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Infecções congênitas aula

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INFECÇÕES CONGÊNITAS: 
CITOMEGALOVÍRUS, RUBÉOLA, 
TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV, HERPES, 
CATAPORA, PARVOVÍRUS B19 
 
 
 
 
Profa. Alessandra Xavier Pardini 
Disciplina: Imunologia Clínica 
 
Exames de Pré Natal 
- Acompanhamento das condições da gestante 
- Acompanhamento das condições do feto 
- Acompanhamento das condições recém-nascido 
- Parto normal 
- Parto cesariana 
- Amamentação 
 
 
 
 
Exames 
- Hemograma completo 
- Sistema ABO e Rh 
- Glicemia 
- Urina tipo I (e também urocultura, se possível) 
- Parasitológico (para identificação de parasitas que podem 
causar anemia e outras complicações) 
- Sorologia: HIV, sífilis (VDRL e TPHA), Toxoplasmose, Rubéola, 
Citomegalovírus, hepatites A, B e C, Zika vírus. 
- Atenção para Dengue 
 
 
 
- Ultrasonografia 
- Morfológico fetal 
- Ultrasonografia tridimensional 
- Perfil biofísico fetal 
- Avaliação do colo uterino 
 
- Exames genéticos 
- Para determinação de síndromes 
- Gestantes acima de 35 anos 
 
- Exames fetais 
- Cordocentece 
- Amniocentese 
- avaliar as condições para realizar o exame 
 
 
Orientações: 
- Gestante com doença congênita – não fazer parto normal, não 
amamentar 
- Acompanhar o recém-nascido (RN) 
- Realizar a sorologia do RN 
- Avaliar o tratamento da mãe 
- Avaliar o tratamento do RN 
Observação/Importante – vacinação 
A vacinação durante a gestação objetiva não somente a proteção da 
gestante, mas também a proteção do feto. Não há evidências de que, em 
gestantes, a administração de vacinas de vírus inativados (raiva humana 
e influenza, por exemplo), de bactérias mortas, toxoides (tetânico e 
diftérico) e de vacinas constituídas por componentes de agentes 
infecciosos (hepatite B, por exemplo) acarrete qualquer risco para o feto. 
A seguir estão as recomendações do Programa Nacional de Imunizações 
(PNI), do Ministério da Saúde, para a vacinação das gestantes. 
 
(Fonte: Cadernos de Atenção Básica a Saúde, Ministério da Saúde, 2012) 
Infecções Congênitas e Perinatais 
 
Definição 
Infecções adquiridas na vida intra-uterina, ou durante o parto 
(perinatal) durante as fases de viremia (HIV, Rubéola, Hepatites), 
parasitemia (Toxoplasmose) ou bacteremia (sífilis, Treponema 
pallidum) materna. 
Idade Gestacional – Início da gravidez: infecções causam maior 
acometimento fetal, sequelas graves. 
1º. Trimestre 
10% 
de transmissão fetal 
3º. Trimestre 
40-50% 
de transmissão fetal 
Maior dano Menor dano 
Introdução 
Abordagem inicial – mãe – gravidez + adaptações fisiológicas 
Mudanças imunológicas: 
• Feto pode ser comparado a um enxerto semi-alogênico (metade 
self) 
• Diminui atividade de NK Natural Killer 
• Alteração de Th1 e Th2 
• Ação de citocina materna sob a placenta 
Adaptação Imunológica Materno-Fetal 
Feto pode ser comparado a enxerto semi-alogênico. 
 Antigenicamente, metade self e metade non-self. 
SI materno: estado de imunossupressão para 
prevenir rejeição do “enxerto” 
Patogênese da Doença Congênita 
• Morte do embrião e reabsorção 
• Aborto 
• Nascimento prematuro 
• Graves sequelas ao nascer 
• Recém-nascido totalmente assintomático 
• Baixo peso (retardo de crescimento intra-uterino) 
• Icterícia 
• Hepatoesplenomegalia 
• Pneumonite 
• Petéquias ou púrpura 
Aspectos Clínicos 
Lesões do SNC 
• meningoencefalite 
• microcefalia ou coriorretinite 
• outras retinopatias; 
 
Casos de anomalias: 
• Surdez 
• Retardo mental (as vezes evidenciado após um ano). 
Diagnóstico 
• Inicia-se com o diagnóstico da mãe. 
• Detectada infecção primária e a idade gestacional: o 
diagnóstico fetal deve ser realizado considerando-se os 
materiais clínicos e metodologias mais adequadas. 
• 20-22ª. Semanas: é possível a sorologia a partir de sangue de 
cordão. 
Transmissão de infecções para o feto 
• Tem início na inoculação do agente na placenta durante a fase de 
viremia, bacteremia ou parasitemia materna, atingindo, a seguir o feto. 
• Idade gestacional é muito importante. 
• Infecções primárias – maior acometimento fetal x infecções 
recorrentes (CMV) (HIV maior em mães sintomáticas). 
 
Patogênese da Doença Congênita 
• A infecção do embrião ou do feto pode resultar em morte. 
• Mecanismo pouco conhecido. 
• Lesões, persistência da infecção. 
 
 
Doenças Congênitas 
• Toxoplasmose 
• Rubéola 
• Citomegalovírus 
• Catapora 
• Parvovírus B19 
• HIV (AIDS) 
• Sífilis Treponema pallidum 
• Herpes 
• Hepatite B (maior transmissão durante o parto) 
Aspectos clínicos 
- Geralmente assintomáticos – CMV, Toxoplasmose gondii, Treponema 
pallidum, Rubéola, HSV. 
- Evidência clínica pode ser observada na gestação = diagnóstico fetal. 
- Confirmar na mãe – clínico ou laboratorial. 
- Maioria dos RN: baixo peso, retardo no crescimento intrauterino, 
anomalias. 
- Manifestações clínicas: icterícia, hepatoesplenomegalia, pneumonite, 
púrpura ou petéquias, lesões no SNC, entre outros. 
 
- Importante acompanhar a criança 
Diagnóstico Laboratorial – Diagnóstico da Infecção Materna 
• A maioria das infecções TORSCH – Toxoplasmose, Outros (Parvovírus 
B19, infecções por HIV, hepatites B e C, vírus Epstein-Barr, herpes 
vírus 6 e 8, varicela, enterovírus, e outros), Rubéola, Sífilis, CMV, 
Herpes vírus – pode ser assintomático na gestante. 
• Evidenciar pela sorologia – IgG e IgM. 
Resultados: 
• IgG positivo para CMV, Toxoplasmose, herpesvírus, e Rubéola = 
imunidade. 
• IgM ou IgA positivo = sugere infecção recente. 
• VDRL teste para Sífilis reagente = confirmar com teste treponêmico 
(reação cruzada?). 
Infecção primária – para a gestante 
• IgM positiva (soroconversão) – deve-se conhecer o resultado 
da sorologia antes da gravidez (especialmente para CMV, 
Toxoplasmose e Rubéola). 
• Detecção de IgM específico. 
• Teste para IgA. 
• Usar duas amostras pareadas. 
• Teste de Avidez para IgG (importante para diferenciar a 
condição da gestante). 
Anticorpos IgG e IgM na gestação 
• Anticorpos pesquisados na sorologia são o IgG e o IgM. 
• IgM: adquiriu a infecção muito recentemente. 
• IgG: memória (surge semanas depois do paciente ter sido 
infectado). 
 
Exemplos: 
Avalie as seguintes situações: 
• IgM positivo e IgG negativo: este resultado indica infecção recente. Se 
esse tipo de sorologia surgir durante a gravidez, a gestação corre risco. 
• IgM negativo e IgG positivo: este resultado sugere infecção antiga e já 
curada. Esse tipo de sorologia indica que a paciente já teve a doença há 
muito tempo, curou-se e hoje encontra-se imunizada, sem risco de tê-la 
novamente. É o melhor resultado para a gestante. 
• IgM negativo e IgG negativo: este resultado indica que a grávida 
nunca teve a doença. Esse tipo de sorologia sugere que a paciente não 
está doente, mas não tem imunidade contra a infecção, podendo 
contraí-la, caso seja exposta ao germe durante a gravidez. 
 
Diagnóstico da Infecção Fetal 
Materiais 
• Biópsia de vilosidade coriônica (infecção placentária) 
• Amniocentese (coleta do líquido amniótico) 
• Cordocentese (coleta do sangue do cordão umbilical) 
Sorologia do Feto e Recém-Nascido 
• Imunoensaios para a detecção de IgM e IgA – são anticorpos produzidos 
exclusivamente pelo feto e recém-nascido 
• Pesquisar IgM no primeiro mês de vida 
Detecção do Agente Etiológico 
• Técnicas complexas e demoradas, uso em pesquisa 
• Técnicas de Biologia Molecular ou PCR (reação da cadeia da polimerase)TOXOPLASMOSE 
 
Introdução 
• A Toxoplasmose é uma infecção altamente prevalente em todo 
o mundo. 
• Apresenta sua importância médica devido à possibilidade de 
causar doença congênita com graves seqüelas e quadros 
severos de reativação em pacientes imunodeprimidos. 
 
 
 
Agente etiológico: Toxoplasma gondii 
• Descrito em 1908 por Charles Nicolle e L. Manceaux, do Instituto 
Pasteur de Túnis, que o isolaram de um roedor protozoário 
ovóide, intracelular e em líquidos somáticos (nunca em 
hemácias) . 
• Ciclo celular (multiplicação longitudinal binária): 24-48h. 
• O tropismo por células embrionárias e SNC depende da 
virulência da cepa e resistência do hospedeiro. 
Ciclo Biológico 
- O Toxoplasma gondii apresenta três formas evolutivas no seu ciclo 
biológico: 
- Taquizoítas (trofozoítas): multiplicação rápida e destruição das 
células infectadas; fase aguda da infecção 
- Bradizoítas (cistozoíto): multiplicação lenta intracelular (músculos, 
ossos) formando cistos que se estabelecem definitivamente no 
hospedeiro; fase crônica. 
- Oocisto: forma de resistência. São produzidos nos felídeos não 
imunes e são eliminados junto com a fezes. 
- Toxoplasma gondii: hospedeiro definitivo (gato) oocistos – homem, 
animais, aves, infecção. 
Ciclo 
INFECÇÃO CONGÊNITA E IDADE GESTACIONAL 
• 1º TRIMESTRE – 10% a 25% de infecção fetal. 
• 2º TRIMESTRE – 30% a 54% de infecção fetal. 
• 3º TRIMESTRE – 60% a 75% de infecção fetal. 
Infecção materna  Início da gestação (mais rara) 
– morte fetal 
– doença grave 
A gravidade da doença no neonato é inversamente proporcional 
à idade gestacional. 
 Aborto Aborto, nascimento prematuro, 
Criança normal ou com anomalias 
 
Criança normal e apresentar 
anomalias mais tarde (*) 
 
 
 
1º. Trimestre 2º. Trimestre 3º. Trimestre 
Toxoplasmose congênita 
• Mãe deve estar na fase aguda ou havido uma reagudização durante a 
gestação. 
• Conseqüências: dependem do grau de exposição, e período 
gestacional: 
TRANSMISSÃO 
Via digestiva 
• Ingestão de taquizoítos e cistos encontrados em carne crua ou mal 
cozida 
- Ingestão de oocistos (alimentos, frutas e verduras mal lavadas, areia dos 
parques, etc) 
 
Transfusão ou órgãos transplantados. 
 
Congênita ou transplacentária (taquizoítos) . 
 
 
FORMAS CLÍNICAS 
Adquirida: assintomática ou branda retinocoroidite: grave 
Imunodeficientes: disseminação com meningoencefalite 
Congênita: 
1a metade: aborto em 40% dos casos e seqüelas graves (SNC - micro e 
hidrocefalia / olhos-cegueira) . 
2a metade: de assintomática, manifestações neurológicas (retardo), 
coriorretinites. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
• A ocorrência da toxoplasmose é alta no mundo inteiro, 40 a 85% da 
população adulta é infectada. 
 
Toxoplasmose congênita 
• A toxoplasmose congênita é uma das formas mais graves 
da doença. 
• Síndrome de Sabin: 
• coriorretinite (90%), 
• calcificações cerebrais (69%), 
• perturbações neurológicas – retardamento psicomotor 
(60%), 
• alterações do volume craniano – micro ou macrocefalia 
(50%). 
Toxoplasmose congênita 
• A tríade clássica da toxoplasmose congênita 
Corioretinite 
Calcificação intra-craniana 
Hidrocefalia 
Toxoplasmose congênita 
Como prevenir a toxoplasmose? 
• Ingerir alimentos bem lavados e cozidos. 
• Evitar entrar em contato com fezes de gatos, (forma infectante do 
parasita). 
• Usar luvas em jardinagem e atividades campestres com risco em 
potencial. 
Diagnóstico Laboratorial 
Os exames laboratoriais são realizados na suspeita de: 
• Toxoplasmose adquirida 
• Congênita 
• Manifestações oculares 
• Reativação de toxoplasma em imunodepreimidos 
• Verificação de imunidade em gestante 
 
Métodos Utilizados: 
• Detecção e isolamento do parasita Toxoplasma gondii. 
• Imunológico para detecção de antígenos (menos empregado) e 
anticorpos (mais usado na rotina laboratorial) (testes ELISA, 
Imunofluorescência indireta, Hemaglutinação). 
 
Detecção do Parasita (direto): 
• Biópsias, fluídos, secreções, sangue (Giemsa, imunohistoquímica, 
Imunofluorêscencia Direta, imunoperoxidase), isolamento por 
inoculação em animais, ou cultura em fibroblastos. 
 
Diagnóstico Imunológico para detecção de antígenos e anticorpos 
Testes: 
• Sabin Feldman ou teste do Corante. 
• Aglutinação Indireta: detecta anticorpos contra antígenos de 
membrana. 
• ISAGA (Immunosorbent agglutinatiosn assay): captura de anticorpos e 
posterior reação com suspensão de Toxoplasmas, é um teste sensível, 
para detecção de IgA, IgM, IgE. 
 
Pesquisa de Anticorpos 
• Antígenos: íntegro, solúvel (membrana, p30kDa) . 
• FI (imunofluorescência): taquizoítos, IgM e IgG. 
• ELISA (testes enzimáticos): rotina, disponibilidade de automação, IgM 
(captura) e IgG. 
• Ac: IgG, IgM, IgA 
Em que: 
- IgA e IgM são os primeiros anticorpos a surgirem na infecção, são 
considerados marcadores da infecção aguda recente. 
- IgG aparecem em seguida, títulos altos que declinam ao passar do 
tempo, permanecem por longo período. 
 
Toxoplasmose congênita – Diagnóstico laboratorial da GESTANTE 
Detectar anticorpos anti-T. gondii das classes IgG e IgM, e IgA. 
Testes: ELISA, Hemaglutinação Passiva e Imunofluorescência Indireta. 
Em que: 
• A presença de IgG  suficiente para estabelecer que a gestante foi 
infectada. 
• Para a classe IgM, que pode ser detectada em até, aproximadamente, 
um ano, após a infecção, o resultado positivo não esclarece se a 
infecção é recente ou não. 
• Para definir a fase da doença: testes de avidez dos anticorpos IgG. 
- Para a classe IgM, que pode ser detectada em até, aproximadamente, um 
ano, após a infecção, o resultado positivo não esclarece se a infecção é 
recente ou não. 
- Para definir a fase da doença, dispomos da avaliação dos testes de avidez 
dos anticorpos IgG. 
Toxoplasmose Congênita - Diagnóstico laboratorial da GESTANTE 
Perfil Imunológico: 
• Dificuldade de distinguir fase recente de infecção passada (gestantes). 
• Detecção de antígenos: para fase aguda 
 
Infecção congênita: (passível de tratamento) 
• Isolamento do parasita. 
• IgM específica / atenção para investigação de IgA. 
 
Infecção do Sistema Nervoso Central 
• Estudo do líquido cefalorraquidiano (LCR). 
Acompanhamento – Gestante 
Teste de Avidez de IgG 
- Na resposta imunológica primária, inicialmente, os anticorpos são de baixa 
avidez. 
- Resposta imunológica evolui = anticorpos da classe IgG vão apresentando 
avidez cada vez maior (alta avidez). 
- Anticorpos com alta avidez (índices altos) são sugestivos de infecção 
pregressa, ou seja, a infecção deve ter ocorrido há mais de 4 meses, e os 
anticorpos IgM são residuais Este resultado obtido no primeiro trimestre da 
gestação indica que a infecção ocorreu antes da concepção e praticamente 
aceito como ausência de risco fetal. 
- Anticorpos com baixa avidez sugerem que a infecção ocorreu em um período 
menos do que 4 meses, podendo se tratar de uma infecção aguda. 
Interpretação – IgG e IgM 
• Os anticorpos da classe IgG aparecem de 1 a 2 semanas após a infecção e 
persistem por toda a vida. 
• A detecção de anticorpos da classe IgM é utilizada para diagnóstico de 
infecção aguda e geralmente surge em torno de 5 dias após o contato com o 
parasito, desaparecendo após algumas semanas ou meses. 
• Baixos títulos de IgM podem permanecer por um tempo superior a 1 ano = 
devido a grande sensibilidade dos testes torna possível a detecçãode 
anticorpos IgM, mesmo em níveis baixos, por longo período de tempo após a 
fase aguda, fazendo com que a presença de IgM não seja suficiente para o 
diagnóstico da doença em fase aguda. 
• Para definir a fase da doença, realizar o Teste de Avidez dos anticorpos IgG. 
 
 
Diagnóstico Fetal 
• O diagnóstico de infecção fetal pode ser realizado pela pesquisa do 
Toxoplasma gondii no líquido amniótico pela técnica de PCR (Reação 
da Cadeia da Polimerase) com a amplificação do material genético do 
parasita. 
• A pesquisa de IgM em amostras coletadas por punção do cordão 
umbilical, além de ser realizada somente a partir da 22° semana de 
gestação, é pouco sensível, não detectando baixos níveis de IgM. 
 
Diagnóstico de escolha: (1) PCR pesquisa de Toxoplasma no sangue periférico ou de 
cordão do RN. (2) Pesquisa de IgM (não atravessa a placenta). (3) Elevação do título 
(seguimento sorológico). 
Toxoplasmose congênita: Diagnóstico laboratorial do Feto e Recém Nascido 
 
• Difícil diagnóstico transferência transplacentária de IgG maternos que 
permanecem positivos por cerca de 6 a 18 meses. 
Diagnóstico Laboratorial Toxoplasmose congênita 
Toxoplasmose Congênita Diagnóstico Laboratorial 
RUBÉOLA 
Características 
• Primeira descrição da Rubéola foi no século XVIII George Maton, na 
Inglaterra. 
• Doença que se caracterizava por exantema maculopapular, adenopatia, 
pouca ou nenhuma febre. 
• 1866 – Henry Veale proposição do nome, Rubéola. 
• Não trazia preocupação, considerada uma doença da infância. 
• 1941 – Norman McAlister Gregg; aumento da catarata congênita - mãe 
com Rubéola no início da gravidez - Síndrome da Rubéola Congênita. 
• 1961 – isolamento do vírus: permitiu o conhecimento da história natural, 
viremia, excreção viral, aspectos clínicos, e resposta imunológica. 
 
Antígenos 
• Antígenos: associado ao nucleocapsídeo icosaédrico 
(nucleoproteína, 33kD) e ao envelope (duas glicoproteínas E
1
 de 58 
kD e E
2
 de 42-47kD). 
• Os antígenos do envelope estão associados à atividade aglutininante 
de hemácias de aves e induzem anticorpos neutralizantes. 
• Replicação Viral: (1) adesão da proteína do envelope à célula 
hospedeira (2) penetração direta ou por fagocitose (3) perda do 
envelope (4) biossíntese ou replicação viral no citoplama (4) 
maturação ou montagem de partículas virais (5) liberação por 
exocitose ou lise celular. 
Vírus – Rubéola 
• RNA fita simples, partícula esférica com 50-70nm de diâmetro, 
envelopado com finas projeções (antígeno glicopeptídico = 
hemaglutinina) muito imunogênicas. 
• Família Togaviridae. Único sorotipo. Hospedeiro único: humanos 
 
Síndrome da Rubéola Congênita 
• Conhecimento sobre a Síndrome da Rubéola Congênita foi adquirida 
após grandes epidemias (SRC). 
• Importante licenciamento de vacinas anti-Rubéola. 
• Sintomas aparentemente normal a formas severas. 
• Causa: efeitos citopáticos virais + resposta imune-inflamatória. 
• Infecção crônica durante toda a gestação e pós-nascimento. 
 
 
Rubéola congênita – Síndrome da Rubéola Congênita 
Rubéola congênita Diagnóstico da Síndrome da Rubéola Congênita 
• Clínico, epidemiológico e laboratorial. 
 
Suspeito 
• Todo recém-nascido cuja mãe foi caso suspeito ou confirmado de 
rubéola ou contato de caso confirmado de rubéola durante a gestação. 
• Toda criança, até 12 meses de idade, que apresente sinais clínicos 
compatíveis com infecção congênita pelo vírus da rubéola, 
independente da história materna. 
Rubéola congênita Diagnóstico da Síndrome da Rubéola Congênita 
• Clínico, epidemiológico e laboratorial. 
 
Confirmado 
• Malformações congênitas associado a pelo menos, uma das 
seguintes condições: 
– IgM específico 
– IgG mantidos persistentemente elevados ou acima do esperado 
pela transferência passiva materna 
 
Rubéola Congênita – avaliação dos anticorpos 
Epidemiologia 
- Difícil devido à infecções inaparentes. 
- Manifestações clínicas, são em geral discretas, inaparentes e não 
notificadas. 
- No mundo praticamente a incidência é a mesma. 
- Com predominância na primavera e inverno. 
- Elevada freqüência (>80%) de anticorpos IgG em adultos (vacina ou 
infecção pregressa) . 
- Na forma congênita a viremia pode ser observada por meses. 
Transmissão 
Pré-Natal 
• transmissão materno-fetal pode ocorrer durante toda a gestação, mas é mais 
intensa no início da gravidez = sintomas mais graves = motivos desconhecidos 
(modificação placentária?) 
Pós-Natal 
 vírus desaparece, detecção de anticorpos – infecção é contagiosa durante o 
período prodrômico até cerca de 7 dias após o exantema. 
 após 7 a 9 dias o vírus é liberado na circulação atinge múltiplos tecidos, 
inclusive a placenta – detectado entre o 7° e antes do 14°dias – pico de viremia 
10° ao 17°dia. 
 vírus desaparece. 
 infecção é contagiosa durante o período prodrômico até cerca de 7 dias após o 
exantema. 
Prevenção 
 Imunização ativa é o único meio eficaz de prevenção da Rubéola 
Congênita e da SRC = vacinação. 
 Introduzida em alguns países em 1969 e 1970, após o licenciamento 
das primeiras vacinas. 
 1982 – vacina tríplice (sarampo, caxumba, rubéola) – para ambos os 
sexos e a imunização passou a ser feita em duas etapas: a primeira 
em torno de um ano e a segunda na idade escolar. 
 Em 1966 e 1988: incidência diminuiu. 
 Em São Paulo CVE/SES 1992 introduziu o Programa de Controle da Rubéola 
e da SRC – vacinar as crianças entre 1 e 10 anos. 
 Substituição no calendário vacinal: aplicação aos 15 meses de idade. 
 Notificação compulsória da Rubéola e da SRC. 
 Vacina utilizada RA 27/3: recomendada a todos com menos de 14 anos, é um 
vírus vivo atenuado, via subcutânea. 
 O vírus da vacina possui alguma capacidade de atravessar a placenta e 
infectar o feto – “a vacinação é contra indicada durante a gestação, 
recomenda-se também que a gravidez seja evitada nos três primeiros 
meses subseqüentes à vacinação”. 
 Confere imunidade duradoura. 
Aspectos Clínicos 
Rubéola pós-natal 
 Doença benigna com “rash” máculo-papular eritematoso (da face e pescoço para 
tronco e extremidades), estados febris. 
 Pode ser clínica ou sub-clínica. 
 Período prodrômico de 1 a 5 dias (febre baixa, cefaléia, mal-estar, anorexia, conjuntivite 
leve, coriza, dor de garganta) . 
 Freqüente em crianças e jovens (não vacinados) . 
 Período de incubação: 5 dias (crianças) – 15 dias (adultos) . 
 Sintomas: 3-4 dias. Febre, mal-estar, dor de cabeça, rash. 
 Em adultos (15-50%): artralgia por imunocomplexos e presença do vírus no líquido 
sinovial. Linfadenopatia suboccipital e cervical pode ocorrer (diferenciar de EBV 
mononucleose, CMV). 
 Complicações: encefalites (raras) e trombocitopenia. 
Manifestações da Síndrome da Rubéola Congênita 
• Transitórias: anemia, trombocitpenia, hepatite (geralmente regridem) . 
• Permanentes: surdez, catarata, glaucoma, doença cardíaca, retardo 
mental. 
• Tardias: diabetes, panencefalite progressiva, doença trieoideana. 
• 1º Trimestre: aborto, prematuridade, seqüelas (catarata, surdez, 
cardiopatias). 
• Inibição da mitose: pode justificar o retardo e desorganização da 
organogênese. 
 
Diagnóstico laboratorial da GESTANTE 
• Isolamento do vírus (9º-11º dias): geralmente pré-sintomas: secreção 
naso-faríngea, urina, fezes: difícil e caro. 
 
Infecção Primária: 
- IgM: marcador precoce, fase aguda/recente. 
- Teste ELISA ou Inibição de Aglutinação sensibilidade dos testes. 
- Detecção de IgG de baixa avidez na fase recente (infecçãorecente x antiga) . 
- IgA: detectado no início da doença. 
- IgG: protetor, longa duração. 
- Vacinados: menores concentrações de anticorpos. 
Testes Imunoenzimáticos (EIA)‏ 
ELISA (Enzyme Lynked immunosorbent assay): técnica empregada no 
diagnóstico sorológico da Rubéola – detecção de IgG e IgM. 
 
Resposta Imune Celular: Linfoblastogênese elevada (ativação policlonal pelo 
vírus) . 
 
Reinfecção: geralmente assintomática em indivíduos com baixíssima imunidade 
protetora. Podem aparecer novamente anticorpos IgM (testes de elevada 
sensibilidade) 
Difícil distinguir da infecção primária 
• Aplicação dos Testes Imunológicos: para diagnóstico da rubéola congênita e 
pós-natal, controle de vacinação, determinação da imunidade, estudos 
soroepidemiológicos. 
a) Função biológica do vírus: Inibição de Aglutinação (IHA) e Neutralização (NT). 
b) Detecção do anticorpos (testes de IFI (fluorescência), ELISA (enzimáticos), 
aglutinação). 
 
EXAMES LABORATORIAIS para Recém-Nascido de gestante com Rubéola 
Métodos Moleculares 
- PCR – Reação da Cadeia da Polimerase: permite a detecção do ácido 
nucléico, precoce, no feto, no produto de aborto ou no recém-nascidos, 
mesmo na presença de altos títulos de anticorpos maternos. 
- Feita a partir do RNA do vírus. 
- Diagnóstico da infecção intra-uterina do feto por vírus da rubéola o vilo 
coriônico e o líquido amniótico – colher após 4 semanas da infecção 
materna e o sangue fetal após 20 semanas de gestação. 
- Cautela na interpretação dos resultados. 
 
CITOMEGALOVÍRUS (CMV) 
Características 
• Pertence a família Herpesviridae, subfamília b-herpesvirinae, DNA vírus. 
• É considerado um dos maiores causadores de doença no homem. 
• A infecção é endêmica no mundo. 
• Não tem vacina. 
• Não há tratamento eficaz. 
• ASSINTOMÁTICO. 
• Permanece em estado inativo, latente, equilíbrio – sistema imunológico. 
• Facilmente transmissível – principalmente urina e água contaminada. 
CITOMEGALIA 
• Infecções geralmente assintomáticas 
• Importante em imunodeprimidos e grávidas 
• É a mais comum infecção congênita. 
• Prevalência de 0,2% a 2,2% 
• Brasil - 0,39 e 6,8% 
• 10% são sintomáticos ao nascimento 
• Herpes vírus, da família Herpesviridae, e subfamília 
Betaherpesviridae. 
 
INFECÇÃO CONGÊNITA 
- É a mais comum no homem. 
- Países desenvolvidos as taxas variam de 0,2 a 2,2%. 
- População de baixo nível econômico (maior prevalência de anticorpos) (o 
vírus tem o poder de infectar o feto mesmo que a mãe possua anticorpos 
antes da concepção) . 
- Pode ocorrer devido a latência do vírus. A infecção pode ocorrer em qualquer 
época da gestação (14 semanas de gestação) (perigo maior no início da 
gestação ?) . 
- Forma mais grave: “doença da inclusão citomegálica”: icterícia, 
hepatoesplenomegalia, petéquias, microcefalias, coriorretinite, calcificações 
cerebrais – seqüelas graves: surdez, perda da visão, retardo mental e déficits 
neurológicos. De 1 a 2% dos RNs apresentam estes problemas. 
 
Modo de transmissão: 
– transplacentária (primária ou secundária) 
– perinatal (canal do parto, sangue e leite materno) 
Apenas 30% a 40% das grávidas infectadas transmitem ao feto 
– Fatores de risco: 
• mãe adolescente 
• raça negra 
• atividade sexual com múltiplos parceiros 
• estado civil solteira 
• Multiparidade 
• baixa condição socioeconômica 
• contato com fontes de CMV (em creches, por exemplo) 
Infecção fetal mais virulenta na 1ª metade da gestação 
INFECÇÃO PERINATAL (durante o parto/momento do nascimento) 
 
• Pelas secreções uterinas, leite materno (amamentação). 
• A infecção perinatal apresenta variação entre 7 a 38%. 
• Pesquisa realizada demonstrou risco de infecção – São Paulo 24%. 
• Período de incubação 4 a 12 semanas (média 8 semanas) . 
• Freqüente, assintomática (relatos de pneumonites) . 
 
INFECÇÃO ADQUIRIDA 
• Após período neonatal a transmissão é horizontal pelas secreções 
saliva e urina são as fontes mais importantes de disseminação do vírus 
bastante comum em creches, berçários devido ao contato íntimo das 
crianças excretoras com crianças suscetíveis. 
• População de nível sócio-econômico baixo (moradia, higiene, 
sexual/sêmen) . 
• Amaioria absoluta das infecções adquiridas é assintomática. 
• Quadro clínico semelhante a mononucleose infecciosa (febre, 
fraqueza, sudorese, hepatoesplenomegalia, cansaço, mal-estar) / 
laboratorial: linfocitose relativa e absoluta, linfócitos atípicos; aumento 
moderado TGO e TGP em 80% dos casos. 
 
CMV NO PACIENTE IMUNOCOMPROMETIDO 
- Transplantes (rim, coração, fígado, medula óssea), introdução de 
novos quimioterápicos, AIDS (pacientes imunocromprometidos) 
(aumentaram a possibilidade de infecções oportunistas, como é o caso 
do CMV). 
- Infecção por reativação pode provocar doenças graves. 
- Acredita-se que de 70 a 90% dos receptores de transplante renal irão 
apresentar em algum momento pós-operatório, evidências de infecção 
pelo CMV. 
 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
• Microscopia eletrônica. 
• Histopatológico e citológico. 
• Imunohistoquímica. 
• Hibridização in situ. 
• Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) . 
• Testes imunológicos (ELISA e Imunofluorescêscia) 
 
Testes imunológicos 
• Importante na fase de transplante. 
• 90% da população apresenta resposta para anticorpos . 
• Limitação em imunodeficientes. 
• Fundamental: diagnóstico e terapêutica precoce. 
 
Diagnóstico 
• Isolamento do vírus – cultura de tecidos (urina, saliva, líquido amniótico, etc). 
• Células de inclusão citomegálica. 
• Sorologia para a detecção de anticorpos: Fixação de complemento (FC), 
Hemaglutinação indireta, Imunofluorescência indireta, ELISA (enzimático). 
• Outros: 
– DNA Viral pela técnica da Hibridização DNA-DNA 
– Antígenos do CMV através de Anticorpos Monoclonais 
– Ampliação viral pela Reação da Polimerase em Cadeia (PCR) 
Aglutinação Passiva de Partículas de Látex 
• Partículas de látex revestidas com antígenos de CMV que aglutinam na presença de 
anticorpos específicos. 
• Leitura visual. 
• Sensível e Específico. 
• Utilização: soroepidemiologia, triagem de doadores de sangue. 
 
Reação de Imunofluorescência Indireta (IFI) 
• Diferencia a fase da doença: detecção de IgM - infecção primária e IgG. 
• Cultura de fibroblastos humanos com cepa padrão (AD169): efeito citopático/células 
fixadas com acetona. 
• Problemas: pode fixar complemento. Leitura subjetiva, não permite automação. 
 
 
Testes Imunoenzimáticos (ELISA)‏ 
• Para a detecção de anticorpos anti-CMV das classes IgM e IgG. 
• Sensível e específica (semelhante a IFI). 
• Vantagem: processamento de grande número de amostras. 
• Total automação, usado na rotina laboratorial. 
• Resultado em poucas horas. 
 
Cultura 
- material: urina (vírus é detectado na infecção ativa) 
- em células: pesquisa de antígenos utilizando anticorpos monoclonais 
 
Tratamento 
- Ganciclovir (antiviral) 
- Foscarnet (inibidor da DNA polimerase) 
- em teste novas drogas antivirais 
 
Prevenção 
- usar preservativos 
- cuidados com RN (transmissão pela urina e saliva) 
- doador soro positivo para receptor soro negativo 
 
 
 
Correlação Clínico-Laboratorial 
- Infecção Congênita. 
- Isolamento do vírus na urina, orofaringe. 
- Isolamento deve ser feito nas duas primeiras semanas de vida. 
- PCR é uma alternativa para o isolamento viral. 
- Detecção de IgM (não passa a placenta) . 
- Acompanhar a IgG: aumento demonstra infecção (obs: passaa 
placenta) . 
 
 
Infecção Perinatal 
- Isolamento viral na urina, orofaringe 
- Amostra colhida nas duas primeiras semanas de vida 
- Pesquisa de IgM 
Infecção Adquirida (Citomegalomononucleose)‏ 
- Sorologia 
- Pesquisa de anticorpos IgG, aumento de 4x ou mais convalescença 
- Pesquisa de IgM 
Pacientes Imunocomprometidos 
- Diagnóstico mais complicado 
- Infecção ativa (replicação viral) 
- Manifestação clínica / Detecção direta ou indireta (anticorpos, biópsias) 
 
 
HIV 
• Transmissão sexual e sanguínea. 
• Teste triagem e confirmatório (se necessário). 
• Cuidados: parto, aleitamento materno. 
 
Hepatite B 
• Transmissão sexual e sanguínea. 
• Pesquisar na gestante HBsAg (antígeno de superfície). 
• Em caso positivo: acompanhar a mãe e depois o bebê. 
• Em caso negativo: recomenda-se vacinar. 
 
Hepatite C 
• Transmissão sexual e sanguínea. 
• Pesquisar anti-HCV. 
• Em casos especiais. 
Hepatite A 
• Transmissão fecal-oral. 
• Pesquisa de IgG. 
• Vacina. 
 
Herpes simples vírus 
• Transmissão geralmente sexual. 
• Pode ocorrer transmissão transplacentária, parto. 
• Diagnóstico geralmente clínico (observar as lesões). 
 
Sífilis 
• VDRL reagente: realizar teste confirmatório. 
• VDRL não reagente. 
 
 
 
Zika Vírus 
• Os exames previstos são o PCR (Polymerase Chain Reaction) para detecção 
do vírus nos primeiros dias da doença. 
• Teste sorológico para IgM, 
• Teste sorológico para IgG para verificar se a pessoa já teve contato com zika 
em algum momento da vida. 
• Microcefalia – confirmar. 
 
PCR: recomendado para gestantes sintomáticas (somente até cinco dias após o 
surgimento dos primeiros sinais da doença). 
IgM: recomendado para gestantes com ou sem sintomas da doença nas 
primeiras semanas de gestação (pré-natal) com repetição desse procedimento 
ao final do 2º trimestre da gravidez; e para bebês filhos de mães com diagnóstico 
de infecção pelo vírus Zika, bem como aos recém-nascidos com malformação 
congênita sugestivas de infecção pelo vírus. 
IgG: recomendado somente para infeção pelo vírus Zika para gestantes ou 
recém-nascidos que realizaram pesquisa de anticorpos IgM cujo resultado foi 
positivo. 
Catapora 
• 5% dos casos de catapora ocorrem na idade adulta. 
• Incidência durante a gestação seja extremamente rara. 
• Contaminação pelo contato as vesículas ou secreções respiratórias de 
pessoas infectadas. Cerca de 14 dias após o contato, aparecem vesículas na 
pele, que permanecem por até duas semanas. 
• Transmissão da infecção para o bebê pode ocorrer em qualquer momento da 
gestação. No entanto, somente a varicela adquirida até o 5º mês de gestação 
ou alguns dias antes do parto pode provocar problemas no bebê, 
principalmente neurológicos e oculares. Por isso recomenda-se a realização 
da pesquisa da infecção nesse período, por meio da amniocentese, quando 
há possibilidade da infecção materna. A vacinação é o meio mais eficaz de 
prevenção da varicela congênita. 
 
 
Parvovírus B19 
• O vírus é encontrado com frequência em crianças em idade escolar e 
apresenta maior transmissão durante o inverno e verão. 
• Principal via de contaminação é a secreção respiratória. 
• Sintomas inespecíficos (gripe ou resfriados). 
• Transmissão da infecção para o bebê pode ocorrer em qualquer momento da 
gestação e as consequências são diversas. Na grande maioria dos casos a 
infecção não é transmitida ao bebê (mais de 80% dessas gestantes têm 
crianças saudáveis). 
• No entanto, uma pequena porcentagem dos bebês apresenta sintomas da 
doença, que pode variar desde uma anemia discreta até quadros mais graves. 
 
Agradecimento: 
De Brito A., pelo material gentilmente cedido 
Toralles C., pelo material gentilmente cedido 
 
Profa. Dra. Adelaide José Vaz, pelo material gentilmente cedido (In memorian) 
Profa. Dra. Kioko Takei, pelo material gentilmente cedido 
 
Bibliografia: 
FERREIRA & ÁVILA, Diagnóstico Laboratorial das Principais Doenças Infecciosas e Auto-
Imunes, Guanabara Koogan, 2003. 
FERREIRA & ÁVILA, Diagnóstico Laboratorial das Principais Doenças Infecciosas e Auto-
Imunes, Guanabara Koogan, 2013. 
Manual Técnico do Pré-natal e Puerpério - Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo – 
2010. 
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) 2016. Exames para Zika Vírus. 
 
Internet: 
Pesquisa na internet atualizado – 2016.

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