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FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA NA DOENÇA RENAL CRÔNICA Profº. Msc. Rebeca Rocha de Almeida Centro Universitário Estácio de Sergipe Departamento de Nutrição Fisiopatologia e Dietoterapia II http://portal.estacio.br/unidades/centro-universit%C3%A1rio-est%C3%A1cio-de-sergipe/ DOENÇA RENAL CRÔNICA Definida como anormalidades da estrutura ou função dos rins, presentes por mais de 3 meses e com implicações para a saúde. Causas: FONTE: CUPPARI, 2010; KRAUSE, 2012; NATIONAL KIDNEY FOUNDATION, 2013. • No Brasil, a prevalência de DRC é de 50/100.000 habitantes, inferior ao que é visto nos EUA (110/100.000) e Japão (205/100.000); • De acordo com o último censo da SBN existem em torno de 100 mil brasileiros em diálise, com uma taxa de internação hospitalar de 4,6% ao mês e uma taxa de mortalidade 17% ao ano; • De acordo com o “2010 Global Burden of Disease Study”, a DRC se situava na 27ª posição no índice de mortalidade global em 1990, passando à 18ª em 2010; (FONTE: SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2013; LOZANO et al.,2013) DOENÇA RENAL CRÔNICA FUNÇÕES DO RIM Excreção de produtos finais metabólicos (ureia, creatinina etc.) Manutenção do volume extracelular e composição iônica (balanço de água, sódio e eletrólitos) Regulação da pressão Produção de hormônios e enzimas (eritropoietina, 1,25 diidroxivitamina D, renina etc.) Manutenção do equilíbrio ácido básico Principal função: excreção e regulação de água corpórea, de minerais e compostos orgânicos. FONTE: CUPPARI, 2010; KRAUSE, 2012; NATIONAL KIDNEY FOUNDATION, 2013. DOENÇA RENAL CRÔNICA Redução da filtração glomerular Solutos tóxicos acumulam-se no plasma FONTE: CUPPARI, 2010; KRAUSE 2012. O cálculo da TFG é recomendado para todos os pacientes sob o risco de desenvolver DRC. Todos os pacientes que se encontram no grupo de risco para a DRC devem dosar a creatinina sérica e ter a sua TFG estimada. DOENÇA RENAL CRÔNICA FONTE: NATIONAL KIDNEY FOUNDATION, 2013. CLASSIFICAÇÃO FISIOPATOLOGIA I. Expansão do volume extracelular; II. Acidose metabólica; III. Anemia; IV. Doença cardiovascular alteração no perfil lipídico; V. Osteodistrofia renal; VI. Alteração no metabolismo de insulina; VII. Alteração no trato gastrointestinal. FISIOPATOLOGIA Doença Renal Crônica Definida por anormalidades estruturais ou funcionais dos rins, por mais 3 meses ▪Desordens cardiovasculares (aterosclerose); ▪Alterações no metabolismo de macronutrientes (catabolismo proteico, intolerância à glicose) ▪Anemia; ▪Osteodistrofia; ▪Desequilíbrio Hidroeletrolítico; ▪Acidose metabólica; Manifestações clínicas da síndrome urêmicas: Avaliação Nutricional na DRC A prevalência de desnutrição é elevada e está relacionada com mortalidade nesta população Obesidade na DRC A prevalência da obesidade na DRC vem aumentando: ✓ Sugerem obesidade é favorável na sobrevida do paciente renal PORÉM: ✓ Controverso já que gordura abdominal é fator de risco para doença renal ✓ Na diálise peritoneal, a obesidade é associado com risco ✓ Não parece ser benéfico a longo prazo ✓ Parece que o efeito protetor está associado ao paciente com maior reserva de massa magra. AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL NO PACIENTE RENAL ANTROPOMETRIA Paciente idoso com DRC GANHO DE PESO INTERDIALÍTICO GPI = peso pré- diálise – peso pós- diálise não deve ultrapassar 4,0 a 4,5 % Antropometria IMC é um indicador que pode estar “mascarado ”, devido a retenção hídrica A Estatura deve ser aferida anualmente, devido as alterações ósseas no paciente DRC Pcte em tratamento dialítico com IMC < 20 kg/m² , maior risco de mortalidade Recomendado pela Guia Europeu de Nutrição: IMC > 23 kg/m² para paciente em HD, associado menor mortalidade CIRCUNFERÊNCIAS E DOBRAS CORPORAIS ✓ Circunferência do braço ✓ DCT, DCSE, DCB, DCSI – soma das dobras para cálculo do % de gordura corporal OBS: Em pacientes HD deve ser obtida as medidas após sessão e no braço contrário ao do acesso vascular ✓ CB e DCT Circunferência muscular do braço CIRCUNFERÊNCIAS E DOBRAS CORPORAIS • Circunferência da cintura: • boa correlação com adiposidade abdominal • Pctes em DP: deve ser quando a cavidade encontra- se sem líquido dialisado CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE DESNUTRIÇÃO NA DRC CONSUMO ALIMENTAR • Recordatório de 24h aplicado 2 momentos: um dia com tratamento e outro dia sem tratamento. • Registro alimentar de 3 a 7 dias: pctes em HD, pelo menos um dia da sessão de HD, e registro detalhando da ingestão hídrica. • QFA: inexistência de instrumento validado para pct em DRC. Útil para verificar as fontes alimentares de Na, P, K EXAMES LABORATORIAIS Exames laboratoriais DLN, dentro do limite de normalidade Parâmetros Limites normais Interpretação Sódio sérico 135-145mEq/L Aumenta nos estágios finais da DRC e leva a retenção hídrica Potássio sérico 3,5 a 4,5 mEq/L até 5,5 mEq/L (diálise) DRC causa aumento da secreção K Fósforo sérico 2,7 – 4,5 mg/dL 3,5 a 5,5 mg/dL (DRC estágio 5) Aumenta na DRC: ingestão excessiva, redução excreção renal, remodelação óssea Vitamina D > 30 ng/mL Sua deficiência, causa hiperparatireoidismo secundário Proteinúria < 150 mg/dia Aumentanda na DRC ou sistêmicas, em infecções urinárias, febre Parâmetros Limites normais Interpretação LDL-c < 100 mg/dL Paciente com DRC + DM manter LDL-c < 70 mg/dL Não- HDL-c < 130 mg/dL Triglicerídeos < 200 mg/dL Colesterol total < 200mg/dL < 150 mg/dL risco de DEP EXAME CLÍNICO Hálito do paciente → acúmulo de corpos cetônicos Pele → pálida ou amarelada, escoriações (prurido intenso). Unhas → alteração de cor, côncavas, abauladas. PA → aumentada, por causa ou consequência Fundo do olho → vasos mais dilatados Aparelho cardiopulmonar Exame dos rins (palpação, ausculta, percussão). PROVAS DA FUNÇÃO RENAL • 1. Alterações na micção: normal a cada 4-6 horas • Polaciúria: ↑ freqüência miccional, c/ eliminação de pequenos volumes de urina • Disúria: dor • Nictúria: diurese no período da noite, pode ser pela perda da capacidade de concentração da urina • Urgência miccional • Incontinência urinária: perda involuntária de urina • Retenção urinária: incapacidade de esvaziar a bexiga, mesmo que a produção de urina pelos rins esteja normal PROVAS DA FUNÇÃO RENAL • 2. Alterações no volume urinário adulto: normal entre 700 a 2000mL • Poliúria: volume >2500mL/dia • Oligúria: volume < 400mL/dia (redução produção urina) • Anúria: volume < 100mL/dia PROVAS DA FUNÇÃO RENAL Alterações na cor da urina: • Normal – amarelo claro (diluída) a escuro (quando concentrada). Observar a ingestão de alimentos e medicamentos • Turva: presença de fosfatos e uratos (normal) ou infecção (leucócitos e bactérias – anormal), acidificação • Hematúria (sangue), que pode ser macro ou microscópica; hemoglobinúria, mioglobinúria, bilirrubinúria. TRATAMENTO DA DRC: Tratamento conservador Terapia renal Substitutiva Tranplante Renal • Controle da sintomatologia urêmica / distúrbios hidroeletrolítico (edema, hiperlipidemia, hipoalbuminemia); • Tratamento de doenças correlacionadas como Desnutrição Energético Proteica (DEP), Hiperparatiroidismo secundário, entre outras; • Orientações dietéticas específicas para manter/melhorar a condição nutricional. FONTE: CUPPARI, 2010; KRAUSE 2012. IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO FASE NÃO DIALÍTICA Tratamento conservador • Progressão da lesão renal mesmo na ausência da causa inicial que determinou lesão no rim; Glomérulos ainda funcionantes Hiperperfusão (Hipertensão, hiperfiltração e hipertrofia) Modificação permeabilidade da membrana as proteínas Maior trafego proteico nos túbulos renais Estimulação de produção de hormônios, fatores de crescimento FONTE: CUPPARI, 2010; KRAUSE 2012. Consiste em controlar os fatores de risco para a progressão da DRC, bem como para os eventos cardiovasculares e mortalidade, como objetivo de conservar a TFG pelo maior tempo de evolução possível. FASE NÃO DIALÍTICA: TRATAMENTO CONSERVADOR • Propostas terapêuticas que visem atenuar essas alterações (melhor controle da HAS, proteinúria, hiperfosfatemia, acidose metabólica) têm sido empregadas para evitar ou retardar a progressão da DRC para estágios finais. FASE NÃO DIALÍTICA: TRATAMENTO CONSERVADOR FONTE: CUPPARI, 2010; KRAUSE 2012. • Necessidades semelhantes a população geral com AF leve (30-35kcal/kgP) • DEP >35kcal/kgP FONTE: NFK / KDOQI, 2002; CUPPRARI 2010, KRAUSE 2012 TRATAMENTO CONSERVADOR: INGESTÃO CALÓRICA 2002 TRATAMENTO CONSERVADOR: INGESTÃO CALÓRICA FONTE: Sabatino et al., 2017. TRATAMENTO CONSERVADOR: INGESTÃO PROTEÍCA 2013 FONTE: Sabatino et al., 2017. TRATAMENTO CONSERVADOR: INGESTÃO PROTEÍCA • Modificação dos níveis proteicos • Redução proteico de apenas 0,8g/kgP Reduz proteinúria Reduz geração de compostos nitrogenados tóxicos • Aumenta pressão glomerular Perda da função renal • 50-60% fontes de proteínas de alto valor biológico FONTE: CUPPARI, 2010; KDIGO 2013; KRAUSE 2012 TRATAMENTO CONSERVADOR: INGESTÃO PROTEÍCA TRATAMENTO CONSERVADOR: INGESTÃO DE GORDURAS FONTE: Sabatino et al., 2017. FONTE: Sabatino et al., 2017. TRATAMENTO CONSERVADOR: INGESTÃO DE FIBRAS • Sódio Edema como condição clínica mais aparente Sobrecarga corporal total 2g/dia de sódio ou 05g de NaCl. • Potássio e fósforo Somente se elevação sérica ou quando TFL<15 Uso de medicamentos podem influenciar FONTE: KDIGO, 2013; KRAUSE 2012 FONTE: CUPPARI, 2010; KRAUSE 2012 TRATAMENTO CONSERVADOR: INGESTÃO DE MICRONUTRIENTES O treinamento educacional intensificado motivou pacientes e favoreceu uma redução na ingestão de proteína além do aconselhamento dietético padrão, o contato próximo e acompanhamento regular (mensal) com um nutricionista especialista em renal mostra que programas de educação nutricional são eficazes para aumentar o grau de adesão a recomendações de ingestão de proteínas. TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA É uma das modalidades de substituição da função renal: hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal (FONTE: NATIONAL KIDNEY FOUNDATION, 2002) FASE DIALÍTICA FASE DIALÍTICA FONTE: CUPPARI, 2010; KRAUSE 2012. • Terapêutica empregada para remoção de solutos urêmicos anormalmente acumulados e do excesso de água. • Eficiência da diálise: Modelagem cinética Mede remoção de Ur no sangue por um determinado período • Kt/V de ureia da sessão Hemodiálise: Kt/V >1,2/sessão Dialise peritoneal: Kt/V>2,0 *K = Clearance de ureia do dialisador, t= tempo de duração; V= volume de água corporal total do pct. FONTE: CUPPARI, 2010; KRAUSE 2012 FASE DIALÍTICA TERAPIA NUTRICIONAL NA DIÁLISE PERITONEAL • Recomendação calórica usual total (dieta + dialisado) é de 30-35 kcal/kg/ dia. • A recomendação calórica → considerar a absorção constante de glicose do dialisado. • Em geral, a quantidade de glicose absorvida é em torno de 20% a 30% da ingestão calórica usual do paciente. • Normalmente, em pacientes com capacidade de transporte peritoneal adequado, aproximadamente 60% da glicose são absorvidos. FONTE: CUPPARI, 2010; KDOQUI, 2000; KRAUSE 2012 TRATAMENTO NA TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA: INGESTÃO CALÓRICA O peso corporal a ser utilizado prescrever a dieta é o peso seco. Para pacientes em HD obtêm-se pós HD e para pacientes em DP, obtém-se após a drenagem do dialisado. • 1,2 – 1,4g/kgP/dia de proteína - HD Promoção de balanço nitrogenado positivo ou neutro • 1,3 – 1,5g/kgP/dia de proteína – CAPD Maior perda diária de proteínas • 50% das proteínas - AVB FONTE: CUPPARI, 2010; KRAUSE 2012; KDOQUI, 2002 TRATAMENTO NA TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA: INGESTÃO PROTEICA • 1,2 – 1,4g/kgP/dia de proteína - HD Promoção de balanço nitrogenado positivo ou neutro • 1,3 – 1,5g/kgP/dia de proteína – CAPD Maior perda diária de proteínas • 50% das proteínas - AVB FONTE: CUPPARI, 2010; KRAUSE 2012; KDOQUI, 2002 TRATAMENTO NA TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA: INGESTÃO PROTEICA • Cálcio e Fósforo Dificuldade da restrição de P (<1200mg/dia) dietas hiperproteicas Quelantes de fósforo – ligação P ao alimento Déficit de cálcio disponível –absorção dietética Suplementação de Ca não recomendada Hipercalcemia/calcificação de tecidos moles FONTE: CUPPARI, 2010; KRAUSE 2012 TRATAMENTO NA TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA: INGESTÃO DE MICRONUTRIENTES FONTE: Alessandro, Piccoli E Cupisti, 2015 FONTE: Cuppari, 2009. FONTE: Cuppari, 2009. HIPERFOSFATEMIA: O QUE FAZER? Avaliar: • Ingestão de proteínas • Ingestão de fósforo (principalmente produtos industrializados) • Uso de quelantes • Restringir refrigerantes a base de cola, oleaginosas, chocolate, bebidas alcoólicas, coco, altas quantidades de leite e derivados. FONTE: Cuppari, 2009. HIPERCALEMIA Avaliar as causas! • Uso de medicamentos: poupadores de potássio ou beta bloqueadores • Presença de catabolismo: febre, infecção, desnutrição • Acidose metabólica: bicarbonato <22 mmol/L • Ingestão de alimentos ricos em potássio: caldo de cana, frutas secas, oleaginosas, café solúvel, chocolate, etc. HIPERCALEMIA NA DIÁLISE PERITONEAL Quando realizar a restrição de potássio: 1- Em caso de hipercalemia, é necessária a avaliação em relação à adequação da diálise. 2- Quando a dose da diálise está insuficiente, a restrição de potássio na dieta pode ser recomendada, até que o problema se resolva. 3- Deve-se verificar, também, o uso concomitante de beta bloqueadores e de inibidores de enzima de conversão, usados no manejo da hipertensão arterial. Esses podem elevar os níveis sanguíneos de potássio. FONTE: CUPPARI, 2010; KRAUSE 2012 Cozimento! - 60% TRATAMENTO NA TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA : INGESTÃO DE MICRONUTRIENTES FONTE: Cuppari, 2009. HIPERTENSÃO Conduta • Estimular atividade física de acordo com as condições individuais • Controle na ingestão de sódio • Sugestão de temperos e molhos para melhora do paladar • Restringir sódio gradativamente para adaptação das papilas gustativas • Utilizar temperos naturais: alho, cebola, cheiro verde, orégano, coentro, canela, etc. FONTE: Cuppari, 2009. CONTROLE HÍDRICO DICAS • Colocar em uma garrafa a quantidade diária permitida • Se beber algum líquido, descontar da garrafa • Reduzir a ingestão de sal • Colocar pedra de gelo na boca ou pedaço de limão • Fazer bochechos e não engolir FONTE: Cuppari, 2009. SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS, DIETAS ENTERAIS E MÓDULO DialyCare HP 1,8 8,1 70 FONTE: Cuppari, 2005. MICRONUTRIENTES RECOMENDAÇÕES NAS COMPLICAÇÕES DA DIÁLISE PERITONEAL • Peritonite → ↑ permeabilidade da membrana peritoneal → ↑ perdas e o catabolismo (50% do aporte proteico AVB) • A hipocalemia + câimbras + arritmias cardíacas → comum em pacientes em DP (↑ ingestão de K) • Os líquidos não são geralmente restritos (deve monitorar o peso e pressão arterial) TRANSPLANTE • Terapia para o estágio final da DRC- Melhora da sobrevida e qualidade de vida; • É uma terapia que não é isenta de complicação ou problemas de riscos nutricionais; TRANSPLANTE Objetivos: ▪ Manutenção do estoque de proteínas viscerais devido ao catabolismo proteico; ▪ Cicatrização da ferida cirúrgica; ▪ Evitar a infecção associada ao procedimento cirúrgico e à Terapia imunossupressora; ▪ Prevenir complicações hidroeletrolíticas que acompanham as mudanças rápidas da função renal; RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS- IMEDIATO Calorias 30- 35 kcal/kg/dia Proteína 1,3 a 1,5 g/kg/dia CHO 50% a 60% do VET LIP 25% A 35% do VET G. saturada < 7% do VET G. Poli-insaturada até 10% do VET G. Monoinsaturada até 20% do VET Colesterol <200 mg Fibras 20 a 30 g/dia Fonte: Cuppari et al., (2013) RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS Potássio (mg/dia) 1950 a 2730 Sódio (mg/dia) Individualizado Cálcio (mg/dia) 800 a 1000 Fósforo (mg/kg/dia)8 a 17 Fonte: Cuppari et al., (2013) RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS- APÓS SEIS SEMANAS Calorias 20- 35 kcal/kg/dia Proteína 1 g/kg/dia (50% a 75% AVB) CHO 50% a 60% VET LIP 30% A 35% do VET G. saturada < 7% do VET G. Poli-insaturada até 10% do VET G. Monoinsaturada até 20% do VET Colesterol <200 mg Fibras 20 a 30 g/dia Fonte: Cuppari et al., (2013) TERAPIA COM IMUNOSSUPRESORES Efeitos colaterais: 1. Obesidade 2. Dislipidemia 3. DM 4. HAS 5. Desnutrição 6. Hipercalemia 7. Alterações no metabolismo do cálcio e do fósforo 8. DCV CASO CLÍNICO • M.A.S, 40 anos, sexo feminino, realiza diálise a menos de 1 anos, relata se sentir bem, sem comprometimento da capacidade funcional, DC: IRC-HD + DLP + HAS • Peso: 50 kg Altura: 1,60m • Relato de perda ponderal de 05 kg em 02 meses – baixo apetite. • Antecedentes familiares: HAS, DLP • Exame físico: abdome flácido, edema moderado em membros, depleção leve de tecidos corporais • ASG 7 pontos: 3 pontos: desnutrição leve a moderado • Consumo alimentar: baixa densidade nutricional (sub-ótima), temperos prontos, embutidos, produtos industrializados; consome biscoitos e refrigerantes com frequência; baixa ingestão de frutas e verduras; consome frituras diariamente. • Medicamentos em uso: Furosemida 40mg/dia, Sinvastatina 20mg/dia e Atenolol 50mg/dia • Exames: Na 133 mg/dl; P 5,2 mg/dl; K 7,2mEq/l; Ur 105 mg/dl; Cr 5,2mg/dl; CT 250mg/dl HDL 35mg/dl; LDL 150mg/dl; TGL 150mg/dl; Albumina 3,0 g/dl
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