Buscar

Sociologia+geral+ +Karl+Marx

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

Sociologia geral 
e jurídica
Karl Marx
Obra de referência: Um toque de clássicos. Quintaneiro, T; Barbosa, M. L. de O; e Oliveira, M. G. 2ª. Edição. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009.
Docente: Camila Marques
Karl Marx - biografia
- Viveu entre 1818 a 1883.
- Intelectual alemão.
- Economista, filósofo, historiador, teórico político e jornalista.
- Suas teorias se difundiram e influenciam vários campos do conhecimento, reunidas numa corrente de pensamento chamada de marxismo.
Contexto histórico
Século XIX
Marx viveu numa época em que a Europa se debatia em conflitos, tanto no campo das ideias como no das instituições.
Herdeiro do ideário Iluminista, acreditava na razão como instrumento de apreensão da realidade e construção de uma sociedade mais justa. 
Já na universidade, as doutrinas socialistas e anarquistas se encontravam no centro das discussões dos grupos que Marx frequentava.
Dois momentos da história europeia vividos por Marx que tiveram importantes reflexos em sua obra: 
as revoltas antimonárquicas de 1848 - na Itália, na França, na Alemanha e na Áustria.
a Comuna de Paris, que, durante pouco mais de três meses em 1871, levou os operários ao poder, influenciados pelas ideias do próprio Marx.
Publicação do Manifesto do Partido Comunista – 1848.
Conceitos: 
dialética e materialismo
Tradição filosófica dominante na Europa até o início da modernidade:
Crença na existência de
um mundo sensível e histórico,
e de uma outra dimensão real povoada de substâncias ou essências imutáveis – estes seriam os verdadeiros objetos de conhecimento.
Movimento e transformação nessa tradição:
Eram pensados como sendo mera aparência de um ciclo rígido, inflexível.
Os fenômenos não afetariam o SER das coisas, constituído desde sempre, imutável.
Formas mais dinâmicas de entender a realidade irão ocupar o lugar das concepções anteriores 
Aproximação entre Razão e História
Conceitos: 
dialética e materialismo
Filosofia idealista de Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831)
Pensador alemão.
Ideia de que a realidade histórica desenvolve-se enquanto manifestação da razão, num processo incessante de autossuperação desencadeado pelo conflito e pela contradição que lhe são inerentes = movimento dialético.
Movimento dialético: noção originária do pensamento clássico grego, reformulada por Hegel.
Unidade dialética: relação entre o particular e a totalidade; apreensão das coisas a partir do seu oposto; finito – infinito, universal.
Forma que possibilita a inteligibilidade dos fenômenos.
O sujeito: realiza o esforço conceitual de explicar e compreender os fenômenos; supera a observação para estruturar os fatos num sistema totalizante.
Conceitos: 
dialética e materialismo
Filosofia idealista de Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831)
Movimento dialético:
Esse sistema totalizante é transitório, passível de superação. 
Aplicada aos fenômenos historicamente produzidos, a ótica dialética aponta as contradições que fazem parte da vida social.
Negação e superação de uma determinada ordem.
Outro tópico importante no pensamento político-filosófico ao longo do século XVIII: a perda do autocontrole por parte dos seres humanos.
Sujeitos subjugados por suas próprias criações – riqueza e refinamentos da vida material.
Esse tema no pensamento de Hegel aparece na ideia de consciência alienada. 
Conceitos: 
dialética e materialismo
Consciência alienada para Hegel:
Consciência separada da realidade
Liberdade seria recuperar a autoconsciência
A história dos povos representa o processo através do qual a Razão alcança a liberdade (autoconsciência) = crença no progresso.
Marx e Engels: seguidores de Hegel
Tendência à esquerda do pensamento hegeliano.
Marxismo: debate com o idealismo hegeliano.
Do idealismo para o materialismo dialético.
Influência de Ludwig Feuerbach (1804-1872): entendia que a alienação tem raízes no fenômeno religioso; submissão dos homens à forças divinas criadas por eles mesmos, mas percebidas como autônomas e superiores; projeção fantástica da mente humana = alienada.
Conceitos: 
dialética e materialismo
Marx e Engels rebatem as teses de Feuerbach:
Negação do idealismo hegeliano e do materialismo dos neo-hegelianos → o mundo como objeto de contemplação, e não como resultado da ação humana, passível de transformação através da atividade revolucionária ou crítico-prática.
Defendem a unidade entre teoria e prática (praxis). 
Acreditam que a alienação está associada às condições materiais de vida; somente a transformação do processo de vida real, via ação política, pode por fim à alienação.
A consciência alienada atribui à realidade histórica uma aparência mágica (intocável).
Conceitos: 
dialética e materialismo
A análise da vida social passa a ser defendida por uma perspectiva dialética:
Procura estabelecer as leis da mudança que regem os fenômenos, fundadas no estudo dos fatos concretos.
A compreensão positiva das coisas seria: conhecer a sua negação fatal (destruição necessária), pois todas as formas acabadas são configurações transitórias.
Promover a crítica e a ação revolucionária.
Se para Hegel, a história da Humanidade representa a história do desenvolvimento do Espírito (ideias), para Marx e Engels, ela é o ponto de partida.
Materialismo histórico
As relações materiais que os homens estabelecem e o modo como produzem seus meios de vida formam a base de todas as suas relações.
Materialismo histórico
TRABALHO
(RELAÇÕES MATERIAIS)
RELAÇÃO COM A NATUREZA
RELAÇÃO ENTRE OS INDIVÍDUOS
- REPRODUÇÃO DA EXISTÊNCIA FÍSICA DOS INDIVÍDUOS (gerações)
- FORMA COMO OS INDIVÍDUOS MANIFESTAM SUA VIDA
PRODUÇÃO
CONSUMO
(necessidades)
EXCEDENTE
IDEIAS, CONCEPÇÕES, GOSTOS, CRENÇAS, CATEGORIAS DO CONHECIMENTO, IDEOLOGIAS – PENSAMENTO E CONSCIÊNCIA.
Apropriação = CLASSES SOCIAIS
FORMAS DE CONSUMO
(existência social)
Materialismo histórico
Relações humanas:
Relações de reprodução da existência física dos indivíduos.
Como os indivíduos manifestam a sua vida (modos de vida); o que eles são reflete o que produzem e como produzem.
Todo fenômeno social ou cultural é efêmero, porque as formas econômicas sob as quais os homens produzem, consomem, trocam são transitórias e históricas.
São também transitórios as ideias, gostos, crenças, categorias de conhecimento, ideologias; elementos gerados socialmente.
O pensamento e a consciência decorrem da relação homem/natureza, isto é, das relações materiais.
Método de análise da vida econômica, social, política e intelectual. 
Produção e reprodução
Premissa da análise social marxista:
Os seres humanos, na interação com a natureza e com outros indivíduos, dão origem à vida material.
Nessas interações buscam:
Atender suas carências e produzir seus meios de vida.
Recriar a si próprios e reproduzir a espécie.
Processo contínuo, transformado pela ação de sucessivas gerações.
Diferente dos outros animais, os homens acumulam no processo de produção, de forma consciente; produzem para além de suas necessidades imediatas e buscam se impor diante dos limites da natureza.
Modificam a fauna e flora (ex.: transgênicos, reprodução controlada de animais, construções); para tanto, organizam-se socialmente.
A produção gera novas necessidades → a produção cria o consumidor. 
Produção e reprodução
Diferente dos outros animais, os homens acumulam no processo de produção:
A quantidade da suposta necessidade natural e o modo de satisfazê-la são processos históricos → relacionam-se com o grau de civilização específico.
As inovações desenvolvidas para controlar as condições naturais modificam o ambiente e passam para as próximas gerações.
Acumulam-se experiências, transmitidas pela cultura.
A ação produtiva através do trabalho, para Marx, constitui a própria história dos homens.
O materialismo histórico se debruça sobre o trabalho.
Conceitos: 
forças produtivas e relações sociais de produção 
Para Marx, a produção é um estágio determinado do desenvolvimento social.
É a produção dos indivíduos numadeterminada sociedade.
A estrutura social depende do estagio de desenvolvimento de suas forças produtivas e das relações sociais de produção.
 
Conceitos interdependentes; finalidade analítica.
Forças produtivas e relações sociais de produção: as mudanças em uma provocam alterações na outra.
Conceitos: 
forças produtivas e relações sociais de produção 
A ação dos indivíduos sobre a natureza é expressa no conceito de forças produtivas:
O modo como os indivíduos obtém os bens de que necessitam, em dado momento.
Grau de desenvolvimento tecnológico, modos de cooperação, divisão técnica do trabalho, habilidades e conhecimentos na produção, instrumentos, matérias-primas.
Exprimem o domínio humano sobre a natureza.
Toda força adquirida é produto de uma atividade anterior (gerações anteriores) – fator de conexão histórica.
Conceitos: 
forças produtivas e relações sociais de produção 
No ato de produzir, os homens atuam coletivamente:
Surge uma relação social: ação conjugada de vários indivíduos, ligada ao modo de produção (estágio de desenvolvimento).
O modo de cooperação é, em si, uma força produtiva.
O conceito de relações sociais de produção refere-se às formas estabelecidas de distribuição dos meios de produção e do produto, assim como a divisão social do trabalho numa dada sociedade, em um determinado período histórico. Elas definem:
Modo como os homens se organizam entre si para produzir.
Formas de apropriação de: ferramentas, tecnologias, terra, fontes de matéria-prima e de energia, de trabalhadores.
Quem toma decisões sobre a produção.
A massa do que é produzido e distribuído, como a sociedade reparte.
Proporção destinada a cada grupo.
Conceitos: 
forças produtivas e relações sociais de produção 
Distribuição dos meios de produção e do produto:
1) formas de distribuição dos instrumentos de produção;
2) e da distribuição dos gêneros produzidos pelos membros da sociedade.
Nas sociedades de classe: há um acesso diferenciado à produção e/ou aos meios de produção.
Divisão social do trabalho: modos de segmentação da sociedade.
Trabalho manual e intelectual; industrial/comercial e agrícola; cidade e campo;
Grupos que assumem determinadas ocupações: religiosas, políticas, administrativas, controle e repressão, financeiras, etc.
A cada um cabe tanto tarefas distintas quanto porções diferenciadas do produto social → ocupação desigual em relação ao controle e propriedade dos meios de produção.
A divisão social corresponde à estrutura de classe da sociedade.
17
Conceitos: 
Estrutura e superestrutura
O conjunto das forças produtivas e das relações sociais de produção de uma sociedade forma sua base ou estrutura.
Fundamento sobre o qual se constituem as instituições políticas e sociais.
Superestrutura: na produção da vida, os homens geram outra espécie de produto que não é material – as ideologias políticas, concepções religiosas, códigos morais e estéticos, sistemas legais, de ensino, de comunicação, conhecimento filosófico e científico, modos de pensar, concepções de vida.
A classe cria e modela essas concepções, derivando-as de suas bases materiais e das relações sociais correspondentes.
Conceitos: 
Estrutura e superestrutura
A articulação entre estrutura e superestrutura
A explicação das formas jurídicas, políticas, espirituais e de consciência encontra-se na base econômica e material da sociedade, no modo como os homens se organizam no processo produtivo.
Os homens criam as representações, e não o contrário (crítica ao idealismo) → o Ser consciente antecede a consciência, e o Ser consciente é o resultado do seu processo de vida real.
“Não é a consciência que determina a vida, mas sim a vida que determina a consciência” (Marx; Engels. A ideologia alemã).
Nas sociedades onde há apropriação privada dos meios de produção, se busca na relação entre o proprietário dos meios de produção e o produtor direto o “cimento oculto de todo o edifício social”: alcançar a forma política que a relação de soberania e dependência adota.
Ressalta-se que há na mesma base econômica variações e matizes diversos.
Conceitos: 
Estrutura e superestrutura
A base material expressa o conceito de modo de produção que caracteriza distintas etapas da história humana.
Abstração capaz de explicar as diferentes formações históricas: modo de produção comunista primitivo, antigo, feudal, capitalista (ocidental), asiático (oriental), pré-colombiano (América do Sul) e comunista. 
O modo de produção caracteriza: maneiras de produzir, estruturas de classes e, em decorrência destes, suas leis, religiões, regimes políticos e outros elementos superestruturais.
Marx não entendia que o progresso social encaminhava-se linearmente e numa direção única, ou seja, nem todas as sociedades tinham que passar pelas mesmas etapas.
Conceitos: 
classes sociais e estrutura social
Marx não deixou uma teoria sistematizada sobre as classes sociais.
Teoria constituída a partir de elementos disseminados nos seus trabalhos.
Conceito chave para compreender suas interpretações a respeito das desigualdades sociais, da exploração, do Estado e da revolução. 
Ponto de partida para entender as classes: produção = atividade vital do trabalhador; onde o homem se humaniza.
Na produção estabelecem-se as relações sociais (homem e natureza).
Na apropriação de uma parcela da produção pelos não-produtores (pessoas, empresas, Estado) desenvolve-se as concepções de :
classe, exploração, opressão e alienação. 
Conceitos: 
classes sociais e estrutura social
Sociedades primitivas: pequena capacidade produtiva; luta constante para obter da natureza o indispensável para a sobrevivência.
Organização social simples – divisão natural do trabalho segundo a idade, a força física e o gênero. 
Cada um vive do seu próprio trabalho. 
Surgimento do excedente: permite a divisão social do trabalho e a apropriação privada das condições de produção.
Membros da comunidade (determinados por fatores socialmente estabelecidos) passam a regular como e quanto produzir.
Estabelecem algum tipo de direito sobre o produto ou sobre os próprios trabalhadores. 
O materialismo histórico descarta, assim, interpretações que atribuem um caráter natural a esse tipo de desigualdade.
Conceitos: 
classes sociais e estrutura social
Configuração básica de classe estabelecida num modelo dicotômico, em diferentes modos de produção: 
proprietário/não-proprietário,
escravo/patrício,
servo/senhor feudal,
aprendiz/mestre,
trabalhador livre/capitalista.
Esquema teórico insuficiente para apreender a complexidade e variações das sociedades concretas, mas possibilita identificar a configuração básica das classes de cada modo de produção.
Há dificuldade em perceber a classe na sua forma pura, pois existem sobrevivências e combinações de modos de produção anteriores.
Ex.: herança do escravismo na sociedade brasileira (relações paternalistas, permanência do trabalho escravo).
Conceitos: 
lutas de classes
Observações de Marx:
1. A existência de classes está unida a determinadas fases históricas do desenvolvimento da produção.
2. A luta de classes conduz à ditadura do proletariado.
3. Transição para a abolição de todas as classes e para uma sociedade sem classes.
As classes sempre se enfrentaram, seja de uma forma velada, ou franca e aberta (Manifesto Comunista, 1848).
Luta que gera transformação revolucionária da sociedade ou o colapso das classes em luta.
A história das sociedades onde há classes (apropriação dos meios de produção) é a própria luta de classes (movimento, dialética).
Antes do conflito explícito há a contradição, os interesses antagônicos. 
As classes dominantes sustentam-se na exploração do trabalho dos não-proprietários → relação necessariamente conflitiva, mesmo apenas potencialmente.
Conceitos: 
lutas de classes
Para o materialismo histórico, a luta de classes relaciona-se diretamente à mudança social, à superação dialética das contradições existentes. 
São as transformações estruturais impulsionadas –motor da história.
A classe explorada é o mais potente agente das mudanças.
Distinção conceitual de classe
Classe em si: membros de uma sociedade que são identificados por compartilhar determinadas condições objetivas; referente à propriedade dos meios de produção.
Classe para si: classes organizadas politicamente para a defesa consciente de seus interesses.
A consciência de classe conduz, na sociedade capitalista, à formação de associações políticas (sindicatos, partidos), que buscam a união solidária entre os membros da classe oprimida para defender seus interesses e a opressão dos dominadores.
A economia capitalista
A sociedade capitalista é o foco de Marx em O Capital, sua obra mais madura:
Para ele, é a organização social mais desenvolvida e mais variada de todas já existentes.
Sua análise ajuda a compreender formações anteriores – existência de vestígios ainda não apagados.
Mercadoria: unidade analítica mais simples da sociedade capitalista.
Produto + força de trabalho:
Valor de uso: utilidade e propriedades físicas do objeto.
Valor de troca: tempo de trabalho gasto na produção em dada sociedade e em dado período.
A força de trabalho também é mercadoria: negociação do valor do trabalhador livre pelo capitalista.
A economia capitalista
A força de trabalho não foi sempre mercadoria, pois o trabalho não foi sempre assalariado (livre). 
O escravo não vendia sua força de trabalho, ele era em si uma mercadoria. 
O servo só vendia uma parte de sua força de trabalho, paga em tributos. 
O trabalhador livre vende sua força de trabalho em partes (horas de trabalho).
A sociedade capitalista baseia-se na ideologia da igualdade, cujo parâmetro é o mercado (oferta e procura):
A troca se daria de uma forma equivalente: empregado e empregador.
Ideia crucial para a estabilidade da sociedade capitalista.
Os homens aparecem como iguais diante das leis, do Estado, no mercado etc.
A economia capitalista
Embora o processo de venda da força de trabalho por um salário apareça como um intercâmbio entre equivalentes, o valor que o trabalhador pode produzir durante o tempo em que trabalha para aquele que o contrata é superior àquele pelo qual vende suas capacidades.
Tempo de trabalho excedente: atividade produtiva que vai além do equivalente ao salário pago pelo capitalista (trabalho não pago).
Acúmulo = mais-valia (grau de exploração da força de trabalho pelo capital). 
Questões para revisão
 Identifique o período em que viveu Karl Marx e alguns acontecimentos de seu tempo. 
 Explique a principal diferença entre o pensamento de Marx e o de Hegel.
 Como Marx explicou a dinâmica da transformação social?
 Qual a importância, para Marx, da produção e do trabalho na análise das sociedades? 
 Defina os seguintes conceitos:
 
A) Forças produtivas e relações sociais de produção
B) Estrutura e superestrutura
C) Modo de produção
D) Classes
E) Luta de classes