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Hiponatremia Hipernatremia Testes Bioquímicos • Métodos manuais • Métodos automatizados Sódio – Na+ Mantém a pressão osmótica e transmite impulsos nervosos Dosagem do sódio: Soro, plasma ou urina de 24 horas Valores de referência – Sangue: 135 - 145 (mEq/l ou mmol/l) Urina: 40 – 220 mmol/d Indicação do exame: Diagnóstico e tratamento da desidratação e hiper-hidratação Muito relacionada à clínica Letargia Cefaléia Fraqueza Delírio Convulsões Parada respiratória HAS Eritema de pele Aumento do Sódio - Hipernatremia Hipervolemia Hipovolemia ou normovolemia Uso de infusão hipertônica Perdas extra-renais: febre, exercícios, grandes queimados, taquipnéia Uso de bicarbonato de sódio Causas renais/metabólicas: Diabetes insípido nefrogênico. Uso de diuréticos de alça Hiperaldosteronismo primário (hipersecreção de aldosterona) Alterações hipotalâmicas e hipofisárias: Diabete insípido Síndrome de Cushing Doença de Cushing – TU Hipófise Sd Cushing – TU glândulas hipofisárias Diálises hipertônicas Diminuição do sódio - Hiponatremia Hiponatremia normovolêmica: Resulta da retenção excessiva de água pela incapacidade de excreção Hiponatremia hipovolêmica: Sinais de hipovolemia: desidratação, hipotensão, azotemia, taquicardia e oligúria Hiponatremia hipervolêmica: Edemas clinicamente detectáveis pelo acúmulo de água retida no líquido intersticial Retenção aguda de água: Após trauma ou cirurgias de grande porte (resposta metabólica) O emprego de diuréticos tiazídicos (hidroclorotiazida) Insuficiência renal: O excesso de ingestão de água Doença renal crônica: Excesso de água ingerida (oral ou intravenosa) produz hiponatremia dilucional Perda de líquido: queimaduras, vômitos prolongados, diarreia, drenagens cirúrgicas, sudorese excessiva Estados hipoproteicos: hipoalbuminemia Deficiência de glicocorticoides: Doença da hipófise anterior ou suspensão repentina de terapia prolongada com glicocorticoides A depleção de potássio Insuficiência cardíaca congestiva Deficiência primária ou secundária de aldosterona Acidose metabólica (ex: cetoacidose diabética) Potássio Papel importante na condução nervosa, função muscular, equilíbrio ácido-base e pressão osmótica intracelular Principal íon do líquido intracelular Equilíbrio deve ser feito ingesta alimentar média de 80 – 200 mEq/dia Valores de referência: 3,5 – 5,5 mEq/l Hipercalemia Presente em: - Insuficiência renal - Lesão celular como em queimaduras - Acidose metabólica - Doença de Addison (hipocortisol) - Diabetes descontrolada Hipocalemia Presente em: - Diarréia, vômitos, sudorese - Inanição - Feridas com drenagem - Fibrose cística - Queimaduras graves Glicose Valores de referência: 70 – 99 mg/dL em jejum de 8 a 12h Análise de problemas hepáticos, de vias metabólicas, de síntese de insulina e captação da glicose em tecidos periféricos Em condições normais, vários mecanismos regulatórios mantém a glicose sanguínea normal (glicemia). Após uma refeição contendo carboidratos, a elevação da glicose circulante provoca: 1. Remoção pelo fígado 70% via circulação porta. Parte da glicose é oxidada e parte é convertida em glicogênio para ser utilizada como combustível no jejum. O excesso de glicose é convertida em ácidos graxos e triglicerídeos e transportados para os estoques do tecido adiposo. 2. Liberação de insulina pelas células β do pâncreas - Alcoolismo - Hiperglicemia osmótica - Acidose tubular renal - Diuréticos 3. Aumento da captação da glicose pelos tecidos periféricos 4. Inibição da liberação do glicogênio Hiperglicemia Aumento da glicose - hiperglicemia Diabetes Hemocromatose (absorção excessiva de ferro) Doença de Cushing (aumento do hormônio cortisol produzido pela suprarrenal) Pancreatite Estresse físico e emocional Glaucoma Feocromocitona (TU de glândula suprarrenal) Hepatopatia crônica Adenoma pituitário (TU da hipófise) Doença renal crônica Deficiência de vitamina B12 Hipoglicemia Paciente se apresenta sonolento, às vezes comatoso. Fraqueza, suor, calafrios, náuseas, pulso rápido, fome e tonturas são sintomas frequentes. Relacionada a quadros temporários. Ex: jejum prolongado e exercício intenso Também aparece em infecções graves - septicemia Geralmente associada a um hematócrito elevado (> 55%) Doses tóxicas de aspirina e acetaminofen Uréia Serve como um índice predictivo da insuficiência renal sintomática e no estabelecimento de diagnóstico na distinção entre várias causas de insuficiência renal. - Desnutrição - Uso de esteroides anabólicos - Síndrome nefrótica - Síndrome inapropriada do hormônio anti- diurético Constiui 45% do nitrogênio não proteico no sangue. Após a síntese hepática, a uréia é transportada pelo plasma até os rins, onde é filtrada pelos glomérulos para ser excretada na urina. ¼ da uréia é metabolizada no intestino para formar amônia e CO2 pela ação da flora bacteriana normal. Esta amônia é reabsorvida e levada ao fígado onde é reconvertida em uréia. Valores de referência: 20 – 40 mg/dl Fatores que alteram os níveis de úréia Função renal Estado de hidratação Conteúdo proteico da dieta Presença de sangramento intestina Teor de catabolismo proteico Uso de corticóides Hiperuremia Causas de hiperuremia – Aumento da Uréia Pré-renal Renais Pós-renal • ICC • Desidratação • Choque • Hemorragia digestiva • Glomerulonefrites • Nefrite crônica • Rim policístico • NTA • Coma diabético • Obstrução do ureter (cálculos, coágulos, tumores da bexiga, hipertrofia prostática) • Obstrução na saída da bexiga (bexiga neurogênica, hipertrofia prostática, carcinoma, cálculos, coágulo e estenose uretral) Hipouremia Diminuição da uréia - Insuficiência hepática - Acromegalia Creatinina É produzida como resultado da desidratação não enzimática da creatina muscular. A creatina é sintetizada no fígado, rim e pâncreas e é transportada para as células musculares e cérebro, onde é fosforilada a creatina-fosfato (substância que atua como reservatório de energia). Creatina-fosfato e a creatina (condições fisiológicas), perdem o ácido fosfórico ou água para formar a creatinina. A creatinina difunde do músculo para o plasma de onde é removida quase inteiramente e em velocidade relativamente constante por filtração glomerular, sendo excelente marcador da função renal. Redução da velocidade de filtração glomerular promove uma menor excreção urinária de creatinina, o que causa aumento na concentração plasmática da mesma. Valores de referência – Homem: 0,8 – 1,3 mg/dL Mulher: 0,6 a 1 mg/dL Aumento = Deterioração da função renal Análise da severidade da enfermidade Aumento da Creatinina Pré-renal Renais Pós-renal • Necrose muscular esquelética (traumas, distrofias musculares progressivamente rápidas, poliomielite, dermatomiosite, miastenia grave e fome) • ICC / Choque / Diabetes • Depleção de sais e água (associado ao vômito,diarreia ou fístulas gastrointestinais, uso excessivo de diuréticos) • Lesão do glomérulo, vasos sanguíneos ou tecido intersticial renal • Hipertrofia prostática • Compressões extrínsecas dos ureteres • Cálculos • Anormalidades congênitas que bloqueiam os ureteres Ácido úrico É o principal produto do catabolismo das bases purínicas (adenina e guanina). É formado principalmente no fígado. A excreção é pela urina e sistema digestivo (fezes) Maiores concentrações: sexo masculino e pacientes obesos Valores de referência (soro sanguíneo) - Homens: 3,5 – 7,2 mg/dl Mulheres: 2,6 a 6,0 mg/dl Principais queixas: dores articulares, rigidez matinal em alguns casos formação de tofos Doença: Gota Deposição de cristais de uratos monossódicos (tofos) insolúveis nas juntas das extremidades, ataques recorrentes de artrite inflamatória aguda, nefropatia, cálculos renais de ácido úrico. Complicações: - Urolitíase – Formação de cálculos de urato - Doença renal crônica progressiva Albumina Principal contribuinte de pressão oncótica do plasma Compreende ao redor de 60% das proteínas presentes no plasma humano. É sintetizada no fígado em velocidade dependente da ingestão proteica. Contribui com 75-80% do efeito osmótico do plasma, um dos fatores que regulam a distribuição apropriada de água entre os compartimentos intra- e extracelulares. Valores de referência: adultos 3,5 – 5,0 g/dL Hipoalbuminemia ( albumina) possui como principal consequência a formação de edemas Perda de líquidos para o terceiro espaço (interstício) Lipídeos plasmáticos Triglicerídeos Colesterol Lipoproteínas: LDL, HDL e VLDL Triglicerídeos Forma de gordura que circula na corrente sanguínea que é armazenada no tecido adiposo. Níveis altos estão associados a um aumento no risco de doenças no coração Quando associados ao colesterol alto e outros fatores de risco, maior risco para cardiopatias. Níveis muito altos podem causar: pancreatite, hepatoesplenomegalia e depósitos de lipídeos na pele (xantomas) Triglicerídeos: Desejável: < 150 mg/dl Limítrofe: 150 – 199 mg/dl Alto:200 a 499 mg/dl Muito alto: = ou > 500 mg/dl Colesterol • Amplamente distribuído por todo o corpo: sangue, cérebro, fígado, rins, fibras nervosas. • Componente essencial das membranas celulares. • Importante na produção de ácidos biliares, esteroides supra-renais e hormônios sexuais. Colesterol: Desejável: 140 - 199 mg/dl Limítrofe:200 – 239 mg/dl Alto: > 240 mg/dl Aumento do colesterol Diminuição do colesterol Aterosclerose Hipertireoidimo Hipercolesterolemia familiar Má absorção e má nutrição Síndrome nefrótica Leucemia mielocítica crônica HDL – Lipoproteína de alta densidade • Ação protetora contra a doença arterial coronariana Realiza transporte de colesterol dos tecidos periféricos para o fígado. Valores de referência: Homem: 37 – 70 mg/dl Mulher: 40 – 85 mg/dl : Alcoolismo – Hepatite Crônica – Drogas (ácido nicotínico, estrogênios, fenitoína) : Arteriosclerose – Colestase – Coronariopatia – Diabetes LDL – Lipoproteína de Baixa Densidade • Níveis elevados de LDL estão diretamente associados no prognóstico de risco de aterosclerose coronariana Valores de referência: Desejável: < 130 md/dl Limítrofe: 140 – 159 mg/dl Alto Risco: > 160 mg/dl : Anorexia nervosa – Diabetes – Hepatopatia – Insuficiência renal – Drogas (anticoncepcionais orais/ Corticosteróides / Diuréticos) : Doença articular inflamatória – Doença pulmonar – hipoalbuminemia Cálcio Útil em processos vitais como: contração muscular, função cardíaca, transmissão de impulsos nervosos e coagulação sanguínea. 98-99% dos níveis de cálcio corpóreo estão armazenados em ossos e dentes Cálcio sanguíneo: 50% ionizado (ligado a albumina) Análise dos níveis de cálcio é muito importante para pacientes idosos, uma vez que esse grupo sofre maiores riscos de fraturas ósseas. Valores de referência: Adultos: 8,4 – 10,2 15-18 anos: 8,4 – 10,7 13-15 anos: 9,2 – 10,7 Aumento do cálcio: Hipercalcemia Diminuição do cálcio: Hipocalcemia Hiperparatireoidismo Níveis reduzidos de albumina Câncer Má absorção Ingesta excessiva de vitamina D Insuficiência renal Transplante renal Desnutrição Toxicose tireoidiana Alcoolismo Doença de Paget do osso Osteomalácia Bilirrubina Marcador para afecções hepáticas, doenças infecciosas, doenças biliares e afecções em pacientes idosos Geralmente sinalizadas por dor em hipocôndrio direito. A bilirrubina não-conjugada ou bilirrubina indireta produzida no SRE é apolar e insolúvel em água e é transportada para o fígado via corrente circulatória ligada de maneira firme mas reversível à albumina. A bilirrubina isolada da albumina entra na célula hepática e forma a bilirrubina conjugada ou bilirrubina direta. É o principal produto do metabolismo da heme da hemoglobina - É removida pelo fígado para conjugação e excretada na bile : Hiperbilirrubinemia Icterícia: é a pigmentação amarela de pele, esclera e membranas mucosas, resultante do aumento da bilirrubina. Sinal mais precoce de uma série de patologias hepáticas e biliares. Bilirrubina direta (conjugada) Avalia a integridade fisiológica do hepatócito e da permeabilidade das vias biliares intra e extra-hepáticas Indica um comprometimento na captação, no armazenamento ou na excreção da bilirrubina. • Colestase intra-hepática: Hepatite viral aguda – Infecções sistêmicas • Obstrução biliar extra-hepática: coledocolitíase – Fibrose de cabeça de pâncreas – Retenção de cálculos biliares Bilirrubina indireta (não conjugada) Avalia a capacidade de depuração do fígado Ligada a captação e/ou conjugação hepática Resulta da presença excessiva de bilirrubina não-conjugada no sangue circulante, provocando maior oferta ao hepatócito que não consegue captá-la em velocidade compatível com sua produção • Icterícia fisiológica do recém-nascido • Icterícia hemolítica (destruição excessiva de hemácias circulantes) Amilase Presente em vários órgãos e tecidos. Maior concentração em pâncreas e parótidas. Valores de referência: 50 – 160 U/L Em quadro de pancreatite aguda, pode ocorrer um aumento de até 3x. Elevação transitória nas primeiras 24 a 30h. Afecções pancreáticas: geralmente pacientes com dor abdominal intensa em barra, febre e quadro ictérico. Indicativa de: • Úlceras gástricas e duodenais perfuradas • Obstrução intestinal • Obstrução do ducto pancreático e do colédoco • Todo processo agudo na área adjacente ao pâncreas • Manipulação cirúrgica próxima ao pâncreas • Parotidite viral ou bacteriana (aumenta a amilase salivar: ptialina) Geralmente associada a edema periauricular doloroso Ca de pâncreas: raramente aumenta amilase Pancreatite Crônica: amilase normal Lipase Importante indicador de pancreatite aguda Fonte mais importante: Pâncreas Secretada em certa quantidade pela mucosa gástrica e células intestinais Valores de referência: 2 – 15 Ul Os valores geralmente têm relação aos da amilase. Porém, seu aumento é mais tardio e persistem mais tempo. Causas: • Pancreatite aguda • Úlceras duodenais e ileais • Obstrução intestinal • Ca de pâncreas Na parotidite viral ou bacteriana seus valores se encontram normais Fosfatase Alcalina (FA) Valor de referência: Adulto: 100 a 200 U/Le crianças 180 a 1200 U/L Encontrada em vários tecidos como epitélio dos canais biliares, mucosa intestinal e placenta. Porém, sua maior concentração é no fígado e nos ossos Crescimento Promove crescimento ósseo rápido: - Crianças: 1,5 a 2x > adulto - Adolescente: 3 a 5x > adulto - Gravidez 3 trimestre: 2 ou 3x Marcador de: - Hepatopatia ativa - Obstrução dos canais biliares: intra ou extra-hepática, externa ou localizada - Muito aumentada: TU hepático ou biliares com colangite • TU metastático com reação ostroblástica • Consolidação de fraturas • Raquitismo • Osteomalacia • Tireotoxicose • Hiperparatireoidismo primário DHL – Lactato desidrogenase Valor de referência: 207 a 414 U/L (automatizado) 80 a 220 U/L (não-automatizado) Presente em vários tecidos. Associada a desconfortos respiratórios. Aumenta em um período de 12 a 24h e atinge o pico máximo entre 2 e 4 dias voltando aos valores normais em 8 a 14 dias. Marcador de: Hepatopatias e pneumopatias TGP/AST – Aspartato Aminotransferase TGO/ALT – Alanina Aminotransferase Indicadores de etiologia e cronicidade de afecções hepáticas Presentes no coração, fígado, pulmões, músculo esquelético, rins, cérebro, pâncreas, entre outros órgãos • A quantidade circulante está relacionada com o número de células lesionadas e o tempo Valores de referência: Adultos: 5-40 U/L 12-18 anos: 10-40 U/L 6-12 anos: 10-50 U/L Aumento indica: • Hepatite aguda e crônica • Cirrose ativa • Mononucleose infecciosa • Metástase e necrose hepática • Carcinoma primário e metastático • Hepatite alcoólica • Síndrome de Reye • Pancreatite • Dermatomiosite • Poliomiosite
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