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Relaxamento de Prisão Gustavo e Jefferson

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE SANTO AUGUSTO 
		ANTONIA ARAÚJO, (nacionalidade), (estado civil), portador do documento de identidade Registro Geral (RG) nº , inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) sob nº, servidora pública municipal, residente e domiciliado na Rua , por seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato incluso), vem, perante Vossa Excelência, requerer RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE, com fundamento no artigo 5º, LXV da Constituição Federal, e art. 310, I, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
		
I – DOS FATOS
A requerente encontrava-se em um restaurante do município de Santo Augusto, as 20 horas, do dia 01 de março de 2018, em um encontro com Cláudio da Rosa, empresário do ramo Agroindustrial, quando recebeu um presente deste, sendo uma “bolsa feminina, a qual continha pequena quantia em dinheiro”, segundo alegado por Valdemar que teria registrado em foto e vídeo.
Ocorre que a prisão só foi efetuada porque a requerente levava consigo uma bolsa feminina com dinheiro que acabara de receber de Cláudio.
Diante da circunstância, a requerente foi presa, encaminhada à Delegacia de Polícia.
Desta forma, resta patente a completa ilegalidade da prisão em flagrante, uma vez não ter ocorrido flagrante delito de nenhum crime. Frise-se que nenhuma evidência de crime foi encontrada junto a requerente ou sequer próximo a ela.
Mesmo assim, o delegado responsável pelo inquérito realizou a prisão em flagrante da requerente, sem que houvesse qualquer motivo técnico e justo para tanto.
Pelo exposto, resta clarividente que a prisão da requerente é ilegal e deve, portanto, ser relaxada imediatamente por força do disposto no artigo 648, incisos I e VI do Código de Processo Penal, haja vista não haver justa causa para a prisão em flagrante do Requerente, e pela acusação quanto ao mesmo ser totalmente infundada e não haver nenhuma prova de que tenha sido flagrado praticando qualquer delito.
 
II – DO DIREITO
Não houve flagrante nenhum com relação ao Requerente, e nem poderia, pois, levar consigo uma pequena quantia em dinheiro (ou até mesmo uma quantia maior), nunca foi tipificado como crime.		O artigo 302 do Código de Processo Penal define as situações que ensejam a prisão em flagrante, sendo, portanto, quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
Ora, Excelência, no caso em apreço a requerente foi presa após ter sido denunciada por ter recebido um presente de Cláudio.
Não houve flagrante nenhum com relação ao Requerente, e nem poderia, pois, levar consigo uma pequena quantia em dinheiro (ou até mesmo uma quantia maior), nunca foi tipificado como crime.
Nesse diapasão, resta clarividente que o requerente está sofrendo coação por parte da Autoridade Policial, uma vez que o mesmo não se enquadra em nenhuma das hipóteses do art. 302 do Código de Processo Penal.
Pelo exposto, requer seja decretado o relaxamento da prisão de Antonia Araújo, expedindo-se o competente alvará de soltura, por ser medida de JUSTIÇA. Não resta dúvida de que houve violação à liberdade de locomoção, um dos direitos fundamentais do ser humano, amparado e protegido no Estado Democrático de Direito.
III – DO PEDIDO
Por todo o exposto, requer-se a Vossa Excelência o reconhecimento da ilegalidade da prisão em flagrante delito, com consequente RELAXAMENTO DA PRISÃO expedindo-se o competente ALVARÁ DE SOLTURA em favor do Requerente, por ser medida da mais salutar justiça.
Subsidiariamente, caso não seja este o entendimento deste Douto Juízo, o que só se admite para argumentar, requer seja concedida liberdade provisória nos termos do artigo 350, caput, do CPP, por ser tratar de pessoa pobre nos termos da lei.
Por fim, a Requerente firma compromisso de comparecer a todos os atos de persecução penal, ocasião que provará sua inocência.
		Termos em que, pede deferimento.
		
Três Passos, 02/03/2018
		Jefferson Adriano Moraes / OAB/RS 696575
 
 Gustavo Antonio Von Mühlen / OAB/RS 023458

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