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1 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Sumário RESTAURAÇÃO COMPLEXA EM AMALGAMA RESTAURAÇÕES DE AMÁLGAMA RETIDAS A PINOS Tipos de pinos Pré-fabricados FACETAS ESTÉTICAS RESTAURAÇÕES DIRETAS EM DENTES POSTERIORES FACETAS ESTÉTICAS ESCOLHA DE CORES Cor Forma ADESÃO X COMPLEXO BIOLÓGICO PRINCÍPIOS GERAIS DOS PREPAROS CAVITÁRIOS Preparos cavitários conservadores Forma de contorno Forma de resistência Forma de retenção Forma de conveniência PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINO-PULPAR Procedimentos clínicos 2 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão DENTÍSTICA I RESTAURAÇÃO COMPLEXA EM AMALGAMA Núcleo de preenchimento com reconstrução retorna a função da coroa. Pinos promovem retenção adicional. RMF – demorada de se realizar, custo maior, exige maior técnica do operador, por isso às vezes não é indicado. Em grandes extensões poderia ter RMF, mas este tipo de restauração, complexa em amalgama, é uma alternativa às RMFs. Sendo essa uma técnica rápida, barata e resistente. Propriedades do Amalgama → melhora o vedamento com o tempo devido sua oxidação, o Estanho e o Cobre são agentes bactericidas. Deve-se realizar a proteção pulpar Uso de matriz e cunha são essenciais para promover uma correta anatomia na restauração e evitar extravazamento do material restaurador provocando problemas de adaptação, resistência, e biológicos. A anatomia deve ser dada imediatamente devido ao enrijecimento sofrido pela Liga de Amalgama. Quando indicar: o Devido aos princípios biomecânicos do preparo Pinos, canaletas, adesivos, retenções adicionais o Perder todas as estruturas dentárias o Dentes com perda de uma ou mais cúspides o Pacientes que precisam de um tratamento rápido. o Questões financeiras Princípios biomecânicos o Forma de resistência, forma de contorno Cobertura de cúspide Mútua proteção – pequenas espessuras de amalgama pode levar à fratura do remanescente dental ou da restauração. Remoção da dentina cariada – dentina comprometida e frágil Acabamento de margem gengival – não promover ângulos vivos Limpeza da cavidade – remoção de restos do preparo Remanescente dental e material restaurador com tamanho e volume que proporcionem resistência a ambos. Preparo cavitário o Parede V e L convergentes para oclusal ou paralelas o Caixas proximais retentivas o Caixas retentivas nos sulcos V ou P o Retenção adicional nas caixas proximais o Redução de cúspides sem sustentação dentinária o Acabamento da cavidade com instrumentos manuais 3 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Redução mínima de 2,5mm – nas cúspides Pode usas uma sonda periodontal antes para verificar as cúspides e sempre medir a oclusão. Oclusão: checar os contatos oclusais o Relação cêntrica o Máxima Intercuspidação Habitual o Movimentos de lateralidade e protrusão o Durante a trituração tem que ter equilíbrio do seu dente e antagonista. Contato (se houver uma destas relações é o suficiente) A: vertente externa da cúspide de contenção B: vertente interna da cúspide de contenção C: vertente externa da cúspide de não contenção Técnicas para retenção Pinos Amalgapins Canaletas Amalgama adesivo Direção de inserção do pino paralela à superfície externa do dente Fresa esférica 1/4 e fresa Trépano A irregularidade da superfície dentinária determina uma incorreta profundidade do pino no interior da dentina. Curvatura errada do pino e consequênte fratura do mesmo próximo à parede dentinária. Studervant 4 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Desenho esquemático de canaletas dentinárias. Studervant Pins confeccionados em dentina. SHWARTZ 5 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão RESTAURAÇÕES DE AMÁLGAMA RETIDAS A PINOS Tipos de pinos Pré-fabricados Titânio Aço inoxidável Aço inoxidável banhado a ouro Número = a retenção da dentina aumenta com o número de pinos (inseridos respeitando as características do preparo e de resistência) Número de pinos a serem usados (ideal) o Um pino por cúspide perdida nos molares o Dois pinos por cúspide perdida nos pré-molares Deve-se dobrar os pinos após a introdução nos dente, com isso aumenta a retenção e diminui a possibilidade do pino ultrapassar o limite da restauração ou fique muito próximo da superfície da mesma (o amalgama deve estar a 2mm acima dos pinos). Pinos cimentados o Nesta técnica os pinos são inseridos em orifícios pouco maiores que o diâmetro dos pinos, sendo então cimentados. o Os pinos devem ser experimentados antes de serem cimentados. o Para a obtenção da retenção máxima com os pinos cimentados, a profundidade do orifício em dentina deve ser de 3 a 4 mm. o Os pinos cimentados não produzem pressão interna e linhas de rachadura por isso são os mais indicados para os dentes com pequenas espessuras de dentina e para aqueles tratados endodonticamente. Pinos retidos por Fricção o Os pinos são inseridos em orifícios cujo diâmetro é menor que o do pino. o Oferece retenção até três vezes maior que os cimentados. o Durante a alocação do pino deve-se ter cuidado devido às tensões criadas, o que pode levar à fraturas do órgão. o O orifício para sua inserção deve ter de 2 a 4 mm de profundidade. Pinos auto-rosqueáveis o Diâmetro do orifício de inserção é até 0,1mm menor que o diâmetro do pino. o Profundidade varia de 1,3 a 2mm, dependendo do diâmetro do do pino a ser empregado. 6 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão o 5 a 6 x mais retenção que os cimentados e 2 a 3 x mais que os retidos por fricção. o Estudos mostram que a inserção desse tipo de pino produz mais linhas de rachaduras na dentina que a dos dois outros tipos. Indicações: Os pinos devem ser empregados quando uma forma de retenção ou resistência satisfatória não puderem ser estabelecidas através do preparo de caixas, sulcos ou orifícios na dentina. Em dentes posteriores com prognóstico indefinido Como uma restauração provisória em pacientes que necessitam de tratamento ortodôndico ou pericoronal Por razoes sócio-economicas, uma restauração de amalgama retida a pino pode ser a única alternativa contra a extração do elemento dental. Para pacientes idosos e debilitados, essas restaurações podem ser o tratamento preferível, ao invés de restaurações metálicas fundidas que são mais caras e demoradas Como núcleos de preenchimento para as restaurações metálicas fundidas. Contra indicações: Em dentes submetidos a tratamento endodôntico radical (alguns casos) Quando a estética for primordial Em dentes muito inclinados onde há dificuldade de acesso e, subsequentemente, sérios riscos de perfuração a nível pulpar ou externa, durante a confecção dos orifícios. Em dentes onde ouve perda da estrutura dentária que não possibilite a colocação de 2mm de amálgama sobre os pinos. Em dentes onde as margens gengivais são tão profundas que a colocação adequada de uma matriz é extremamente difícil, se não impossível. Vantagens O preparo cavitário é consideravelmentemais conservador que os preparos para restaurações metálicas fundidas. A restauração pode ser concluída em apenas uma sessão. Essas restaurações são consideravelmente mais baratas que as restaurações metálicas fundidas. Desvantagens Contornos e contatos oclusais difíceis Acomodação do amalgama ao redor dos pinos é difícil Pode provocar trincas e pressões internas durante a confecção Redução de estrutura dentária sadia, em alguns casos Risco de perfuração pulpar e superfície externa do dente 7 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Não protegem as cúspides remanescentes Diminuição da resistência a compressão e à fratura do amálgama com o uso de pinos. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ FACETAS ESTÉTICAS Tipos de facetas estéticas Diretas o Feitas pelo profissional, podem ser de reina composta, resina acrílica (dente de estoque para dentadura) ou obtida a partir de um dente natural extraído. Indiretas o Feitas em laboratório sobre um modelo de trabalho ou industrialmente, podendo ser confeccionadas em resina composta, resina acrílica, porcelana ou hidroxiapatita fundida. Indicações Dentes anteriores o Que apresentam a cor alterada por... e não respondem a outros tratamentos mais conservadores: Tetraciclina Fluorose Cor alterada naturalmente o Estética comprometida pela presença de várias restaurações o Dentes malformados, como por exemplo, incisivos de Hutchinson e incisivos laterais conóides. o Fechamento de diastemas o Dentes mal posicionados Dentes em rotação Dentes em leve versão labial ou lingual 8 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão o Para corrigir discrepâncias no tamanho dos dentes o Perda de estrutura dental por cáries, trauma ou perimólises. Contra-indicações Alguns pacientes do tipo classe III Pacientes que apresentam mordida anterior Toto a topo Pacientes com hábitos para-funcionais (bruxismo) Dentes que não apresentam esmalte suficiente para reter a faceta e/ou para proporcionar adequado selamento marginal. Tática operatória Seleção __________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 04-10-2012 Rodrigo de Castro Albuquerque (www.rodrigocalbuquerque.com.br) RESTAURAÇÕES DIRETAS EM DENTES POSTERIORES Aplicação de resinas compostas em dentes posteriores Selamento de fóssulas e fissuras Cavidades de classe I e II de tamanho moderado Cavidade classe V Restaurações em áreas esteticamente importantes Pacientes alérgicos ou sensíveis a metais Por que resina composta em dentes posteriores? Solicitação estética Pressão de venda Interesse econômico Toxicidade do mercúrio (contido no amalgama) Indicações Conservação de estrutura dental Estética Forma de resistência do remanescente dental inviabiliza o uso de amálgama Pacientes alérgicos ou sensíveis a metais. Término cervical em esmalte Abertura do istmo menos que 1/3 da distancia intercuspídea Módulo de elasticidade [E] das resinas é semelhante ao [E] do dente 9 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Limitações Pacientes com higiene bucal deficiente Pacientes que não são controlados periodicamente Pacientes alérgicos ou sensíveis aos componentes das resinas compostas Impossibilidade de se executar isolamento absoluto Abertura do istmo superior a 1/3 da distancia intercuspídea??? Ausência de margens do preparo cavitário em esmalte. A resina desgasta, em média, 10 a 12 Mm por ano, o problema da resina é a instabilidade dimensional. Vantagens Estética excelente Variedade de cores Conservação de estrutura dental remanescente Baixa condução térmica e elétrica – melhor [E] Melhor distribuição das cargas oclusais – técnica incremental Ausência de mercúrio e corrosão Desvantagens Complexidade técnica Contração de polimerização Maior tempo de confecção Adaptação marginal mais crítica Menor resistência à infiltração Menor durabilidade Sensibilidade pós-operatória Menor radiopacidade. Barreiras na obtenção de excelência Grande variedade de marcas comerciais Características intrínsecas negativas Necessidade de conhecimentos básicos e treinamento prévio Tempo limitado de trabalho Arte incompatível com rapidez Desenvolvimentos futuros Redução da contração de polimerização Melhoria e simplificação das técnicas de adesão Melhoria das técnicas de manipulação e inserção Melhoria dos métodos de polimerização Ler sobre resinas a base de cilorano. 10 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Inlay/Onlay x resina direta Técnica direta: o Vantagens Dispensa laboratório Dispensa moldagem Rápida confecção o Desvantagens Dificuldade de contatos proximais Maior infiltração marginal Maior pressão nas cúspides Técnica indireta: o Vantagens Menor infiltração marginal Melhor polimento Maior resistência ao desgaste o Desvantagens Necessidade de moldagem Necessário de provisória Custo elevado Requer maior tempo de trabalho Seleção de resina composta Hibrida Micro-hibrida Micropartículas não para dentes posteriores Macropartículas Nanopartículas – usada na clínica da FOUFMG Tática operatória Polimento coronário e seleção de cor Preparo cavitário Isolamento absoluto Condicionamento ácido Aplicação do sistema adesivo Inserção da resina composta Foto ativação Acabamento e polimento (1 semana) Proservação 11 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Preparo classe I Paredes de fundo e planas e perpendicular ao longo eixo do dente Paredes circundantes convergentes para oclusal Ângulos internos arredondados Ângulo cavo-superficial nítido e sem bisel Termino em esmalte Fortify-bisco (selante de superfície) “Resina sem carga, fotopolimerizavel, de baixa viscosidade utilizada como selante de superfície em restaurações de resina composta e como selador de margem em restaurações de amálgama.” Selante de baixa viscosidade Aumenta a resistência ao desgaste em até 50% Preparo classe II Parede axila ligeiramente convergente para oclusal Parede circundante vestibular e lingual convergente para oclusal (forma de gota) Parede gengival plana, formando ombro com a parede axial Demais características de classe I Contato proximal (métodos auxiliares) Separação dental Pré encunhamento Matrizes metálicas ultrafinas e pré-formadas (unimatrix) Dispositivos para compactar resina e pressionar a matriz Remoção de excessos grosseiros Lâminas de bisturi ou instrumento cortante Cavidades rasas e médias: sistema adesivo Cavidades profundas: ionômero de vidro e sistema adesivo Muito profundas: hidróxido de cálcio, ionômero e sistema adesivo Muito profunda com aparecimento pulpar: Hidróxido de cálcio PA, hidróxido de cálcio, ionômero e sistema adesivo. Acabamento: fresa multilaminada 9714FF, borrachas de silicona (astropol), disco de feltro com pasta de polimento (enamelise) 12 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Acabamento Brocas multilaminadas Pontas diamentadas Borrachas de silicona FACETAS ESTÉTICAS Dentes anteriores Biologia Mecânica Função Estética “No mundo atual está se investindo cinco vezes mais em remédios para virilidade masculina e silicone para mulheres do que na cura...” Indicações Dentes com alteração de cor (escurecidos) que não teve resultados no clareamento e não seja indicação para coroa total Defeitos do esmalte (amelogênese imperfeita, fluoroses, hipoplasia de esmalte, etc) Diastemas Microdentes Dentes mal posicionados Restaurações múltiplas defeituosas Desgastes fisiológicos Reconstrução de guias Contra-indicações Dentes vestibularizados Hábitos para-funcionais (roer unha, cachimbo...) Pouco remanescente coronário Vantagens das diretas (feitas no consultório) Facilidade de reparo Preparo mais conservador Não envolve laboratório Não necessita provisória Não requer moldagem Economia de tempo Mais barata Feita com resina 13 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Desvantagens das diretas Mais suceptível ao manchamento Depende da habilidade do dentista (conhecimento da anatomia, oclusão...) Resistência à fratura↓ Textura superficial Vantagens das indiretas Estabilidade de cor Brilho duradouro Biocompatibilidade com o periodonto Consultas mais rápidas Menor exigência do proficional Resina ou porcelana Desvantagens das indiretas Dificuldade de preparo Moldagem Fragilidade da cerâmica (antes da adaptação e cimentação) Fase laboratorial Procedimentos de cimentação Reparo difícil Custo ↑ Necessidade de provisório Obs.: todo dente tratado endodonticamente deve receber previamente um pino pré-fabricado. Procedimentos Exame clínico Exame de oclusão Exame do dente a ser restaurado Exame da gengiva Avaliação do sorriso Custo Planejamento Viabilidade da técnica Análise do remanescente coronário Expectativa quanto ao resultado estético Expectativa quanto a durabilidade 14 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Análise quanto à opacificação (quanto mais escuro o dente pior o prognóstico) Avaliação da necessidade de pino (todo dente tratado endodonticamente necessita de pino para realizar a faceta) Modelos de estudo e fotografia Profundidade do preparo depende de Grau de escurecimento do dente Altura da linha do sorriso Inclinação do dente vestibular ou lingual Tamanho e forma do dente Área estática e dinâmica de visibilidade Preparo das diretas Fazer o preparo sem isolamento absoluto Delimitação periférica – 1011 ou 1012* (diamantadas esféricas) o Aprofundar metade da ponta ativa Canaletas transversais – 4141 ou 4142* (aneladas diamantadas) União das canaletas – 2135 (diamantada tronco-cônica de extremo arredondado) Acabamento do preparo – 2135F ou 2135FF (diamantadas) e instrumentos cortantes manuais. Pincel tigre: Sable Touch, ref.; 483 n° 02 (classe II e V) e 04 (faceta). ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 15 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 18-10-2012 Hugo ESCOLHA DE CORES “Nós vemos o que conhecemos devemos conhecer para ver, devemos ver para conhecer” Mendes e Bonfante Características Relacionadas ao dente Cor Forma Tamanho Textura de superfície Alinhamento no arco dental Cor O dente é policromático, com estruturas e tecidos com propriedades ópticas diferentes o A cor de dentina é mais saturada que a do esmalte, havendo uma graduação do colon do dente até sua incisal, sendo o 1º terço mais escuro e o final mais azulado. (diminuição da quantidade de dentina). Escala de cor Classical – 1956 (Vitapan) o Dimensões da cor Matiz Croma Valor 1. Matiz – é o aspecto mais individualizado da cor (o nome da cor): o Amarelo, azul, vermelho... o Padrão vita classical A – Marrom (amarelo e marrom) B – Amarelo . C – Cinza . D – Vermelho 2. Croma (saturação) – é a qualidade da pureza ou intensidade do matiz. É a saturação de pigmento de cor. Quanto maior o número após a identificação do matiz, maior será o croma, com isso mais escura é a cor. o Azul escuro, azul claro... o Padrão Vita Cassical A1, A2, A3, A3.5, A4 – (A= Matiz, 1,2,3 = Croma) 3. Intensidade, brilho ou valor – é uma propriedade acromática que pode ser definida como brancura ou negrume. (branco = ↑valor / escura = ↓ valor). 16 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão o À medida que o croma aumenta, o valor diminui. Quanto maior o croma, mais escura é a cor, com isso o “valor” é menor 4. Seleção de cores o Dentina – corpo – esmalte – translúcida. o Ambiente com adequada luminosidade (natural) o Limpeza dos dentes com pasta profilática ou jato bicarbonato. Pedra pomes e água. o Determinar o matiz a partir dos caninos (dente mais saturado/escuro, mais fácil) depois se determina o croma. o Translucidez (“... como quarta característica da cor”) – um corpo translúcido permite a passagem parcial da luz. Transparência – Translucidez – Opacidade Esmalte – 70,1% Dentina – 52,6% Translúcido – esmalte – corpo – dentina – opaco. Escolhe resina com cor de dentina e de esmalte adequadamente. A cor do dente é uma interação entre a dentina e o esmalte. Devemos fazer a escolha da resina composta com translucidez adequada para reconstruir áreas de esmalte e dentina. Forma 5. Tamanho dos dentes o Largura mesio-distal o Altura Gengivo-Incisal o Proporção (largura/altura) 6. Largura mésio-distal o É mais crítica que a altura, pois está diretamente relacionada ao aspecto frontal da coroa, proporção do aparecimento dos dentes e dimensões do segmento dentário anterior. o Fatores relacionados à largura dos dentes Idade – fatores iatrogênicos. Sexo Raça 7. Altura Gengivo-Incisal o Menos crítico do que a largura mesio-distal, pois parece muito dependente da situação clínica. Largura Média Comprimento Médio ICS 8,7 mm 10,9 mm ILS 6,5 mm 9,3 mm CS 7,7 mm 10,6 mm 17 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Proporção Estética ICS – altura 100% - largura 80%. ILS – altura 100% - largura 69% CS – altura 100% - largura 72% ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 25-10-2012 Lincon ADESÃO X COMPLEXO BIOLÓGICO Livro: “Hibridização dos tecidos duros dentais” Produzem a união entre o material restaurador e a superfície dental. Cada sistema adesivo tem uma forma de ser usado para que aconteça a adesão, bem como o tipo de solvente, este que influencia sobre a forma que o produto deve ser utilizado. Lembrando que cada tipo de solvente tem um tempo de volatilização diferente. (cetona > álcool > água) Pacientes que fazem clareamento com Peróxido de Hidrogênio tem um envelhecimento precoce da polpa. Este é um dos motivos que leva uma pessoa jovem a ter um dente envelhecido. Sistema adesivo utilizado, na clínica: Single Bond (com carga – resistência a pressão) Solventes: água, álcool e cetona. Se comparar um paciente de 15 anos com um de 70, em relação à estrutura do esmalte, ambos possuem mesmas características morfológicas, mesmo que o do idoso seja hipermineralizado. Com isso a adesão de um sistema adesivo nestes esmaltes é semelhante. Mas na dentina é diferente, pois muitos substratos podem estar depositados na dentina de forma diferente, levando a mais, ou a menos mineralização. Em uma classe I (resina composta) em um 1º molar inferior (erupciona 1º, recebe maior força de mastigação) e com características idênticas, em diversos indivíduos. Após um ano, ao se fazer uma avaliação observa-se que as resinas estão diferentes devido às diferentes forças oclusais de cada indivíduo. Em um mesmo dente, em um preparo cavitário, a adesividade em dentina é diferente em cada mm quadrado, devido às diferenças estruturais de cada parte do dente, como dentina reacional e diâmetro dos túbulos dentinários. No esmalte temos menos variações, Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight 18 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão variando apenas no posicionamento dos prismas de esmalte, em dentes posteriores recomenda-se que se faça bisel para que ocorra ataque ácido nos prismas de esmalte. Sistemas Adesivos Adesivos dentais são combinações de monômeros resinosos ambifílicos polimerizáveis e solventes orgânicos (cetona e álcool) e/ou água. Jatos de ar a curta distancia são contra indicados, pois pode levar ao colapso das fibras colágenas devido à desidratação excessiva, podendo a longa distancia 20cm para aumentar a velocidade de volatilização do solvente e a água que foi incorporada para facilitar a formação da camada hibrida. Sistema Adesivo Ideal Não foi criado ainda um sistema adesivo ideal, porem estas características são esperadas dos mesmos: Adesão duradoura com esmalte e dentina Polimerizar-se com contração mínima – quando há excessiva contração de polimerização pode-se criar um gap (espaço) entre o dente e a restauração e isso vai ser um problema para pacientes com uma higienização deficiente, pois pode levar à recidiva de cárie com maior facilidade. Mínimo de sorção ou expansão – toda rezina quando é polimerizada está seca e começa a sorver água (expansão igroscópica). Resistir aos esforços mastigatórios – devido ao intenso trabalho que pode exercer a resina pode fraturar ou desgastar com maior ou menor facilidade dependendo de sua resistência. Possuir mesmos coeficientes de expansão térmica da estrutura dentária – para não causar estresse no dente ou fratura devido a uma maior expansão ou contração. Não ser tóxico à polpa ou tecidas gengivais – todos os componentes do sistema adesivo são citotóxicos, mata células, não devendo ser aproximados da região ocular (necrose local), ou na mucosa. Resistir a qualquer tipo de degradação Tipos De Adesivos 1. Convencionais o 3 soluções Ácido (fosfórico) Primer (agente promotor da união) Adesivo o 2 soluções Apesar da simplificação neste sistema, ele determina um comprometimento na eficiência desse sistema. Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight 19 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Ácido Primer/adesivo 2. Autocondicionantes Todos os sistemas autocondicionantes devem conter água em sua formulação. o 1 solução Primer ácido/adesivo (“adesivo autocondicionante”) o 2 soluções Primer ácido (“primer autocondicionante”) Adesivo Qual o melhor sistema adesivo e qual o solvente ideal??? “Embora exista uma tendência para a produção e uso de sistemas adesivos de técnicas simplificadas, os dados científicos originados de inúmeras pesquisa laboratoriais e clínicas indicam que os sistemas adesivos convencionais de 3 passos são os que apresentam desempenho mais favorável e a maior credibilidade em longo prazo”. Já os autocondicionantes de passo único são muito ruins. Adesivo/quesito Resistência adesiva Infiltração marginal Desempenho clínico Convencional 3 passos 1 1 1 Convencional 2 passos 2 3 3 Autocondicionante 2 passos 3 2 2 Autocondicionante 1 passo 4 4 4 Convencional de 3 > autocondicionante de 2 > Convencional de 2 > Autocondicionante de 1 Tipos de Adesivos Convencionais 3 soluções ácidos primer adesivo 2 soluções ácido primer / adesivo Autocondicionantes 1 solução primer ácido e adesivo 2 soluções primer ácido adesivo Dayane Highlight Dayane Highlight 20 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Profundidade Superficial Média Profunda Autocondicionante 30±15 24±9 24±10 Convencional 61±12 41±6 26±7 Tipo de dentina Sadia Afetada Infectada Autocondicionante 51±4 29±6 19±4 Convencional 45±15 25±5 15±4 Efeito da profundidade e tipo de dentina na resistência adesiva de sistemas adesivos. “Quanto mais tempo no mercado melhor é o sistema adesivo” – melhor aceitação e resultados. Foram colocadas cargas nos sistemas adesivos (nanopartículas) para aumentar a resistência desses sistemas. Essa é a tendência atual. Um dos motivos que levaram a isso é:dentes posteriores tem uma força sendo aplicada sobre eles de forma muito incisiva, aumentando a possibilidade de insucessos nas restaurações. Nanoparticuladas o Maior resistência (maior densidade). ALL-Bond (BISCO) Scotchbond (3M ESPE) – solvente água Para os sistemas adesivos auto-condicionantes cujo solvente é a cetona (alta volatilização), podem ser usados em esmalte, mas é ruim para a dentina (quando chega na metade do frasco tem-se que jogar fora, pois o solvente vai volatilizando quando o frasco é aberto). Hoje a tendência dos fabricantes é trabalhar com solução etanólica. “Vide bula” – Posso confiar??? Não!!! → deve-se ficar atento às recomendações do fabricante, no entanto vários fabricantes colocam informações que não condizem co a prática, isto é, os produtos são testados em laboratório e a partir destes resultados se faz uma prescrição, sem necessariamente avaliar a prática. Jatos de água provenientes da seringa tríplice devem ser à distância. “Os sistemas adesivos que contém água são menos sensíveis” – Carvalho, 1999. São menos sensíveis à técnica, sendo assim há menor possibilidade de erros com relação à este quesito. A qualidade da adesão ao esmalte em termos de resistência de união, tem se mostrado praticamente inalterada ao longo dos anos. Em odontologia a adesão ao esmalte é um procedimento seguro e eficiente, que garante a qualidade de selamento marginal em longo prazo. Em contrapartida, a adesão à dentina é considerada um desafio para o clínico, devido à sua imprevisibilidade. Influência do Operador Grupo Mpa (mega pascal) Dentista 7,6 + 6,6 Dentista com experiência 32,2 + 3,7 Pessoal do laboratório 31,1 + 5,1 Inexperiente 21,9 + 6,7 Watanabe et al 1999 Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight 21 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Este estudo mostrou que á uma significativa influencia do operador nos resultados de adesividade devido à forma que o operador aplica o material. Sensibilidade Pós-Operatória Pode ser causada por: Inflamação prévia Calor excessivo durante o preparo o Irrigação da broca (inadequada) o Se o poder de corte da broca fica reduzido, gera mais calor (atrito) o 6 graus a mais de temperatura em uma polpa pode gerar morte celular. Secagem excessiva da dentina exposta – contração das fibras colágenas, sem água e não forma a camada híbrida. o Não usar seringa tríplice, recomenda-se papel absorvente. Formação inadequada de camada híbrida – material contaminado o Aplicação do sistema adesivo o Número de camadas o Polimerização inadequada Evaporação insuficiente dos solventes o Polimerização a cada camada de adesivo (ERRADO) – coloque uma camada, espere secar, coloque nova camada e polimerize. o Saber qual é o solvente do sistema adesivo (tempo de evaporação) Polimerização inadequada do agente adesivo o Problemas do fotopolimerizador – regulação de intensidade luminosa (400 milivoltes) Ausência de base ou forramento – em cavidades profundas o Fator C (número de paredes aderidas/número de paredes livres) Desrespeito à configuração cavitária o Quanto maior número de paredes envolvidas em um incremento, pior. Volume excessivo dos incrementos o Incrementos de 2mm. Pode-se usar vários incrementos ao mesmo tempo sem que se toquem. Polimerizando-os de uma vez. Intensidade muito alta de luz o Polimerização rápida gera alto estresse de contração, pois não há tempo para o dente se adaptar às tensões sofridas pela contração do polímero. Necessidade de grande acabamento imediato – por trabalharmos com resinas foto polimerizáveis, temos que dar anatomia antes da polimerização, para não prejudicar a restauração com brocas. Falta de ajuste oclusal – oclusão incorreta = traumas e fracasso Substratos Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight 22 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Esmalte Complexo dentina-polpa. o Idade do paciente: dependendo da idade do paciente terá maior quantidade de água (jovem). A adesão de paciente idoso é muito pequena, exatamente porque tem uma dentina muito mineralizada, com pouca água. Adesão É o processo de união de dois substratos, mediado por um agente adesivo, cuja eficácia depende das características composicionais desses substratos e seu adequado manuseio técnico. Camada Híbrida É a difusão e impregnação de monômeros nas superfícies da dentina pré-tratada e sua polimerização criando uma camada híbrida de dentina reforçada por resina. Nakabayashi A uniformidade da camada hibrida é essencial para a adesão. Por isso a parede de fundo não precisa de adesão e sim de selamento, é o que o ionômero de vidro faz. Fatores que determinam a quantidade e qualidade da camada Híbrida Presença de água – a matriz de dentina após a desmineralização deve ser sustentada com água para que as fibras sejam mantidas espaçadas (plastificação). Caso a matriz fique seca as fibras se enrijecerão e ocorrerá o colapso das mesmas, reduzindo significativamente a adesão do sistema adesivo. o Falta de água: desidratação da dentina com ar o Excesso de água: diluição do primer, dificultando a penetração do monômero hidrofílico (quando tem um tubo muito amplo aberto pelo condicionamento ácido, e muita umidade emanando, o primer vai ter muita dificuldade de trabalhar). Tempo de condicionamento ácido – deve ser cuidadosamente controlado para que não ocorra perda de material dental devida à exposição excessiva ao ácido, ou caso o condicionamento seja feito em pouco tempo, a superfície do dente não ficará suficientemente adequada para a adesão. Tempo de condicionamento: o Dentina 10’ o Esmalte 15’ Composição do sistema adesivo – como, por exemplo, o solvente usado: cada solvente possui uma pressão de vapor diferente, o que leva a um tempo de evaporação diferente Composição da dentina o Hipermineralizada, hipomineralizada, rica em água, esclerótica... Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight 23 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Gwinnett, 1994; Tay 1996; Ferrari 1996 Fatores que afetam a adesão Presença de água (dificulta) Contração de polimerização (controlada pelo fabricante) Capacidade umectante – capacidade que o sistema adesivo tem para umectar o maior número de túbulos dentinários. 75% dos túbulos no Maximo vão ser umectados pelo sistema adesivo. Capacidade de escoamento (facilita) – o sistema adesivo tem que competir com a permeabilidade dentinária. Quanto maior diâmetro do tubo, maior a quantidade de água e menor será a adesão. O selamento é com cimento ionomérico de vidro (CIV). Onde As Falhas Ocorrem No controle da umidade (molhar, jato de ar...) – o esmalte pode ser seco, mas a dentina necessita de umidade, mínima (2µl), para que ocorra uma adesão adequada. Usar métodos de remoção de água por absorção (gaze, algodão, papel absorvente...) o Adesivos que contém água na composição – dentina ligeiramente seca, sem brilho de superfície, mas sem ressecá-la. o Adesivos que não contem água na composição – dentina ligeiramente úmida, com brilho de superfície, mas sem excessos. Na aplicação do primer ou adesivo (forma de aplicação, polimerização a cada camada – errado) Na evaporação do solvente (dependo do solvente: água, álcool e cetona). Não se deve usar microbruch em sistemas adesivos com cetona porque vai dissolver a cola do microbruch e vai ter pelos no adesivo, alem da carga já existente. “Water-treeing” O primeiro sinal de degradação. A água saindo do túbulo vai fazer hidrolise. Isso acontece mais na parede de fundo, onde tinha mais ácido e o tubo ficou mais aberto. Fatores Que Determinam A Adesão Tipo de substrato (dentina normal, esclerótica, D1, D2, D3, esmalte...) Sistema adesivo empregado Modo de aplicação do adesivo Contração Técnica de inserção – incrementos aderidos ao menor número de paredes possíveis por vez. Técnica de polimerização Fatores que influenciam na adesão Dentina: túbulos dentinários (D1, D2, e D3), característica da dentina (esclerótica, sadia, infectada...); grau de permeabilidade; presença de smear layer (adequada). Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight 24 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Dente: tamanho e forma da lesão/preparo; estruturas envolvidas. Paciente: idade, grau de estresse oclusal. Material: sistema adesivo. Heymann e Bayne, JADA, v.124, N.5,1993 Fatores que agem na manutenção da adesão Grau de infiltração do adesivo (maior infiltração = melhor adesividade) Grau de polimerização do adesivo (maior polimerização = melhor estabilidade) Estresse mecânico (maior estresse = pior manutenção) Estresse térmico Nível de higienização do paciente. Como selecionar um sistema adesivo? – De acordo com as características do caso a ser trabalhado. Avaliar força que será aplicada sobre a restauração durante a mastigação Avaliar hábitos parafuncionais Avaliar o tamanho e formato da cavidade a ser restaurada Avaliar a fisiologia muscular do seu paciente (masseter) Modo de aplicação do adesivo – escolha um microbruch mais fino que existe. Exceto KG (solta pelos). Aplicação do adesivo Antes de colocar a matriz Acido e adesivo dentro dos limites cavitários Camada uniforme Não espalhar com jato de ár Remover os excessos antes de colocar a matriz, cunha e fotoativação. Esmalte Composição Hidroxiapatita 95% Água 4% Material orgânico 1% Limitação da adesão ao esmalte Ausência de bisel ou desgaste – deve-se expor os prismas Hipercalcificação (flúor) – diminui a porosidade e com isso a adesividade Contaminação (saliva ou sangue) Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight 25 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Clareamento – liberação de H+ (aguardar de 7 a 10 dias para fazer resina) Limitação da adesão ao esmalte Profilaxia com pedra pomes Placa bacteriana Saliva Dentina Composição Hidróxiapatita 70% Água 12% Material orgânico 18% Substratos desfavoráveis à adesão Dentina profunda – muita umidade Dentina esclerótica – poucos túbulos dentinários = pouca retenção Dentina afetada por cárie – fragilizada “O conteúdo de água ou umidade da dentina profunda não é uniforme, porém...” Adesão em dentina: Dentina Permeabilidade Umidade Sensibilidade Adesão Profunda > > > < Média < < < > Esclerótica < < < < Condicionamento ácido total Aumenta a permeabilidade da dentina Aumenta a umidade da dentina Aumenta potencial de irritação pulpar Desnatura colágeno Discrepância entre profundidade de desmineralização (maior) e a profundidade de penetração da resina (menor). ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight Dayane Highlight 26 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 22-11-2012 Lincon PRINCÍPIOS GERAIS DOS PREPAROS CAVITÁRIOS Preparos cavitários conservadores Causas de insucesso Preparo incorreto 56% Manipulação incorreta 40% Outras causas 4% Phillios & Healey 1949 Um dosmaiores fracassos nos preparos cavitários é o não uso dos instrumentos manuais. Selamento das cavidades Torna o ambiente desfavorável à sobrevivência bacteriana (Massara et al 1997). Permite aos elementos pulpares formar a dentina secundária (Nikiforuk 1996). Afeta os níveis salivares de microorganismos cariogênicos (Souki et al 1992). Adequação do meio bucal Controle da placa bacteriana: ação mecânica – escovação o Escova ideal Cabo de plástico, nunca de acrílico Plana (cerdas planas) Macia (de acordo com a característica gengival do paciente) Princípios gerais A preservação da estrutura dental é fundamental para o sucesso, em longo prazo, de qualquer material restaurador. É necessário que o material restaurador tenha no mínimo 2mm de espessura pós- polimento; para resistência da restauração (tanto resina, quanto para amalgama) As estruturas remanescentes devem apresentar resistência e retenção, a fim de garantir o sucesso da restauração. Princípios gerais dos preparos cavitários Forma de contorno Forma de resistência Forma de retenção (no mínimo 1mm aquém da junção amelodentinária) 27 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Forma de conveniência Remoção de tecido cariado Acabamento da limpeza da cavidade Acabamento A “dentística tradicional” que buscava apenas restabelecer forma, função e, às vezes a estética vem sendo substituída por uma dentística cada vez menos restauradora, que tem como objetivos principal:. O preparo cavitário, sob o ponto de vista terapêutico, é o tratamento biomecânico da cárie e de outras lesões dos tecidos duros dos dentes, a fim de que as estruturas remanescentes possam receber uma restauração que as proteja, que seja resistente e que previna a reincidência de cárie. A restauração deverá restabelecer a anatomia perdida e a função. Restaurar é recuperar a estrutura perdida na forma, cor e função. Forma de contorno É determinada pela área da superfície do dente a ser incluída no preparo cavitário (área de acometimento pela lesão) Remoção do esmalte sem suporte Preservar vertente interna Extensão da lesão Preparo cavitário o “Shot Gun” Várias pequenas restaurações o Slot horizontal – Roggerkamp Preservar a crista marginal Mais difícil, porem melhor resultado o Slot vertical – Almiquist Não preserva a crista marginal – acesso por oclusal Retenção de acordo com o material Resina – ácido + sistema adesivo Amalgama – sulcos e canaletas verticalmente Preparos estreitos: canaletas laterais / preparos largos: canaletas laterais e na pulpar. O princípio de “extenção para prevenção”, sugerido por Black 1908, que além de tecido cariado removia também estrutura dental sadia. NÃO!!! Nenhum material ou técnica é capaz de substituir estrutura dental sadia. O 1º molar é que determina DVO (muito importante no sistema estomatognático) Cicatrículas e fissuras 28 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão As superfícies oclusais dos dentes posteriores têm sido consideradas as zonza mais vulneráveis a cárie dentária, devido a sua anatomia estreita e sinuosa, impedindo a correta profilaxia da região, facilitando a retenção de microorganismos e resíduos alimentares. Aquisição inicial de estreptococos do grupo Mutans 1ª janela de infectividade: erupção dos molares decíduos (16 – 29 meses de idade) 2ª janela de infectividade: erupção dos molares permanentes (6 – 12 anos de idade) Sistema com jato de bicarbonato de sódio sob pressão Efeitos em todas as superfícies dentária, inclusive interpoximais e rebordo cavo- superficial das restaurações. Indicados para dentes bandados, com “brackets” ortodônticos e cicatrículas e fissuras NÃO PROVOCA DANOS AO ESMALTE Resistência à fraturas Dentes fraturados Resistência Kgf Hígidos 175,25 Cárie oclusal 126,25 Cárie interproximal 78,60 Cárie interproximal envolvimento da crista marginal 49,70 Forma de resistência Parede pulpar plana e perpendicular ao longo eixo????? Ângulos internos arredondados* (brocas de extremos arredondados) Ângulo cavo-superficial definido Curva reversa de Hollenback (somente para Amalgama) Manutenção da estrutura dental sadia Paredes pulpar e gengival forradas com CIV, quando necessário Arredondamente do angula áxio-pulpar para qualquer material restaurador, principalmente amalgama. Acabamento das paredes de esmalte Brocas multilaminadas Instrumentos cortantes manuais Forma de retenção Finalidade: impedir o deslocamento do material restaurador por ação das forças mastigatórias, tração por alimentos pregajosos e coeficiente de expansão térmica Profundidade cavitária > ou = largura do preparo Pino rosqueável (<resistência) 29 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Canaletas verticais Canaletas horizontais Pins Sistema adesivo Forma de conveniência Forma dada para facilitar a inserção do material restaurador na cavidade Afastamento mecânico para obtenção ponto contato Requisitos para seleção de anti-séptico Possuir amplo espectro de atividade microbiana e/ou bacteriostática o Clorexidina o Hidróxido de cálcio PA Manter sua ação, mesmo na presença de matéria orgânica, tais como exudato, sangue o Clorexidina o Hidróxido de cálcio PA Ter baixa reação de hipersensibilidade e/ou toxicidade o Não há Ser solúvel, estável, não corrosivo, de odor agradável e de baixo custo. o Clorexidina Limpeza da cavidade Clorexidina Finalidade: Remoção de detritos Redução de microorganismos e suas toxinas ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINO-PULPAR “A polpa e a dentina juntas formam uma entidade embriológica e funcional: o complexo dentinopulpar.” Apesar das diferenças de estruturas e composição entre a dentina e a polpa, esses tecidos... 30 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Tecido conjuntivo pulpar Dentina: 45% material inorgânico, 33% conteúdo orgânico e 22% água Polpa: 75% água, 25% material orgânico O complexo dentinopulpar responde aos procedimentos terapêuticos a partir da dilataçã, permeabilidade vascular... Dentina Pré-dentina Dentina primária o É aquela que é depositada até a completa formatação Dentina secundária o É a dentina que constantemente é depositada durante toda a vida do indivíduo Dentina terciária o Reacional – odontoblastos integros o Reparadora – diferenciação celular = novos odontoblástos A severidade da reparação pulpar depende de uma interação de fatores: Composição dos material Procedimentos clínicos Permeabilidade dentinária Procedimentos clínicos Como minimizar o trauma do preparo cavitário Utilizar instrumentos rotatórios novos Refrigeração abundante Não fazer força excessiva Secagem excessiva da cavidade: Desidrata a dentina Desarranjo da camada osontoblástica Colapso das fibras colágenas Reduz adesão Regressão tecidual pulpar Envelhecimento; é o estreitamento do espaço pulpar, redução gradativa dos fibroblastos, aumento de fixes de fibras colágenas e redução do número de vasos sanguíneos Formação de cálculos pulpares. “Aos 55 anos de idade, o volume de tecido pulpar é cerca de 1/5 do tamanho aos 25 anos, e contem 1/5 do suprimento sanguíneo”. 31 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Métodos de diagnóstico pulpar Anamnese Exame objetivo: inspeção, palpação e percussão Exame de vitalidade pulpar (sensibilidade) Exame radiográfico de boa qualidade Exames complementares Anamnese Aparecimento o Provocada Curta (reversível) Longa duração (pode dar endo) o Espontânea Endodontia o Frequência Intermitente Contínua o Sede Localizada Difusa o Intesidade Leve Moderada Severa Exame objetivo Inspeção Palpação Percussão o Vertical(↓): inflamação periapical o Horizontal(→): alteração periodontal Exame radiográfico – observar todo o dente e tábua óssea Câmara pulpar coronária Canal radicular Região periapical Crista óssea. Exame complementar Teste de vitalidade pulpar – teste de SENSIBILIDADE pulpar 32 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão o Térmico: frio e calor o Elétrico: pulp teste o Teste de cavidade ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ PREPARO CAVITÁRIO MOD COM PROTEÇÃO DE CÚSPIDES (ONLAY) PARA PORCELANA Técnica de preparo Em cavidades com proteção de cúspides ou onlays para porcelana, a redução das cúspides deverá proporcionar uma espessura mínima de 1,5mm para cúspides não funcionais e de 2mm para cúspides funcionais, principalmente em molares. A profundidade da caixa oclusal deve ser de 1mm as caixas proximais devem ter 10º de expulsividade. Proteção de cúspides Calçamento na cúspide vestibular, o que proporciona uma borda com volume suficiente (1,5mm) para porcelana. Esta técnica é indicada quando após o preparo da caixa oclusal, houver pequena espessura vestíbulo-lingual da cúspide vestibular o que inviabilizaria uma terminação em forma chanfrada ou ombro definido. Para a reduçãopode-se usar uma ponta diamantada n° 2135 acompanhando a inclinação da superfície externa correspondente. Acabamento da cavidade O acabamento do chanfrado poderá ser executado com ponta diamantada n°4137F ou broca multilaminada em forma de ovo n° 9406. Passos do preparo 1- Delimitar a profundidade do rebaixamento oclusal 2- Confeccionar os canais de orientação com uma ponta diamantada n° 2135 3- Unir os canais promovendo o rebaixamento oclusal respeitando a anatomia externa. 4- Delimitar a lápis o contorno da caixa oclusal 5- Preparo da caixa oclusal com uma ponta diamantada n° 2135 ou 2136 6- Determinar as paredes vestibular e lingual da caixa proximal, com expulsividade de 10°, mais acentuada que a porção lateral da ponta diamantada n° 2136. 7- Determinar canais de orientação pra desgaste tipo ombro ou chanfrado em superfície apropriada com ponta diamantada de extremo arredondado n° 2135 8- Unir os canais para confecção do ombro ou chanfrado. 33 Caderno de DENTÍSTICA I de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 9- Promover acabamento do chanfrado através de um contrabisel ou contradesgaste palatino determinado de forma chanfrada com ponta diamantada n° 4137 10- Determinar o chanfrado vestibular com aproximadamente 1mm de extensão com a ponta diamantada n° 2136. 11- Fazer acabamento das paredes axiais da cavidade com ponta diamantada tronco-cônica de extremo arredondado e granulação fina 2135F. 12- Acabamento do chanfrado vestibular com ponta diamantada 2136 ou broca multilaminada n° 9406 alisando o chanfrado palatino 13- Promover acabamento com instrumentos manuais a. Refinamento do ângulo cavossuperficial proximal para remover prismas fragilizados e arredondamento do ângulo áxio-pulpar com recortador de margem gengival.
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