Topico 03 INCOTERMS 2010

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Lição 03 / 1 
Coordenadoria de Ensino a Distância - CEaD
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Índice
1.Incoterms 2010
1.1. Entendendo os Incoterms
1.2.EXW - Ex Works (Na Origem)
1.3.FCA - Free Carrier (Livre no Transportador)
1.4. FAS - Free Alongside Ship (Livre ao lado do navio)
1.5. FOB - Free On Board (Livre a Bordo)
1.6. CFR - Cost and Freight (Custo e Frete)
1.7. - CIF - Cost, Insurance and Freight (Custo, Seguro e Frete)
1.8. CPT - Carriage Paid To (Transporte pago até)
1.9. CIP - Carriage and Insurance Paid To (Transporte e seguro pagos até)
1.10. DAT - Delivered at Terminal (Entregue no Terminal)
1.11. DAP - Delivered at Place (Entregue no Local)
1.12. DDP - Delivered Duty Paid (Entregue com direitos pagos)
2. Conclusão
3. Referências
Sitemática do Comércio Exterior
Lição 03
Incoterms 2010
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1. Incoterms 2010
International Commercial Terms (Incoterms) que significa, em português, Termos
Internacionais de Comércio.
A cada década, há uma revisão nos Incoterms. Hoje, estamos nos Incoterms de 2010,
mas não quer dizer que as versões anteriores não podem ser utilizadas. Se o
exportador quiser utilizar as versões anteriores, ele tem que deixar claro, na Pro Forma
Invoice e no Contrato de Compra e Venda, qual a versão que está sendo utilizada em
cada venda.
Desde o primeiro quarto do século XX, a Câmara de Comércio Internacional (CCI) vem
desenvolvendo estudos para padronizar os costumes e práticas comerciais adotados
em vários países. Para facilitar o comércio entre nações, em 1936, a CCI edita os
Incoterms - International Rules for the Interpretation of Trade Terms. As regras dos
Estados Unidos (American Foreign Trade Definitions, 1919), na época o mais
conhecido, serviu de base para a elaboração dos Incoterms.
A Atual Publicação n°715 da CCI traz a versão de 2010 que iremos entender seus
significados e funcionalidades agora.
Nas premissas da negociação, surge o documento fundamental, e o mais importante,
que é a Pro Forma Invoice (Pré fatura), onde há diversas informações da compra de um
determinado produto, e lá consta qual condição de venda que será realizada. Isso quer
dizer que este documento consta o Incoterm escolhido para esta venda. Toda venda o
exportador e importador terão que escolher UM Incoterm.
Com a Pro Forma Invoice elaborada, o exportador envia para o importador dar o seu
aceite. O que é isso? Aceitar tudo que está exposto no documento.
Há, também, um documento que é o Contrato de Compra e Venda que não é a Pro
Forma Invoice. É um contrato que consta tudo o que foi acordado, porém muitas das
negociações, a figura do Contrato passa a ser a Pro Forma Invoice e sua aceitação
perante ao Importador.
Conforme Lunardi (2011, pg. 27) nas operações internacionais as partes estão sujeitas
a conflitos e disputas em razão das diferentes práticas comerciais adotadas em cada
país...e é aí que os Incoterms exercem o seu papel uniformizador na relação comercial
entre comprador (exportador) e vendedor (importador) de bens tangíveis.
Os Incoterms regulam APENAS a relação entre exportador e importador. Mas, é
fundamental que todos os atores entendam os seus significados e suas funcionalidades.
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Segundo Lunardi (2010, pg 28), esses Incotems "devem, pois, ser utlizados como
cláusula contratual do contrato de compra e venda. Destaque-se que são apenas uma
cláusula do contrato e não o próprio contrato".
O autor ainda explana que os Incoterms " limitam-se a regular a ENTREGA do bem,
definindo o seu ponto ou local e, por extensão, seus custos e riscos". Portanto, os
Incoterms irão estabelecer dois parâmetros fundamentais que são: TRANSFERÊNCIA
DE RISCOS e DIVISÃO DE CUSTOS.
- A Tranferência de riscos indica onde os produtos serão entregues, indicando,
exatamente, o ponto de transferência de riscos por perdas e danos do exportador para
o importador (LUNARDI 2010, pg. 28).
- A Divisão de custos indica o preço que o importador deverá pagar ao exportador
(LUNARDI, 2010). Para concluir: os Incoterms trazem os direitos e as obrigações dos
exportadores e importadores.
Para concluir: os Incoterms trazem os direitos e as obrigações dos exportadores e
importadores.
Vamos entender os Incoterms como sendo condição de compra e venda
ou condição de "entrega" do bem, que compreende o preço da
mercadoria e o que nele se contém, bem como o local de "entrega" (local
onde o bem será colocado à disposição do comprador); também o
momento em que se dará a transferência da responsabilidade sobre a
carga (critical point). Os Incoterms indicam quais os documentos a serem
apresentados pelo vendedor ao comprador como prova de que ele
cumpriu a "entrega" (LUNARDI 2010, pg. 30).
1.1. Entendendo os Incoterms
Os Incoterms são representados por siglas com três letras, e o Incoterms de 2010
possuem 11 siglas.
Segue, abaixo, uma figura que representará de forma mais clara cada Termo.
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Observe a figura acima!! Vamos sempre identificar do lado esquerda para a direita.
À sua esquerda, temos o País de Origem começando pelo Armazém do Vendedor
(Exportador), que pode ser seu próprio armazém ou um armazém terceirizado, caso ele
não tenha estrutura para fazer a ovação. Logo depois do armazém, nós temos uma
casa em verde escrito ALF, que é Alfândega ainda no País de Origem. Em seguida, nós
temos o Terminal de Cargas, o Cais do Porto e o Navio.
Não esqueça: o lado esquerdo representa o PAÍS DE ORIGEM.
Já o lado direito, temos o mar e as mesmas figuras que constam no lado esquerdo: o
Cais do Porto, o Terminal de Cargas, a Alfândega do Importador e o Armazém do
Comprador (Importador).
Então, o lado direito representa o PAÍS DE DESTINO.
Sempre é do EXPORTADOR para IMPORTADOR!!!! PAÍS DE ORIGEM para PAÍS DE
DESTINO.
Agora que você entendeu a figura, vamos começar a estudar cada sigla do Incoterm
2010.
Mas, antes de comerçarmos a estudar as siglas, é interessante relembrar que o
Incoterm tem, como base fundamental, identificar onde a carga será entregue, que
iremos chamar de Responsabilidade de Entrega. Os custos, que iremos chamar de
Responsabilidade de Custos.
Há quatro tipos de custos que iremos abordar agora para facilitar seu estudo:
O custo que aqui representa é o custo para liberação da carga. É importante saber que,
tanto na exportação quanto na importação, temos que fazer o despacho aduaneiro para
a carga ser desembaraçada pela Secretaria da Receita Federal (SRF). Com o
desembaraço (liberação da SRF), a carga poderá embarcar ou ser retirada do
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Nota
RESPONSABILIDADE DE ENTREGA: é ate aonde eu devo entregar o meu produto ou a minha carga.nullSão transferidas automaticamente.
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armazém alfandegado, no caso das importações.
Portanto, para ocorrer a exportação, teremos que retirar a carga do armazém do
exportador e levá-la até o porto; com isso, o exportador terá que contratar alguns
serviços, e esses serão nossos custos que nomearemos de CUSTO DE
EXPORTAÇÃO:
Frete Interno: quando for modal marítimo (retirar o contêiner vazio,
levar para ovação, levar para o terminal de cargas ou armazém de
terceiros que não precisa ser alfandegado ). Quando for Rodoviário e
Aéreo: o transporte para levar até o local de entrega da carga e/ou
aeroporto.Despachante Aduaneiro: nós precisamos do serviço do despachante
aduaneiro para que ele possa fazer todos os trâmites burocráticos
para a liberação da carga junto à Alfândega e aos órgãos
intervenientes ( Anvisa , MAPA, Exército, etc.)
Fumigação: Esse serviço é realizado através de empresas
credenciadas no MAPA. É um tratamento feito na madeira (se a
carga estiver em embalagem de madeira ou escora de madeira tem
que passar pelo tratamento). Esse tratamento é para não permitir a
entrada de pragas nos países.
Armazém de terceiros: o exportador utiliza o armazém de terceiros
não alfandegados quando precisa esperar o porto programar a
entrada do contêiner.
Taxas portuárias/aeroportuárias: essas taxas estão relacionadas com
os serviços prestados pelos portos/ aeroportos, como:
armazenagem, recepção da carga, posicionamento do contêiner,
entre outros.
Então, todas as vezes que falarmos em CUSTO DE EXPORTAÇÃO, você entenderá
que são os custos: de frete interno; despachante aduaneiro; fumigação; armazéns de
terceiros; e taxas portuárias. É claro que isso é um exemplo geral que iremos abordar,
podendo ter mais ou menos taxas que envolvem o custo para liberação da carga.
O segundo custo é o que iremos chamar de CUSTO DE IMPORTAÇÃO e está
relacionado a todos os custos que envolve o desembaraço da carga no local de
destino. Como cada país tem sua complexidade e regras, não iremos discriminar os
tipos de custos.
O terceiro custo é o FRETE INTERNACIONAL, o frete de maior percurso, que leva a
carga até o país de destino final.
O quarto custo é o SEGURO DA CARGA, que pode ser facultativo ou não, isso quem
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irá determinar será o Incoterm, mas mesmo que seja obrigatório, pode ser feito por
conta do exportador ou importador.
Agora que determinamos todos os custos, vamos estudar cada Incoterm 2010.
1.2.EXW - Ex Works (Na Origem)
O EXW, ou Ex Works, que no Português significa: NA ORIGEM.
Se analisarmos o gráfico abaixo, veremos que a SETA encontra-se no Armazém do
Vendedor (Exportador) no país de Origem, isso significa que:
- Responsabilidade de entrega
Exportador: Entrega a mercadoria quando coloca à disposição do importador no
armazém do exportador ou em local nomeado, como: escritório, fábrica, etc.
Importador: A partir da retirada da mercadoria no armazém do exportador ou em local
nomeado.
- Responsabilidade de Custos
Exportador: Custo Zero
Importador: Todos os custos até o seu armazém no país de Destino, isso é: custos de
exportação; frete internacional; custo de importação; e fica facultativo o seguro.
Obs.: pode ser utilizado em todos os modais de transporte.
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Agora complicou?
Vamos tentar melhorar o entendimento!
O Ex Work, significa que o exportador produzirá a mercadoria e embalará e deixará à
disposição do importador. O exportador pode deixar a carga embalada no seu próprio
armazém, ou escritório...qualquer lugar nomeado.
Com isso, o importador retirará a carga e fará todo o trâmite necessário para exportar,
aqui no Brasil ou no País exportador; e levará até seu armazém no país de Destino. Os
custos, desde a retirada da carga no armazém do exportador até o armazém do
importador, é do COMPRADOR/IMPORTADOR.
Entenderam? Pois é... para o exportador é a melhor coisa do MUNDO... ele só produz e
entrega no local nomeado na data pré-estabelecida. Lembrando que o exportador tem
que ter o RADAR, a liberação da SRF para exportar. (Esse exportador pode ser o
próprio fabricante ou uma empresa Trading Company)
1.3.FCA - Free Carrier (Livre no Transportador)
O FCA, ou Free Carrier, que no Português significa Livre no Transportador.
Se analisarmos o gráfico abaixo, veremos que a SETA encontra-se no Terminal de
Cargas no País de Origem, isso significa que:
- Responsabilidade de entrega
Exportador: entrega a mercadoria desembaraçada (liberada pela alfândega) para o
transportador ou outra pessoa designada pelo importador no País de Origem.
Importador: a partir da entrega da carga desembaraçada para o transportador.
- Responsabilidade de Custos
Exportador: custo de exportação.
Importador: frete internacional, custo de importação, e o seguro é facultativo.
Obs.: pode ser utilizado em todos os modais de transporte.
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Nota
na origem
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Complicou? Então vamos tentar descomplicar....
Esse Incoterm estende a responsabilidade do exportador. No EXW, o exportador só
fabricava, mas agora ele tem que levar a carga desembaraçada pela SRF até o
transportador. Como a carga sai do armazém do exportador, ele terá custos, como: frete
interno, despachante aduaneiro, fumigação (se tiver embalagem de madeira), taxas do
porto/aeroporto e armazém de terceiros (se houver necessidade). Esses custos nós
nomeamos como CUSTOS DE EXPORTAÇÃO, lembra????
Exemplo para clarear... o exportador leva a carga para o aeroporto, faz todo o trâmite
da liberação da carga junto à alfândega e entrega a carga já liberada para a empresa
de aviação. Entenderam?
Quem pagará o frete internacional e todos os custos envolvidos no país de destino é o
IMPORTADOR. Já o seguro não é obrigatório, faz se desejar.
1.4. FAS - Free Alongside Ship (Livre ao lado do
navio)
FAS, ou Free Alongside Ship, que no Português significa Livre ao lado do navio.
Se analisarmos o gráfico abaixo, veremos que a SETA encontra-se no CAIS do Porto
no país de Origem, isso significa que:
- Responsabilidade de entrega
Exportador: Entrega a mercadoria desembaraçada (liberada pela alfândega) ao lado
do navio (costado do navio) no país de origem.
Importador: A partir da entrega da carga desembaraçada no costado ou cais do porto.
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Esta falando do Free Carrier
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No Free Carrier, o exportador deverá fazer toda a parte interna, já no EXW, quem faz tambem toda a parte interna é o importador.
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- Responsabilidade de Custos
Exportador: custo de exportação.
Importador: frete internacional, custo de importação e o seguro é facultativo.
Obs.: pode ser utilizado somente no modal aquaviário (Marítimo ou
Hidroviário).
O FAS é o mais fácil de entender, você não acha?
Se é ao lado, no cais ou costado do navio, significa que esse termo está relacionado
ao modal aquaviário.
O FAS significa que a responsabilidade do exportador é de entregar a carga
desembaraçada junto à Alfândega ao lado do navio. Quando a carga chegar no
costado, a responsabilidade passa imediatamente para o Importador.
Para que o exportador possa colocar a carga dentro do porto, ele terá que arcar com
os CUSTOS DE EXPORTAÇÃO (já conhecemos quais são os custos). E o Importador
se responsabilizará por contratar o frete internacional e pagar todos os custos para
liberação da carga no seu país (País de Destino). Já o seguro, ainda não é obrigatório,
mas não significa que não podem assegurar a carga.
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Apenas para o modal aquaviario!!null
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Viu como esse é fácil?
Pergunta: se a carga sofrer uma avaria antes de chegar na porta do porto, no
País de Origem, de quem é o risco de perdas ou danos à mercadoria? 
Resposta: EXPORTADOR .
1.5. FOB - Free On Board (Livre a Bordo)
O FOB, ou Free On Board, no Português significaLivre a bordo.
Se analisarmos o gráfico abaixo, veremos que a SETA encontra-se no NAVIO no País
de Origem; isso significa que:
- Responsabilidade de entrega
Exportador: Entrega a mercadoria desembaraçada (liberada pela alfândega) a bordo
do navio (dentro do navio) no País de origem.
Importador: A partir da entrega da carga desembaraçada dentro do navio.
- Responsabilidade de Custos
Exportador: Custo de exportação.
Importador: Frete internacional, custo de importação, e o seguro é facultativo.
Obs.: pode ser utilizado somente no modal aquaviário (Marítimo ou
Hidroviário).
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Segundo Lunardi (2011), o Incoterm FOB é o mais utilizado no Brasil, pois nós temos a
cultura "fobiana".
Se você observar nas SETAS em VERMELHO desde o Incoterm EXW, você verificará
que a responsabilidade do exportador está aumentando. No EXW, ele só precisava
produzir no tempo acordado e embalar; no FCA, ele entregava para o transportador; no
FAS, ao lado do navio, e agora o FOB que é DENTRO do navio.
Então, o FOB significa que a responsabilidade pelos riscos de perdas ou danos à
mercadoria termina quando o exportador entrega a carga desembaraçada DENTRO do
navio ou, o termo técnico, A BORDO. A partir da carga a bordo, a responsabilidade
pelos riscos passa a ser do Importador até o destino final da carga.
Para colocar a carga a bordo, o exportador terá que pagar os CUSTOS DE
EXPORTAÇÃO e o restante é por conta do Importador.
Lembrando que, independente de quem irá contratar os serviços, esses custos serão
imbutidos no preço final do produto, isso significa que quem paga é quem está
comprando, neste caso, o IMPORTADOR.
1.6. CFR - Cost and Freight (Custo e Frete)
O CFR, ou Cost and Freight, no Português significa Custo e Frete.
Se analisarmos o gráfico abaixo, veremos que a SETA encontra-se no NAVIO no País
de Origem, isso significa que o CFR é da família do FOB:
- Responsabilidade de entrega
Exportador: Entrega a mercadoria desembaraçada (liberada pela alfândega) a bordo
do navio (dentro do navio) no País de origem.
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Nota
1: EXW: O exportador soh tem a obrigaçao de produzir a mercadoria no tempo acordado e embalar.nullnull2: FCA: O exportador tem a responsabilidade de deixar a mercadoria com o transportador.nullnull3: FAS: O exportador tem a responsabilidade de deixar a mercadoria ao LADO do navio.nullnull4: FOB: O exportador tem a responsabilidade de deixar a mercadoria DENTRO do navio. É o mais utilizado no Brasil.
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Importador: A partir da entrega da carga desembaraçada dentro do navio.
- Responsabilidade de Custos
Exportador: Custo de exportação + Frete Internacional.
Importador: Custo de importação, e o seguro é facultativo.
Obs.: pode ser utilizado somente no modal aquaviário (Marítimo ou
Hidroviário).
Repare que FOB tem família!!! Pois bem, então vamos conhecer!
A responsabilidade do exportador no FOB é entregar a carga desembaraçada a bordo
do navio. Porém, o exportador contrata os custos de exportação.
No CFR aparece uma palavra diferente, que é o FRETE. Isso significa que a
responsabilidade de entrega continua como FOB, entregar a carga desembaraçada a
bordo. Mas, o custo do exportador é o CUSTO DE EXPORTAÇÃO + FRETE
INTERNACIONAL. Quem terá a responsabilidade de contratar o frete do País de origem
até o País de destino é o EXPORTADOR.
ATENÇÃO!! Informação VALIOSA!!
Não quer dizer que o exportador está contratando o FRETE, que ELE é responsável por
entregar a carga no destino. Ele somente CONTRATA o frete; no entanto, a
responsabilidade é entregar a carga DENTRO do navio no PAÍS DE ORIGEM.
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Pergunta para fixar: se o navio em viagem passa por uma tempestade em alto
mar, e sua carga sofre uma avaria, de quem é o risco de perdas ou danos à
mercadoria? 
Resposta: do IMPORTADOR.
Outra pergunta: se a carreta que está levando o contêiner para o porto, no País
de Origem, sofre um acidente e a carga estraga, de quem é o risco de perdas
ou danos à mercadoria?
Resposta: EXPORTADOR, lembrando que a responsabilidade dele termina
quando a carga está A BORDO da embarcação no porto de ORIGEM.
1.7. - CIF - Cost, Insurance and Freight (Custo, Seguro
e Frete)
O CIF, ou Cost, Insurance and Freight, no Português significa Custo, Seguro e Frete. Se
analisarmos o gráfico abaixo, veremos que a SETA encontra-se no NAVIO do País de
Origem, isso significa que o CIF é da família do FOB e do CFR:
- Responsabilidade de entrega
Exportador: entrega a mercadoria desembaraçada (liberada pela alfândega) a bordo
do navio (dentro do navio) no País de origem.
Importador: a partir da entrega da carga desembaraçada dentro do navio.
- Responsabilidade de Custos
Exportador: Custo de exportação + Frete Internacional + Seguro OBRIGATÓRIO
Importador: Custo de importação.
Obs.: pode ser utilizado somente no modal aquaviário (Marítimo ou
Hidroviário).
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Olha que legal!!! Mais um da família do FOB...
Se é da família, isso significa que o exportador terá a responsabilidade de entregar a
carga desembaraçada a bordo do navio. O que muda de fato é a responsabilidade de
CUSTOS.
E você reparou que surgiu mais uma palavra nova na sigla do CIF? Qual é?
CUSTO, SEGURO e FRETE. Então, temos o SEGURO.
Isso significa que a responsabilidade de CUSTOS do exportador é: CUSTO DE
EXPORTAÇÃO + SEGURO que é obrigatório e a contratação do FRETE
INTERNACIONAL. E a responsabilidade do importador são somente os custos que terá
que pagar no país de destino: custos de importação.
Esse seguro será cobertura mínima prevista na Cláusula "C" do Institute
Cargo Clause, cobrindo, no mínimo, 100% do preço do contrato, na
moeda do contrato.
Coberturas adicionais poderão ser pactuadas entre as partes. Se o vendedor não puder
ou não tiver interesse em contratar cláusulas adicionais, o comprador poderá contratá-
las na mesma ou em outra seguradora.
Lembrar que todos os termos "C" possuem dois pontos críticos: um para transferência
de riscos e outro para transferência de custos.
1.8. CPT - Carriage Paid To (Transporte pago até)
O CPT, ou Carriage Paid To, no Português significa Transporte pago até.
Se analisarmos o gráfico abaixo, veremos que a SETA encontra-se no Terminal de
Cargas no País de Origem, isso significa que o CPT faz parte da família do FCA.
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- Responsabilidade de entrega
Exportador: entrega a mercadoria desembaraçada (liberada pela alfândega) para o
transportador ou outra pessoa designada pelo importador no País de Origem.
Importador: a partir da entrega da carga desembaraçada para o transportador.
- Responsabilidade de Custos
Exportador: Custo de exportação + Frete Internacional.
Importador: Custo de importação, e o seguro é facultativo.
Obs.: pode ser utilizado em todos os modais de transporte.
Novidade! Portanto, isso quer dizer que existem duas famílias: uma família do FOB que
você acabou de estudar e, agora, a família do FCA.
O CPT significa que o exportador teráque entregar a carga desembaraçada para o
transportador ou pessoa designada pelo importador, e a partir da entrega passa a
responsabilidade para o importador.
Porém, aparece na sigla CPT a palavra TRANSPORTE, que significa que o exportador
terá como responsabilidade de contratação os CUSTOS DE EXPORTAÇÃO e também
o FRETE INTERNACIONAL.
Para resumir, o CPT é FCA + Frete ou Custos + Frete internacional.
Lembrando que, NÃO é porque o exportador contrata o frete que o risco de perdas ou
danos à mercadoria seja dele. A responsabilidade NÃO termina quando o veículo chega
no país de Destino.
A responsabilidade dele termina em que momento? Quando ele entrega a carga
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desembaraçada para o transportador NO PAÍS DE ORIGEM. A carga ainda nem saiu
do território aduaneiro (Nacional).
O significado em portugês Incoterm CPT é "Transporte pago até". Esse pago até...
significa que o transporte será pago até o destino, não esquecendo que a
responsabilidade do exportador de entregar a carga termina ainda no país de origem.
Exemplo: CPT Dubai - significa que o frete é pago até Dubai.
1.9. CIP - Carriage and Insurance Paid To (Transporte e
seguro pagos até)
O CIP, ou Carriage and Insurance Paid To, no Português significa Transporte e Seguro
pagos até.
Se analisarmos o gráfico abaixo, veremos que a SETA encontra-se no Terminal de
Cargas no País de Origem; isso significa que o CIP também faz parte da família do
FCA e do CPT.
- Responsabilidade de entrega
Exportador: entrega a mercadoria desembaraçada (liberada pela alfândega) para o
transportador ou outra pessoa designada pelo importador no País de Origem.
Importador: a partir da entrega da carga desembaraçada para o transportador.
- Responsabilidade de Custos
Exportador: Custo de exportação + Frete Internacional + Seguro Obrigatório.
Importador: Custo de importação.
Obs.: Pode ser utilizado em todos os modais de transporte.
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Mais um da família do FCA. Isso significa que a responsabilidade do exportador é
entregar a carga desembaraçada para o transportador no País de origem.
Você atentou para uma letra que surgiu na sigla CIP? Foi o I, de INSURANCE que
significa SEGURO.
Então, o que vai diferenciar o FCA, CPT e CIP é a inclusão da palavra seguro.
O exportador terá como responsabilidade contratar os CUSTOS DE EXPORTAÇÃO,
contratar o FRETE INTERNACIONAL e, agora, o SEGURO que não passa a ser
facultativo, e sim, OBRIGATÓRIO, seguindo a mesma informação do tipo de seguro que
foi mostrado no Incoterm CIF.
Para concluir o estudo da FCA, a família ficou:
- FCA = CUSTOS
- CPT = CUSTOS + FRETE
- CIP = CUSTOS + FRETE + SEGURO
O que vai diferenciá-los é somente a responsabilidade de custos a contratar pelo
exportador e a responsabilidade de entrega da carga permanece igual.
1.10. DAT - Delivered at Terminal (Entregue no
Terminal)
O DAT, ou Delivered at Terminal, no Português significa Entregue no Terminal.
Se analisarmos o gráfico abaixo, veremos que a SETA encontra-se no CAIS do porto no
País de DESTINO, isso significa que:
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Nota
O FCA é o principal, o CPT e o CIP fazem parte da familia do FCA, ou seja, a responsabilidade do exportador é até a entrega da mercadoria no transportador dentro do pais de origem, porém o CPT alem dos custos normais de um FCA, o exportador tem o custo do frete tambem, e no CIP ele tem os custos normais, o custo do frete e o seguro.
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- Responsabilidade de entrega
Exportador: Entrega a mercadoria num terminal de destino nomeado SEM
DESEMBARAÇAR a carga no DESTINO. Esse terminal pode ser no cais, terminal de
contêineres, etc.
Importador: a partir da entrega da carga no terminal de destino.
- Responsabilidade de Custos
Exportador: Custo de exportação + Frete Internacional.
Importador: Custo de importação.
Obs.: pode ser utilizado em todos os modais de transporte.
Você observou onde está a seta na figura?
Você conseguiu analisar que a responsabilidade do exportador passou as
fronteiras?
Saímos da zona de conforto e ultrapassamos os limites!
O DAT é um Incoterm no qual a responsabilidade do exportador é desembaraçar a
carga no País de origem para que a carga possa ser embarcada, isso significa seguir
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viagem até o destino. A carga chega no destino, e o exportador encerra sua obrigação
quando coloca a carga à disposição do importador, podendo ser em um terminal de
contêiner, ou no cais comercial, ou no armazém da Infraero (Aeroporto), etc.
Observe que o exportador terá que pagar os CUSTOS DE EXPORTAÇÃO e o FRETE
INTERNACIONAL, sendo o seguro opcional. O Importador terá a responsabilidade de
pagar o DESEMBARAÇO da carga no seu País, que chamamos de CUSTOS DE
IMPORTAÇÃO.
Observe novamente que o exportador NÃO desembaraça a carga no País de DESTINO,
somente deixa a carga à disposição onde foi acordado com o importador.
Pergunta: se durante a viagem o navio passa por uma tempestade, e a carga
sofre avaria, de quem é a responsabilidade pelos riscos de perdas ou danos à
mercadoria? 
Resposta: a responsabilidade é do EXPORTADOR.
1.11. DAP - Delivered at Place (Entregue no Local)
O DAP, ou Delivered at Place, no Portuguê significa Entregue no Local.
Se analisarmos o gráfico abaixo, veremos que a SETA encontra-se depois do Terminal
de Carga no País de DESTINO, isso significa que:
Responsabilidade de entrega
Exportador: Entrega a mercadoria num local de destino, SEM DESEMBARAÇAR, e
que não seja em um terminal, pronta para descarregar. O local de destino pode ser na
Zona Secundária (Porto Seco).
Importador: A partir da entrega da carga no local de destino acordado.
- Responsabilidade de Custos
Exportador: Custo de exportação + Frete Internacional.
Importador: Custo de importação.
Obs.: pode ser utilizado em todos os modais de transporte.
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O DAP significa que o exportador deverá entregar a carga em um local nomeado pelo
importador, não sendo em um terminal. Conforme Lunardi (2011), a carga deve ser
entregue num Porto Seco que fica na Zona Secundária, porém sem descarregar. A
partir da chegada da carga na Zona Secundária, ainda dentro do veículo transportador,
a responsabilidade de risco de perdas ou danos à mercadoria passa a ser do
Importador, sendo também, o responsável por pagar todos os custos envolvidos no País
de Destino para que ocorra a liberação da carga (Desembaraço).
Já o exportador terá que contratar o custo de exportação e o frete internacional.
1.12. DDP - Delivered Duty Paid (Entregue com direitos
pagos)
O DDP, ou Delivered Duty Paid, no Português significa Entregue com direitos pagos.
Se analisarmos o gráfico abaixo, veremos que a SETA encontra-se no ARMAZÉM DO
IMPORTADOR, isso significa que:
- Responsabilidade de entrega
Exportador: entrega a mercadoria sem descarregar no armazém do importador, com
todos os direitos pagos, tanto na exportação como na importação.
Importador: a partir da chegada do veículo transportador no seu armazém.
- Responsabilidade de Custos
Exportador: Custo deexportação + Frete Internacional + Seguro (opcional) + Custos
de Importação.
Importador: Cuto ZERO.
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Obs.: pode ser utilizado em todos os modais de transporte.
Observe que o DDP é o mais completo!
Significa que o exportador assumirá todos os riscos, tanto de entrega como de custos,
para colocar a mercadoria dentro do armazém do importador sem que a carga seja
descarregada do veículo transportador.
Por que sem descarregar a carga dentro do armazém do importador? Porque o
armazém está sob controle do importador, colaboradores, maquinários, sendo
responsabilidade dele retirar a carga do veículo.
Esta condição não é utilizada nas importações brasileiras, pois não é permitido que o
exportador estrangeiro responda às formalidades e nem ser contribuinte e responder
pelas importações no Brasil. Você lembra, que aqui no Brasil, as empresas
exportadoras e importadoras têm que ter RADAR? Então! O Radar serve de
autorização para exportar e importar, e há um controle do governo do que entra e sai do
País.
Já na exportação, nós podemos utilizar esse Incoterm, desde que tenhamos condições
e conhecimentos burocráticos no país de destino.
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2. Conclusão
Pois bem, analisamos os 11 Incoterms 2010 !
Você conseguiu identificar a importância em conhecer detalhadamente cada sigla
que faz parte dos Termos Internacionais de Comércio?
A característica de cada um está relacionada com o que o exportador consegue e pode
assumir como responsavél pela operação. Isso, é claro, que dependerá do tipo de
mercadoria; tipo de modalidade de transporte; quem é o importador; e em qual país
está esse importador.
Através dessas análises, o exportador consegue identificar qual é o melhor Termo a
trabalhar. Lembrando que, cada venda tem UM Incoterm.
A importância de todos os ATORES de comércio exterior em conhecer e saber
identificar um Incoterm está em: analisar o tipo de Frete a ser negociado; de quem é a
responsabilidade em caso de alguma avaria; e assim por diante!
Tome cuidado ao estudar os Incoterms em livros ou sites, pois o que aprendemos foram
os Incoterms de 2010. Você deve olhar no livro qual o ano do Incoterm que está sendo
apresentado. Lembrando que a cada década há uma nova revisão dos Termos para
facilitar, a cada dia, as negociações internacionais.
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3. Referências
LUNARDI, Angelo Luiz. Condições Internacionais de Compra e Venda: Incoterms
2010. 3.ed. São Paulo: Aduaneiras, 2011.