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Exercícios para Prática e Discussão em Neurofisiologia Humana
CONTEÚDO
Transmissão Sináptica								
Transmissão Neuromuscular e Contração Muscular					
Mastigação, Deglutição e Trânsito Digestivo					
Sensibilidade Tátil									
Sensibilidade Álgica									
Sensibilidade Visceral e Proprioceptiva						
Sensibilidade às Acelerações								
Controle da Atividade Muscular							
Controle da Atividade dos Motoneurônios						
Controle da Atividade do Tronco Cerebral e Córtex Cerebral			
Controle da Atividade Visceral							
Controle Neural do Comportamento							
Comportamento de Comunicação Interpessoal					
Ciclo Vigília-Sono									
Bibliografia										
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TRANSMISSÃO SINÁPTICA
Esta aula visa demonstrar os fenômenos de excitação e de inibição neuronal, assim como o fenômeno de integração sináptica. Vamos utilizar o programa NEURODYNAMIX para simular estes fenômenos. Siga as instruções abaixo para entrar no programa.
1 – Entre no DOS.
2 – Digite cd nd (enter).
3 – Digite nd.
4 – Escolha Model no menu situado inferiormente na tela.
5 – Escolha a opção Circuit e depois Synapse no menu que surgiu na porção superior da tela.
6 – Escolha a opção Fig no menu situado inferiormente na tela para ver o circuito de neurônios em estudo.
7 – Para iniciar a simulação escolha a opção Go. Para interromper a simulação escolha a opção Stop.
8 – Para efetuar medidas da amplitude dos potenciais (em ordenada) e diferenças de tempo (em abcissa) escolha o retangulo dividido por uma linha vertical e uma linha horizontal no menu existente abaixo de cada "osciloscópio".
Vamos realizar os experimentos abaixo e responder às Questões: correspondentes sob a forma de um curto relatório. Este relatório será avaliado e devolvido posteriormente.
1) Estimulemos o neurônio aferente excitatório 2 utilizando correntes elétricas crescentes. Para tanto incrementemos o parâmetro Idc2 para 0,5 nA, 3,4 nA e 5,0 nA no menu localizado no canto superior direito da tela.
	Quais foram os efeitos das diferentes intensidades de estimulação do neurônio 2 sobre o neurônio 1? Expliquem. Houve variação da amplitude dos potenciais pós-sinápticos excitatórios? Expliquem.
	Qual foi o limiar para o desencadeamento do potencial de ação no neurônio alvo?
	Qual foi o retardo sináptico?
2) Estimulemos o neurônio aferente excitatório 2 utilizando Idc2=0,5 nA. Em seguida estimulemos também o neurônio aferente excitatório 3, utilizando Idc3=3,5 nA.
	Houve diferença entre os efeitos pós-sinápticos das duas intensidades de estimulação? Expliquem.
3) Estimulemos o neurônio aferente excitatório 2 utilizando Idc2=5,0 nA. Estimulemos em seguida também o neurônio aferente inibitório 4, utilizando Idc4=0,5 nA e depois Idc4=3,0 nA.
	Houve diferença entre os efeitos pós-sinápticos das duas intensidades de estimulação do neurônio 4? Expliquem.
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TRANSMISSÃO NEUROMUSCULAR E CONTRAÇÃO MUSCULAR
Exercício 1:
	Localize o ponto motor do músculo bíceps.
Aplique no ponto motor estímulos elétricos de intensidade crescente. A freqüência de estimulação deverá ser de 1 Hz. Observe a magnitude da contração muscular.
Aplique no ponto motor estímulos elétricos de freqüência crescente. A intensidade de estimulação deverá ser média. Observe a freqüência da contração muscular.
Questões:
1) No que consiste o ponto motor?
2) De que forma a corrente elétrica produz a ativação do músculo?
3) Explique o que ocorre quando se aumenta a intensidade da estimulação elétrica.
4) Explique o que ocorre quando se aumenta a freqüência da estimulação elétrica.
5) Que tipo de alteração se esperaria nos resultados obtidos se o sujeito testado tivesse Miastenia Gravis?
Exercício 2:
	Registre a atividade elétrica dos músculos tibial anterior e tríceps sural durante 10 pedaladas em uma bicicleta ergométrica. Avalie três níveis de resistência (1x, 2x e 3x), com uma freqüência de movimento de 0,5 Hz. Avalie em seguida tres níveis de freqüência (0,5, 1,0 e 2,0 Hz), com uma resistência de 1x. Anote a amplitude e duração máximas e a freqüência dos surtos de atividade de cada músculo em cada condição experimental.
Questões:
	1) Explique as alterações ocorridas na amplitude e duração bem como na freqüência dos surtos de atividade muscular com o aumento da resistência a movimentação e da freqüência dos movimentos.
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MASTIGAÇÃO, DEGLUTIÇÃO E TRÂNSITO DIGESTIVO
Exercício 1:
Coloque uma marca de giz no queixo de um voluntário. Dê a ele um pedaço de goma de mascar. Peça a ele que mastigue normalmente este material?.
Observe e descreva detalhadamente a direção, o sentido e a freqüência (número de vêzes por minutos) dos movimentos mastigatórios. Quais músculos controlam estes movimentos? Onde estão localizados os neurônios que controlam este músculos?
Exercício 2:
Peça a um colega homem que tome vários goles de água.
Observe atentamente os movimentos respiratórios e os movimentos da laringe do voluntário. Descreva suas observações. O que ocorreria se houvesse um movimento inspiratório durante a deglutição? Caso o indivíduo sofresse uma lesão da rede de neurônios da medula oblonga, que controlam a deglutição, como você esperaria que fosse a atividade de seus músculos deglutidores durante este processo?
Exercício 3:
Escute com o estetoscópio os ruídos hidroaéreos no abdomem de seus colegas.
Descreva como são estes ruídos. Meça a sua freqüência de aparecimento (vêzes por minuto). Relacione esta freqüência com o horário em que seus colegas almoçaram. Explique estes achados. Quais são as causas físicas destes ruídos? Como estariam estes ruídos numa crise de apendicite? Explique.
Exercício 4:
Faça uma pesquisa no seu grupo sobre o horário preferencial e a freqüência de evacuação de cada um (exemplo: evacua em média uma vez por dia, uma vez a cada 3 dias, duas vezes por dia, etc).
Relacione o horário de evacuar com o horário das refeições. Explique tais achados. Relacione a freqüência de evacuar com o tipo de alimentação usual do indivíduo (ingestão maior ou menor de fibras e ingestão maior ou menor de líquidos), com a prática de exercícios físicos (tipo de esporte e freqüência semanal), com o hábito de reprimir o desejo de evacuar (quase nunca, de vez em quando, quase sempre).
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SENSIBILIDADE TÁTIL
Exercício 1:
Peça a um voluntário que exponha todo o seu braço e ombro esquerdos. Peça a ele que coloque este braço estendido sobre a mesa. Dê a ele uma caneta para segurar com a mão direita. Peça que ele feche os olhos.
	Toque com a ponta de outra caneta (sem deixar marcas) um ponto na superfície ventral da última falange do dedo indicador do voluntário (atente para o local exato que você tocou pois você precisará desta informação!). Logo em seguida ele deverá abrir os olhos e com a caneta apontar o local que você tocou. Meça a distância (em milímetros) entre os dois pontos tocados. Repita todo o procedimento mais duas vezes variando o local tocado. Calcule a distância média.
	Teste agora o dorso da mão.
	Teste finalmente a região posterior média do braço.
Questões:
a) Como foi a precisão da localização do estímulo tátil na ponta do dedo indicador, no dorso da mão e na região posterior média do braço (apresente em uma tabela o erro de localização, em milímetros, em cada local)?
	b) Descreva os mecanismos neurais responsáveis por tal diferença de precisão (consulte seu livro texto para responder adequadamente).
Exercício 2:
Peça a um voluntário que feche os olhos. Explique que ele deverá identificar com sua mão dominante os seguintes materiais: um retângulo de cartolina, um retângulo de feltro e um retângulo de lixa. Escolha um destes estímulos, mantenha-o fixo sobre a mesa e coloque o dedo indicador do sujeito sobre ele. Observe atentamente o comportamento do sujeito. Após ele ter identificado o estímulo, repita o procedimento com outroestímulo. Após a identificação deste estímulo, repita o procedimento com o último estímulo.
Questões:
a) Como o sujeito procedeu para discriminar os tres materiais?
b)Explique por que este procedimento ajuda na discriminação (veja se seu livro texto o auxilia a responder adequadamente).
c) Acontece algo correspondente nas modalidades visual, auditiva, olfativa e gustativa. Explique o procedimento adotado em cada caso pelo ser humano.
d) A atividade motora apenas ajuda ou é crucial para a avaliação apropriada de um estímulo sensorial?
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SENSIBILIDADE ÁLGICA
Exercício 1:
Será apresentado um filme que mostra como um neurônio de primeira ordem da via de dor reage à estimulação nociva do seu campo receptor. Este filme mostra também como o voluntário reage a estimulação elétrica deste neurônio.
Questões:
a) Como se explica o fato deste neurônio apenas responder à estimulação nociva de seu campo receptor e não de áreas vizinhas?
b) Como se explica o fato da estimulação elétrica do axônio do neurônio de dor ao nível da perna produzir uma sensação de dor no seu campo receptor no dorso do pé e não no local estimulado? Seria esperado o mesmo resultado se a estimulação estivesse ocorrendo ao nível da entrada do axônio no canal vertebral? E se estimulação aí fôsse mecânica (compressão da raiz dorsal por um disco herniado, por exemplo) ao invés de elétrica?
Exercício 2:
Em campeonatos esportivos frequentemente ocorre de um atleta machucar-se seriamente (por exemplo, entorce de tornozelo) mas não sentir qualquer dor no local. Algum tempo após o término da competição o indivíduo passa a se queixar de dor forte no local lesado.
Questões:
a) Que mecanismos neurais (ou neuro-humorais) poderiam explicar a referida analgesia do atleta durante a competição?
b) Por que o machucado leva a ativação da via de dor?
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SENSIBILIDADE VISCERAL E PROPRIOCEPTIVA
Exercício 1:
	Escolha um voluntário que esteja com alguma sede. Ofereça a ele água a vontade.
Avalie a quantidade de água ingerida (em termos de copos de água - por exemplo, 1 copo de água, meio copo de água, etc.).
Questões:
1) Discuta os mecanismos responsáveis pela sede do voluntário.
2) Discuta os mecanismos responsáveis pela cessação da ingestão de água pelo voluntário.
Exercício 2:
	Peça a um voluntário que mantenha seus dois braços em posição semi-fletida sobre uma mesa. Prenda o seu braço esquerdo com uma corda que será segurada pela outra extremidade por um segundo experimentador. Peça em seguida que ele feche os olhos e procure seguir com o braço livre qualquer movimento que sinta o braço preso fazer. Estimule com um vibrador o tendão do músculo bíceps esquerdo. Observe qualquer alteração na força de tração na corda bem como qualquer movimento realizado com o braço direito.
Questões:
1) Descreva os resultados obtidos.
2) Que mecanismos neurais explicariam a sensação demonstrada pelo voluntário durante a estimulação? E a reação exibida por ele?
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SENSIBILIDADE ÀS ACELERAÇÕES
Exercício 1:
	O voluntário deverá se sentar na cadeira giratória com as pernas cruzadas sobre o assento. Sua cabeça deverá se manter ligeiramente inclinada para frente e seus olhos deverão estar fechados. Peça a ele que descreva continuamente os movimentos de seu corpo no espaço (por exemplo, girando para a direita, parado, girando para a direita, etc.) 	Gire suavemente a cadeira para um dos lados, impulsionando-a através do seu encosto, por aproximadamente uns 30 s. Deixe de impulsionar a cadeira. Após ela ter deixado de girar, não a movimente mais ou então gire-a para o outro lado, sempre suavemente, pelo mesmo tempo.
Questões:
1) Que mecanismos levaram o voluntário a sentir o movimento giratório da cadeira, e a direção e o sentido deste movimento? 
2) As sensações relatadas pelo voluntário corresponderam sempre a movimentação real da cadeira? Explique os mecanismos responsáveis por tais resultados.
Exercício 2:
	O voluntário deverá se sentar na cadeira giratória com as pernas cruzadas sobre o assento. Sua cabeça deverá se manter ligeiramente inclinada para frente e seus olhos deverão estar fechados. Explique a ele que a cadeira será girada por algum tempo e então parada subitamente. Ele deverá abrir os olhos assim que perceber a interrupcão do movimento da cadeira.
	Gire suavemente a cadeira para um dos lados, impulsionando-a através do seu encosto, por aproximadamente uns 30 s. Tente observar eventuais movimentos dos olhos do voluntário através das pálpebras fechadas. Pare a cadeira subitamente. Observe os olhos do voluntário.
Questões:
1) Houve movimentos dos olhos do voluntário durante o movimento? Explique tal resultado.
2) Houve movimentos dos olhos do voluntário ao término do movimento? Explique tal resultado. 	
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CONTROLE DA ATIVIDADE MUSCULAR
Exercício 1:
Você decidiu participar da prova de 100 m rasos no próximo Campeonato Panamericano e vem treinando arduamente há já quase um ano neste sentido. Seu colega participará da maratona de São Silvestre de 2002 e está igualmente treinando há já quase um ano para esta competição.
Questões:
	a) Compare as adaptações fisiológicas que estão ocorrendo na musculatura de seus membros inferiores com aquelas que estão ocorrendo na musculatura dos membros inferiores de seu colega. 
	b) Explique a razão de tais diferenças (consulte seu livro texto para responder adequadamente).
Exercício 2:
	Segure com cada mão, pela extremidade superior, um lápis. Extenda os braços e procure manter as pontas destes lápis afastadas de 2 mm e alinhadas entre si, durante 30 s. Preste atenção na amplitude dos desalinhamentos que ocorrem nos primeiros 10 s, nos segundos 10 s e nos terceiros 10 s. Prenda os pesos fornecidos em seus punhos. Repita todo o procedimento anterior.
Questões:
	a) Houve variação do alinhamento da ponta dos dois lápis ao longo de cada período de 10 s na primeira situação? Explique.
	b) Houve alguma diferença na capacidade de manter o alinhamento da ponta dos dois lápis entre os tres períodos? Explique.
	c) Houve alguma diferença na capacidade de manter o alinhamento da ponta dos dois lápis entre a condição sem peso nos punhos e a condição com peso nos punhos? Explique.
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CONTROLE DA ATIVIDADE DOS MOTONEURÔNIOS
Exercício 1 (pode-se treinar dois alunos para representar as alterações motoras e convidar alguns alunos para que façam algum tipo de exame):
	Um indivíduo sofreu um acidente de automóvel. Posteriormente passou a apresentar alguma dificuldade de estender o joelho do lado direito. O exame neurológico revelou uma hipotonia do músculo quadríceps e uma ausência do reflexo patelar desse lado. O reflexo aquiliano e o reflexo de flexão estavam preservados
	Um segundo indivíduo levou um tiro durante um assalto e perdeu totalmente o controle voluntário de seu membro inferior esquerdo. Dois meses após o acidente, o exame neurológico deste paciente revelava não apenas o quadro de paralisia mas também a presença dos reflexos patelar e aquileano e do reflexo de flexão desse lado. 
Questões:
	a) Indique o provável local da lesão em cada um dos pacientes acima. 
	b) Explique a razão de seus diagnósticos.
Exercício 2 (pode-se treinar um aluno para representar os déficits caractéristicos deste tipo de lesão e convidar algum aluno para fazer um exame):
	João, 22 anos, hipertenso, sofreu um acidente vascular cerebral. Houve uma lesão extensa da cápsula interna do lado direito.
Questões:
	a) Quais serão as queixas motoras deste paciente?
	b) Quais alterações motoras serão encontradas no seu exame neurológico? Explique as alterações fisiológicas responsáveis por tais distúrbios.
Exercício 3:
	Em 50 % dos pacientes com lesão incompleta da medula espinhal torácica média pode-se obter alguma recuperação da habilidade locomotora (marcha sem auxílio) com as terapias convencionais que envolvem movimentaçãopassiva dos membros inferiores, alongamento da musculatura destes membros, estimulação elétrica desta musculatura e tentativas de contração voluntária desta musculatura. Fazendo pacientes com tal lesão permanecer na postura ereta (com suporte parcial do peso de seu corpo) e realizar movimentos de marcha em uma esteira rolante observa-se recuperação equivalente da habilidade locomotora em cerca de 92 % dos casos.
Questões:
	a) Que mecanismos propiciam a recuperação funcional observada nos pacientes?*
	b) Como se explica a diferença de resultado entre os dois tratamentos?*
* Para responder consulte o artigo Muir, G.D. e Steeves, J.D.. Sensorimotor stimulation to improve locomotor recovery after spinal cord injury. Trends in Neuroscience, 20: 72-77, 1997.
	
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CONTROLE DA ATIVIDADE DO TRONCO CEREBRAL E CÓRTEX CEREBRAL
Exercício 1 (pode-se treinar um aluno para representar os déficits deste tipo de lesão e convidar algum aluno para fazer um exame):
O Sr. Miguel V., 58 anos, foi internado com queixa de perda súbita da capacidade de manter a postura ereta e de realizar movimentos coordenados. Com o passar dos dias houve alguma melhora do quadro clínico a ponto de permitir a manutenção precária da postura ereta e uma movimentação voluntária um pouco menos descoordenada. O exame físico realizado dois meses após o início dos problemas não revelou qualquer melhora adicional do quadro motor.
Questões:
	a) Descreva os principais sinais apresentados pelo paciente.
	b) Indique a região do sistema nervoso comprometida.
	c) Discuta a base neurofisiológica de cada um dos sinais do quadro observado.
Exercício 2 (pode-se treinar um aluno para representar este tipo de déficit e pedir para algum aluno fazer um exame):
	O Sr. José C., 70 anos, refere que há cerca de um ano começou a notar o aparecimento de tremores em sua mão direita. Estes movimentos vem se intensificando e agora ocorrem também na outra mão. Ao mesmo tempo o paciente vem notando uma dificuldade crescente de iniciar voluntariamente movimentos como levantar de uma cadeira e andar. O exame físico do paciente revelou alterações motoras bilaterais (mais intensas do lado direito).
Questões:
	a) Descreva os principais sinais apresentados pelo paciente.
	b) Indique a região do sistema nervoso comprometida.
	c) Discuta a base neurofisiológica da dificuldade de movimentação exibida pelo paciente.	
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CONTROLE DA ATIVIDADE VISCERAL
Exercício 1:
Um voluntário terá sua freqüência cardíaca e sua resistência cutâneo-galvânica registradas e apresentadas na tela de um monitor de video. Será pedido a ele que:
a) feche os olhos e tente se imaginar deitado em sua cama ouvindo uma música suave;
b) observe uma cena engraçada e sorria;
c) observe em diferentes momentos um nu masculino, um nu feminino e um bebê.
	Anote as variações da freqüência cardíaca (e da resistência cutâneo-galvânica) em cada caso.
Questões:
	a) Houve diferenças nas alterações da freqüência cardíaca (e da resistência cutâneo-galvânica entre as condições? Avente razões para isto.
	b) Que mecanismos neurofisiológicos determinaram as alterações observadas na freqüência cardíaca (e na resistência cutâneo-galvânica)?
	c) Um indivíduo poderia aprender a controlar voluntariamente sua atividade cardiaca por meio da técnica de biorealimentação? Explique. 
Exercício 2:
	O Sr. Antonio S., 40 anos, vem apresentando há alguns meses episódios de dores no peito. Estes episódios vem se tornando mais frequentes. O exame físico do paciente nada revelou de anormal em seu organismo. Indagado sobre suas atividades profissionais, o Sr. Antonio informou que vem exercendo desde um ano atrás a função de gerente de um grande supermercado e que vem trabalhando aproximadamente 14 à 16 horas por dia, 6 dias por semana. Segundo ele o trabalho é de grande responsabilidade e o deixa bastante tenso.
Questões:
	a) Que distúrbio visceral estaria dando origem aos sintomas apresentados pelo paciente? 
	b) Qual seria a base neurofisiológica deste distúrbio visceral?
	c) Como se deveria tratar este indivíduo?	
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CONTROLE NEURAL DO COMPORTAMENTO
Exercício 1:
	Em um estudo publicado na revista Science alguns anos atrás um pesquisador considerou a possibilidade do homosexualismo masculino ser dependente de uma alteração na constituição do cérebro (veja artigo em anexo).
Questões:
	Indique o local do cérebro supostamente apresentando tal alteração, a natureza da alteração e porque se acreditar ser tal alteração responsável pelo comportamento peculiar do homosexual masculino.
Exercício 2:
	Tanto observações circunstanciais como achados experimentais (veja artigo em anexo) indicam que há diferenças importantes entre homens e mulheres no modo de expressarem suas emoções. 
Questões:
	Enumere pelo menos duas diferenças intersexuais significativas na expressão emocional (considere o que tem observado nos seus amigos e amigas!). Explique tais diferenças baseado no que se conhece sobre o modo de ativação límbica observado em cada sexo.
Exercício 3:
	A cocaina é capaz de provocar sensações de prazer no ser humano. O seu uso, no entanto, pode levar a dependência física e psicológica além de outros distúrbios no organismo (veja artigo em anexo).
Questões:
	Descreva em que região do encéfalo se acredita que a cocaína atue e o modo de ação desta droga. Que outras áreas do encéfalo estariam interligadas com a região de atuação da cocaína? Qual é o sentido de haver no encéfalo um sistema cuja ativação é buscada avidamente pelo indivíduo?
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COMPORTAMENTO DE COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL
Exercício 1:
	Serão apresentadas em sucessão duas fotografias de uma mesma moça (a única diferença e que os alunos serão informados após os resultados, é o diâmetro pupilar – uma das fotos há midríase). Você deverá indicar se a moça está mais atraente na primeira fotografia, na segunda fotografia ou igualmente atraente em ambas as fotografias. Será construída uma tabela com a opinião de todos os rapazes e todas as moças de sua turma.
Questões:
	Indique a preferência entre as duas fotografias pelos rapazes e pelas moças. Explique estes resultados.
Exercício 2:
	Um homem tomava sua refeição em pequeno restaurante, quando foi atingido no lado esquerdo da cabeça por uma pesada xícara arremessada através da sala. O indivíduo ficou confuso e sua fala bastante perturbada. Levado logo para um hospital, observou-se haver fratura e afundamento ao nível do pterion. Foi feita uma cirurgia de urgência sob anestesia local. O levantamento do fragmento ósseo revelou laceração da região frontal inferior. O córtex lesado foi retirado por sucção, deixando pequeno espaço vazio de cerca de 1 cm de diâmetro. Durante tal procedimento o indivíduo deixou de falar. Não houve recuperação da fala no pós-operatório imediato. O paciente conseguia no entanto entender o que se lhe dizia e podia ler. Após um ou dois dias o paciente começou a usar umas poucas palavras, e em alguns meses, sua fala voltou ao normal.
Questões:
	Explique a razão do distúrbio apresentado pelo paciente. Avente uma provável razão para a recuperação apresentada pelo paciente.
Exercício 3:
	Pegue as fotos da face de 2 ou 3 voluntários e copie em um computador. Com apenas o lado esquerdo de uma face monte uma face inteira, fazendo uma cópia espelho deste lado esquerdo. Em seguida faça o mesmo com o lado direito.
	Apresente aos alunos a face original, a face montada a partir do lado esquerdo e a face montada a partir do lado direito.
Questões:
	Qual face (montada apenas com o lado direito ou esquerdo) ficou mais parecida com a face original? Qual o mecanismo envolvido nesta diferença? 
Por que não percebemos a assimetria facial normalmente?
Exercício 4:
	Monte uma face (pode ser desenhada a mão) com o lado esquerdo alegre e o lado direito zangado e em seguida faça uma cópiaespelho desta face. Apresente as duas faces para os alunos. Exemplo:
Questões:
	Qual das faces pareceu mais zangada? Explique qual mecanismo provocaria esta percepção?
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CICLO VIGÍLIA-SONO
Exercício 1: 
	Posicione os eletrodos nas posições O1 e P1 do couro cabeludo de um voluntário. Registre durante 10 s a atividade elétrica cortical do sujeito com os olhos abertos; em seguida faça o mesmo com o sujeito com os olhos fechados relaxado; torne a registrar com o sujeito com os olhos abertos e depois com os olhos fechados. Selecione as ondas na faixa de freqüência de 8 a 12 Hz (ritmo alfa) do eletroencefalograma registrado e avalie as alterações ocorridas nestas ondas entre as duas condições.
Exercício 2:
	Foi realizado o registro eletroencefalográfico de uma moça de 27 anos durante o ciclo vigília-sono. Os traçados obtidos em cada estado do ciclo mostram (de cima para baixo): o eletroencefalograma central, o eletroencefalograma ocipital, os eletroculogramas esquerdo e direito, os eletromiogramas submentoneano e do tibial anterior, o fluxo aéreo e o eletrocardiograma. Indique no espaço entre parênteses que traçado (a, b, c, d, e, f) corresponde a cada estado.
( ) Vigília com alerta
( ) Vigília relaxada
( ) Sonolência (sono sincronizado estágio 1)
( ) Sono com fusos (sono sincronizado estágio 2)
( ) Sono de ondas lentas (sono sincronizado estágio 4)
( ) Sono paradoxal (sono dessincronizado)
Exercício 3:
	Apresentação de vídeo - Anestesie um gato. Canule sua artéria femural e registre a pressão arterial. Coloque um pneumógrafo em torno de seu tórax e registre os movimentos respiratórios. Prenda a cabeça do animal no aparelho estereotáxico. Abra um orifício no crânio. Introduza um par de eletrodos de estimulação através deste orifício posicionando a ponta destes eletrodos sucessivamente nas camadas mais superficiais do colículo superior, nas camadas mais profundas do colículo superior e, finalmente, na formação reticular mesencefálica. Estimule elétricamente cada uma destas regiões. Observe o diâmetro pupilar, a posição da membrana nictitante, a freqüência e amplitude respiratórias, a pressão arterial e o tônus muscular dos membros antes e durante a estimulação. 
Exercício 4:
	Um paciente deu entrada no pronto-socorro do Hospital das Clínicas com o quadro neurológico abaixo.
Coma profundo
Ligeira midríase
Ausência do reflexo pupilar a luz bilateralmente
Rigidez extensora dos quatro membros
Fusos e ondas lentas no eletroencefalograma (fusos e ondas lentas ocorrem quando o tálamo deixam de ser influenciados por sinais vindos de níveis mais caudais do neuroeixo)
Questões:
	Indique a provável causa do quadro apresentado pelo paciente, especificando a razão (mecanismo fisiológico alterado) de cada uma das anormalidades observadas.
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BIBLIOGRAFIA
Fisiologia Médica. Ganong, W. F. 4ed. SP: Atheneu, 1983.
Fisiologia. Ayres, M. M. Editora Guanabara-Koogan, 1991.
Fisiologia. Berne, R. M. & Levy, M. N. 4ed. RJ: Editora Guanabara-Koogan, 2000.
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