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D.R.A.M.A HEMOGRAMA/BIOQUÍMICA HEMOGRAMA o Exame que avalia as células sanguíneas do paciente. o É colhido com anticoagulante (EDTA) ou mistura de Paul-Heller para evitar a coagulação. o Recomenda-se 24 horas sem prática de exercícios físicos e 48 horas sem consumo de bebida alcoólica. o Serve para ajudar no diagnóstico e acompanhamento de doenças como anemia, infecções bacterianas ou virais, leucemias, dentre outras. QUANDO SOLICITAR? o Paciente com cansaço, fraqueza, palidez cutâneo mucosa. o Sangramentos/Aparecimento de manchas roxas. o Suspeita de infecções. o Uso de imunossupressores. PLASMA: o É a parte líquida do sangue / consistência viscosa e cor amarelada o É formado pelo fígado e as principais proteínas presentes no sangue são as globulinas, albuminas e fibrinogênio. o Funções: transporte de gás carbônico, nutrientes e toxinas produzidas pela células mas também carrega todos os medicamentos pelo corpo. GLÓBULOS BRANCOS E PLAQUETAS: o São responsáveis pela defesa do organismo o São produzidos pela medula óssea e linfonodos o Os leucócitos são compostos por neutrófilos, eosinófilos, basófilos e monócitos. o Plaquetas são as células responsáveis por cessar os sangramentos com a formação de coágulos de sangue. GLÓBULOS VERMELHOS: HEMÁCIAS/ERITRÓCITOS o As hemácias são a parte sólida e vermelha do sangue. o Contém hemoglobina e servem para transportar oxigênio pelo corpo. o São produzidas pela medula óssea, duram cerca de 120 dias e após esse período são destruídas no fígado e no baço. ERITROGRAMA Contagem dos glóbulos vermelhos (milhões/ml)- hemácias → TAMANHO NORMAL – Normocítica → COLORAÇÃO NORMAL – Mormocrômica Dosagem da hemoglobina (g/dl) → Hematócrito → Calculado em porcentagem, definido pelo volume de todas as hemácias de uma amostra sobre o volume total da amostra ANEMIAS HEMATÓCRITO É a quantidade de células do sangue. ALTO → desidratação, dengue, choque → HEMOCONCENTRAÇÃO BAIXO → perda de sangue, doença renal, deficiência de ferro e proteína, infecção generalizada, cirrose, hiper-hidratação → ANEMIAS HEMOGLOBINA Transporta o oxigênio dos pulmões para os tecidos do corpo. ALTO → queimaduras graves, insuficiência cardíaca, talassemia, doença pulmonar obstrutiva crônica, desidratação, anemia falciforme, elevação da altitude. BAIXO → gravidez, anemia, falta de ferro, hemorragia, câncer, super-hidratação, cirurgia do intestino delgado, envenenamento por chumbo, desnutrição, doença renal ou hepática, lúpus, doença de Hodgkin, AIDS. VOLUME CORPUSCULAR MÉDIO – VCM Mede o tamanho das hemácias → VCM elevado indica hemácias MACROCÍTICAS– GRANDES → VCM reduzido indica hemácias MICROCÍTICAS – DIMINUÍDO Ajuda a diferenciar os vários tipos de anemia. → Anemia por carência de ácido fólico cursam com hemácias grandes. → Anemias por falta de ferro se apresentam com hemácias pequenas. Alcoolismo é uma causa de VCM aumentado (macrocitose) sem anemia. HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA – HCM É o peso da hemoglobina dentro das hemácias. → Indicam a quantidade de hemoglobina nas hemácias. Quando as hemácias têm poucas hemoglobinas → HIPOCRÔMICAS Quando as hemácias têm muitas hemoglobinas → HIPERCRÔMICAS LEUCOGRAMA – GLÓBULOS BRANCOS → Serve para avaliar a imunidade do indivíduo. Os leucócitos são responsáveis pela defesa do organismo e são produzidos pela medula óssea e linfonodos. ADULTO → 5.000 a 10.000 Leucócitos/mm³ de sangue AUMENTO → LEUCOCITOSE o Pode acontecer nas infecções bacterianas, leucemias. DIMINUIÇÃO → LEUCOPENIA o A redução dos neutrófilos (neutropenia), há risco aumentado de infecções (leucemias, dengue, febre tifóide, imunossupressão). LEUCOGRAMA – GLÓBULOS BRANCOS NEUTRÓFILOS o Servem para combater pequenas inflamações e infecções causadas por bactérias ou fungos. o Os neutrófilos englobam as bactérias e os fungos, inutilizando estes agentes agressores, mas morrem a seguir dando origem ao pus. o Se este pus não sair do corpo ele gera inchaço e formação de abscesso. ALTO → NEUTROFILIA Infecção causada por queimaduras, infecção bacteriana, inflamação, câncer, trauma, estresse, diabetes ou gota. BAIXO → NEUTROPENIA Falta de vitamina B12, anemia falciforme, uso de esteróides, pós cirurgia ou púrpura trombocitopênica. LINFÓCITOS Valores de referência: 20 a 50% ou 1500 a 5000/mm³ de sangue o Principais linhas de defesa contra infecções por vírus e contra o surgimento de tumores. o São as células que fazem o reconhecimento de organismos estranhos, iniciando o processo de ativação do sistema imune. o São também os responsáveis pela produção dos anticorpos. o São mais comuns no sistema linfático o No sangue são de 2 tipo: células B e T que servem para anticorpos que combatem vírus e células cancerosas. ALTO → LINFOCITOSE Mononucleose infecciosa, caxumba, convalescência de infecções agudas, hepatite viral. BAIXO → LINFOPENIA Pode indicar problemas com a medula óssea (anemia aplástica ou leucemias) ou ser sinal de doenças que atacam as células de defesa (HIV). EOSINÓFILOS Valor de referência: 1 a 5% dos leucócitos circulantes o Servem para combater as infecções parasitárias e reações alérgicas. ALTO → EOSINOFILIA Alergia, parasitose intestinal, anemia perniciosa, colite ulcerativa ou doença de Hodgkin. BAIXO → EOSINOPENIA Uso de betabloqueadores, corticóides, estresse, infecção bacteriana ou viral. BASÓFILOS Valor de referência: 0 a 2% o Servem para combater bactérias e reações alérgicas, eles levam a liberação de histamina, que leva à vasodilatação para que possam chegar mais células de defesa na região necessária para a eliminação do agente invasor. o Células de defesa que são ativadas em caso de inflamação crônica ou alergia prolongada. ALTO → após retirada de baço, leucemia mielógena crônica, varicela ou doença de Hodgkin. BAIXO → hipertireoidismo, infecções agudas, gravidez ou choque anafilático. MONÓCITOS Valor de referência: 3 a 10% o São ativados tanto em processos virais quanto bacterianos. o Quando um tecido está sendo invadido (vírus, bactérias, fungos), os sistema imune encaminha os monócitos para o local infectado. Este se ativa, transformando-se em macrófago, uma célula capaz de “comer” (fagocitose) micro-organismos invasores. o Os monócitos tipicamente se elevam nos casos de infecções, principalmente naquelas mais crônicas, como a tuberculose. ALTO → MONOCITOSE Leucemia monocítica, infecção por protozoários ou colite ulcerativa crônica. BAIXO → anemia aplásica. PLAQUETAS o As plaquetas, também chamadas de trombócitos, são células sanguíneas produzidas na medula óssea e que atuam na formação de coágulos de sangue, a fim de impedir uma hemorragia sempre que houver necessidade. o A formação do coágulo depende também de fatores de coagulação, que não são avaliados no hemograma completo e sim no coagulograma. Valores de referência das plaquetas: 150.000 – 450.000/mm³ NÚMERO DE PLAQUETAS AUMENTADO → PLAQUETOSE (OU TROMBOCITOSE) NÚMERO DE PLAQUETAS DIMINUIDO → PLAQUETOPENIA (OU TROMBOCITOPENIA) Nesta situação pode haver sangramento, dependendo do grau de plaquetopenia. RISCOS DE SANGRAMENTOS o < 10.000 → risco de sangramento espontâneo o < 50.000 → risco de sangramento quando submetido a trauma ou procedimentos de pequeno e médio porte. o < 100.000 → risco de sangramento quando submetido a trauma ou procedimentos de grande porte (cirurgia da cabeça, do coração ou dos olhos) OUTRAS ALTERAÇÕES / HEMOGRAMA o BICITOPENIA: diminuição em números de duas populações celulares. o PANCITOPENIA: diminuição em número das três populações celulares. o DESVIO À ESQUERDA: aumentodo número de bastões acima de 5/mm³, ou presença de formas mais imaturas como mielócitos e metamielócitos. OUTRAS CONSIDERAÇÕES É importante entender que o hemograma completo avalia apenas os itens discutidos acima. Para avaliar outras condições é necessário solicitar exames específicos. o Colesterol, é necessário a dosagem de colesterol e frações ou lipidograma; o Diabetes, é necessário dosar a glicemia; o Alterações na função renal é necessário Uréia e Creatinina, dentre outros; o Alterações no fígado: TGO, TGP, GGT, Fosfatase alcalina, Bilirrubina total e frações, Coagulograma e Proteinúria, dentre outros. BIOQUÍMICA DO SANGUE → SÓDIO/NA Mantém a pressão osmótica e transmite impulsos nervosos Indicação: diagnóstico e tratamento da desidratação e Hiper-hidratação. Letargia Cefaléia Fraqueza Delírio Convulsões Parada resp. HAS Eritema pele AUMENTO DO SÓDIO → HIPERNATREMIA o Febre/ exercícios o Grandes queimaduras/ taquipneia o Diabetes/ Uso de diuréticos de alça o Diálise DIMINUIÇÃO DO SÓDIO → HIPONATREMIA o Insuficiência renal o Insuficiência cardíaca congestiva o Estados hipoprotéicos – Hipoalbuminemia POTÁSSIO – K o Principal íon do líquido intracelular. o Papel importante na condução nervosa, função muscular, equilíbrio ácido-base e pressão osmótica intracelular; o Equilíbrio deve ser feito ingesta alimentar mádia de 80 – 200 mEq/dia; AUMENTO DO POTÁSSIO → HIPERCALEMIA o Insuficiência renal o Lesão celular como em queimaduras o Acidose metabólica o Doença de Addison (Hipocortisolinismo) o Diabetes descontrolada DIMINUIÇÃO DO POTÁSSIO → HIPOCALEMIA o Diarreia, vômitos, sudorese, inanição; o Feridas com drenagem, fibrose cística; o Queimaduras graves, alcoolismo; o Hiperglicemia osmótica, diuréticos. GLICOSE Valores normais: 70 a 99mg/dL em jejum de 8 a 12h o Em condições normais, vários mecanismos regulatórios mantém a glicose sanguínea normal (glicemia) Após uma refeição contendo carboidratos, a elevação da glicose circulante provoca: • Remoção pelo fígado • Liberação de insulina pelas células β do pâncreas • Aumento da captação da glicose pelos tecidos periféricos • Inibição da liberação do glucagonio AUMENTO DA GLICOSE → HIPERGLICEMIA o Diabetes, pancreatite, glaucoma; o Hepatopatia crônica o Doença renal crônica o Deficiência de vitamina B12 o Feocromocitoma (TU de glândula suprarrenal) DIMINUIÇÃO DA GLICOSE → HIPOGLICEMIA Sintomas mais frequentes: fraqueza, suor, calafrios, náusea, pulso rápido, fome, tonturas e desconforto epigástrico. o Pequeno para idade gestacional, prematuros o Hematócrito >55% o Jejum prolongado, exercício intenso o Drogas: aspirina, acetaminofem, etanol o Septicemia, desnutrição severa URÉIA o Síntese hepática – transportada pelo plasma até os rins – filtrada pelos glomérulos – excretada na urina. o ¼ é metabolizada no intestino. Fatores que alteram os níveis de ureia: • Função renal / estado de hidratação • Conteúdo proteico da dieta / presença de sangramento intestinal • Teor de catabolismo / uso de corticoides Serve como um índice predicativo da insuficiência renal sintomática e no estabelecimento de diagnóstico na distinção entre várias causas de insuficiência renal. HIPOUREMIA → DIMINUIÇÃO DA UREIA Síndrome nefrótica: ins. Hepática, acromegalia, desnutrição, uso de esteroides anabólicos. CREATININA o Redução da velocidade de filtração glomerular → Promove uma menor excreção urinária de creatinina → Aumento na concentração plasmática. o Aumento indicam a deterioração da função renal → Severidade da enfermidade. ALBUMINA o Albumina compreende ao redor de 60% das proteínas presentes no plasma humano. o É sintetizada no fígado em velocidade dependente da ingestão proteica. o Contribui com 75 – 80% do efeito do plasma, um dos fatores que regulam a distribuição apropriada de água entre os compartimentos intra – e extracelulares. Principal consequência da diminuição da albumina: • Distribuição dos líquidos corporais → EDEMA A albumina é o mais importante contribuinte da pressão oncótica do plasma. BILIRRUBINA o A bilirrubina não conjugada ou bilirrubina indireta produzida no SER é apolar e insolúvel em água e é transportada para o fígado via corrente circulatória ligada de maneira firme, mas reversível, à albumina. o A bilirrubina isolada da albumina entra na célula hepática e forma a bilirrubina conjugada ou bilirrubina direta. o É o principal produto do metabolismo da heme da hemoglobina. o É removida pelo fígado para conjugação e excretada na bile. HIPERBILIRRUBINEMIA: • Icterícia → é a pigmentação amarela da pele, esclerótica e membranas mucosas, resultante do aumento da bilirrubina. • A icterícia é o sinal mais precoce de uma série de patologias hepáticas e biliares. AMILASE o Presente em vários órgãos e tecidos o Maior concentração: Pâncreas e Parótidas o Taxa normal: de 50 a 160U/L Pancreatite aguda: • Aumento 3X mais • Elevação transitória: ↑nas primeiras 24 a 30h Outras causas de aumento da AMILASE: • Úlceras gástricas e duodenais perfumadas • Obstrução intestinal • Obstrução do ducto pancreático e do colédoco • Todo processo agudo na área adjacente ao pâncreas • Parotidite viral ou bacteriana (aumenta a amilase salivar: ptialina) • Ca de pâncreas: raramente aumenta amilase • Pancreatite crônica: amilase normais LIPASE o Fonte mais importante: PÂNCREAS o Secretada (certa quantidade) pela mucosa gástrica e células intestinais o Taxa normal: 2 a 15U/L o Os valores tem relação com amilase Causas de aumento da LIPASE: • Pancreatite aguda • Úlceras duodenais e ileais • Obstrução intestinal • Ca de pâncreas • Parotidite viral ou bacteriana: normal FOSFATASE ALCALINA o Maior concentração: Fígado e Osso o Epitélio dos canais biliares o Mucosa intestinal o Placenta • Crescimento ósseo rápido • Crianças: 1,5 a 2,0 vezes > adulto • Adolescente: 3,0 a 5,0 vezes >adulto • Gravidez (3º trimestre): duplica ou triplica • Hepatopatia ativa • Obstrução dos canais biliares: intra ou extra hepática, externa ou localizada MUITO AUMENTADA: TU hepático ou biliares com colangite GAMA – GLUTAMILTRANSFERASE – GAMAGT o Presente em: Fígado (epitélio biliar e hepatócitos) / Pâncreas / Rins o Muito útil para discriminar ↑ de outras enzimas o Apesar de muito sensível para doença hepatobiliar, é pouco específica o Álcool: 30% dos etilistas têm GGT normal Aumento de atividade sérica • Obstrução biliar intra ou pós-hepática (5 a 30x): Icterícia obstrutiva / Colecistite • Indução de síntese microssomal e lesão celular: Alcoolismo / Drogas (fenitoína, acetaminofeno, barbitúricos, etc...) (2 a 5x) / Esteatose hepática (2 a 5x) / Cirrose hepática • Hepatite infecciosa (2 a 5x) • Pancreatite crônica e câncer hepático → obstrução ( 2 a 5x) • Ca de próstata TGP/AST – ASPARTATO AMINO TRANSFERASE TGO/ALT – ALANINA AMINOTRANSFERASE o Coração, fígado, pulmão, músculo esquelético, rim, cérebro, pâncreas. o Avaliam dano hepatocelular • Maior especificidade para lesão hepática o Liberadas quando há lesão de membrana hepatocelular o A quantidade circulante está relacionada com o número de células lesionadas e o tempo. o Pouco alterada nas icterícias obstrutivas (exceção: passagem de cálculo). AUMENTO: o Hepatite aguda >10x o normal o Febre amarela >100x o normal o Hepatite crônica o Cirrose ativa o Mononucleose infecciosa o Metástase e necrose hepática o Carcinoma primário e metastático o Hepatite alcoólicao Síndrome de Reye o Pancreatite o Dermatomiosite o Poliomiosite DHL – LACTATO-DESIDROGENASE o Presente em vários tecidos o Aumenta em 12 a 24h / Pico máximo 2 a 4 dias / Normal 8 a 14 dias o Hepatopatias e pneumopatias o É útil na abordagem laboratorial de diversas situações que cursam com injúria tissular (lesão celular) o Níveis séricos elevados de DHL são observados em uma variedade de condições, não sendo específica de lesão de qualquer órgão em particular. Doença viral? + uso salicilatos: encefalopatia, manif. Neurológicas. AUMENTOS MODERADOS DOS VALORES: • Infarto agudo do miocárdio • Infarto pulmonar • Leucemia • Mononucleose infecciosa • Distrofia muscular progressiva • Anemias hemolíticas AUMENTOS INTENSOS DOS VALORES: • Anemia megaloblástica • Carcinoma • Choque grave o A determinação da atividade da DHL pode ser feita também nos líquidos corporais. o No líquido ascético e líquido pleural servem para diferenciação entre exudato e transudato e deve ser feito em paralelo com a dosagem sérica (razão LDH líquido/soro maior que 0,6 sugere exudato). o No líquor níveis elevados são encontrados nos casos de acidente vascular cerebral, tumores e meningites. CREATINO QUINASE – CK A dosagem da creatinoquinase é um marcador sensível, mas inespecífico de lesão muscular, principalmente nas patologias que envolvem lesões das células do tecido muscular esquelético e cardíaco. Fatores que aumentam a dosagem: • Hemólise intensa • Icterícia Biológicos: • Exercícios • Uso de álcool Doenças: • Hipotireoidismo • Acromegalia • Status epilético Drogas: • Corticoides • Fenotiazidas • Cocaína Aplicação na suspeita de lesões musculares esqueléticas: Aumento da CK secundário a trauma muscular (cirurgia, exercícios físicos intensos, injeções intramusculares), pode atingir até cinco vezes o valor de referência, retornando aos valores normais após 24 horas. Aumento da CK secundário a patologias musculares (rabdomiólise, dermatomiosite, distrofia muscular, poliomiosite, esclerose lateral amniotrófica, distrofia miotônica) geralmente se mantém persistentemente elevado. CREATINO QUINASE MB – CKMB o É ummarcador sensível e específico, das lesões das células do tecido muscular cardíaco, principalmente o infarto agudo do miocárdio (IAM). o As dosagens devem ser valorizadas juntamente com a história clínica e o ECG nos casos de diagnóstico de IAM o A dosagem única de CKMB apresenta uma sensibilidade de 50% quando o paciente dá entrada em um serviço de pronto atendimento, mas aumenta em 90% caso seja solicitado medidas seriadas. o Níveis elevados ocorrem após 4 horas de início do IAM, com picos de dosagem entre 9 e 30 horas e retornando ao normal entre 48 e 72 horas, após um episódio único e limitado. o Assim a curva de CKMB torna-se então o principal parâmetro para avaliação do prognóstico. Aumento da CKMB em situações que não são IAM: • Contusão cardíaca • Procedimentos cirúrgicos cardíacos • Cardioversão • Angioplastia coronariana transluminal • Pericardite • Miocardite • Taquicardia supraventricular prolongada • Cardiomiopatia • Insuficiência cardíaca congestiva • Angiografia coronariana Aumento da CKMB em situações sem lesão cardíaca: • Traumatismo e doenças do músculo esquelético • Rabdomiólise extensa • Mioglobinúria • Queimaduras LACTATO o O lactato é produzido pelo organismo após a glicólise, para o fornecimento de energia em condições anaeróbicas (metabolismo anaeróbico lático). o A determinação da concentração sanguínea do lactato permite avaliar indiretamente a acidose metabólica após a atividade física e situações patológicas nas quais esta via de obtenção de energia foi utilizada. o A acidose lática (dosagem de lactato elevada) ocorre por diminuição da oxigenação tecidual (hipóxia), tais como choque, hipovolemia e insuficiência ventricular esquerda e associada a doenças como diabetes mellitus, neoplasia e insuficiência hepática e renal. o Níveis elevados podem ser encontrados no líquor nos casos de meningite bacteriana, hemorragia intracraniana, epilepsia e acidente vascular cerebral. o Os valores elevados no líquor não dependem de alterações no sangue. LIPÍDEOS PLASMÁTICOS TRIGLICERÍDEOS o Forma de gordura que circula na corrente sanguínea o É armazenado no tecido adiposo o Níveis altos está associado a um aumento no risco de doenças do coração o Quando associados ao colesterol alto e outros fatores de risco, maior risco para cardiopatia o Níveis muito altos podem causar pancreatite, hepatoesplenomegalia e depósitos de gordura na pele (xantomas). Desejável: <150 mg/dl Limítrofe: 150-199 mg/dl Alto: 200 a 499 mg/dl Muito alto: = ou >5000 mg/dl COLESTEROL o Amplamente distribuído por todo corpo: sangue, cérebro, fígado, rins, fibras nervosas o Componente essencial das membranas o Produção de ácidos biliares, esteroides supra-renais e hormônios sexuais. Desejável: 140 - 190 mg/dl Limítrofe: 200 – 239 mg/dl Alto: >240 mg/dl AUMENTO DO COLESTEROL: • Aterosclerose • Hipercolesterolemia familiar • Síndrome nefrótico • Diabetes mellitus DIMINUIÇÃO DO COLESTEROL: • Hipertireoidismo • Má-absorsão e má-nutrição • Leucemia mielocítica crônica • Metaplasia mieloide HDL – LIPOPROTEÍNA DE ALTA DENSIDADE As HDL tem ação protetora contra a doença arterial coronária Metabolismo das outras lipoproteínas Transporte de colesterol dos tecidos periféricos para o fígado. Homem = 37 – 70 mg/dl Mulher = 40 – 85 mg/dl Valores elevados: Alcoolismo / Hepatite crônica / Drogas (ácido nicotínico, estrogênios, fenitoína). Valores reduzidos: • Ateriosclerose • Colestase • Coronariopatia • Diabetes Valores reduzidos: • Doença articular inflamatória • Doença pulmonar • Hipoalbuminemia
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