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9º TESTE DE CONHECIMENTO DE PORTUGUÊS INSTRUMENTAL 2


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12/04/2018 Conteúdo Interativo
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CCJ0215_EX_A9_201707169659_V1
 
 
 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL II 9a aula
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Exercício: CCJ0215_EX_A9_201707169659_V1 04/03/2018 20:01:52 (Finalizada)
Aluno(a): FRANCIMARA SANTOS DA SILVA 2018.1
Disciplina: CCJ0215 - PORTUGUÊS INSTRUMENTAL
II 201707169659
 
 
Ref.: 201708251622
 1a Questão
Não se pode dizer com correção:
O conteúdo pressuposto garante ao discurso a coerência, assegura-lhe
redundância, enquanto o progresso discursivo se faz no nível do conteúdo
posto.
 Mesmo que o enunciatário recuse o pressuposto, o discurso pode prosseguir e
cria-se uma situação polêmica.
 Ao pressupor um conteúdo, o enunciador determina sua aceitação como
condição de manutenção do "diálogo", atingindo, portanto, o direito de fala do
enunciatário e estabelecendo os limites do que pode ou não ser dito para que
o discurso continue.
Pode-se discutir, negar, não aceitar o posto, o conteúdo explicitado, mas não o
pressuposto, pois equivale a desqualificar o enunciador e a impedir o
prosseguimento do discurso.
O pressuposto não é objeto de discussão.
 
 
 
Ref.: 201708237506
 2a Questão
CATAR FEIJÃO
 Catar feijão se limita com escrever:
jogam-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na da folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
 (...)
12/04/2018 Conteúdo Interativo
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NETO, João Cabral de Melo. A educação pela pedra e depois. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1997.
Após a leitura do fragmento do poema Catar feijão de João Cabral de Melo,
assinale a única interpretação INACEITÁVEL em relação ao texto lido.
 Levando-se em conta nosso conhecimento de mundo, boiar quer dizer
flutuar/nadar, e apenas um leitor atento perceberia que boiar está sendo
empregado, no quarto verso, como uma metáfora, uma vez que palavras não
podem boiar, a não ser no nível figurativo. O poeta fez uma comparação: os
grãos boiam na água, e as palavras boiam no papel.
 
 No poema Catar feijão, passamos a refletir sobre a força que as
palavras exercem sobre nossos pensamentos, emoções, enfim, sobre nossas
vidas. Daí, a escolha das palavras não ser fruto apenas de inspiração, mas sim
de um árduo trabalho. Contudo não há a comparação metafórica catar feijão
e escrever como intenção primeira para ressaltar as semelhanças e
diferenças entre essas duas ações.
 Observa-se que o poema Catar feijão apresenta a função metalinguística da
linguagem, pois nele o eu lírico reflete sobre o ato de escrever, para ressaltar
as semelhanças e diferenças entre essas duas ações.
 É possível considerar que boiará no papel está sendo empregado como
sendo uma alusão ao fato de que, ao serem escritas num papel, as palavras
não mais poderão, em princípio, ser retiradas dali, a não ser por um princípio
de seleção consciente por parte do poeta. Ou seja, enquanto
os grãosindesejáveis boiam visivelmente, as palavras supérfluas ou
desnecessárias precisam ser sentidas como tal e eliminadas do texto.
 No poema de João Cabral, o poeta utilizou-se da linguagem conotativa,
ou seja, a metafórica, aquela empregada no sentido figurado da língua, ao
aproximar, e depois limitar, duas ações bastante corriqueiras na vida de
muitas pessoas, que são catar feijão e escrever .
 
 
 
Ref.: 201708251623
 3a Questão
(ENADE, 2011) Leia o texto que segue:
 
Retrato de uma princesa desconhecida
 Para que ela tivesse um pescoço tão fino
 Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule
 Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos
 Para que a sua espinha fosse tão direita
 E ela usasse a cabeça tão erguida
 Com uma tão simples claridade sobre a testa
 Foram necessárias sucessivas gerações de escravos
 De corpo dobrado e grossas mãos pacientes
 Servindo sucessivas gerações de príncipes
 Ainda um pouco toscos e grosseiros
 Ávidos cruéis e fraudulentos
 Foi um imenso desperdiçar de gente
 Para que ela fosse aquela perfeição
 Solitária exilada sem destino
 ANDRESEN, S. M. B. Dual. Lisboa: Caminho, 2004. p. 73.
No poema, a autora sugere que:
Os príncipes generosos cultivavam a beleza da princesa.
 O exílio e a solidão são os responsáveis pela manutenção do corpo esbelto da
princesa.
 O trabalho compulsório de escravos proporcionou privilégios aos príncipes.
A beleza da princesa é desperdiçada pela miscigenação racial.
As príncipes e as princesas são naturalmente belos.
 
 
 
Ref.: 201708237429
 4a Questão
12/04/2018 Conteúdo Interativo
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2179685&classId=899165&topicId=823620&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum=S
Retrato
Cecília Meireles
Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
¿ Em que espelho ficou perdida
A minha face?
 Na leitura do poema Retrato, de Cecília Meireles podemos extrair o seguinte
tema:
 
A recordação de uma época de juventude.
 A consciência súbita sobre o envelhecimento.
A decepção por encontrar-se já fragilizada.
A revolta diante do espelho.
A falta de alternativa em face ao envelhecimento.