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2017.1 MÓDULO VII Corantes (1)

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MÓDULO VII - BALAS
BALAS, CARAMELOS E SIMILARES
	Definição
Denomina-se balas e caramelos as preparações à base de pasta de açúcar fundido de formatos variados e de consistência dura ou semiduras, com ou sem adição de outras substâncias permitidas.
As balas de goma e de goma de amido poderão ser revestidas por açúcar cristalizado. As pastilhas deverão apresentar superfície lisa e homogênea. Será permitido nas pastilhas o emprego de amido ou dextrina, no teor máximo de 5%. No revestimento dos confeitos será permitido o emprego de pequenas porções de cera, estearina, óleos vegetais comestíveis puros.
 Não será tolerada a adição de substancias corantes e essências de qualquer natureza no preparo de balas e caramelos de frutas, de leite, chocolate, café, coco, mel e ovos, com exceção de vanilina.
Análises
Determinação de corantes artificiais
Os corantes artificiais permitidos pela legislação são substâncias sintéticas de caráter ácido: amarelo crepúsculo (INS 110), azul brilhante FCF (INS 133), Bordeaux S ou amaranto (INS 123), eritrosina (INS 127), indigotina (INS 132), ponceau 4 R (INS 124), tartrazina (INS 102), vermelho 40( INS 129), Azorrubina (INS 122) e Verde rapido FCF (INS 143). 
Os aditivos intencionais são usados para realçar ou conferir a cor desejada ao alimento processado. Seguindo as normas brasileiras, todo produto que for adicionado de tartrazina (INS 102), deve trazer indicado, na lista de ingredientes por extenso.
 Dois são os casos a ser considerados na análise de corantes em alimentos: ou são de alimentos que contêm substâncias corantes (como carotenóides, clorofilas, antocianinas em frutas e hortaliças, hemoglobinas em carnes, etc.) ou alimentos aos quais se adicionaram intencionalmente corantes naturais ou artificiais. No primeiro caso, a identificação é simples, pois são bastante conhecidas as relações alimento-corante e são suficientes os testes específicos. No segundo caso, a análise envolve todo um tratamento prévio de extração e identificação, sendo esta última muito trabalhosa nos casos de corante de uso não permitido e por não se conhecerem referências de espectros de absorção característicos. Os corantes artificiais permitidos em alimentos são produtos de síntese, quase todos azocompostos. São conhecidos como derivados "ácidos" de hulha por se fixarem em lã, em meio ácido, e é nisto que se baseia a técnica de extração mais usada para sua pesquisa em alimentos. 
Obs. Corantes básicos são proibidos em alimentos.
	Análise Qualitativa 
	Baseia-se na determinação qualitativa de corantes artificiais por cromatografia em papel.
	Preparo da amostra
	Líquidas: (Gatorade, suco, refrigerantes etc...) .
	Medir 50 mL da amostra em proveta; transferir para um béquer de 250 mL. 
Evaporar em banho-maria até que todo o álcool tenha sido eliminado (no caso de refrigerantes gaseificados, todo o CO2) e adicionar 150 mL de água.
	Sólidos açucarados: (balas, doces, geleias, pós para pudins). 
	Pesar cerca de 10g da amostra em um béquer de 100 mL, adicionar 30 mL de água quente e dissolver.
 Preparo da lã (não pode ser usado produto sintético): cortar a lã branca com fios de 3 cm de comprimento. Desengordurar tratando com éter etílico. Aquecer em água corrente e secar.
	
	Extração dos Corantes :
 	Corantes ácidos - (método de Arata adaptado)
	Procedimento: a solução de corante extraída na etapa anterior, adicionar 3 mL de ácido acético P.A. e cerca 30 cm de lã previamente preparada. Levar à ebulição por 10 min. Tirar a lã e lavar em água fria, corrente. Colocar a lã em um béquer de 200 mL. Adicionar 15 mL de água e 3 mL de hidróxido de amônia 10%. Ferver por 15-20 min. Retirar a lã e adicionar um volume de água igual ao da solução. 
Concentrar a solução, até aproximadamente 1mL. Esfriar e aplicar na cromatografia em papel ascendente.
	Cromatografia em papel (ascendente)
a) Preparo do papel: recortar tiras de papel (Whatman nº1 próprio para cromatografia de 15 x 5 cm e 10 x 15 cm), podendo-se usar em vez de tiras, discos de papel, fazendo assim uma cromatografia circular;
Aplicar com auxílio de tubo capilar, gotas de solução de corante padrão, até que a mancha apresente uma cor intensa, aplicar também a amostra em análise. Secar o papel com o aplique.
d) Colocar o solvente no recipiente;
e) Deixar saturando durante meia hora;
f) Prender a tira na tampa do recipiente usado para correr o cromatograma (cubas), no caso de usar papel cilíndrico adaptá-lo em um suporte de forma que fique e superfície plana e a corrida deve ser de dentro para fora;
g) Deixar correr cerca de 15 cm. É de boa prática marcar o "front" previamente;
h) Determine o Rf (fator de retenção é dado pela distância (cm, mm) percorrida pela substância/distância percorrida pela frente da fase móvel).
	
	Solvente : Butanol normal + etanol + água + amoníaco nas proporções seguintes: 50:25: 25: l0 (este é o mais usado).
	A presença de corantes artificiais é interpretada pela coloração que a lã apresenta. Corantes artificiais ácidos colorem a lã.
	Identificação dos Corantes
	A identificação dos corantes é interpretada pela comparação da cor e pelos “Rf” das manchas, calculados a partir da cromatografia ascendente. Frente aos padrões os quais devem ser aplicados na cromatografia em paralelo com os extratos das amostras.	
	 
Expressão dos Resultados
	Este método permite apenas informar a presença ou ausência do corante, embora a legislação em vigor no Brasil, atribua valores máximos de adição para alguns de acordo com o produto em questão.

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