
-Pronação do antebraço, flexão das 
interfalangeanas proximais do indicador, 
médio, anular e mínimo, interfalangeanas 
distais do indicador e médio, flexão 
interfalangeana do polegar, oponência do 
polegar, abdução palmar do polegar 
Alterações sensitivas: hipoestesia ou anestesia, 
parestesia, disestesia ou hiperestesia. 
 
 
Hiporreflexia ou arreflexia do reflexo flexor 
do dedo. 
Edema 
Hipotrofia ou atrofia tenar 
Incapacidade para pinça 
Edema 
 
5. Nervo ulnar: C7- T1. 
 
 mm. Flexor ulnar do carpo, flexor profundo 
dos dedos 3º e 4º,flexor do dedo mínimo e 
flexor curto do polegar. 
 sensitivo:região medial do 4º e 5º dedo 
tanto na palmar como na dorsal 
 reflexo flexor dos dedos junto com mediano 
 
Quadro clínico: 
Paresia ou plegia = incapacidade para: 
- Flexão das interflangeanas distais do anular e 
mínimo, garra ulnar. 
Alterações sensitivas: hipoestesia ou anestesia, 
parestesia, disestesia ou hiperestesia. 
 Hiporreflexia ou arreflexia do reflexo flexor de 
dedos com o mediano. 
 
 
Hipotrofia ou atrofia dos interósseos dorsais 
 e da região hipotenar palmar 
Incapacidade para pinça e preensão 
Edema 
 
 
Diagnóstico Clínico: 
 
 
 
 História Clínica e EMG 
 
 
 
 
Avaliação Clínica: 
1. Anamnese 
2. Exame Físico: 
Inspeção: 
Palpação: 
 a. Trajeto do nervo; Sinal de Tinel 
 b. Força 
 c. Sensibilidade 
 d. Reflexos 
 
 
 e. Tônus 
 f. Trofismo 
 g. ADM 
 h. AVD’s 
Exames complementares: EMG 
 
 
Tratamento Cirúrgico: 
 Neurólise 
 Sutura direta(ponta a ponta) 
Tratamento medicamentoso: 
 Corticóide 
 Tratamento multidisciplinar: 
 Médico 
 Fisioterapia 
 Terapia Ocupacional 
 Nutrição 
 Psicologia 
 
Tratamento Fisioterapêutico: 
 
.Objetivos: 
 
. Conduta: 
REFERÊNCIAS: 
CAMBIER, Jean; MASSON, Maurice; 
DEHEN,Henri. Manual de Neurologia. 9 ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. 
FERREIRA, Anthero S. Lesões Nervosas 
Periféricas: diagnóstico e tratamento.São Paulo: 
Santos, 2001. 
MACHADO, Angelo. Neuroanatomia 
Funcional.2ed. São Paulo: Atheneu, 1998.

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