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Universidade Federal da Integração Latino-Americana Instituto Latino-Americano de Tecnologia, Território e Infraestrutura Engenharia de Energia Prof. Fabyo Luiz Pereira fabyo.pereira@unila.edu.br UNILA – ILATTI – EE Foz do Iguaçu / PR Aula 17 – Balanço Energético em Caldeiras EER0013 – Máquinas Térmicas EER0013 – Máquinas Térmicas 2 / 15 Tópicos da Aula ● Balanço Energético em Caldeiras: ● Energia fornecida. ● Energia disponível. ● Energia útil. ● Energia perdida: ● Gases de combustão secos. ● Umidade presente nos gases de combustão. ● Combustão parcial. ● Cinzas. ● Purgas e vapor de nebulização. ● Fluxo de energia pelas fronteiras do equipamento. ● Taxa de evaporação e rendimento térmico. ● Controle da combustão. 3 / 15 Energia Fornecida e Energia Disponível ● Cálculo da Energia Fornecida e da Energia disponível: ● Análise energética Fundamental para um bom controle do equipamento e → melhor aproveitamento da energia. ● Comportamento térmico de qualquer sistema: ● Equação da continuidade e 1a lei da termodinâmica OK!→ ● 2a lei da termodinâmica Identifcam-se o tipo e a magnitude das perdas.→ ● Geralmente é difícil: ● Identifcar com precisão todos os fluxos de massa que cruzam a fronteira do equipamento. ● Determinar o fluxo de calor perdido para o meio ambiente pelas paredes do equipamento. 4 / 15 ● A avaliação energética na câmara de combustão deve considerar: ● Energia liberada pela combustão. ● Energia associada aos fluxos de massa do combustível e do ar de combustão. ● Energia associada à umidade do ar, vapor de nebulização e outros fluxos. ● Fluxos de energia: ● Fluxo de energia fornecido à fornalha: ● Fluxo de energia disponível na fornalha: ● Energias específcas (por unidade de massa): ● Energia específca fornecida à fornalha: ● Energia específca disponível na fornalha: q˙ f=m˙cb (PCS+Δhcb)+m˙ar(Δhar+warΔ hvp )+ ... q˙d=m˙cb(PCI+Δhcb)+m˙ar(Δ har+warΔ hvp)+... q f=(PCS+Δ hcb)+mar (Δ har+warΔ hvp)+... qd=(PCI+Δ hcb )+mar (Δ har+war Δhvp)+... Energia Fornecida e Energia Disponível 5 / 15 Energia Útil ● Cálculo da Energia Útil: ● Energia útil é a parcela de energia realmente absorvida pela água no interior da caldeira, e é calculada com base na energia absorvida: ● Pelo economizador. ● No processo de mudança de fase da água. ● Pelos superaquecedores e reaquecedores. ● Energia residual absorvida no aquecedor de ar Já associada ao fluxo de ar.→ ● O fluxo de energia útil pode ser determinado por: ● O fluxo de vapor não é igual ao fluxo de água de alimentação, pois: ● Se a caldeira produz apenas vapor saturado, a entalpia de saída da água é determinada por: q˙u=m˙v (hv−ha) m˙ v=m˙a−m˙pg−m˙n hv=(1−x )hl+x hv ou hv=hl+ x hlv 6 / 15 Energia Útil ● Problema: ● Poucas instalações operam em regime permanente. ● Assim, os seguintes parâmetros variam constantemente: ● O fluxo de vapor. ● A pressão de trabalho. ● O título. ● Logo, é difícil determinar o fluxo de vapor. ● Solução: ● Calcula-se o fluxo de energia útil por uma das seguintes diferenças: ● Entre o fluxo de energia fornecida e o fluxo de energia perdido: ● Entre o fluxo de energia disponível e o fluxo de energia perdido: q˙u=q˙ f−q˙ p q˙u=q˙d−q˙ p 7 / 15 Energia Perdida ● Cálculo da Energia Perdida: ● Determinar as perdas é essencial na investigação do comportamento térmico das caldeiras. ● A energia total perdida é dada pela soma das perdas parciais: ● Gases de combustão secos (CO2, SO2, N2, O2, …). ● Umidade presente nos gases de combustão (H2O). ● Combustão parcial (carbono incombusto). ● Cinzas (saem quentes). ● Purgas e vapor de nebulização. ● Fluxo de energia pelas fronteiras do equipamento (pelo isolamento). ● Em condições de combustão total, as perdas com as cinzas, purgas, vapor de nebulização e pelas paredes do equipamento representam menos de 2% da energia total disponível na fornalha. 8 / 15 Energia Perdida ● Perda de Calor pelos Gases de Combustão Secos: ● Representa a maior parcela de perdas e deve ser calculada considerando a energia associada aos gases CO2, SO2, N2 e O2: ● Alternativamente, pode-se calcular a energia específca perdida pelos gases de combustão secos: ● Simplifcadamente, para cálculos que não exijam grande grau de precisão: ● Fluxo de energia perdido pelos gases de combustão secos: ● Energia específca perdida pelos gases de combustão secos: ● A temperatura dos gases na chaminé varia de 120 a 300oC. q˙gs=m˙cb (qCO 2+qSO 2+qN 2+qO2) qgs= 44 12 xm C ΔhCO 2+2 xm S ΔhSO2+(0,7685mar * + xm N )ΔhN 2+(e−1)m ar * Δhar qgs≈mgsc par (T g−T *) q˙gs≈m˙ cbmgs c par (T g−T *) 9 / 15 Energia Perdida ● Perda de Calor com a Umidade dos Gases de Combustão: ● O fluxo de calor perdido com a umidade dos gases de combustão pode ser determinado considerando a energia associada à água formada na combustão do hidrogênio do combustível, umidade do próprio combustível, vapor de nebulização, umidade do ar de combustão e vapor consumido por sopradores de fuligem: ● A energia específca perdida com a umidade dos gases de combustão é determinada por: ● As equações acima estão de acordo se o fluxo de energia fornecido for calculado com base no PCS. Caso se faça o cálculo usando o PCI, as equações acima devem ser modifcadas. q˙v=m˙cb(qHcb+qwcb+qvn+qwar+qvsf ) qv=(9 xm H+xm W+vn+war e mar * +v sf )Δ hvp+...+2440 (vn+v sf )+2440(xm H+xm W ) 10 / 15 Energia Perdida ● Perda de Calor com as Cinzas: ● Deverá ser calculada de acordo com as temperaturas medidas em cada local de extração. ● Pode-se determinar essa perda de calor usando as equações abaixo: ● Fluxo de energia perdido pelas cinzas: ● Energia específca perdida pelas cinzas: q˙cz=xm Cz m˙ cbΔhcz qcz=xm CzΔhcz 11 / 15 Energia Perdida ● Perda de Calor por Combustão Parcial: ● Queimadores mal operados podem gerar presença de CO ou fuligem nos gases de combustão. ● Fornalhas de combustíveis sólidos apresentam considerável teor de Cnq nas cinzas. ● É importante avaliar o quanto ela representa no balanço geral medindo: ● A concentração de CO na base da chaminé. ● O conteúdo de carbono incombusto arrastado para o cinzeiro (Cnq). ● Pode-se determinar essa perda de calor usando as equações abaixo: ● Fluxo de energia perdido pela combustão parcial: ● Energia específca perdida pela combustão parcial: q˙cp=m˙cb (qCnq+qCO) qcp=xm Cnq(33900+Δhc )+126V gs%CO 12 / 15 Energia Perdida ● Perda de Calor com as Purgas: ● Normalmente é muito pequena, e depende do operador da caldeira. ● A quantidade de água purgada pode ser estimada sabendo a frequência e o tempo de cada drenagem. Em termos médios: ● Fluxo de energia perdido pelas purgas: ● Energia específca perdida pelas purgas: q˙ pg=m˙pg(hl−ha) q pg= m˙ pg m˙cb (hl−ha) 13 / 15 Energia Perdida ● Perda de Calor pelas Fronteiras do Equipamento: ● As perdas por radiação e convecção são calculadas com base em equações mais complexas, para cada caso em particular, de acordo com formulações disponíveis em bibliografas específcas. ● Para cálculos aproximados, estas perdas correspondem: ● Para caldeiras médias/grandes: ● De 0,5 a 1,0% do calor total disponível. ● Para caldeiras pequenas: ● De 1,0 a 3,0% do calor total disponível. 14 / 15 Taxa de Evaporação e Rendimento Térmico ● Taxa de Evaporação e Rendimento Térmico: ● A taxa de evaporação é a quantidade de vapor gerado por kg de combustível: ● O rendimento térmico representaa fração da energia realmente aproveitada do total de energia investida no equipamento. ● Pode ser referenciado ao PCI (energia disponível) ou ao PCS (energia fornecida). ● O rendimento da caldeira é dado por: ● De acordo com o PCI: ● Cálculos aproximados desconsideram a energia associada aos fluxos de combustível e do ar de combustão. Tomando por referência o PCI, tem-se: m v= m˙ v m˙cb η= q˙u q˙d ou η=1− q˙ p q˙d η= q˙u q˙ f ou η=1− q˙ p q˙ f η= m˙ v (hv−ha) m˙ cb PCI ● De acordo com o PCS: 15 / 15 Controle da Combustão ● Controle da Combustão: ● Indispensável para manter um bom rendimento térmico. ● Para minimizar as perdas de calor, pode-se adotar as seguintes medidas: ● Queimar adequadamente o combustível, com um mínimo excesso de ar. ● Usar queimadores modernos ou fornalhas apropriadas ao combustível. ● Incluir recuperadores de calor ou adotar medidas de melhoramento térmico. ● Operar a níveis compatíveis com a carga do equipamento. ● Usar água tratada, evitando a formação de depósitos ou incrustações. ● Instrumentar e manter pessoal treinado para levantar dados e detectar alterações no funcionamento normal do equipamento. ● Exemplo 13.1 (pg 172). Título Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15
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