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I. CARDIO Doença Arterial Coronariana Fatores de risco doença cardiovascular: Histórico familiar HAS Obesidade Tabagismo DM Sedentarismo Homem > 45 anos Mulher > 55 anos Hipercolesterolemia (↑ LDL) Dieta pobre em frutas e vegetais Escore de risco: Baixo Risco Risco Intermediário Alto Risco ERG < 5% *sem histórico familiar H = 5-20% M = 5-10% H = > 20% M = > 10% 1. Aterosclerose = ALTO RISCO: Fatores de Risco = fumo, HAS, idade avançada, DM, ↑ LDL e CT, ↓ HDL, obesidade, etc. Consequências: A. Doença Arterial Coronária (DAC) • Angina de peito • IAM • Insuficiência Cardíaca B. AVC C. Doença vascular periférica 2. Cardiopatia Isquêmica (DAC): Estreitamento das artérias coronárias = ↓ fluxo sanguíneo e aporte de O2. • Angina = Dor no peito resultante do ↓ fluxo sanguíneo para o ♥ Angina silenciosa Angina estável Angina instável Sem sintomas típicos. Precipitada por exercícios. ↑ da demanda do ♥ Sintomas em repouso. Associada a ataque do ♥. 3. IAM (Infarto Agudo do Miocárdio): Necrose da célula miocárdica resultante da ↓ oferta de O2 ao ♥ Sintomas frequentes: - Desconforto torácico e em outras regiões (pescoço, costas, braço, etc.) - Dispneia - Sudorese, náuseas, tontura Tto nutricional: Objetivo = reduzir sobrecarga ♥ Abordagem lipídica: - Avaliar perfil lipídico em jejum nas primeiras 24 horas de hospitalização; - Pacientes com IAM e LDL > 100 mg/dl = uso de estatinas - Redução de 10% no CT = decréscimo de 30% na incidência de DAC Como tratar? 1. Período de internação: - Jejum nas primeiras 4-12h - Estáveis, mas sem capacidade de alimentação = NE - Com capacidade e estáveis: iniciar com líquido-pastosa e incluir fibras. 2. Pós-IAM: -> Dieta AHA (American Heart Association) - Restrição calórica: perda de 7-10% - Gorduras: ajustado às calorias, preferir insaturados Insuficiência Cardíaca Incapacidade de manter as necessidades metabólicas dos tecidos = ♥ não consegue manter o DC adequado ou o faz à custa do aumento da P.A. Hábitos saudáveis Dieta equilibrada e individualizada Recuperação e manutenção do estado nutricional • Diagnostico: - Sinais e sintomas - Escore de Boston: > 8 pontos = ICC • Sinais e Sintomas: edema, congestão, dispneia, cansaço, fadiga, extremidades frias (↓DC), sintomas digestivos (↓ fluxo GI, náuseas, plenitude). • Classificação (NY Heart Association): Classe I Classe II Classe III Classe IV Assintomático Assintomático em repouso. Sintomas em atividades mínimas. Sintomas em repouso. Caquexia cardíaca: P.P. sem edema IMC < 20 Consumo alimentar < 70% habitual ↓ massa magra ↓ FAM Paradoxo da obesidade: ↑ reserva energética, diagnóstico precoce, ↓ resposta sistema RAA, etc. • Aporte calorico: Kcal: 25-30 kcal/kg/dia Considerar peso SEM edema (peso seco). • Evitar restrições calóricas severas • Monitorar peso • Priorizar qualidade de MACRO • Consumo de Na, K e líquidos CHO PTN LIP Fase inicial: 50-60% VET Fase avançada: ↓ CHO (glicemia e valor de PCO2) Evitar refinados 15-20% VET Fase inicial: 0,8-1,0g/kg Fase avançada: 1,5-2,0g/kg 25-30% VET Sat.: <7% CT: < 300mg/dia Priorizar insaturada II. RENAL Função glomerular: Qualitativa Quantitativa - Hematúria (glóbulos vermelhos na urina) - Proteinuria (excesso PTN na urina) TFG = depuração de creatinina Normal = 80-120 ml/min/1,73 m2 Estagio FG (ml/min) Lesão Renal 1 >90 FG normal 2 60-89 FG ligeiramente ↓ 3 30-59 FG moderadamente ↓ 4 15-29 FG severamente ↓ 5 <15 Falência funcional renal Exames laboratoriais: Creatinina plasmática Ureia - Homem: 0,8 – 1,2 mg/dl - Mulher: 0,6 – 1,1 mg/dl Produção diária variável ↓ na desnutrição Doença Renal Crônica (DRC) Perda lenta, progressiva e irreversível das funções renais. Causas mais frequentes = DM, HAS e glomerulonefrites 1. Lesão renal por ≥ 3 meses com ou sem diminuição da TFG, manifestada por: Anormalidades patológicas OU na composição do sangue, urina ou imagem. 2. TFG < 60 ml/min/1,73m2 por ≥ 3 meses com ou sem lesão renal Fatores de risco: HAS = Retenção de sódio DM = Resistência à insulina Proteinuria = HAS DCV = Dislipidemia Síndrome Urêmica (Uremia): retenção de ureia e produtos nitrogenados no sangue. Sintomas: anorexia, náuseas, polineuropatia, encefalopatia, hálito uremico, etc. Alterações no metabolismo de nutrientes: CHO * Resistencia periférica a insulina. * ↓ clerance renal da insulina = hiperinsulinismo. Consequências: Hipoglicemia espontânea, hiperinsulinemia em jejum. LIP * < depuração sérica. * ↓ LPL = dislipidemias Consequências: Aterogênese, ↑ TG, LDL, VLDL PTN ↑ catabolismo proteico: * ↓ ingestão (anorexia) * metabolização anômala de AAs: ↑ AA não essenciais * ↓ PTN plasmáticas (transferrina e albumina) Vitaminas e minerais = ↑ de Mg, P e K, ↓ Ca, deficiência de Zn (dieta hipoproteica), anemia ferropriva (deficiência de eritropoietina), sobrecarga vitamina A, deficiência de vitamina D3, perdas dialíticas (ácido fólico e vitamina C), etc. Tratamento: • Tto conservador = sem diálise (estágios 3 e 4) = preservar função renal, prevenir ou tratar distúrbios metabólicos e hidroeletrolíticos e manter bom EN. => Fatores relacionados a progressão da DRC no tto conservador (***): HAS Hiperglicemia Ingestão PTN Hiperlipidemia Retenção de fosfato • Dietas pobres em PTN têm efeito benéfico no curso da progressão da DRC. • ↓ acumulo de compostos nitrogenados tóxicos • Minimiza distúrbios (↑ K, ↑ P, acidose e resistência insulínica) • ↓ Proteinuria Estágio Recomendação PTN 1 e 2 Sem restrição, a não ser que FG continue diminuindo = 0,8-1,0 g/kg/dia 3 0,6-0,75 g/kg/dia (50% AVB) 4 e 5 0,6 g/kg/dia (50% AVB) 0,75 – 0,8 g/kg/dia (difícil adesão) Qualidade da PTN = vantagens da PTN vegetal (soja): Dieta com ↑ % de PTN vegetal está associada com melhores parâmetros bioquímicos. Benefício PTN vegetal = ↓ carga ácida gerada, ↓ produção de toxinas urêmicas. VET <60 anos 35 kcal/kg/dia >60 anos 30 kcal/kg/dia CHO LIP 50-60% *Preferir complexos 25-35% Pré dialise: Evitar desnutrição, oferecer aporte calórico suficiente, atentar para quantidade e qualidade PTN, controle PA (Na), controle glicemia. • Terapia renal substitutiva (diálise): 1. Hemodiálise 2. Diálise Peritoneal Hemodiálise: processo de filtração do sangue (rim artificial). • Remove excesso de líquidos e metabólitos • Não substitui funções endócrinas do rim Acesso a circulação sanguínea do paciente = fistula arteriovenosa Terapia: 3-4x/semana – 3 a 5 horas Kt/V de ureia = determina eficiência da diálise Boa eficiência – Kt/V ≥ 1,2 Aspectos Nutricionais: 1. Desnutrição energético-proteica: - ↑ catabolismo proteico (res. insulina, acidose metabólica, etc.) - ↓ ingestão alimentar (restrição dietética) - Anorexia - Perda de AA durante dialise Paradoxo da obesidade: hemodinâmica + estável em obesos; reservas. Recomendações nutricionais: VET <60 anos 35 kcal/kg/dia >60 anos 30 kcal/kg/dia No caso de desnutrição ou obesidade => peso ideal ou ajustado Peso ajustado = (peso atual – peso ideal) X 0,25 + peso ideal CHO 50-60% do VET FIB 20 – 30g de fibras, sendo 25% de solúveis. LIP 30-35% do VET PTN 1,1-1,2 g/kg/dia *peso ideal ou ajustado Líquido: 500 - 1000 ml/dia + volume de urina residual Xerostomia (boca seca) => saliva artificial, gelo, chiclete sem açúcar. Micronutrientes: • Fosforo (P): Alimentos fontes de PTN => fontes de P Dificuldade: 1,2 g/kg/dia proteína → 800 a 1000 mg/dia fósforo • Potássio (K): Atingida se a ingestão PTN, de oleaginosas, frutas e hortaliças cruas não estiverem ↑. - Frutas ricas em K: banana, laranja,abacate, água de coco, kiwi, mamão, melão. - Hortaliças cruas ricas em K: Couve, tomate, berinjela, beterraba, acelga, almeirão. - Outros: caldo de cana, massa de tomate, frutas secas. Obs. = NÃO consumir carambola e nenhum de seus subprodutos!!! A fruta tem uma substância neurotóxica que normalmente é depurada pelos rins. • Sódio (Na): Reduzir ingestão do sal de adição e de alimentos embutidos. Dialise peritoneal: técnica de depuração extra renal que utiliza o peritônio (membrana semipermeável) como superfície de troca de solutos e fluidos entre o sangue e a solução de diálise. Glicose é o agente osmótico mais utilizado. CAPD: Ambulatorial Contínua DPA: Automatizada Presença contínua do dialisato na cavidade peritoneal. Máquina cicladora mais rápida a noite. • Indicações: crianças, idosos, DCV avançada, aguardo de TX ou da maturação da fistula para hemodiálise, paciente com difícil acesso a circulação (dm) ou que refuta procedimentos com sangue. • Alterações metabólicas: Peritonite = permeabilidade peritoneal tende a aumentar = ↑ absorção de glicose Hipoalbuminemia: perda de PTN: 5 a 15g/dia (50-80% é albumina). Na peritonite: 7 a 30g/dia. Dislipidemia: níveis elevados de CT, TG, LDL. Absorção de glicose = síntese hepática de TG e VLDL Desnutrição energético-proteica (multifatorial): Uremia, perdas dialíticas, supressão do apetite pela absorção de glicose do dialisato, saciedade precoce, etc. Hipocalemia (K): perda no dialisato, perdas intestinais, ingestão deficiente. Hipocalemia + frequente na DP do que na HD Obesidade Desnutrição Hipocalemia (K) Hiperfosfatemia (P) Hiperglicemia Hiperinsulinemia Hipoalbuminemia Dislipidemia Recomendações Nutricionais: VET <60 anos 35 kcal/kg/dia >60 anos 30 kcal/kg/dia CHO 35% do VET por VO FIB 20 – 25g de fibras, sendo 25% de solúveis. LIP 25-35% do VET PTN 1,2-1,3 g/kg/dia (50% alto valor biológico - AVB) 1,4-1,5 g/kg/ dia (depleção e peritonite) Vit. hidrossolúveis são em parte perdidas no dialisato = suplementação Hiperparatireoidismo secundário (HPTS) e uso de quelantes Rim = responsável pela reabsorção de Ca, excreção de P e produção de vit. D. Sintetiza o metabólito mais ativo da vit. D = CALCITRIOL Calcitriol e Ca = fatores inibitórios da síntese e secreção de PTH Fatores de risco: Mulher Jovem Raça negra ↓ Ca ↑ P Anos em dialise Duração IR Tratamento: dieta, dialise, quelantes, vitamina D, calcimimeticos. 1. Dieta: Hiperfosfatemia: Restrição dietética de P (não excluir): Carnes em geral (boi, frango, peixe e porco), leite e derivados, ovos, leguminosas. Exclusão: Outras carnes (sardinha, frutos do mar, miúdos, linguiça, salsicha e presunto), amendoim, castanha, nozes, refrigerante a base de cola, cerveja. Função principal = absorção intestinal de Ca 2. Remoção pelo processo dialítico: P removido de modo mais eficaz nas primeiras horas de hemodiálise. Hiperfosfatemia severa = HD diária 3. Quelantes de Fósforo: Reação entre P da dieta e cátion do quelante => adsorção de íons de P nas partículas do quelante = composto insolúvel e não adsorvível Exemplos: carbonato de cálcio (primeira escolha), acetato de cálcio e sevelamer. Em caso de hipercalcemia = evitar os a base de Ca. Quando usar? Em caso de hiperfosfatemia (qualquer estágio). Como usar? Junto as refeições, dose de acordo com qtd de P na refeição. Efeitos colaterais: constipação, alteração do paladar, hipercalcemia. 4. Vitamina D: • DRC 3 e 4: – Se PTH > e vit. < 30 ng/ml, repor. • DRC 5: – Se PTH > 300 tratar com vitamina D ativa. 5. Calcimimeticos (cinacalcet): Compostos orais que ativam o calcitriol e consequentemente aumentam sua sensibilidade ao Ca extracelular, resultando em uma menor secreção de PTH. Ativam calcitriol = ↑ sensibilidade ao Ca extracelular = ↓ secreção PTH Transplante renal (TX) • TFG mantém-se, em média, como os valores do estágio 3 da DRC. Fases: Pré-transplante: Pós-TX imediato: Pós-transplante tardio: Fatores de risco: Desnutrição, obesidade, HAS, intolerância à glicose, desequilíbrio P, Ca e vit. D. 4-6 semanas. Medicação imunossupressora Por toda vida ou enquanto o enxerto estiver funcionando. Risco para DC = hiperglicemia, hiperlipidemia, HAS, etc. Risco para doenças ósseas = história de fraturas, hipocalcemia, hiperfosfatemia, HPTS. (corticoides) => prevenção de rejeição pós TX Corticoides: hiperglicemia, DM pós- TX, hiperlipidemia, ganho de peso, perda muscular, retenção de Na e líquidos, face lua cheia. Complicações: - HAS - Obesidade - Hiperlipidemia - Osteoporose Pós-TX imediato Pós-TX tardio VET 30-35 kcal/kg 25-30 kcal/kg Obesos = 20 kcal/kg CHO 50% (preferir complexos) LIP 30-35% 30-35% PTN 1,2 - 1,4 g/kg/dia 0,8 – 1,0 g/kg/dia *preservar função do enxerto Liquido Normal; se houver disfunção do enxerto = restrição. ** Suplementar Zn = cicatrização Doença Renal do Diabetes Defeitos na ação e/ou secreção da insulina = hiperglicemia Considerar tipo de diabetes, estagio da DRC e estado nutricional Tratamento: 1. Reduzir a EUA (excreção urinaria de albumina) 2. Desacelerar o declínio da TFG 3. Prevenir a ocorrência de eventos cardiovasculares => Estratégias: controle glicêmico, pressórico e lipídico EUA: Aumentada: maior ou igual a 30mg/g Muito aumentada: maior ou igual a 300mg/g Alvo terapêutico = A1C < 7% Terapia Nutricional: Energia 30-35 kcal/kg *sobrepeso/obesidade = não usar < 25 kcal/kg/dia CHO 40-65% (preferencialmente complexos) Não se indica menos que 130g LIP 25-35% PTN < 1,0g/kg/dia Avaliação do Estado Nutricional em Pacientes Renais • DRC estagio 3 -> a cada 6-12 meses. • DRC estagio 4 e 5 -> a cada 1-3 meses. MÉTODOS SUBJETIVOS: MÉTODOS OBJETIVOS: • História Pregressa: progressão da doença, tto, medicamentos, comorbidades, aspectos nutricionais. • Exame Físico: olhos, boca, cabelo, etc. • ASG MIS (escore de desnutrição e inflamação) = + indicado para avaliação do EN ou RN de pacientes em diálise! • Exames Bioquímicos: albumina = estratificação de risco e não de EN (marcador tardio de EN) • Antropometria: - Peso SECO (sem edema, pós diálise) - Aferir estatura ano = alterações ósseas - IMC > 23 em pcts em HD - Dobras cutâneas > bioimpedância - PP não intencional > IMC MIS = integra os 4 métodos de avaliação nutricional: história, exame físico, antropometria e testes laboratoriais. % redução de peso (3-6 meses) Interpretação >10 % Significativa 5-10% Indicador precoce de RN <5% OK Avaliação da Ingestão Alimentar: • Consumo de frutas e vegetais, densidade cal, alimentos fontes de P, K e Na, líquidos e bebidas alcoólicas, alergias e intolerâncias, suplementos, consumo proteico. Ureia ↔ estima a ingestão de PTN em qualquer fase da doença. PNA (equivalente Proteico do Aparecimento de Nitrogênio) ↔ estima a ingestão de PTN somente quando o paciente estiver em balanço nitrogenado neutro. Remolho = perda de K Não usar sal Diet (aumenta K) Síndrome Nefrótica Grupo de doenças cujas manifestações derivam de uma perda de barreira glomerular a proteínas. Causas Consequências • ↓ da pressão oncótica • retenção de Na • Hipoalbuminemia e Proteinuria = perda de PTN na urina • Edema = maior reabsorção de Na • Hipercolesterolemia (↓ albumina = ↑ síntese de vldl e ldl = ↑ CT) Proteinuria => ↓ pressão oncótica => líquido intravascular → espaço intersticial => ↓ volume sanguíneo arterial => retenção Na e água pelo rim => edema Tratamento dietoterápico: Evitar catabolismo proteico, compensar desnutrição proteica, reduzir progressão da doença, controle da HAS. NÃO indicardieta hiperproteica => pode aumentar permeabilidade da membrana basal glomerular = Proteinuria VET 30-35 kcal/kg/dia PTN 0,8-1,0 g/kg/dia (AVB 60-70%) + 1g/dia por cada g PTN perdida na urina CHO Preferir os complexos LIP <30% VET (controle lipídico) Controlar => Na (HAS e edema), K (hiper OU hipocalemia). Suplementar => vitamina D e cálcio (↓ absorção de Ca na fase ativa da doença = corticoides) Lesão Renal Aguda (LRA) Redução abrupta da FR, resultando em importante desequilíbrio hidroeletrolítico e acúmulo de produtos do catabolismo nitrogenado no plasma, como ureia e creatinina. Diagnostico: creatinina sérica e debito urinário Causas: Pré-renal Renal intrínseca Pós renal Hipoperperfusão renal, hipovolemia, desidratação grave, trauma, queimadura. Lesão parênquima renal. Glomerulonefrites. Isquemia (50%) e toxinas (35%). Obstrução do trato urinário (tumores). Litíase (calculo renal). Manifestações clinicas: • Síndrome Urêmica = náuseas, vômitos, mal-estar e alteração da consciência • Hipervolemia = edema periférico, HAS, oliguria, anuria. • Avaliação Cardíaca = arritmias, Hipercalemia (K) • Etc. Tipos de dialise: • Terapia dialítica continua => remover água, eletrólitos e moléculas de baixo peso molecular. Permite uso sem restrição de TN enteral e parenteral. • Hemodiálise • Dialise peritoneal Alterações metabólicas e aspectos nutricionais: Alterações no metabolismo de todos os macronutrientes = hiperglicemia, hipertrigliceridemia e hipercatabolismo. Pacientes com IRA: ↑ desnutrição = catabolismo aumentado, suplementação inadequada, depleção energético proteica. Tratamento nutricional: Prevenir desnutrição e catabolismo, manter volemia normal, melhorar cicatrização e função imunológica, reduzir taxa de mortalidade. Principal determinante = GRAU DE CATABOLISMO PROTÉICO: ↑ TMB = ↑ excreção nitrogenada PTN => fonte importante de energia na LRA. TAU = Taxa de aparecimento de Nitrogênio Uréico Catabolismo leve TAU < 5g Catabolismo moderado TAU 5-10g Catabolismo grave TAU > 10g Bom prognostico. Complicações infecciosas associada a IRA. ↑ mortalidade (60-80%) VET 20-30 kcal PTN Não catabólicos sem dialise: 0,8-1,0 g/kg/dia Em dialise: 1,0-1,5 g/kg/dia Grave catabolismo: até 1,7 g/kg/dia Líquidos: Tto conservador => restrição Diálise contínua => sem restrição Suporte nutricional – conclusões: • Pacientes com LRA em UTI são frequentemente hipercatabólicos • Início do suporte nutricional deve ser precoce • Evitar sobrecarga calórica • Terapias dialíticas contínuas permitem a administração de um suporte nutricional adequado sem acarretar sobrecarga de volume ou desequilíbrios metabólicos. Nefrolitíase (cálculo renal): Concreções anormais constituídas de componentes cristalinos e matriz orgânica (ex.: cálculo de oxalato de Ca). Causas: distúrbios metabólicos, infecção urinaria, anormalidades anatômicas, idiopáticas. Tratamento dietoterápico = prevenir recorrência Formação do cálculo -> fatores promotores e inibidores. Promotores ↑ ácido úrico urinário ↑ Ca urinário ↑ Oxalato urinário ↑ Na urinário ↓ Volume e pH urinário Inibidores ↑ Citrato urinário ↑ Mg urinário • Ca: restrição NÃO recomendada • Alimentos ricos em oxalatos: espinafre cozido, beterraba cozida, chocolate, chá, café, nozes, farelo de trigo, morango, brócolis, batata, etc. • Fitatos (P na forma de fitato): INIBIDOR da cristalização dos sais de Ca Fitato se liga com Ca = ↓ a associação entre Ca e oxalato. • Citrato: forma complexo com íons de Ca = ↓ formação de cálculo ↑ Consumo de limão, laranja, etc. • Na: ↑ ingestão de Na = ↑ excreção renal de Ca (↑ risco de oxalato de Ca) Recomendação: Evitar alimentos ricos em sódio. • K: ↓ ingestão K = ↑ risco de litíase renal Recomendação: ↑ o consumo de fontes de K, mas pobre em oxalato: Laranja, banana, pêssego, kiwi, damasco, melão, tomate, repolho... Líquidos: ↑ ingestão (para diurese de 2,0 - 2,5L) ** 30ml/kg/dia ↑ volume urinário => ↓ [] dos promotores de cristalização => ↓ formação de cálculos Evitar alimentos muito ricos em oxalato e manter ingestão de Ca. - Preferencialmente água OU suco de laranja e limão (↑ teor de citrato) Evitar: - Chá preto, refrigerantes e chimarrão: ↑ teor de oxalato - Isotônicos: ↑ teor de Na - Álcool: contem purinas (ácido úrico = fator promotor) Proteínas: 0,8 – 1,2 g/kg/dia (50% AVB) Adequar PTN de origem animal (↓ carne vermelha) e evitar alimentos ricos em purinas.
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