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Resumo TUTELAS PROVISORIAS PCivil IV


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Humberto Theodoro Júnior, a tutela provisória é uma "técnica de sumarização, para que o custo da duração do processo seja melhor distribuído, e não mais continue a recair sobre quem aparenta, no momento, ser o merecedor da tutela" ("Curso de Direito Processual Civil - Volume I". 57ª ed. Rio de Janeiro: GEN | Editora Forense, 2016. P. ).
A tutela provisória pode ser concedida tanto liminarmente, quanto incidentalmente.
TUTELA PROVISÓRIA: nada mais é do que um instituto do direito brasileiro que busca antecipar um provimento jurisdicional ou assegurar o direito de uma parte.
A tutela provisória é dividida em:
Tutela provisória de urgência: busca-se inibir qualquer dano que a demora na prestação da tutela jurisdicional possa causar, seja por via asseguratória (tutela cautelar) ou via antecipatória (tutela antecipada),
 Tutela da evidência: conceder um direito incontroverso da parte.
Novamente, a fim de frisar o que é cada uma, de forma simples, é a forma de antecipação da decisão de mérito ou técnica asseguratória de um direito.
A Tutela provisória de urgência antecipada nada mais é do que a antecipação do provimento jurisdicional fim, ou seja, da decisão do juízo acerca do caso posto em testilha.
A Tutela Provisória de Urgência Cautelar (assegura um direito de uma parte.)disposta no art. 301 do CPC, “A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para assegurar um direito”.
Tutela Provisória de Urgência Antecipada em Caráter Antecedente:A tutela provisória concedida em caráter antecedente significa a possibilidade de antes da propositura do processo judicial, diante de uma urgência contemporânea, requerer o futuro provimento jurisdicional fim de um futuro processo, ou de uma medida asseguratória. 
Requisitos para a concessão da tutela provisória de urgência antecedente, (I) Urgência contemporânea à propositura da ação; (II) Exposição do direito que se busca realizar; (III) Perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.
Tutela Provisória de Urgência Cautelar em Caráter Antecedente: Considera-se antecedente toda medida urgente pleiteada antes da dedução em juízo do pedido principal, seja ela cautelar ou satisfativa" (THEODORO, Humberto. Júnior. "Curso de Direito Processual Civil - Volume I". 57ª ed. Rio de Janeiro: GEN | Editora Forense, 2016. P.650)
Tutela da Evidência: se funda no fato da situação geradora do perigo de dano, mas no fato de a pretensão da tutela imediata se apoiar em comprovação suficiente do direito material da parte" (THEODORO, Humberto. Júnior. "Curso de Direito Processual Civil - Volume I". 57ª ed. Rio de Janeiro: GEN | Editora Forense, 2016. P.689)
TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA X TUTELA PROVISÓRIA DE EVIDENCIA
A diferença básica nos 2 institutos consiste em: Enquanto a tutela provisória fundada na urgência, a necessidade de demonstração de perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo é requisito indispensável; A tutela provisória fundada na evidência, apenas a demonstração do fumus boni juris, juntamente com um dos incisos do art. 311, o que nada mais são do que requisitos alternativos, autoriza a concessão de tal medida.
DIFERENÇAS: TUTELA DEFINITIVA E TUTELA PROVISÓRIA
Tutela definitiva – É obtida após a cognição exauriente, com contraditório e ampla defesa. Sujeita-se a COISA JULGADA. (CPC, art. 269, I)
Há tutela definitiva quando o órgão julgador decide a respeito do que foi pedido pela parte. O vocábulo pedido, aqui, é utilizado no sentido técnico e, por isso, abrange apenas a postulação que integra o mérito da causa. Ao prestar a tutela definitiva o órgão julgador decide a questão principal do processo.
Tutela provisória – ( não é definitiva. É precária (art 296) sendo substituída pela tutela definitiva)
Há tutela provisória quando o órgão julgador antecipa os efeitos da tutela definitiva (não importando se a tutela definitiva é satisfativa ou cautelar), bem como quando o órgão julgador, num processo sem natureza cautelar, determina, no curso do procedimento, a adoção de uma medida de natureza cautelar (CPC, art. 273, § 7º). A tutela provisória, seja ela satisfativa, seja cautelar, será substituída pela tutela definitiva.
há possibilidade de a tutela definitiva ser concedida liminarmente (ex.: por sentença, é indeferida liminarmente a petição inicial em razão da pronúncia de prescrição ou de decadência – CPC, arts. 269, I, e 295, IV).
Será uma decisão liminar quando proferida no limiar, no início da instalação de um determinado quadro processual.
O vocábulo liminar, pois, está atrelado ao momento em que a decisão é proferida. Nesta linha, até uma sentença pode ser proferida liminarmente, se o caso for, por exemplo, de indeferimento da petição inicial (CPC, art. 295), de improcedência prima facie do pedido (CPC, art. 285-A) ou de rejeição liminar dos embargos opostos a uma execução fundada em título extrajudicial (CPC, art. 739). Do mesmo modo, o relator pode, liminarmente, converter o agravo por instrumento em agravo retido (CPC, art. 527, II, e seu parágrafo único). Comumente, na vida forense, há uma tendência, equivocada, para confundir tutela provisória com tutela liminar, como se fossem a mesma coisa. Não são. 
O Novo Código de Processo Civil, ao sistematizar a chamada “tutela provisória” no Livro V da sua Parte Geral abriu margem a eventuais discussões teóricas acerca do conceito de provisoriedade.
A tutela cautelar visa a proteger um direito – não o processo – diante de uma situação em que o pretenso direito do autor encontra-se em estado de risco. O direito referido deverá ser demonstrado como mera aparência, como probabilidade. A tutela cautelar consistirá, pois, em alguma medida tendente a assegurar a frutuosidade do direito referido, mas nunca, a satisfazê-lo. Esse direito que se busca proteger mediante uma tutela cautelar consiste justamente na chamada “situação cautelanda”.
A “tutela urgente satisfativa autônoma” é assim denominada por se constituir em uma forma de tutela sumária definitiva, na medida em que não é provisória em seus efeitos. Essas formas de tutela “determinam consequências que somente poderão ser reparadas por meio de alguma forma subsequente de reposição (indenização) monetária”. Isso quer dizer que “seus efeitos são definitivos por serem irreversíveis”.
Tutela urgente satisfativa provisional. Nesta, é possível enxergar uma dupla provisoriedade, na medida em que as tutelas satisfativas provisionais são provisórias “enquanto decisões modificáveis pela sentença final e são igualmente provisórias em seus efeitos”[25]. Um bom exemplo disso é o da liminar possessória.
RESUMO PROCESSO CIVIL IV – GRAU 1 (Vinicius)
Exame da Tutela Provisória: 
Conceito: a tutela diferenciada, emitida em cognição superficial e caráter provisório, que satisfaz antecipadamente ou assegura e protege uma ou mais pretensões formuladas, e que pode ser deferida em situação de urgência ou nos casos de evidência.
Classificações: Pode ser classificada pela sua natureza, fundamentação ou momento em que requerida.
Conforme a natureza: antecipada ou cautelar;
Quanto a Fundamentação: de urgência ou de evidência;
Quanto ao momento de concessão: Antecedente ou incidental;
Tutelas provisórias antecipadas e cautelar (art. 294, parágrafo único, CPC)
Natureza Satisfativa da tutela antecipada, permitindo ao juiz que já defira os efeitos que, sem ela, só poderia conceder no final. Afasta o perigo atendendo ao que foi postulado.
Na cautelar, o juiz não defere, ainda, os efeitos pedidos, mas apenas determina uma medida protetiva, assecurativa, que preserva o direito do autor, em risco pela demora do processo. Afasta o perigo tomando alguma providência de proteção.
Tutela provisória ANTECIPADA: Satisfaz, no todo ou em parte, a pretensão formulada pelo autor, concedendo-lhe os efeitos ou consequências jurídicas que ele visou obter com o ajuizamento da ação.
TutelaProvisória Cautelar: A tutela provisória cautelar não satisfaz, no todo ou em parte, a pretensão do autor. O juiz não concede, já, o que só seria deferido ao final, mas determina providências de resguardo, proteção e preservação dos direitos em litígio. 
Tutelas Provisórias de urgência e de evidência: Essa é a classificação que leva em conta os fundamentos pelos quais o juiz pode deferir a tutela provisória. 
A tutela será de urgência quando houver “elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo” (CPC, art. 300, caput). Os requisitos são o fumus boni juris,( sinal de bom direito ou aparência de bom direito) isto é, a probabilidade do direito, e o periculum in mora, (perigo na demora)isto é, risco de que sem a medida o litigante possa sofrer perigo de prejuízo irreparável ou de difícil reparação.
Mas há também a possibilidade de a tutela provisória estar fundada em evidência, caso em que ela será sempre satisfativa. Elas estão enumeradas nos quatro incisos do art. 311 do CPC. A de evidência não tem por fim afastar um perigo, e será deferida mesmo que ele não exista. Cabe ao autor, em regra, suportar os ônus da demora. A tutela de evidência inverte esse ônus, seja quando o réu age de forma abusiva ou com intuito protelatório, seja quando o ­direito cuja proteção o autor postula revista-se de evidência, o que ocorre nas hipóteses dos incisos II e IV do art. 311.
Tutela Provisória de urgência antecedente e incidental: Em nenhuma hipótese haverá a formação de processo autônomo para a concessão de tutela provisória. Não existem mais os processos cautelares preparatórios ou incidentes, regulados no Livro III do CPC de 1973. A tutela de evidência será sempre incidental, nunca antecedente. Mas a de urgência poderá ser incidental ou antecedente.
Em relação à incidental, não haverá nenhuma dificuldade: como o processo principal já foi ajuizado, a medida será requerida no seu bojo quando se apresentar uma situação de urgência.
A tutela antecedente é aquela formulada antes que o pedido principal tenha sido apresentado ou, ao menos, antes que ele tenha sido apresentado com a argumentação completa. No caso da tutela cautelar requerida em caráter antecedente, o autor formulará o pedido cautelar antes de apresentar o principal.
Características:
Tutelas Provisórias e Liminar: Não há dúvidas de que as tutelas provisórias de urgência — antecipada ou cautelar — ­podem ser concedidas liminarmente. Nos casos de urgência, ainda, mais do que em caráter liminar, a tutela provisória pode ser concedida em caráter antecedente. Além disso, ainda que não tenham sido deferidas em caráter liminar, elas podem ser concedidas a qualquer tempo, mesmo na fase de sentença, e até mesmo depois dela. Ainda assim, serão anteriores à solução final, definitiva do processo. 
Sumariedade de Cognição: Do ponto de vista da extensão, a cognição é plena nas tutelas provisórias, porque não há restrições quanto às matérias cognoscíveis pelo juiz. O CPC atribui a ele poder geral de deferir a medida que considerar adequada para a sua efetivação. Do ponto de vista da profundidade, a cognição do juiz é superficial, porque ele não decide com base na certeza da existência do direito — o que seria incompatível com a urgência exigida — mas em mera verossimilhança, plausibilidade do alegado.
Provisoriedade: As decisões proferidas em cognição superficial não são definitivas, porque o juiz nem sempre terá ouvido todos os litigantes e colhido todas as provas para emitir o seu pronunciamento. É possível, a qualquer tempo, que o juiz reveja a anterior decisão que a examinou, seja concedendo o que antes havia denegado, seja revogando a medida anteriormente concedida. 
Revogação, modificação e cessação de eficácia: Diante do que dispõe o art. 296 do CPC, a alteração ou revogação da liminar não depende de requerimento da parte, podendo ser promovida de ofício pelo juiz, a quem cabe o poder geral de decisão, e a fiscalização para que não haja prejuízos irreparáveis para nenhum dos lados. A perda da eficácia consiste ou em sanção imposta ao autor que, tendo obtido a tutela, não tomou providências a seu cargo, necessárias para mantê-la, ou como consequência natural da extinção do processo ou da improcedência do pedido principal. Em caso de improcedência ou de extinção do processo sem resolução de mérito, será tornada ineficaz, já que, tendo sido proferida em exame superficial, não pode subsistir a uma decisão definitiva, em cognição exauriente.
DAS TUTELAS DE URGÊNCIA
Requisitos:
Requerimento: Requerimento da tutela pela parte.
Elementos que evidenciem a probabilidade do direito: As evidências exigidas não são da existência ou da realidade do direito postulado, mas da sua probabilidade. É preciso que o requerente aparente ser o titular do direito que está sob ameaça, e que esse direito aparente merecer proteção. O fumus boni juris não pode ser examinado isoladamente, mas depende da situação de perigo e dos valores jurídicos em disputa (proporcionalidade)
O perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (periculum in mora): só poderão ser deferidas se houver perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.
A não irreversibilidade dos efeitos da tutela de urgência antecipada: Em princípio, seria reversível aquele que, em caso de posterior revogação ou cessação de eficácia, não impeça as partes de serem repostas ao status quo ante.
Tutelas de Urgência e proporcionalidade: deve o juiz comparar os danos que poderão ocorrer caso ele conceda a tutela e caso não a faça. 
Caução: A possibilidade de o juiz condicionar o deferimento da tutela de urgência à prestação de caução idônea vem prevista no art. 300, § 1º, do CPC. A caução é contracautela, cuja finalidade é evidente: caso a medida venha a ser revogada ou perca a eficácia, servirá para garantir o ressarcimento de eventuais danos. Em qualquer caso de deferimento de tutela de urgência e em qualquer fase do processo em que a medida seja concedida, o juiz poderá fixá-la, pois ela é sempre apreciada em cognição sumária e pode, ao afastar o perigo aos direitos do autor, trazer danos ao réu.
Responsabilidade Civil do Requerente: O dispositivo que trata do assunto é o art. 302 do CPC, que atribui responsabilidade objetiva ao autor pelos danos que ocasionar, tanto em caso de tutela cautelar como satisfativa. Ao postular a tutela, ele assume o risco de obter uma medida em cognição sumária, que pode trazer danos ao réu e ser revogada ou perder eficácia a qualquer tempo.
DA TUTELA DE EVIDÊNCIA
INTRODUÇÃO: A tutela provisória de evidência permite ao juiz que antecipe uma medida satisfativa, transferindo para o réu os ônus da demora.
Natureza da Tutela de Evidência: A evidência é um dos fundamentos da tutela provisória. Havendo a situação de evidência, o juiz poderá deferir a tutela provisória, que, nesse caso, será sempre satisfativa.
Cognição Sumária e Caráter Provisório: a tutela de evidência não é definitiva e pode ser revogada ou modificada a qualquer tempo.
Requisitos:
Requerimento:
Presença das hipóteses previstas no art. 311 e seus incisos do CPC;
Abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
Alegações de fato que podem ser comprovadas documentalmente havendo tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
Pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito;
Petição inicial instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável
DAS TUTELAS PROVISÓRIAS ANTECEDENTES E INCIDENTAIS
Momento para a concessão da tutela provisória: As tutelas provisórias ou serão de urgência, ou de evidência. As de evidência jamais serão antecedentes, isto é, não poderão ser deferidas enquanto não tiver sido formulado o pedido principal, de forma completa. O CPC só prevê a possibilidade de tutelas antecedentes de urgência, sejam elas cautelares ou satisfativas.Assim, elas podem ser antecedentes ou incidentais; já as de evidência serão sempre incidentais.
As tutelas provisórias incidentais: O autor pode formular o requerimento de tutela provisória na petição inicial, e o juiz pode concedê-la desde logo, sem ouvir a parte contrária. Tanto a tutela provisória de urgência quanto a de evidência podem ser deferidas liminarmente, exceto as de evidência fundadas em abuso do direito de defesa, ou propósito protelatório da parte, ou quando a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. Essas hipóteses pressupõem que o réu já tenha comparecido aos autos, e que já tenha havido citação, o que exclui o deferimento liminar. Nesses casos, o autor formulará a pretensão não na inicial, mas quando ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o propósito protelatório, ou quando o réu deixar de opor prova capaz de gerar dúvida razoável à pretensão inicial, instruída com prova documental suficiente dos fatos. Nas hipóteses do art. 311, II e III, do CPC, a tutela pode ser deferida liminarmente, desde que haja requerimento na inicial.
Tutela provisória na fase de sentença: É preciso verificar se eventual apelação teria ou não efeito suspensivo. Se não, a sentença produzirá efeitos desde logo e não haverá interesse na medida. Se sim, como o julgamento do recurso pode ser demorado, o juiz poderá concedê-la, o que, nesse caso, equivalerá a afastar o efeito suspensivo, permitindo que a sentença produza efeitos de imediato. É mais conveniente que o juiz conceda a tutela provisória em decisão apartada, ainda que simultaneamente com a sentença, pois com isso autorizará ao réu o uso do agravo de instrumento, no qual poderá postular, ao relator, efeito suspensivo.
Tutela Provisória Antecedente: A tutela de urgência, antecipada ou cautelar, pode ser deferida em caráter antecedente, isto é, antes que tenha sido formulado o pedido principal, ou antes que ele tenha sido formulado acompanhado de todos os argumentos e documentos necessários. Só a situação de urgência, jamais a de evidência, justifica a concessão em caráter antecedente.
Competência: A competência para examinar a tutela provisória antecedente, seja antecipada ou cautelar, é a do juízo competente para conhecer do pedido principal (art. 299 do CPC).
Processo Único: Ainda que a tutela provisória seja antecedente, jamais haverá a formação de um processo autônomo ou apartado. Formulado o pedido cautelar, ou antecipado em caráter antecedente, dever-se-á oportunamente apresentar o pedido principal, ou aditar o já apresentado, complementando-se a argumentação e juntando-se novos documentos, tudo nos mesmos autos.
Tutela de Urgência antecedente de natureza antecipada: O art. 303 do CPC autoriza a apresentação de requerimento de tutela de urgência antecipada antes que seja apresentado o pedido de tutela final de maneira completa. Para tanto, é preciso que haja situação de urgência, contemporânea à formulação do pedido de antecipação.
Tutela Provisória antecedente de natureza Cautelar: 
Considerações Gerais: Mas também é possível requerer-se a concessão de tutela provisória cautelar em caráter antecedente, observando-se o procedimento estabelecido nos arts. 305 e ss. O procedimento é diferente daquele previsto para tutela antecipada antecedente. Faz-se necessário, pois, verificar qual o tipo de tutela antecedente se postula: se antecipada, o procedimento é o dos arts. 303 e 304 do CPC; se cautelar, dos arts. 305 e ss. Por essa razão, o art. 305, parágrafo único, estabelece que, se for formulado pedido cautelar antecedente, e o juiz concluir que esse pedido tem natureza antecipada, deverá ser observado o disposto no art. 303, e vice-versa.
Procedimento: o pedido de tutela provisória cautelar jamais formará um processo autônomo.