Direito Civil - 2º Semestre (Aula VI)

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Direito Civil – 2º Semestre (Aula VI)
Dos Bens
Bens de família
A Instituição do Bem de Família visa à proteção a moradia familiar, para evitar a penhora desse bem por dívidas posteriores a aquisição do imóvel.
Bem de família convencional
Tratado nos artigos 1.711 a 1.722 do Código Civil, o bem de família convencional é aquele em que os cônjuges, ou a entidade familiar, mediante escritura pública ou testamento, destina parte do seu patrimônio para instituir bem de família, não podendo ultrapassar um terço do patrimônio líquido existente ao tempo da instituição. Ou seja, é determinado pelo próprio proprietário como sendo o bem de família. De caráter impenhorável (em regra) e inalienável.
Bem de família legal
Lei 8.009/90. Em caso de “silêncio” a lei determinará qual será o bem de família. De caráter impenhorável (em regra) e alienável. Os objetos não luxuosos do imóvel também são impenhoráveis.
O bem de família legal, podendo também ser aplicado por analogia aos bens de família convencional, podem ser penhorados por dívidas trabalhistas de trabalhadores da própria residência e respectivas contribuições previdenciárias; financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel; falta de pagamento de pensão alimentícia; cobranças de impostos prediais, territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar; para execução de hipoteca; por aquisição com produto de crime; por fiança concedida em contrato de locação.
A penhorabilidade do bem de família por fiança, no entanto, entra em antinomia com o artigo 6º da Constituição Federal que garante o direito a moradia. Porém o posicionamento majoritário é de que o imóvel deve ser penhorado tendo em vista que se o fiador fosse excluído, as locações de imóveis se tornariam inviáveis já que o locador passaria a solicitar como garantia de pagamento o calção imobiliário (dar de garantia um imóvel).