7 Crise da racionalidade científica

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Ufop – ichs – deedu
fundamentos da educação: filosofia
profª Juliana hamdan
UNIDADE II – A filosofia da educação e suas relações com o conhecimento
2.3. Crise da racionalidade científica e sua relação com a educação.
FRANCELIN, Marivalde Moacir. Ciência, senso comum e revoluções científicas: ressonâncias e paradoxos. 
Ci. Inf.[online]. 2004, vol.33, n.3, pp. 26-34. ISSN 0100-1965.
http://www.scielo.br/pdf/ci/v33n3/a04v33n3.pdf
2.3. Crise da racionalidade científica e sua relação com a educação
Objetivo do texto:
Revisar alguns aspectos constituintes do conhecimento científico e sua relação com a filosofia, a religião e o senso comum. Procurar refletir sobre como são concebidas e instituídas as chamadas revoluções científicas. Para isso retoma alguns autores, tais como Morin e Souza Santos, dentre outros.
Plano da obra:
O texto está organizado em quatro partes incluindo a introdução e as considerações finais, por meio das quais o autor as ressonâncias e os paradoxos são discutidos.
2.3. Crise da racionalidade científica e sua relação com a educação
O que se chama de “estatuto científico” parece tomar uma forma diferente nesse sentido, pois participa da incerteza que compõe os meandros científicos. São essas incertezas que se tenta abordar no presente texto.
Três problema de se definir ciência:
Toda definição é incompleta.
A complexidade do tema.
Falta de acordo entre as definições.
Conhecimento científico  metodologia científica para conhecer uma parcela da realidade.
2.3. Crise da racionalidade científica e sua relação com a educação
Termo abstrato e polissêmico, mais do que um conceito, designa uma prática e o que se conhece são os resultados de seu trabalho.
O pensamento e as hipóteses antecedem a prática científica.
Filosofia da ciência: discussões em torno da epistemologia, dos paradigmas, da ética, da moral, da política, como fatores condicionantes da produção do conhecimento científico.
Por fim: a filosofia é responsável pelo estudo das relações entre as diferentes formas de conhecimento.
2.3. Crise da racionalidade científica e sua relação com a educação
A ciência precisa da filosofia porque em seu ímpeto de tudo explicar “ aplaina” a complexidade da vida e da realidade.
Observa-se 3 níveis de desenvolvimento científico entre os séculos XIX até o século XX:
a ciência do certo;
a ciência do provável;
a ciência do percebido.
“O que a razão quer é o controle dos eventos cotidianos e o banimento do indeterminismo”, ou seja, “a racionalidade trabalha no sentido de eliminar o acaso na natureza, a contingência na história e a fortuna na ética e na política” (apud Chauí, p. 29).
2.3. Crise da racionalidade científica e sua relação com a educação
Edgar Morin (francês, 1921) e as Revoluções Científicas:
Prepararam as reformas do pensamento.
1ª) A física quântica  introduziu o conceito de incerteza no pensamento científico.
2ª) Princípio não reducionista, fortemente presente no pensamento do século XIX e também XX  reestabelecimento da relação entre o todo, ideia da complexidade.
Boaventura de Souza santos (português, 1940). 
A ciência pós-moderna restabelece a importância de outras formas de se conhecer, tais como o senso comum.
2.3. Crise da racionalidade científica e sua relação com a educação
O surgimento do senso comum: “(...) séc XVII iniciativa burguesa de combate ao irracionalismo (...)” como meio de validar e valorizar a forma de pensamento burguês, como sendo a mais adequada, racional, eficiente, etc.
O senso comum foi criado, assim, por pessoas que julgavam estar acima deste, como forma de diferenciação social.
Observa-se uma tensão entre duas perspectivas com relação ao senso comum, no campo das ciências sociais: uma que desejam a ruptura com essa forma de conhecer e a outra que ainda que desejem a ruptura, defendem a sua positividade.
Considerações finais:
Hoje se busca a relação as diversas formas de conhecimento: filosofia, deus, mito, senso comum e ciência como forma de explicitar a complexidade.