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Rodrigo Silveira Tópicos abordados: História da Nutrição Parenteral; Conceitos e Legislação; Objetivos, Indicações e Contraindicações; Vias de Acesso; Sistemas em NP; Macro e Micronutrientes; Complicações; Monitoramento; Recomendações Nutricionais; Cálculo da NP; Casos Clínicos. História da Nutrição Parenteral (1937 – 1968) Desnutrição grave Infecção, cicatrização, morbidade e mortalidade; Dudrick et al, 1968 Conceitos e Legislação Portaria nº 272/MS/SNVS, de 8 de abril de 1998. Objetivo: Requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Parenteral. Nutrição Parenteral (NP) : Solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais, estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. Terapia Nutricional (TN): Conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio da Nutrição Parenteral e/ou Enteral. Terapia de Nutrição Parenteral (TNP): Conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio de nutrição parenteral. Portaria nº 272/MS/SNVS, de 8 de abril de 1998. Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN): Grupo formal e obrigatoriamente constituído de, pelo menos um profissional médico, farmacêutico, enfermeiro, nutricionista, habilitados e com treinamento específico para a prática da TN. Atribuições Gerais da EMTN: Ao médico, compete: indicar, prescrever e acompanhar os pacientes submetidos à TNP. Ao farmacêutico, compete: realizar todas as operações inerentes ao desenvolvimento, preparação (avaliação farmacêutica, manipulação, controle de qualidade, conservação e transporte) da NP, atendendo às recomendações das Boas Práticas de Preparação da Nutrição Parenteral (BPPNP). Portaria nº 272/MS/SNVS, de 8 de abril de 1998. Ao enfermeiro, compete: administrar NP, observando as recomendações das Boas Práticas de Administração da Nutrição Parenteral (BPANP). Ao nutricionista, compete: avaliar o estado nutricional dos pacientes, suas necessidades e requerimentos. Portaria nº 272/MS/SNVS, de 8 de abril de 1998. ATRIBUIÇÕES DOS NUTRICIONISTAS: 1. Avaliar os indicadores nutricionais subjetivos e objetivos, com base em protocolo preestabelecido, de forma a identificar o risco ou a deficiência nutricional e a evolução de cada paciente, até a alta nutricional estabelecida pela EMTN. 2. Avaliar qualitativa e quantitativamente as necessidades de nutrientes baseadas na avaliação do estado nutricional do paciente. 3. Acompanhar a evolução nutricional dos pacientes em TN, independente da via de administração. 4. Garantir o registro, claro e preciso, de informações relacionadas à evolução nutricional do paciente. 5. Participar e promover atividades de treinamento operacional e de educação continuada, garantindo a atualização dos seus colaboradores. Portaria nº 272/MS/SNVS, de 8 de abril de 1998. Etapas da TNP: 1. Indicação e prescrição médica. 2. Preparação: avaliação farmacêutica, manipulação, controle de qualidade, conservação e transporte. 3. Administração. 4. Controle clínico e laboratorial. 5. Avaliação final. Obs. Todas as etapas devem atender a procedimentos escritos específicos e serem devidamente registradas, evidenciando as ocorrências na execução dos procedimentos. Portaria nº 272/MS/SNVS, de 8 de abril de 1998. Nutrição Parenteral Objetivos, Indicações e Contraindicações OBJETIVO DA NP “Manutenção ou Recuperação do Estado Nutricional” INDICAÇÕES “A INDICAÇÃO DA NP É DETERMINADA DE ACORDO COM A AVALIAÇÃO CLÍNICA REALIZADA PELA EQUIPE QUE ACOMPANHA O PACIENTE, A QUAL SE OSERVA A CAPACIDADE DIGESTIVA E ABSORTIVA, O TEMPO PROPOSTO PARA SUA APLICAÇÃO E OS RISCOS E BENEFÍCIOS DESSA VIA” ASPEN, 1995. INDICAÇÕES: Geral TGI não funcionante, inacessível ou obstruído; Critérios Previsão de duração da terapia (>7 dias); Requerimento Protéico; Limitação de infusão hídrica; Acesso venoso disponível. Evento Etiologia Vômito Intratável Pancreatite aguda, hiperêmese gravídica, QT. Diarréia Grave DII, Sínd. de má absorção, Doença enxerto Vs hospedeiro, Sínd. do intestino curto, enterite actínica. Mucosite/Esofagite QT, Doença enxerto Vs hospedeiro Íleo Grandes cirurgias abdominais, trauma grave, icluindo quando não se pode usar uma jejunostomia por pelo menos 7 dias, isquemia mesentérica Obstrução Neoplasias, aderências, mal formações de TGI Repouso Intestinal Fístulas enteroentéricas, enterocutâneas Pré-operatório Somente em casos de desnutrição grave na qual a cirurgia não possa ser adiada Indicações Específicas de NP Knobel, E. 2005 Contra – indicações: Instabilidade Hemodinâmica; Edema Agudo de Pulmão; Anúria s/ diálise; Distúrbios Metabólicos/Eletrolíticos; Mau prognóstico. Knobel, E. 2005 Contra – indicações relativas: Jejum < 5 dias s/ desnutrição severa; TGI viável (↓cota calórica); Dificuldade para obter acesso venoso; Prognóstico que não necessite de suporte agressivo; Knobel, E. 2005 Nutrição Parenteral Vias de Acesso Critérios de escolha para via de acesso: Condições clínicas (anatomia venosa, estado de coagulação, acesso vascular etc.); Tipo e local de acesso; Volume; Composição e concentração da solução; Tempo previsto; Local de emprego (institucionalizado ?). Acesso Periférico: Indicações Punção central contra-indicada ou impossível; Sepse relacionada ao cateter; Períodos curtos (até 15 dias) Contra-indicações: Dificuldade de acesso venoso periférico; Necessidades aumentadas (Kcal, PTN,eletrólitos); Risco de sobrecarga hídrica; Terapia nutricional prolongada. Vantagens Menor risco de complicações; Mais simples; Menor custo; Fácil reconhecimento de flebites. Desvantagens Máximo - 850 mOsm/L; Menor aporte calórico; Período curto de utilização. Complicações Flebite (3 a 31%) * Supuração local, necrose tissular, bacteremia e sepse. Considerações Heparina (1000UI/L) e/ou hidrocortisona (5 a 10mg/L) na solução - trombose (8%); Adesivo – trinitrato de gliceril; 3 em 1 – LCT; Mudança diária de dispositivo. Duração do acesso * Ph; * Osmolaridade; * Velocidade de infusão; * Material do cateter; * Diâmetro do dispositivo. Acesso Central Cateteres Curta permanência (mono, duplo ou triplo lúmen); Longa permanência (parcial ou totalmente implantados no subcutâneo); Cateter Central Implantado por via Periférica – PICC; Knobel, 2005 Localização Veia cava superior ou inferior Vantagens Maior concentração de nutrientes, em menor volume; Longos períodos de duração; Uso de soluções hiperosmolares (>1000 mOsm/L).Desvantagens Maior custo; Maior risco de complicações. Nutrição Parenteral Sistemas em NP Sistema glicídico, binário ou “dois em um” Composto por duas soluções de grande volume: Solução de Glicose – fonte calórica; Solução de Aminoácidos – fonte de nitrogênio. Sistema lipídico, ternário ou “três em um” Composto de três soluções de grande volume: Solução de aminoácidos – fonte de nitrogênio; Solução de glicose – fonte calórica; Solução de lipídeos – fonte calórica e de AGE; Menor risco de complicações; Melhor balanço nitrogenado. Nutrição Parenteral Industrializada NP Manipulada NP Industrializada Vantagens Vantagens •Individualizada às necessidades do paciente. •Durabilidade – 12 meses (padrões); •Fácil administração; •Menor tempo e mão de obra especializada. Desvantagens Desvantagens •Preparada diariamente (estabilidade/validade); •Duração de poucos dias sob refrigeração; •Necessidade de equipamentos e infraestrutura de alto custo; •Não individualizada às necessidades do paciente. Nutrição Parenteral Manipulada x Industrializada Macronutrientes em NP Aminoácidos e Glicose Aminoácidos Cristalinos: Alto Valor Biológico (AVB); Relação 1:2 (essenciais e não essenciais); Composição conhecida; Menor risco de acidose metabólica (acetato/cloreto). Solução – 7 a 15%; 1g = 4 cals. Solução Padrão: Aa essenciais (19 a 21%) e BCAA (3 a 15%). Solução de aa modificados: Doença renal, hepática, stress metabólico. RN – histidina/tirosina: • Crescimento; • Retenção de N2; • Menor risco de colestase. Glicose Dextrose monohidratada (1g = 3,4 cals) Volume x Densidade Calórica x Osmolaridade Lipídeos Emulsões Lipídicas Intravenosas (ELIV) Lipídeos Produtos de origem biológica, constituídos por grupos de ácidos graxos, formados por nº par de carbonos unidos por ligações simples ou duplas. Principais Funções: Energética – 9,3 kcal/g; Reserva – 95% triglicerídeos; Proteção mecânica; Síntese de hormônios; Mediadores intra e extra celulares da resposta imune; Fornecimento - Ác. Graxos / Vit. Lipossolúveis. Classificação dos Ácidos Graxos (Tamanho da cadeia, composição, número e posição de duplas ligações) Tamanho da cadeia de carbonos • Cadeia Curta: até 4 C • Cadeia Média: 6 a 12 C • Cadeia Longa: 14 a 20 C • Cadeia Muito Longa: ≥ 20 C Composição • Simples – ácidos graxos, gorduras neutras; • Compostos – Fosfolipídeos (ácido fosfórico, ácidos graxos e uma base nitrogenada), glicolipídeos, lipoproteínas; • Variados – Esteróides (colesterol, sais biliares, viamina D), vitamina A,E,K. Número de duplas ligações (Grau de saturação) Terminal metil (CH3) Terminal ácido (-COOH) Terminal ômega (ω) Terminal alfa (α) Posição das duplas ligações Ácido Graxo Energia Estrutura Função AGCM +++ 0 0 AGCL Saturado ++ ++ + Monoinsaturado ++ ++ + Poliinsaturado Linoléico (W6) + +++ +++ Linolênico (W3) + +++ +++ Papel das Diferentes Classes de Ácidos Graxos Adaptado por Spielmann D, Bracco U, Traitler H, et al: Alternative Lipids to usual W6, PUFAs: γ –linoleic, α-linolenic, stearidonic acid, EPA, etc. JPEN J Parenter Enteral Nutr 12:1115-1235, 1988. AGE AG com C=C antes do C9 Ácidos Graxos Essenciais Ácidos Graxos Essenciais (ω-3/ω-6) Características: AGPI; Principais representantes: - ω-3 - ácido α-linolênico, eicosapentaenóico, docosapentaenóico, docosaexaenoico, eicosanóides da série ímpar; - ω-6 – ácido linoleico, γ-linolênico, diomo-γ-linolênico, araquidônico e eicosanóides da série par; Principais fontes : - ω-3 – Óleo de peixe, linhaça e canola; peixes de água fria (salmão,truta, sardinha,arenque); - ω-6 – Óleo de açafrão, soja, milho, algodão e girassol. D E F I C I Ê N C I A Emulsões Lipídicas Intravenosas (ELIV) Óleo de soja 1ª Geração 1970 Óleo de coco (TCM) 2ª Geração 1984 Óleo de oliva 3ª Geração 1998 Óleo de peixe 4ª Geração 2005 Evolução da ELIV ELIV 1ª G. (Óleo de Soja) – 1970 (Dr. Wretling) Óleo de Soja - AGE W6 (52-54%) W3 (7-9%) 1970 - Interferência no SI; Confirmação – 1980 e 1990; Imunossupressão e resposta inflamatória sistêmica. ELIV 2ª G. (TCM/TCL) Óleo de coco (50%)/Óleo de soja (50%); Redução de ω-6; Menor peroxidação; Não forma eicosanóides. ELIV 3ª G. (Óleo de oliva) Óleo de oliva - 20% de ω-6; Rico em vit. E; Efeitos neutros sobre S.I.; Segura e bem tolerada; ELIV 4ª G. (Óleo de peixe) Rico em ω-3 (EPA e DHA); Potencial “anti-inflamatório”; Incorporação nos fosfolípides da membrana; Adicionada de vit.E; ELIV 4ªG (SMOFLipid) Soja/TCM/oliva/peixe (30% / 30% / 25% / 15%) Emulsão “ideal”; Menor teor de ω-6; Relação ω-6:ω-3 – 2,5:1; Adicionada de vit.E (200mg/L); I M U N I D A D E Agente Emulsificante: Mistura purificada de fosfolipídeos da gema do ovo; Evitam a “quebra” da emulsão e formação de glóbulos grandes de gordura; Concentração – 12 g/L (10 e 20%); 10% - TG, fosfolipídeos e CT (Fosfolipídeo:TG). Obs: Utilizar doses menores se ELIV (10%). Infusão Separada de Lipídeos - Intermitente (NP 2 em 1) Principais problemas: 1. Risco de complicações metabólicas se TI for excessiva (> 0,11g/kg/h); 2. Risco de contaminação (infusão prolongada), tempo máx. até 12h, troca de Kit a cada 24h; Considerações Infusão (10% - 100 ml/h) (20% - 50 ml/h); Taxa de infusão máx.= 0,11g/kg/h; Kit sem dietilexilftalato; Maiores infusões de lipídeos, devem ser administradas em 2 recipientes trocados a cada 12 h. Contra indicações do uso de E.L. Hiperlipidemia Patológica; Nefrose Lipóide; Alergia grave a ovos; Pancreatite aguda associada a TG. Cautela com: Doença Hepática Grave; SARA; Stress Metabólico. Complicações em NP Mecânicas, Metabólicas, Gastrintestinais, Infecciosas e Psicológicas Complicação Provável etiologia Sinais/ Sintomas Tratamento Prevenção Pneumotórax Lesão pleural durante inserção do cateter Taquicardia, dispnéia, tosse persistente, palidez Cura espontânea ou drenagem torácica Equipe profissional experiente e seleção de local para implante de cateter Embolia Pulmonar Entrada de ar durante o implante ou desconexão do sistema de infusão, principalmente na vigência de pressão intratorácica baixa Cianose, tauipnéia, hipotensão Posicionar imediatamente o paciente do lado esquerdo e abaixar a cabeceira da cama. Isto pode manter o ar dentro do ápice do ventrículo até que seja reabsorvido Equipe profissional experiente e protocolo de manuseio de cateteres venosos Knobel, 2005 Complicação Provável etiologia Sinais/ Sintomas Tratamento Prevenção Trombose VenosaTrauma mecânico, hipofluxo, osmolaridade da solução, coagulopatia, sepse Edema ou dor em um ou nos dois braços, ombros ou pescoço Terapia anticoagulante Remoção do cateter Uso de cateter de silicone Adição de heparina à solução Terapia com baixas doses de warfarina Oclusão do catéter Formação de coágulo na superfície do cateter, dobras e estenose na fixação do cateter Necessidade aumentada de maior pressão para manter a taxa de infusão contìnua Troca de cateter Utilização de catéter com maior diâmetro (monolúmen) Knobel, 2005 Complicação Provável etiologia Sinais/ Sintomas Tratamento Prevenção Flebite • Utilização por tempo prolongado de acesso periférico ou administração de soluções hipertônicas • Infiltração venosa Eritema, edema, dor no sítio de implante do cateter •Trocar o acesso periférico • Utilizar NP central, se necessário • Protocolo de rodízio do sítio do cateter • Ajustar a osmolaridadeda solução • Reduzir eletrólitos e outros aditivos à NP, se possível Infecção da corrente sanguínea relacionada ao cateter Técnica inapropriada no acesso venoso, cuidados inadequados com o cateter, solução contaminada Febre sem etiologia determinada, rubor, calafrio, enduração ou supuração na área ao redor do catéter • Remover o cateter e recolocar em outro local • Culturas e antibioticot. apropriada • Criar e seguir protocolos específicos para inserção e manutenção do cateter Knobel, 2005 Principais Contaminantes: Cateter - Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas, klebsiella, Serratia e Candida albicans . Solução - Pseudomonas aureuginosa, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Streptococcus faecalis, Candida albicans. Unamuno, M.R.D.L et al, 2005. Complicação Provável etiologia Sinais/ Sintomas Tratamento Prevenção Hiperglicemia • Infusão rápida de solução concentrada de dextrose • Glicose sanguínea > 130 mg/dl • Acidose metabólica • Poliúria, polidipsia • Usar insulina •Reduzir a concentração de dextrose na NP • Iniciar NP lentamente • Usar soluções mistas de NP Hipoglicemia •Suspensão abrupta da NP •Excesso de insulina • Palpitações, letargia, dispnéia • Administrar dextrose Monitorar os níveis de glicemia diariamente, preferencialmente no mesmo horário Hiperalimenta -ção • administração excessiva de carboidratos • Excesso de carboidratos: retenção de CO2, disfunção hepática • Adequar oferta calórica às necessidades do paciente Evitar administração excessiva de carboidratos Knobel, 2005 Complicação Provável etiologia Sinais/ Sintomas Tratamento Prevenção Hiponatremia • Administração excessiva de fluidos • Nefrite e/ou insuficiência adrenal; tiazídicos • Estado dilucional (ICC, SIADH, cirrose hepática com ascite • Confusão, hipotensão, irritabilidade, letargia, convulsões • Restringir oferta hídrica • Aumentar o sódio • evitar a hiperhidratação, ofertar de 60 a 100 mEq de sódio/dia a não ser que haja contra-indicação por doença cardíaca, renal ou restrição hídrica Hipervolemia • Administração excessiva de fluidos • Disfunção renal • ICC • Falência Hepática • Dispnéia, estertores creptantes, edema, ganho de peso • Restringir fluidos • Utilizar diuréticos • Dialisar em casos extremos • Iniciar a NP quando estabilizar o balanço hídrico • Monitorar o BH • Monitorar a osmolalidade sérica e urinária Knobel, 2005 Complicação Provável etiologia Sinais/ Sintomas Tratamento Prevenção Hipovolemia • Administração inadequada de fluidos • Diurese excessiva Desidratação Sede, perda de peso, mucosas secas, baixo débito urinário • Aumentar o consumo de fluidos • Monitorar balanço hídrico • Monitorar osmolalidade sérica e urinária Hipercalemia • Disfunção renal, administração excessiva de K, acidose metabólica, uso de poupadores de K, deficiência de insulina, hipeglicemia • Diarréia, taquicardia, alterações eletrocardiogr áficas, oligúria, parestesias, parada cardíaca • Reduzir oferta de potássio • Cálcio • Insulina + glicose, bicarbonato de Na;beta -2- agonista. •Diuréticos, resinas de troca iônica, hemodiálise • Observar interação droga/nutriente, principalmente poupadores de K • Avaliar ocorrência de excreção urinária reduzida Knobel, 2005 Complicação Provável etiologia Sinais/ Sintomas Tratamento Prevenção Hipocalemia • Oferta inadequada de K • Perda urinária: diuréticos, hiperaldosteronis mo • Translocação intracelular, alcalose, insulina e tireotoxicose • Náuseas, vômitos, confusão, arritmia, parada cardíaca, depressão respiratória • Aumentar K na NP ou fornecer por via endovenosa em solução adicional • Administrar 40meq de K diariamente, exceto se contra- indicado • 3 meq de potássio/g de N2 são necessários para anabolismo Hipertrigliceri -demia • Excesso de infusão de glicose (>4mg/kg/min), sepse, falência de M.O, hiperlipidemia patológica, algumas medicações • TG sérico de 300 a 350 mg/dl 6 horas após a infusão •Níveis elevados em pacientes estáveis (sepse) • Reduzir a oferta de lipídeos, aumentar o tempo de infusão; • infundir glicose simultaneam. • Verificar existência de história prévia de hiperlipidemia • Evitar administração de lipídeos >2,5g/kg/dia ou 60% VCT Síndrome de Realimentação Jejum prolongado - met. de lipídeos carboidratos; Início da NP – líquidos, elétrolitos, macro e micronutrientes (P e K) para o meio intrac. P e K – Insuf. Respiratória e disfunção cardíaca (24 - 48h); Observar eletrólitos periodicamente. Complicação Provável etiologia Sinais/ Sintomas Tratamento Prevenção Fígado Gorduroso • Não esta clara • Algumas teorias sugerem: infusão excessiva de HC, CAL e/ou gordura, infusão excessiva de aa e deficiência de carnitina • Enzimas hepáticas elevadas, no período de 1 a 3 semanas após o início da NP • Reduzir a oferta de HC, NP cíclica pode ser recomendada quando os resultados não são conclusivos • Utilizar soluções mistas • Evitar hiperalimentação • Evitar infusão de glicose > 5-7 mg/kg/min Colestase • Etiologia desconhecida • Algumas teorias sugerem fluxo biliar prejudicado, falta de nutriente intraluminal, estim. da secreção hepática da bile, excesso de HC, Lip. E aa, metab. Tóxico do triptofano • Aumento progressivo da bilirrubina ttal sérica e da fosfatase alcalina • Evitar hiperalim. • Utilizar TGI precocemente Knobel, 2005 Complicação Provável etiologia Sinais/ Sintomas Tratamento Prevenção Atrofia do TGI • Atrofia dasvilosidades, hipoplasia colônica • In vitro, presença de bactéria entérica nos linfonodos mesentéricos •Desenvolvimen to de bacteremia e sepse sem fonte clara da causa da sepse • Promover a transição para nutrição enteral ou oral respeitando a tolerância do paciente • Utilizar TGI precocemente Knobel, 2005 Monitoramento Metabólico, Nutricional, Infeccioso VARIÁVEL PERÍODO INICIAL PERÍODO POSTERIOR Peso Diariamente Diariamente Eletrólitos séricos Diariamente 1 a 2X/semana Uréia sanguínea 3X/semana 1X/semana Ca, P, Mg 3X/semana 1X/semana Glicemia Diariamente 3X/semana Triglicérides 1X/semana 1X/semana Enzimas Hepáticas 3X/semana 1X/semana Hemoglobina, Hematócrito 1 X/semana 1X/semana Plaquetas 1X/semana 1X/semana Contagem de linfócitos Se necessário Se necessário Estado clínico Diariamente Diariamente Local do catéter Diariamente Diariamente Temperatura Diariamente Diariamente Balanço hídrico Diariamente Diariamente Mahan, 2005 MONITORAMENTO Recomendações Nutricionais Macro e Micronutrientes Recomendações Nutricionais Relação Kcal/N2 Saudáveis – 120 a 150:1; Nefro ou Hepatopatas – 200 a 220:1; Stress grave – 80 a 90:1 VIG Máximo 7mg/kg/min Mínimo 2 mg/kg/min. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS Paciente sem estresse metabólico Calorias Proteínas Carboidratos Lipídeos 25 – 35 cal/kg/dia 10 a 15% do VET 0,8 a 1,0 g/kg/dia 50 a 60% do VET 130g/dia (mínimo) 7g/kg/dia (máximo) 20 a 35% do VET 2,5g/kg/dia (máximo) ω6 - 10 a 17g/dia ω6 – 2 a 4% (VET) ω3 – 0,9 a 1,6g/dia ω3 – 0,25 a 0,5% (VET) DITEN, 2011 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS Paciente em estresse metabólico Calorias Proteínas Carboidratos Lipídeos 20 – 25 cal/kg/dia 1,2 a 2,0 g/kg/dia 130g/dia (mínimo) 7g/kg/dia (máximo) 1,0 g/kg/dia (máximo) ω6 - 10 a 17g/dia ω6 – 2 a 4% (VET) ω3 – 0,9 a 1,6g/dia ω3 – 0,25 a 0,5% (VET) DITEN, 2011 Recomendações Nutricionais Líquidos: Perdas urinárias (1200 a 1500 ml/dia); Perdas insensíveis (500 a 1000 ml/dia); Diurese aumentada, diarréia, fístulas, drenagem, imensuráveis (feridas); Aumento de temperatura (360ml/dia/ºC acima de 37ºC); Geral – 30 a 40 ml/kg/dia ou 1,0 a 1,5 mL/cal. A 3300 UI D 200 UI E 10 UI B1 6 mg B2 3,6 mg B3 40 mg B5 15 mg B6 6 mg B8 60 µg B9 600 µg B12 5 µg C 200 mg *K 150 µg - - FDA, 2000. Vitaminas Considerações importantes sobre as vitaminas: Nos casos de complexo de 12 vitaminas pode-se ofertar vitamina K de 0,5 a 1mg/dia ou 5 a 10 mg/semana para pacientes sem o uso de anticoagulantes orais (ex: warfarin); No caso de falta de multivitaminas, racionar para 1 dose com a nutrição parenteral 3x/semana e adição diária de tiamina e ácido fólico; Caso não haja multivitamínicos usar as vitaminas parenterais individuais: A,D,E,K, B1 (tiamina), B2 (riboflavina), B3 (niacina), B6 (piridoxina), B9 (ácido fólico), B12 (cianocobalamina) e C (ácido ascórbico) ou se possível, multivitamínicos orais se houver condições de absorção; Como ofertar vitaminas na NP? Vitamina Recomendação *Cerne -12® **Polivit A/B® *Opoplex® A 3300 UI 3500 UI 3300 UI 3300 UI D 200 UI 220 UI 200 UI 200 UI E 10 UI 11,20 UI 10 UI 10 UI B1 (tiamina) 6 mg 3,51 mg 3 mg 3 mg B2 (riboflavina) 3,6 mg 4,14 mg 3,6 mg 3,6 mg B3 (nicotinamida) 40 mg 46 mg 40 mg 40 mg B5 (ác. Pantotênico) 15 mg 17,25 mg 15 mg 15 mg B6 (piridoxina) 6 mg 4,53 mg 4 mg 4 mg B7 (biotina) 60 µg 69 µg 60 µg 60 µg B9 (ác. Fólico) 600 µg 414 µg 400 µg 400 µg B12 (cianocobalamina) 5 µg 6 µg 5 µg 5 µg C (ácido ascórbico) 200 mg 125 mg 100 mg 100 mg *K 150 µg - - - *1 frasco ampola (10 mL); ** Polivit A - 1 frasco ampola (10 mL); Polivit B - 1 frasco ampola (5 mL). Cálcio 10 a 15 mEq/dia Magnésio 8 a 20 mEq/dia Fosfato 20 a 40 mmol/dia Sódio 1 a 2 mEq/Kg/dia + reposição Potássio 1 a 2 mEq/Kg/dia Acetato Conforme necessário para manter o equilíbrio ácido-básico Cloreto Conforme necessário para manter o equilíbrio ácido-básico Eletrólitos Waitzberg DL, 2009. Como ofertar eletrólitos na NP? Produto Cátion Ânion mEq/mL Mg/mL mEq/mL Mg/mL Acetato de sódio 10% 0,7 16,9 0,7 43,4 Acetato de sódio: 2mEq/mL 2,0 46,0 2,0 118,1 Bicarbonato de sódio 10% 2,0 27,4 1,2 72,6 Cloreto de sódio 3% 0,5 13,1 0,5 20,2 Cloreto de sódio 10% 1,7 39,3 1,7 60,7 Cloreto de sódio 20% 3,4 78,6 3,4 121,4 Cloreto de sódio 4mEq/mL 4,0 92 4,0 141,8 Fosfato de sódio 2mEq/mL 2,0 46 1,1 34,2 Glicerofosfato de sódio:1 Mmol/ml 2,0 46 1,0 31,0 Glicerofosfato de sódio:0,33 Mmol/ml 0,66 15,3 0,33 10,2 Sódio Recomendações: 1 a 2 mEq/kg + reposição Produto Cátion Ânion mEq/mL Mg/mL mEq/mL Mg/mL Acetato de sódio 10% 0,7 16,9 0,7 43,4 Acetato de sódio: 2mEq/mL 2,0 46,0 2,0 118,1 Bicarbonato de sódio 10% 2,0 27,4 1,2 72,6 Cloreto de sódio 3% 0,5 13,1 0,5 20,2 Cloreto de sódio 10% 1,7 39,3 1,7 60,7 Cloreto de sódio 20% 3,4 78,6 3,4 121,4 Cloreto de sódio 4mEq/mL 4,0 92 4,0 141,8 Fosfato de sódio 2mEq/mL 2,0 46 *1,1 34,2 Glicerofosfato de sódio:1 Mmol/ml 2,0 46 *1,0 31,0 Glicerofosfato de sódio:0,33 Mmol/ml 0,66 15,3 *0,33 10,2 *Mmol/L Potássio Recomendações: 1 a 2 mEq/kg Produto Cátion Ânion mEq/mL Mg/mL mEq/mL Mg/mL Acetato de potássio: 2mEq/mL 2,0 78,2 2,0 118,1 Cloreto de potássio 19,1% 2,6 100,1 2,6 90,9 Cloreto de potássio: 2mEq/mL 2,0 78,2 2,0 70,9 Fosfato diácido de potássio 25% 1,8 71,8 1,8 57,0 Fosfato monoácido de potássio 25% 2,9 112,3 1,9 44,5 Fosfato de potássio 2mEq/mL ** 2,0 96 *1,1 34,2 *mmol/L **1mL = 1,1 mmol Cálcio Recomendações: 10 a 15 mEq/dia 12 a 16 mEq/dia Produto Cátion Ânion mEq/mL Mg/mL mEq/mL Mg/mL Gluconato de Cálcio 10% 0,5 8,9 0,5 87,0 * Cloreto de cálcio – rápida dissociação Magnésio Recomendações: 8 a 20 mEq/dia Produto Cátion Ânion mEq/mL Mg/mL mEq/mL Mg/mL Sulfato de Magnésio 10% 0,8 9,9 0,8 39,0 Sulfato de Magnésio 20% 1,6 19,8 1,6 78,0 Sulfato de Magnésio 50% 4,0 49,5 4,0 195,0 Sulfato de Magnésio 1mEq/mL 1,0 12,2 1,0 48,1 Fósforo Recomendações: 20 a 40 mmol/dia Produto Cátion Ânion mEq/mL Mg/mL mEq/mL Mg/mL Fosfato diácido de potássio 25% 1,8 71,8 1,8 57,0 Fosfato monoácido de potássio 25% 2,9 112,3 1,9 44,5 Fosfato de potássio 2mEq/mL 2,0 96,0 1,1 34,2 Fosfato de sódio 2mEq/mL 2,0 46,0 1,1 34,2 * 1 mL contém 1,1mmol Oligoelementos Zinco 2,5 a 5mg/dia *Cobre 0,3 a 0,5 mg/dia Cromo 10 a 15 μg/dia *Manganês 60 a 100μg/dia Selênio 20 a 60μg/dia **Ferro 1-2mg/dia ***Iodo 50 a 80 μg/dia ***Molibdênio 20μg/dia *Cuidado com doenças hepatobiliares; ** Normalmente não é adicionado (compatibilidade); *** Pouco citados (contaminantes) – Marchini JS, et al 1998. Mirtallo J, et al. 2004 Considerações importantes sobre os oligoelementos: 4 principais: Zinco, cobre, manganês e cromo; Zinco: Estresse - perdas urinárias, dças do TGI (ostomias), diarréia; Cobre e manganês – excreção biliar; Selênio: NP de longo prazo, lesão térmica, sida, insuficiência hepática (prioridades) Como ofertar oligoelementos na NP? Oligoelemento Recomendação *Ad element® **Politrace® ***Tracitans Plus® Zinco2500 a 5000 μg/dia 2500 μg 4000 μg 6600 μg Cobre 300 a 500 μg/dia 800 μg 1000 μg 1270 μg Cromo 10 a 15 μg/dia 10 μg 10 μg 10 μg Manganês 60 a 100μg/dia 400 μg 500 μg 270 μg Selênio 20 a 60μg/dia - - 32 μg Ferro 1000-2000μg/dia - - 1120 μg Iodo 50 a 80 μg/dia - - 130 μg Molibdênio 20μg/dia - - 20 μg * 1 ampola = 2mL (Darrow ®); ** 1 ampola = 5 mL (Inpharma ®); *** 1 ampola = 10 mL (Fresenius ®). Cálculo da NP Casos Clínicos CASO CLÍNICO 1 Paciente E.R.L sexo masculino, 73 anos, 38,4Kg, 1,58m, IMC = 15,4 kg/m², chegou ao hospital com queixas de disfagia progressiva de sólido para líquido há 3 meses associado a perda de 15 kg, apresentando discreta hipocalemia. Diagnóstico: Carcinoma epidermóide de esôfago Previsão cirúrgica – 10 dias. Necessidades Nutricionais Calorias – 1344 (35 kcals/kg/dia) PTN – 57,6 g (1,5 g/kg/dia) Lipídeo – 38,4g (1g/kg/dia) HC – mínimo 100 g/dia Micronutrientes (vitaminas, eletrólitos e oligoelementos) – Conforme necessidades. Descrição Simplificada do Cálculo Aminoácidos Oferta: 1,5g/kg/dia (57,6g/dia) Fonte:Solução de aa (10%) 100 mL – 10g x mL – 57,6g x 4 = 230,4 cal X = 576 ml Lipídeos Oferta: 1,0g/kg/dia (38,4g/dia) Fonte:Emulsão lipídica (20%) 100 mL – 20g x mL – 38,4 X = 192 ml X 2 = 384 cal Total Calórico = 1344 – 230,4 – 384 = 729,6 cals (Glicose) 1g de glicose - 3,4 cal x g de glicose - 729,6 cal x= 214,5g Fonte: solução de glicose (50%) 100 ml – 50g x – 214,5g X = 429 ml Velocidade de infusão de glicose (VIG) VIG = g de glicose x 1000 (mg/kg/min) Peso x 1440 214,5 g x 1000 = 3,87 mg/kg/min 38,4 x 1440 Fósforo Oferta: 20 a 40 mmol/dia Fonte: Fosfato de potássio 2 mEq/mL (1mL – 1,1 mmol) 1 mL – 1,1mmol x mL – 20 mmol X = 18,18 mL Potássio Oferta: 1 a 2 mEq/kg/dia (2 mEq/kg = 76,8 mEq/dia) Fontes: Fosfato potássio 2 mEq/mL (2 mEq de k/mL) e KCL 19,1%(2,6 mEq/mL) *Temos 18,2 mL de KPO4 = 18,2 x 2 mEq = 36,4 mEq de K. Total = 76,8 (desejado) - 36,4 (obtido) = 40,4 mEq (faltam) Fonte: KCL 19,1% (2,6 mEq/mL) 1 mL – 2,6 mEq x mL – 40 mEq X = 15,5 mL Cálcio Oferta: 10 mEq/dia Fonte: Gluconato de cálcio 10% (1mL – 0,5 mEq) 1mL – 0,5 mEq x mL – 10 mEq Sódio Oferta: 1 a 2 mEq/kg/dia Fonte: Cloreto de sódio a 20% (3,4 mEq/mL) 1 mEq/kg = 38,4 mEq/dia 1 mL – 3,4 mEq x mL – 38,4 mEq X = 20 mL X = 11,3 mL Magnésio Oferta: 8 a 20 mEq/dia Fonte: Sulfato de magnésio 50% (1mL – 4 mEq) 1mL – 4 mEq x mL – 8 mEq Oligoelementos Oferta: 1 ampola de Tracitans plus® - 10 mL Polivitamínico Oferta: 1 ampola de Cerne 12® - 10 mL X = 2 mL Produto Ca (meq/L) x P (meq/L) – 7,79 x 15,5 = 120,7(meq/L) Cátions divalentes(meq)–(Ca + Mg)x1000=(10+8)x1000 = 14 meq V. Total 1283 Distribuição Percentual de macronutrientes PTN – 17,1%; LIP – 28,6%; HC – 54,3%. Volume final da NP: 576+192+429+18,2+14,8+20+11,3+2+10+10= 1283,3 mL Volume/kg: 33,4 mL/kg/dia Velocidade de infusão:1283,3/24 = 53,4 mL/h Concentração final de glicose: g de glicose = 215 = 16,75% volume final 1283,3 Concentração final de aa: g de aa = 57,6 = 4,48% volume final 1283,3 Calorias não protéicas/g de nitrogênio Calorias não protéicas – 384 + 729,6 = 1113,6 cal G de Nitrogênio – 57,6/6,25 = 9,21 Kcal/gN2 = 120,8:1 Avaliação da Osmolaridade da Parenteral AA – Conc. final x 100 4,48 x 100 448 Glicose - Conc. final x 50 16,75 x 50 837,5 Sódio, valor em mEq x 2 38,4 x 2 76,8 Potássio, valor em mEq x 2 76,8 x 2 153,6 Magnésio, valor em mEq x 1 8 x 1 8 Cálcio, valor em mEq x 1,4 10 x 1,4 14 Total 1537,9 mOsm/L Cautela no Início da NP Glicemia >300mg/dL; Nitrogênio Ureico > 100mg/dL; Osmolalidade sérica >350 mOsm/kg; Na>150mEq/L; K< 3 Meq/L; Cl > 115 ou < 85 mEq/L; P < 2mg/dL; Alcalose ou acidose metabólica; Progressão da NPT 1º Dia = 30 % do total; 2º Dia = 70 % do total; 3º Dia = 100 %. Desmame da NPT Parenteral → Reduzir gotejamento (½ em 1h e ¼ na hora seguinte); Parenteral → enteral/oral (50 a 60% do VCT). Solicitação da NP - Antes C SOLICITAÇÃO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL ADULTO Nome: E.R.L Data: 18/7/2010 Pavilhão: CEON Leito: 01 Registro: 12345 Peso: 38,4 Indicação do tratamento: TGI inacessível (Obstrução esofágica) Calorias/kg: 35 Início: 15/7/2010 Dias de NP: 3 Cal total: 1344 Doses Unidade componente volume g total cal % cals 1,5 g/kg aa 10% 576,0 aa 57,6 230,4 17,1 1 g/kg E. Lipídica 20% 192,0 LIP 38,4 384 28,6 5,6 g/kg Glicose 50% 429,2 HC 215 729,6 54,3 20 mmol/dia Fosfato de potássio 10% 18,2 Dados Adicionais 1 mEq/kg Cloreto de potássio 19,9% 14,4 cal ñ ptn 1113,6 10 mEq/dia Gluconato de cálcio 10% 22,2 g de N2 9,216 1 mEq/kg Cloreto de sódio 20% 11,3 cal ñ ptn/g N2 120,8333333 8 mEq/dia Sulfato de magnésio 50% 2,0 Osmolaridade 1452,99 10 ml Oligoelementos 10 Veloc. Infusão 53,6 10 ml Polivitamina 10 Volume/kg 33,5 0 ml Água destilada 0 [ ] de glicose 16,7 Vol. Final 1285,3 VIG 3,881 Solicitação da NP - Atual Conclusões Nenhum regime parenteral único pode ser ideal para todos os pacientes, com uma grande variedade de processos patológicos, nem para todas as idades, nem para o mesmo paciente durante todas as fases de sua doença. TRABALHO EM EQUIPE Lembrar sempre!!! Paciência e perseverança tem o efeito mágico de fazer as dificuldades desaparecerem e os obstáculos sumirem. John Quincy Adams Caso Clínico 2 Paciente do sexo feminino, 45 anos, diabética com diagnóstico de SIDA há 4 anos, foi internada há 9 dias com quadro de desorientação, diarréia crônica (20 evacuações/dia), desidratação, ITR, uso irregular de TARV e perda de 7kg em 21 dias. Atualmente em uso de dieta oligomérica por SNE em BIC + módulo de fibras solúveis, sem melhora do quadro. P= 40 kg A= 1,56m IMC= 16,4 kg/m2 Conduta Nutricional ????? Justifique!!!! Caso Clínico 3 - TDL Paciente do sexo masculino, acompanhado no ambulatório de cirurgia buco-maxilo-facial, chega ao hospital para realização de ciurgia de retirada de TU de mandíbula. Peso atual: 51 kg, Altura: 1,72m, refere perda de 12 kg em 3 meses, além de odinofagia e dificuldade progressiva de ingestão de alimentos semi-líquidos a líquidos. Paciente encaminhado ao endoscopista para passagem de SNE sem sucesso. Previsão de cirurgia: 5 dias. Conduta Nutricional, Discussão e justificativas OBRIGADO!!! rodrigohuoc@yahoo.com.br
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