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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE FÍSICA DEPARTAMENTO DE FÍSICA GERAL FIS122 – FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL II-E / LABORATÓRIO TURMA P14 DATA: 22/05/2006 EQUIPE: xxxx xxxx xxxx xxxx ESCOAMENTO DE FLUIDOS � Introdução O movimento de fluidos é um dos problemas de maior complexidade dentro da Física, tanto em sentido experimental quanto teórico. Esta complexidade está associada a grande quantidade de partículas envolvidas num fluido e consequentemente, para explicar tal fenômeno matematicamente, se faz necessário uma grande quantidade de variáveis. O escoamento de fluidos pode ocorrer dentro de dois regimes: o laminar e o turbulento. No primeiro, ainda é possível descrever o movimento através de expressões matemáticas simples. Porém, no segundo é necessário utilizar os valores médios da velocidade e das flutuações em torno deste valor. Ainda dentro do regime laminar, é preciso fazer a distinção entre se a energia dissipada durante o escoamento ou não. Quando a energia dissipada pode ser desprezada é possível utilizar a lei de Conservação de Energia (Equação de Bernoulli) para determinar a velocidade ou pressão em cada ponto do escoamento. Neste experimento observamos e medimos o escoamento de fluidos sob a ação da força da gravidade. Foram realizadas medidas do tempo de escoamento da água armazenada em um reservatório cilíndrico em função da diferença entre os níveis inicial e final. Outras variáveis são o raio do orifício e o comprimento da mangueira por onde a água escoa. As mediadas de tempo de escoamento são bem mais simples de serem feitas do que a medida da velocidade instantânea do jato. � TRATAMENTO DE DADOS EQ calculados na calculadora e estão na FOLHA DE DADOS. ■ Gráfico x Para facilitar a construção destes gráficos, foram construídas as seguintes tabelas: r = 1,5 mm h1 h11/2 29 5,3852 123,14 25 5,0000 100,55 21 4,5826 78,07 17 4,1231 52,49 13 3,6056 23,69 r = 2,0 mm h1 h11/2 29 5,3852 96,21 25 5,0000 79,43 21 4,5826 61,49 17 4,1231 41,46 13 3,6056 18,27 r = 3,0 mm h1 h11/2 29 5,3852 32,72 25 5,0000 27,07 21 4,5826 21,07 17 4,1231 14,22 13 3,6056 6,28 r = 4,0 mm h1 h11/2 29 5,3852 21,32 25 5,0000 17,42 21 4,5826 13,46 17 4,1231 9,04 13 3,6056 4,04 r = 4,27 mm h1 h11/2 29 5,3852 15,65 25 5,0000 12,92 21 4,5826 10,13 17 4,1231 6,68 13 3,6056 2,82 ■ Valor teórico de Utilizando a relação (4) do roteiro de escoamento de fluidos, podemos encontrar valores teóricos de . A relação é a seguinte: OBS.: Foram considerados h2 constante e igual a 10 cm, g=978,33 cm/s2 e R (raio da garrafa) medido igual a 4,6 cm. * Diferença: é a diferença entre os h11/2 teóricos e utilizados na folha de dados. Aplicando os seguintes valores de r e respectivos intervalos de tempo em (I), temos:� • Para r = 0,15 cm r (cm) Δt2 (s) h11/2 (cm1/2) Diferença (cm1/2)* 0,15 123,14 5,93 0,55 100,55 5,42 0,42 78,07 4,92 0,34 52,49 4,34 0,22 23,69 3,70 0,09 Diferença média = 0,32 cm1/2 • Para r = 0,2 cm r (cm) Δt2 (s) h11/2 (cm1/2) Diferença (cm1/2)* 0,2 96,21 7,01 79,43 6,34 1,34 61,49 5,62 1,04 41,46 4,82 0,70 18,27 3,89 0,29 Diferença média = 1,00 cm1/2 • Para r = 0,3 cm r (cm) Δt2 (s) h11/2 (cm1/2) Diferença (cm1/2)* 0,3 32,72 6,11 0,72 27,07 5,60 0,60 21,07 5,06 0,48 14,22 4,44 0,32 6,28 3,73 0,12 Diferença média = 0,45 cm1/2 • Para r = 0,4 cm r (cm) Δt2 (s) h11/2 (cm1/2) Diferença (cm1/2)* 0,4 21,32 6,57 1,19 17,42 5,95 0,95 13,46 5,32 0,73 9,04 4,61 0,49 4,04 3,81 0,20 Diferença média = 0,71 cm1/2 • Para r = 0,427 cm r (cm) Δt2 (s) h11/2 (cm1/2) Diferença (cm1/2)* 0,427 15,65 6,02 0,63 12,92 5,52 0,52 10,13 5,01 0,43 6,68 4,38 0,26 2,82 3,68 0,07 Diferença média = 0,38 cm1/2 � � ■ Gráfico r x Δt • Aplicando os valores da folha de dados Para facilitar a construção desse gráfico, utilizou-se a seguinte tabela. r (mm) 1,5 2,0 3,0 4,0 4,27 Δt (s) 123,14 96,21 32,72 21,32 15,65 • Aplicando o método de mínimos quadrados Como a dependência entre o raio do orifício e os intervalos de tempo referentes à altura 29 cm é do tipo podemos encontrar a melhor reta introduzindo log nessa dependência e aplicando o método dos mínimos quadrados: Considerando y=logr e x=log∆t, temos a seguinte tabela: x y xy x² 2,0904 0,1761 0,3681 4,3698 1,9832 0,3010 0,59701 3,9332 1,3751 0,4771 0,6561 1,8909 1,3288 0,6021 0,80001 1,7657 1,1945 0,6304 0,75306 1,4269 ∑x ∑y ∑xy ∑x² 7,9720 2,1867 3,17427 13,3864 Substituindo os valores da tabela nas equações, temos: Logo, Valores ajustados: r t 1,61489 123,14 1,80997 96,21 3,45687 23,72 3,63155 21,32 4,1893 15,65 Valores esperados dos coeficientes: Como o logaritmo de números entre 0 e 1 são negativos, utilizamos as unidades em relação a ‘mm’. A partir da relação (4) do roteiro e utilizando h1 = 29cm = 290mm, temos: Logo, têm-se que os valores esperados são: Como a discrepância entre os c encontrado e esperado é ∆=7,58% que é menor que 10%, têm-se que este valor é verdadeiro. ■ Gráfico y x ∆t Sendo , e os valores: ρ =1 g/cm³ R = 4,6 cm r = 0,50 cm n = • Para L = 34,3 cm y1 6,2209 5,7989 5,3382 4,8263 4,2422 Δt (s) 22,84 18,2 13,83 8,84 3,96 h1 29 25 21 17 13 • Para L = 55,5 cm y1 6,7371 6,2924 5,8050 5,2606 4,6354 Δt (s) 36,38 30,3 23,93 16,45 7,44 h1 29 25 21 17 13 • Para L = 69 cm y1 7,0661 6,6069 6,1024 5,5374 4,8860 Δt (s) 38,35 31,79 24,97 17,15 7,97 h1 29 25 21 17 13 ■ Valor teórico para esta grandeza Utilizando a expressão , temos: • Para L = 34,3 cm y2 9,7020 8,4896 7,3477 6,0437 4,7686 Δt (s) 22,84 18,2 13,83 8,84 3,96 h1 29 25 21 17 13 • Para L = 55,5 cm y2 13,5931 12,0044 10,3399 8,3853 6,0309 Δt (s) 36,38 30,3 23,93 16,45 7,44 h1 29 25 21 17 13 • Para L = 69 cm y2 14,3329 12,6187 10,8366 8,7932 6,3943 Δt (s) 38,35 31,79 24,97 17,15 7,97 h1 29 25 21 17 13 ■ Diferenças entre os valores teóricos e as medidas • Para L = 34,3 cm y2-y1 3,4811 2,69065 2,00944 1,21743 0,52639 Δt (s) 22,84 18,2 13,83 8,84 3,96 h1 29 25 21 17 13 Diferença média = 1,9850 • Para L = 55,5 cm y2-y1 6,856 5,71201 4,5349 3,12463 1,39552 Δt (s) 22,84 18,2 13,83 8,84 3,96 h1 29 25 21 17 13 Diferença média = 4,3246 • Para L = 69 cm y2-y1 7,2668 6,01183 4,73418 3,25571 1,50838 Δt (s) 22,84 18,2 13,83 8,84 3,96 h1 29 25 21 17 13 Diferença média = 4,5554 � RESPOSTAS DA FOLHA DE QUESTÕES 1 – Por causa do formato da garrafa, pois para valores de h2 < 10 cm, a garrafa tem um formato não cilíndrico, mudando a área da coluna, influenciando assim na velocidade. 2 – No procedimento experimental não. Para a análise teórica, teríamosque considerar a energia dissipada pela turbulência do fluido provocada pela altura do fluido em relação à garrafa e também o raio da garrafa não seria mais um valor constante. Teríamos que considerar a variação provocada pelo gargalo. 3 – Calculamos a variação do volume para pequenos intervalos de tempo, depois se calcula a media desses intervalos, para depois obtermos a vazão média. 4 – Não mantendo a altura da mangueira constante, ocorreria a variação da velocidade independente da viscosidade. Mantendo a altura constante, sabemos que a alteração da velocidade depende apenas da viscosidade do líquido. 5 – Se o comprimento L da mangueira tendesse ao infinito, teríamos um aumento bastante significativo da viscosidade. Com isso, haveria uma redução da velocidade e, consequentemente, da vazão. Logo, a velocidade e a vazão tenderiam a zero. 6 – Sim. Como houve variação dos parâmetros, logo vai ter uma diferença na transferência de energia que vai influenciar no fluxo. � Conclusão Após medir o tempo do escoamento com diversos orifícios diferentes, observou-se que quando o orifício da tampa da garrafa era maior, a velocidade do jato de água na saída do orifício era menor e tempo total menor. Consequentemente, observou-se experimentalmente que a velocidade com a qual a coluna de água descia era maior, o que é confirmado teoricamente através da Equação da Continuidade e da Equação de Bernoulli. Quando usamos uma mangueira para escoar o fluido, conclui-se também que quanto maior o comprimento da torneira menor o tempo de escoamento. Isto é explicado pelo fato de que um maior comprimento da mangueira implica em maior superfície de atrito, tornando o fluido mais “viscoso”. Por causa do maior atrito, a velocidade do jato de água na saída da mangueira era menor. Erros sistemáticos encontrados ao longo do tratamento de dados. Na primeira série de medidas (Escoamento do tipo Torricelli), cada vez que a altura do nível de água no recipiente diminuía, a diferença também diminuía, tornando-se mais precisa em todos os raios do orifício. Na segunda série de medidas (Escoamento em dutos), observou-se também que a medida era mais precisa quando o nível de água era cada vez mais baixo, no entanto a diferença média aumenta com o aumento do tamanho do duto. _1212167029.unknown _1212168844.unknown _1212170692.unknown _1212171279.unknown _1212171348.unknown _1212173081.unknown _1212170957.unknown _1212170560.unknown _1212170575.unknown _1212168865.unknown _1212170301.unknown _1212168077.unknown _1212168835.unknown _1212167148.unknown _1211637543.unknown _1212076911.unknown _1212165371.unknown _1194983036.unknown _1211637426.unknown _1194983211.unknown _1194982863.unknown
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