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88 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 Unidade III Unidade III 7 A TÁTICA NO VOLEIBOL A tática é a forma de organização da equipe que, baseada em suas características, busca o melhor desempenho. Trata-se do conjunto de “planos de ação e de alternativas de decisão, que permitem regular a atividade, tornando possível o êxito desportivo” (MARTIN; CARL; LEHNERTZ, 2001). Ela pode ser individual ou coletiva. Tática individual é a forma como o jogador aplica uma técnica no jogo, em função das informações disponíveis em cada momento e de sua capacidade em percebê-las e analisá-las, escolhendo assim a melhor resposta motora para a jogada. “Tática individual, dentro de um tempo disponível, é a análise, decisão e resposta de um jogador a uma situação de jogo, visando à obtenção do melhor resultado” (CORDEIRO, 2008). Quanto mais experiente um atleta, mais situações ele vivenciou e teoricamente mais respostas possíveis ele possui. Por exemplo, uma bola é levantada para o atacante da posição 4. Se ele for um jogador iniciante, vai realizar o movimento da cortada sempre da mesma forma, podendo estar no tempo certo de ataque. Às vezes, saltará na distância certa da bola, mas outras estará muito à frente ou muito atrás, ou mesmo mais à esquerda ou à direita. Se o atacante for experiente, e o movimento da cortada estiver totalmente automatizado, ele irá fazer os ajustes necessários em função do levantamento e, além disso, vai raciocinar devido ao bloqueio e à defesa adversária, decidindo como irá atacar a bola: se vai aplicar toda a potência de ataque, se vai atacar a bola mais ao fundo da quadra, na paralela ou na diagonal, se vai realizar uma largada ou explorar o bloqueio. O ensino das técnicas, de acordo com o método Bojikian, vai permitir que o aluno evolua para esse domínio, pois a partir da progressão da fase de automatização aprenderá a aplicar as técnicas nas situações de jogo. No entanto, o domínio completo só virá com anos de prática. Observação Não é preciso ensinar primeiro todas as técnicas para depois prosseguir à tática. Algumas formações táticas mais simples, como a recepção em “W”, poderão ser orientadas até mesmo durante a fase de aplicação do método Bojikian. A tática coletiva é aquela na qual cada membro da equipe tem uma função específica que complementa o todo. Trata-se do plano de ação da equipe como resposta ou decisão a uma situação de jogo a fim de alcançar o êxito. 89 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS Em uma formação defensiva, por exemplo, podem haver dois jogadores bloqueando, um na cobertura esperando a bola largada e os outros três defendendo. Um atleta só não é capaz de cuidar da defesa da equipe, mas todos juntos, cada um na sua função, se complementam. Vamos estudar neste capítulo algumas formações táticas importantes para que a equipe consiga se posicionar em quadra de modo a se defender e a organizar melhor seus ataques. Para mostrar as diferentes formações táticas na quadra, utilizaremos sempre o número de cada posição, que é a ordem de saque, como podemos identificar na figura a seguir. 4 3 2 165 Figura 35 – Ordem de saque Em primeiro lugar, vamos verificar o que e quais são os sistemas de jogo no voleibol. 7.1 Os sistemas de jogo Os sistemas de jogo, conhecidos também como sistemas de ataque, são as representações de como a equipe está organizada em função do número de atacantes e de levantadores. São eles: 7.1.1 Sistema 6x6 ou 6x0 Não há especialização dos jogadores em termos de ataque ou levantamento. Esse sistema é o mais utilizado por equipes, principiantes em qualquer idade, porque todos os indivíduos atacam e levantam. Todo atleta, que no rodízio passar pela posição 3, será o levantador. É muito importante que na iniciação nós preparemos o aluno para jogar em todas as posições. A especialização deverá vir posteriormente. 4 L3 2 1 6 5 Figura 36 – Sistema de jogo 6x0 ou 6x6 90 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 Unidade III Observação Pode-se jogar no sistema 6x0 com o levantador sendo o jogador que ocupa a posição 2, mas não é tão comum. Se você for disputar algum campeonato com regras adaptadas, deve, antes de tudo, estudá-las para decidir qual a melhor forma de montar a sua equipe. 7.1.2 Sistema 3x3: três atacantes e três levantadores Esse sistema foi muito utilizado no passado, quando se colocava em quadra um jogador mais alto, atacante e a seu lado um levantador, mais baixo, e assim formava-se a equipe. Ele já utilizava os especialistas em suas funções, porém era um sistema com desequilíbrio entre as redes, pois se em uma rede ficavam dois atacantes e um levantador, quando ocorria o rodízio, permaneciam dois levantadores (baixos) e um atacante na rede. At At At AtLv Lv AtAt At Lv Lv Lv Figura 37 – Passagens ímpares do rodízio no sistema 3x3 Figura 38 – Passagens pares do rodízio no sistema 3x3 Ainda que o sistema 3x3 esteja ultrapassado, é possível utilizar seu conceito na montagem de equipes iniciantes. Mesmo que se jogue no sistema 6x0 dificilmente haverá seis jogadores com estatura e habilidade idênticas. Sendo assim, para manter o equilíbrio do time em todas as passagens do rodízio, intercale os mais altos e os mais baixos, ou os que atacam melhor e os que levantam melhor. Lembre-se sempre de deixar pelo menos um jogador na rede que possa bloquear em cada rodízio. 7.1.3 Sistema 4x2: quatro atacantes e dois levantadores Esse sistema permite um equilíbrio total da equipe em termos de ataque, porque em todos os rodízios vão haver dois atacantes e um levantador na rede, com igual configuração no fundo. Passamos a ter uma especialização a mais dos quatro atacantes, pois dois são atacantes centrais, jogam no meio da rede e dois são atacantes de ponta. Os atacantes centrais são especialistas e 91 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS jogam nas posições 3 e 6, os atacantes de ponta nas posições 4 e 5 e os levantadores nas posições 2 e 1. Consta a seguir a montagem simples do sistema 4x2 para início da partida. Observação Desenhe a formação inicial do sistema 4x2 e, em seguida, a posição dos jogadores da equipe a cada rodízio. Você irá notar que toda vez que sair da rede um atacante central o outro entrará. O mesmo ocorrerá com os atacantes de ponta e os levantadores. L1 M1 P1 L2 M2 P2 Levantadores Atacantes de meio Atacantes de ponta Figura 39 – Composição do sistema 4x2 M1 M2P2 P1L1 L2 Figura 40 – Posicionamento inicial do sistema 4x2 simples Para que os jogadores possam atuar nas suas posições de especialidade, no sistema 4x2 (meio, ponta e levantadores), precisam haver trocas. De acordo com a regra do jogo, quando uma das duas equipes vai sacar, todos os jogadores devem estar em suas posições, mas no momento do contato do sacador com a bola os atletas podem trocar de posição. 92 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 Unidade III Eles permanecem “trocados” enquanto a bola estiver em jogo. Assim que ela cair e a jogada for encerrada, deverão voltar para suas posições e aguardar o saque para que possam efetuar uma nova troca. M1 M2P2 P1 L1 L2 Figura 41 – Posicionamento dos jogadores no sistema 4x2 depois da troca (coma bola em jogo) As trocas são realizadas pelos jogadores de rede entre si e pelos indivíduos do fundo entre si, porque se por acaso alguém do fundo for para uma posição da rede, pela regra ele não poderá atacar, nem bloquear, portanto não há sentido em fazê-lo. Em equipes mais experientes, o treinador pode optar por alterar o posicionamento dos jogadores no fundo e até mesmo usar o líbero, mas na frente a disposição relatada sempre se mantém, pois se trata de uma preparação para a introdução do sistema 5x1. M2 M1 P1 P2 L1 L2 Figura 42 – Preparação para as trocas no sistema 4x2, quando a equipe sacar Ensinar as trocas de posição não é uma tarefa fácil. Uma estratégia que auxilia a compreensão dos alunos nessa transição de sistemas é após o início com o sistema 6x0 tradicional, com o levantador na posição 3, começar a jogar o 6x0 com o levantador na posição 2, levantando para 3 e 4, sem trocas de posição. Para ensinar o sistema 4x2 e suas trocas de posição, sugerimos posicionar os alunos na quadra e distribuir coletes coloridos de acordo com a posição, por exemplo: vermelho para os atacantes centrais, amarelo para 93 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS os atacantes de ponta e azul para os levantadores. Faça com que eles executem os rodízios até dar a volta completa e perceberem que em algumas passagens serão necessárias a troca e em outras não. É mais fácil explicar primeiro a troca de posição quando sua equipe saca. Depois de entendido o procedimento, ensine a troca em todos os rodízios, inclusive quando sua equipe for receber o saque. Nessa situação, o recomendado é que primeiro sejam executados a recepção e o ataque para fazer a troca de posição apenas quando a bola for enviada ao adversário. No momento que sua equipe saca e vai realizar uma troca, os jogadores deverão estar o mais próximo possível uns dos outros, no centro da rede. O atacante central é o primeiro a se posicionar, porque a próxima ação no jogo da sua equipe será o bloqueio, que é a principal função dos atacantes centrais. Os demais estarão próximos a ele para facilitar a troca e ocupar o mais rápido possível sua posição. Quando a equipe vai receber o saque, seu posicionamento vai depender da formação para recepção de saque escolhida. Caso opte pela disposição de recepção de saque em “W”, ela ficaria como na figura a seguir. L1 M2 M1P2 P1L2 L1 M2 M1 P2 P1 L2 L1 M2 M1 P2 P1 L2 L1 M2 M1 P2P1 L2 L1 M2 M1 P2 P1 L2 L1 M2 M1 P2 L2 L2 Figura 43 – Formação para recepção de saque em “W” no sistema 4x2 94 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 Unidade III Ao ensinar a troca no momento que a equipe adversária estiver sacando, será necessário ter muito cuidado, pois os alunos não poderão estar correndo e trocando de lugar enquanto o saque do adversário estiver chegando. Mesmo porque estamos falando de equipes principiantes, portanto não será possível organizar a formação para recepção de saques com dois ou três jogadores. O que se faz com principiantes é o posicionamento para recepção de saques em “W”, e só o levantador, que não vai receber o saque, troca enquanto o saque adversário está viajando. Os outros irão receber o saque, atacar da posição em que estão e quando a bola passar para o outro lado, aí sim efetuar a troca definitiva. 7.1.4 Sistema 5x1: cinco atacantes e um levantador O sistema 5x1 é mais ofensivo que o 4x2, pois trabalha com cinco atacantes; os mesmos quatro do sistema 4x2, mais o atacante oposto, que em geral é o principal atacante da equipe. O atacante oposto cruza com o levantador e joga habitualmente nas posições 1 e 2, sempre atacando. Ele é considerado o atacante crucial do time. L M1 Op P1 M2 P2 1 Levantadores 1 Atacante oposto 2 Atacantes de meio 2 Atacantes de ponta Figura 44 – Distribuição dos jogadores por posição no sistema 5x1 M2 M1P1 P2 L Op Figura 45 – Montagem inicial do sistema 5x1 95 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS M2 M1 P1 P2 LOp Figura 46 – Posicionamento após a troca com o levantador no fundo M2 M1 P1 P2 L Op Figura 47 – Posicionamento após a troca com o levantador na rede M2 M1 P1 P2 Op L Figura 48 – Troca de posição no momento do saque com o levantador no fundo M2 M1 P1 P2 Op L Figura 49 – Troca de posição no momento do saque com o levantador na rede 96 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 Unidade III Quando o oposto estiver na rede, ataca na posição 2 e o levantador infiltra (corre do fundo para a frente a fim de fazer o levantamento e depois volta para o fundo da quadra) para fazer o levantamento às posições 4, 3 ou 2. M2 M1 P1 P2 Op L Figura 50 – Sistema de ataque no 5x1 com o levantador infiltrando do fundo Quando o oposto estiver no fundo, na posição 1 e o levantador na posição 2, as opções de levantamento que ele tem são as posições 4, 3 e o ataque do oposto do fundo (atrás da linha dos 3 m) da posição 1. M2 M1 P1 P2 OpL Figura 51 – Sistema de ataque no 5x1 com o levantador na rede e o oposto atacando do fundo Temos no sistema 5x1 três passagens do rodízio com dois atacantes na rede mais o levantador e três outras com três atacantes na rede. Esse sistema é utilizado por quase todas as equipes de médio e alto níveis. Ele é mais ofensivo que o 4x2, mas por outro lado precisa de um levantador muito especializado, pois todas as bolas do jogo passarão por suas mãos. 7.1.5 6x2: seis atacantes e dois levantadores Trata-se de uma variação do sistema 4x2, nele há dois jogadores excepcionais que fazem as duas funções: de ataque e de levantamento. Como no 4x2, sempre haverá um levantador na rede e outro no fundo, no entanto, no 6x2 o levantador da rede torna-se atacante oposto e o do fundo fica responsável pelos levantamentos. Isso se mantém até que o levantador que estava no fundo entra na rede em um 97 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS rodízio, então ele passa a ser atacante e o seu colega, que está na posição 1, será o levantador enquanto estiver no fundo da quadra. Sempre haverá a infiltração do levantador do fundo para executar os levantamentos. M1 M2 P1 P2 Levantadores e atacantes (quem estiver na rede ataca e quem estiver no fundo levanta) Atacantes de meio Atacantes de ponta L/A1 L/A2 Figura 52 – Funções dos componentes do sistema 6x2 M2 M1 P1 P2 L/A1 L/A2 Figura 53 – Sistema de ataque no sistema 6x2 Em razão dessas características, esse é o sistema mais ofensivo de todos, pois terá nas passagens do rodízio três atacantes na rede. A equipe feminina de Cuba utilizou-o durante muitos anos. Saiba mais Se você quiser mais sobre os sistemas de jogo e suas táticas, pode encontrar informações no seguinte livro: BAIANO, A. Voleibol: sistemas e táticas. Rio de Janeiro: Sprint, 2005. 7.1.6 Qual o sistema de jogo mais indicado para equipes principiantes? A especialização precoce é bastante estudada e discutida, sabe-se que é negativa para quem se especializa antes do momento ideal, tanto escolhendo uma única modalidade em idade precoce quanto se especializando em uma determinadafunção dentro de uma modalidade (BOJIKIAN, 2002). 98 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 Unidade III Quando um jogador inicia o treinamento em voleibol, é fundamental que conheça e aprenda todas as funções do jogo. Ele deve saber levantar e atacar, assim como defender e receber o saque em todas posições. O sistema de jogo que permite ao atleta aprender a jogar em todas as posições e funções é o 6x0, uma vez que não há especialização em atacantes ou levantadores. Quando o jovem inicia na prática do esporte, não se pode afirmar se ele será um levantador ou um atacante. Grandes levantadoras, que foram consideradas melhores do mundo, como Fofão e Fernanda Venturini, começaram suas carreiras como atacantes. Lembrete Jogar no sistema 6x0 permite que o iniciante aprenda tanto a levantar quanto a atacar. É um contrassenso em termos de formação de atletas determinar que o indivíduo seja, desde o início, especializado como atacante central, por exemplo. Em alguns casos, a situação se agrava ainda mais quando esse jovem é treinado apenas para bloquear e às vezes atacar, pois quando vai para o fundo da quadra é substituído pelo líbero. Ele nunca aprenderá a receber um saque, e se mais tarde tiver que jogar na posição de ponteiro passador, não terá a competência necessária. Tal situação normalmente ocorre quando a pessoa é a mais alta do seu grupo no início, no entanto, por questões genéticas ou de desenvolvimento, não se pode assegurar que seja o mais alto sempre, e se não tiver uma estatura elevada, dificilmente conseguirá continuar atuando no centro da rede (BOJIKIAN, 2013). Saiba mais Muitos trabalhos de pesquisa têm sido realizados e comprovam que a iniciação precoce não é o melhor caminho para o sucesso esportivo, observe um deles no link indicado: BOJIKIAN, J. C. M. et al. Talento esportivo no voleibol feminino do Brasil: maturação e iniciação esportiva. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. 6, n. 3, 2007, p. 179-187. Disponível em: <http://editorarevistas. mackenzie.br/index.php/remef/article/view/1249/953>. Acesso em: 24 out. 2017. 8 FORMAÇÕES TÁTICAS Em cada um dos sistemas de jogo vistos anteriormente, é preciso organizar a equipe em quadra e prepará-la para todas as ações da partida. Para tanto, temos as formações táticas. Elas devem ser escolhidas de acordo com as possibilidades de cada time. O voleibol tem um conjunto muito extenso de formações táticas. Iremos abordar a seguir algumas delas, as mais básicas, que podem ser implementadas em equipes de nível principiante e intermediário. 99 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS 8.1 Formações ofensivas As formações ofensivas determinam as possibilidades de ataque. Elas são organizadas a partir da disposição para recepção de saque da equipe ou durante o rali, com a bola em jogo. Os tipos de formações ofensivas são determinados em função do número de atacantes: • com dois atacantes na rede; • com três atacantes na rede; • com dois atacantes na rede + ataque do fundo; • com três atacantes na rede + ataque do fundo. No sistema 6x0 a formação ofensiva é a mais simples existente, o levantador joga na posição 3 e o ataque acontece com dois atacantes na rede, nas posições 4 e 2. Não é recomendado jogar com ataques do fundo com equipes principiantes, pois a sua mecânica de execução é um pouco diferente e pode interferir na automatização do ataque de rede. 4 L3 2 1 6 5 Figura 54 – Formação ofensiva no sistema 6x0 Nos sistemas 5x1 e 6x2 são quase infinitas as possibilidades de ataque e muitas delas podem ser aplicadas também no esquema 4x2. O atacante central (posição 3) normalmente é o responsável pelo ataque de velocidade, ele corre e sobe para o ataque antes mesmo de a bola chegar à mão do levantador, cujo ponto de levantamento fica entre as posições 2 e 3. A seguir você pode ver algumas possibilidades de ataque apenas com os jogadores da rede. Existem também as combinações com os atletas do fundo. 100 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 Unidade III P C Op Figura 55 – Combinações de ataque A bola principal desse atacante é a bola de tempo, em que o levantador toca baixa, acima de sua cabeça, com altura suficiente para o ataque com o braço estendido. O objetivo dessa jogada é atacar antes que o bloqueio adversário salte, ou segurá-lo, fazendo com que ele salte em frente ao atacante para que o levantador possa enviar a bola para outros atacantes da equipe fazendo com que eles ataquem sem o bloqueio do bloqueador central, que subiu no meio da rede. Além da bola de tempo, existem diversas outras jogadas de velocidade que o atacante central executa em combinação com os outros atacantes. São as combinações de ataque. Por exemplo, o atacante central salta para o ataque de uma bola “chutada” no meio, ou “metro”, que é baixa, porém mais distante do levantador que a bola de tempo. Nesse instante um jogador do fundo salta para atacar uma bola de fundo, saltando da posição 6 para a 3. O bloqueio adversário fica confuso, pois não sabe se saltará no primeiro ou no segundo atacante. 8.2 Formações para recepção de saque Formação para a recepção de saque é a distribuição dos jogadores em quadra para receber o saque adversário. Esse esquema tem dois objetivos; impedir que o saque adversário caia diretamente na quadra transformando-se em ponto e obter uma boa recepção (passe) a fim de organizar um bom ataque. Há diversos tipos de formações para recepção de saque, com 2, 3 ou 4 jogadores. Pensando em termos do tamanho da quadra, se você coloca um jogador profissional, alto e experiente, ou um líbero, para receber o saque, é óbvio que ele consegue proteger uma área razoável em torno de si. Ele se responsabiliza tanto por sua área quanto por suas laterais, na frente e atrás. Já um atleta iniciante não tem o mesmo domínio técnico de manchete ou deslocamentos, provavelmente é menor em estatura e envergadura e consegue proteger uma área de 1 m a 1,5 m ao seu redor. Isso leva à condição de que equipes principiantes precisam de mais jogadores para proteger a mesma área que um atleta experiente. Portanto, se eu conto com atletas mais experientes e altos, posso escolher implantar uma formação para recepção com dois ou três indivíduos, mas se a equipe for iniciante, são necessários cinco jogadores. 101 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS Em toda formação tática são utilizadas técnicas. Na recepção de saque os fundamentos mais utilizados são manchete, deslocamentos e posição de expectativa. A posição de expectativa bem executada responde, em grande parte, por um bom passe. A manchete de frente é a básica, porém também se emprega a manchete lateral. Os deslocamentos são muito importantes, pois se o jogador consegue se movimentar acompanhando a trajetória do saque adversário e se posiciona, equilibrado e de frente para o levantador, o sucesso do passe será mais provável. 8.2.1 Formação para recepção de saque com cinco jogadores ou formação em “W” Pensando no nível de domínio das técnicas que o jogador principiante tem, a melhor solução é colocar o máximo de jogadores possível para recepcionar o saque, portanto o ideal é a recepção com cinco jogadores, também conhecida como formação para recepção em “W”. 4 3 2 1 6 5 Figura 56 – Formação para recepção de saques em “W” ou com 5 jogadoresJogadores principiantes ainda estão aprendendo a dominar a manchete, logo, uma formação para recepção de saques com mais jogadores em quadra, como a em “W”, é mais indicada. Em qual região da quadra deveremos posicionar nossos jogadores para efetuar a recepção? Se considerarmos que um atleta principiante protege cerca de 1 m a 1,5 m em torno de si, já sabemos que não deveremos posicioná-lo para recepção em cima das linhas laterais, nem na linha de fundo da quadra. E qual a distância que um jogador deve ficar da rede no momento da recepção? As bolas sacadas dificilmente cairão na zona de ataque ou mesmo no primeiro metro da zona de defesa. Os saques que caírem nessa área serão bolas altas (para poderem ultrapassar a rede) o suficiente para dar tempo aos atletas que estão nas posições da frente do W deslocarem-se para efetuar o passe. O local na quadra onde devemos distribuir os jogadores para recepcionar o saque chama-se zona de maior incidência de saques. Ela tem 28 m² e está 1 m à frente da linha de fundo, 1 m atrás da linha dos 3 m e 1 m para dentro das linhas laterais. 102 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 Unidade III Figura 57 – Zona de maior incidência de saques O momento da recepção é delicado para alguém iniciante, porque a técnica deve ser muito bem executada para que a bola chegue bem para o levantador poder trabalhá-la. O jogador sabe que se o seu passe não for bem executado, o adversário pode fazer um ponto direto ou o seu levantador poderá não conseguir realizar um bom levantamento, o que consequentemente compromete o ataque. A técnica de recepção tem de ser muito precisa, pois qualquer irregularidade na posição dos braços ou de apoio pode fazer a bola resvalar para longe. É preciso que o professor trabalhe bastante com seus alunos, além das técnicas, a coragem e a autoconfiança. O estudante deve encarar o erro como parte do aprendizado e ser incentivado a se empenhar ao máximo para aprimorar a capacidade de recepcionar o saque. Por causa das dificuldades, costumam acontecer situações no jogo em que o aluno “foge” da bola em vez se deslocar em direção a ela. Portanto é muito importante determinar qual é a área de responsabilidade de cada jogador na quadra. Conforme a figura a seguir, na recepção em “W” ou com cinco jogadores, os atletas das posições 4, 6 e 2 serão responsáveis pelas bolas sacadas em cima deles e à sua frente, e aqueles das posições 5 e 1 dividirão a obrigação pelas bolas caídas no fundo da quadra. Todas as pessoas deverão estar na posição de expectativa quando o saque for executado. Os jogadores das posições 4, 6 e 2 deverão deixar para os do fundo as bolas que passarem sobre suas cabeças. Os dois atletas do fundo, por sua vez, deverão estar em posição de expectativa e deixar passar as bolas acima de suas cabeças, pois irão cair fora da quadra. C4 6 C2 5 1 L3 Figura 58 – Áreas de responsabilidade de cada jogador na formação em “W” 103 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS Na iniciação, deve-se evitar que os alunos recebam o saque de toque, primeiro porque ele não terá a força necessária para um bom passe e depois é necessário insistir bastante para que ele se movimente e se posicione adequadamente para executar a manchete. Outro ponto importante na recepção é tentar torná-la uma ação coletiva, fazendo com que os jogadores colaborem uns com os outros, o que tira um pouco o peso da responsabilidade de um só jogador e facilita a ação como um todo. Para isso, podemos utilizar a movimentação de proteção no “W”. Ela funciona sempre que o saque estiver se direcionando para próximo do jogador da posição 6. Além dele, também os atletas das posições 5 e 1 se aproximam em posição de expectativa, preparados para recepcionar a bola, caso ela venha a ultrapassar a cabeça do jogador da posição 6. É primordial também a comunicação entre todos, no sentido de que o indivíduo que estiver melhor posicionado para o passe deva “pedir” a bola, avisando aos colegas que assumirá a responsabilidade do passe. Portanto, ele pode falar: “minha”, “deixa”, por exemplo. Se o jogador pressente que não é melhor posicionado, deve comunicar aos demais que não vai realizar o passe, gritando “vai”, ou “é sua”, ou chamando o colega pelo nome. L3 2 1 6 3 4 Figura 59 – Movimentação de proteção na recepção em “W” (posição 6) Se o saque estiver viajando na direção do jogador da posição 2, o atleta da posição 1 é quem se aproxima fazendo a cobertura e se comunicando com o colega. Se a bola estiver na direção do jogador da posição 4, é o indivíduo da posição 5 quem faz a cobertura. 104 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 Unidade III L3 2 1 6 3 4 Figura 60 – Movimentação de proteção na recepção em “W” (posição 2) L3 2 1 6 3 4 Figura 61 – Movimentação de proteção na recepção em “W” (posição 4) 105 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS Figura 62 – Proteção na recepção A comunicação entre os jogadores auxilia bastante a equipe na hora do passe. Se o saque estiver se aproximando do jogador da posição 5, por exemplo, e a bola vier alta, o atleta se afasta para fazer o passe, mas em determinado momento ele já não tem certeza de que a bola cairá dentro. Cabe ao jogador da posição 1 orientá-lo e vice-versa. Lembrete Jogadores principiantes ainda estão aprendendo a dominar a manchete, logo, uma formação para recepção de saques com mais jogadores em quadra, como a em “W”, é mais indicada. 8.2.2 Formação para recepção de saques com quatro jogadores À medida que os jogadores evoluem técnica e taticamente, é possível montar a equipe com outras formações para recepção, como aquela com quatro atletas. Enquanto na formação em “W” temos o mesmo posicionamento em todos os rodízios, na tática com quatro, dependendo do seu sistema de jogo, você terá uma formação diferente em cada rodízio. Na figura a seguir, é possível observar uma disposição para recepção com quatro, com uma infiltração do levantador, que está na posição 6. Nesse caso, nem três, nem seis farão o passe. 4 3 2 1 6 5 Figura 63 – Formação para recepção de saques com quatro jogadores 106 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 Unidade III 8.2.3 Formação para recepção de saques com três jogadores Na recepção com três jogadores, eles dividem a responsabilidade por todo o espaço da quadra. Os demais ficam livres do passe e podem se preparar para o levantamento e o ataque. O jogador oposto, por exemplo, não participa do passe e, quando está no fundo da quadra, pode se deslocar para o ataque enquanto os colegas estão recebendo o saque. 165 Figura 64 – Formação para recepção de saques com três jogadores 8.2.4 Formação para recepção de saques com dois jogadores A formação para recepção de saques com dois jogadores é pouco utilizada, pois apenas dois atletas devem proteger a quadra toda. Só pode aplicar tal tática a equipe que contar com dois ótimos passadores. Os saques de muita potência tornam arriscado esse posicionamento para a recepção, pois os indivíduos não terão tempo de se deslocarem até a bola. 65 Figura 65 – Formação para recepção de saques com dois jogadores Uma equipe pode jogar com várias formações de recepção diferentes. O treinador deverá avaliarsua equipe a cada rodízio e estudar quais os melhores esquemas em cada momento. 107 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS 8.3 Formações para a proteção ao ataque É a organização dos jogadores em quadra para recuperar as bolas bloqueadas pelo adversário. Trata-se de uma tática importante porque o bloqueio adversário pode se converter em ponto e, caso isso aconteça, abalará a confiança do atacante e de sua equipe, no entanto, a formação para a proteção ao ataque permitirá à equipe realizar um novo ataque em caso de bloqueio. As técnicas mais utilizadas no emprego dessa formação tática são a posição de expectativa e a manchete. Podem também ser aplicados rolamentos, mergulhos e recuperação de bolas com uma das mãos apenas, dada a velocidade com que a bola é remetida à quadra do atacante quando ele é bloqueado. Os jogadores (2 ou 3) deverão estar em posição de expectativa bem baixa ao redor do atacante no momento do ataque. Quanto mais alto o bloqueio adversário e mais próximo à rede for o levantamento, mais perto do atacante e mais abaixados devem estar os jogadores da proteção; a tendência é que a bola volte do bloqueio com mais potência e velocidade, direto para o solo. O ideal é que os atletas estejam preparados, em posição de expectativa, e assim que for definido o levantamento, se desloquem, chegando às suas posições de proteção antes mesmo de o atacante tocar na bola, pois a ação de recuperação normalmente é muito rápida. Uma equipe que realiza corretamente a formação para proteção ao ataque proporciona mais tranquilidade e confiança ao seu atacante, pois ele sabe que se cometer um erro e for bloqueado, seus colegas estarão prontos para recuperar a bola. Alguns jogadores muito experientes, e com grande domínio das técnicas de ataque, usam essa condição de propósito, ou seja, quando o levantamento não está adequado e está muito complicado fazer a bola passar pelo bloqueio adversário, atacam-na no bloqueio propositalmente para que os colegas da proteção recuperem a bola e façam um novo passe a fim de organizar um novo ataque. Outra vantagem de uma equipe que realiza boas proteções ao ataque é o aumento do volume de jogo, que é a capacidade de manter a bola “viva”. A equipe que consegue recuperar bolas bloqueadas e se defender bem dos ataques afeta a confiança da equipe adversária e aumenta a sua. Existem dois tipos de esquemas para a proteção ao ataque: a formação 3x2, com os três jogadores mais próximos ao atacante, na figura a seguir, e a 2x3, com os dois indivíduos mais próximos ao atacante. 6 6 1 1 5 5 C4 C4 C2 C2L3 L3 Figura 66 – Formação para a proteção ao ataque com os três jogadores mais próximos, com o ataque do jogador da posição 2 108 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 Unidade III 6 6 1 15 5C4 C4 C2 C2 L3 L3 Figura 67 – Formação para a proteção ao ataque com os três jogadores mais próximos, com o ataque do jogador da posição 4 4 3 2 1 6 5 Figura 68 – Formação para a proteção ao ataque com os três jogadores mais próximos, com o ataque do jogador da posição 3 4 3 2 1 6 5 Figura 69 – Formação para a proteção ao ataque com os dois jogadores mais próximos, com o ataque do jogador da posição 2 4 3 2 16 5 Figura 70 – Formação para a proteção ao ataque com os dois jogadores mais próximos, com o ataque do jogador da posição 4 109 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS 4 3 2 1 6 5 Figura 71 – Formação para a proteção ao ataque com os dois jogadores mais próximos, com o ataque do jogador da posição 3 Figura 72 – Bloqueio duplo com cobertura e ataque com proteção ao ataque A formação para a proteção ao ataque com os três jogadores mais próximos será facilmente executada se a equipe utilizar a recepção em “W”, porque o atleta da posição 6 joga mais avançado. É claro que tudo depende também da formação defensiva escolhida, mas todas as táticas têm relação entre si. 8.4 Formações defensivas Formações defensivas são o que a equipe utiliza para se defender de um ataque do adversário. Seus objetivos são: não permitir que o ataque do adversário se transforme em ponto e defender bem o ataque do adversário de modo a dar à equipe um contra-ataque. Nas formações defensivas há uma constante relação entre bloqueio e defesa, que se complementam para o alcance dos objetivos e utilizam as técnicas de posição de expectativa, manchete, bloqueio e eventualmente rolamentos e mergulhos. As equipes que tiverem condições de bloquear sempre devem fazê-lo, pois para o atacante adversário fica muito mais fácil atacar sem bloqueio do que com ele, ainda que não seja tão ofensivo. Só não é recomendado bloquear ataques muito fora da rede ou os direcionados para cima. 110 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 Unidade III Os tipos de formações defensivas são classificados do seguinte modo: • de acordo com o número de bloqueadores: pode ser simples ou individual (uma pessoa bloqueando), com bloqueio duplo (duas pessoas bloqueando) ou com bloqueio triplo (três pessoas no bloqueio). A formação defensiva com bloqueio triplo deve ser utilizada somente por equipes experientes, pois restam apenas três jogadores para defender toda a quadra. • de acordo com o tipo de bloqueio: pode ser por posicionamento, quando a equipe tem um bom bloqueio, alto e ofensivo, e forma o cone ou sombra dele. O cone ou sombra do bloqueio é o espaço protegido pelo bloqueio de modo a não permitir que a bola atacada possa cair nesse espaço. Se o bloqueio não chega a ser tão eficiente assim, a formação defensiva pode ser de outro tipo, por jogo de campo. O cone pode ser formado no centro da quadra, como na figura a seguir, ou nas extremidades (posições 4 e 2). Quanto mais eficiente o bloqueio, maior o espaço do cone. Figura 73 – Cone ou sombra do bloqueio Quando é formado o cone, os defensores têm um espaço menor a ser defendido, já que o bloqueio é responsável pelas bolas direcionadas na área dele. Se o bloqueio não é tão eficiente, a área a ser defendida fica maior e isso exige dos defensores maiores deslocamentos e uma defesa melhor. • de acordo com a posição inicial defensiva: pode ser classificada como formação defensiva com o centro avançado ou formação defensiva com o centro recuado. Em equipes de nível iniciante ou intermediário, é necessário deixar um jogador atrás do bloqueio, em posição de cobertura, para recuperar bolas largadas ou colocadas pelo adversário. Em times de alto nível, os atletas podem ficar no fundo da quadra esperando para defender o ataque e, mesmo assim, eles conseguem se deslocar para frente e recuperar uma bola largada antes que ela caia, porque são pessoas que possuem maior velocidade e têm mais experiência, já que conseguem fazer uma leitura do movimento do atacante e prever se ele largará a bola em vez de atacar, antecipando, dessa forma, 111 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS o seu deslocamento. Nas formações com o centro avançado é o jogador do centro (da posição 6) quem vai recuperar as bolas largadas. Já no centro recuado a recuperação de bolas largadas fica por conta dos atletas das posições 5 e 1. Nas formações defensivas com bloqueio simples nãose utiliza o centro avançado, pois como só um jogador sobe no bloqueio, temos na rede outros dois indivíduos que podem fazer a cobertura da bola largada, portanto não há sentido em deslocar alguém do fundo para tal fim. Formação defensiva com bloqueio simples, centro recuado e por jogo de campo 4 3 2 1 6 5 4 3 2 1 6 5 Figura 74 – Posição inicial com o centro (6) recuado Figura 75 – Posição inicial com o centro (6) avançado Na posição inicial com o centro recuado, a colocação dos jogadores do fundo depende muito das características da equipe e do tipo de ataque do adversário. Em equipes de maior nível, é comum o ataque de primeira bola, a bola de tempo, ser muito rápido e direcionado para o chão, e na altura da linha dos 3 m, portanto, nesse caso, os atletas das posições 5 e 1 devem ficar mais adiantados, bem próximos da linha dos 3 m. Vamos visualizar como ficam as formações defensivas de acordo com os três tipos de classificação. 4 3 2 1 6 5 4 3 2 1 6 5 Figura 76 – Posição inicial com o centro (6) recuado Figura 77 – Ataque do adversário na posição 3 112 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 Unidade III Formação defensiva com bloqueio simples, centro recuado e por posicionamento 4 3 2 1 65 4 3 2 16 5 Figura 78 – Ataque do adversário na posição 2 Figura 79 – Ataque do adversário na posição 4 Essa formação é muito utilizada por equipes principiantes que precisam se defender de ataques que são mais direcionados ao fundo da quadra. 4 3 2 1 6 5 4 3 2 1 6 5 Figura 80 – Posição inicial com o centro recuado Figura 81 – Ataque do adversário na posição 3º centro recuado Formação defensiva com bloqueio duplo, centro recuado e por jogo de campo No ataque pelo centro, o jogador da posição 6 deverá se deslocar para a esquerda ou para a direita. Ninguém da defesa deve se posicionar dentro do cone ou da sombra do bloqueio, a não ser quem pega a bola largada. 4 3 2 1 6 5 4 3 2 1 6 5 Figura 82 – Ataque na posição 2 Figura 83 – Ataque na posição 4 113 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS 4 3 2 1 6 5 Figura 84 – Posição inicial com o centro recuado Formação defensiva com bloqueio duplo, centro avançado e por jogo de campo 4 32 1 6 5 2 1 6 5 34 Figura 85 – Ataque na posição 4 Figura 86 – Ataque na posição 2 4 3 2 1 6 5 43 2 1 6 5 Figura 87 – Opções de formação com ataque na posição 3 114 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 Unidade III 4 3 2 1 6 5 Figura 88 – Posição inicial com o centro avançado Formação defensiva com bloqueio duplo, centro recuado e por posicionamento 43 3 2 6 1 5 4 32 6 1 5 Figura 89 – Ataque na posição 2 Figura 90 – Ataque na posição 4 4 6 33 2 6 1 2 51 45 Figura 91 – Possibilidades no ataque na posição 3 115 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS 4 3 2 1 6 5 Figura 92 – Posição inicial com o centro recuado 43 2 16 5 4 32 1 65 Figura 93 – Ataque na posição 2 Figura 94 – Ataque na posição 4 43 2 16 5 32 1 65 4 Figura 95 – Possibilidades no ataque na posição 3 Formação defensiva com bloqueio duplo, centro avançado e por posicionamento 4 3 2 1 6 5 Figura 96 – Posição inicial com o centro avançado 116 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 Unidade III 4 32 6 15 43 2 15 6 Figura 97 – Ataque do adversário na posição 4 Figura 98 – Ataque do adversário na posição 2 43 2 15 6 32 6 15 4 Figura 99 – Ataque do adversário na posição 3 – 2 possibilidades Formação defensiva com bloqueio triplo, centro recuado e por jogo de campo 4 3 2 1 6 5 4 3 2 1 6 5 Figura 100 – Posição inicial com o centro recuado Figura 101 – Formação com bloqueio triplo 8.5 Método de ensino das formações táticas Assim como temos um método indicado para a aprendizagem das técnicas, possuímos outro para a aprendizagem das formações táticas. Para a aprendizagem de todas as formações táticas que foram apresentadas, indicamos a aplicação do recurso sintético-analítico-sintético. 117 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS Essa tática, também conhecida como método todo-partes-todo, consiste em iniciar o trabalho com os alunos/atletas mostrando a formação que será trabalhada integralmente, de forma teórica, explicando e justificando os posicionamentos, bem como definindo as funções de cada um na formação. O professor/técnico pode utilizar-se de vídeos ou fotos e também colocar os alunos/atletas em quadra para que, sem bola, conheçam o posicionamento correto e entendam o porquê dele. Trata-se da primeira parte, a sintética do método, em que é obtido o conhecimento do todo. Após essa etapa mais teórica, dá-se início à fase analítica ou em partes. Nela são aplicados exercícios para que os alunos/atletas executem, em cada uma das seis posições, os deslocamentos e a ação respectiva. Por exemplo: verifique a formação defensiva a seguir. 43 2 1 6 5 Figura 102 – Formação defensiva com bloqueio duplo e centro avançado Todos os alunos/atletas precisam passar por exercícios que os preparem para a execução das funções em cada posição. É necessário treinar os indivíduos das posições 4 e 3 para bloquearem, definir quem marca a bola e como a ação de um deve complementar a do outro. Repare na seta tracejada que indica o deslocamento do jogador da posição 6. Nessa fase será treinado o deslocamento do jogador, de acordo com a linha tracejada, que deve se deslocar do ponto da posição inicial para recuperar bolas largadas atrás do bloqueio e simultaneamente fazer um passe para o levantador. O jogador da posição 4 deve ser preparado para, assim que o levantamento do adversário for definido para a posição dele, se deslocar lateralmente e em posição de expectativa, até que ultrapasse a linha de ataque, para defender as bolas atacadas na diagonal curta (ou menor). Os deslocamentos devem ser realizados em velocidade. O ideal é que o atleta esteja na posição de defesa quando o atacante adversário tocar na bola. Se o sistema de jogo adotado for o 6x0, todos devem ser treinados em todas as posições. Caso haja a troca de posições pela especialidade das funções, os jogadores devem ser preparados de acordo com a posição da quadra que ocupam. Por exemplo: na rede, os atacantes de ponta jogam na posição 4, os atacantes centrais na posição 3 e os levantadores e opostos na posição 2. O posicionamento no fundo vai depender da estratégia adotada pelo professor/técnico. Ainda na etapa analítica do método, após trabalhar as posições individualmente, começa-se a agrupar jogadores de duas ou três posições, realizando a defesa seguida de levantamento e ataque. 118 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 Unidade III Por fim, na etapa sintética final do método, coloca-se a equipe inteira frente aum ataque adversário para que cada um realize sua função a fim de que a formação funcione como um todo e o time consiga dar seguimento à jogada, executando um levantamento e um ataque. 8.6 A atuação do professor/técnico em competições É fundamental saber como preparar bem a equipe, mas deve-se dar importância a como dirigi-la em uma competição. Se você for participar de competições com seus alunos, há diversos pontos aos quais precisa estar atento. Leia cuidadosamente as regras estabelecidas para a competição, quais as exigências em termos de documentação a ser apresentada, os locais, os uniformes, selecione quem vai participar com antecedência. Se a competição envolver partidas em locais diferentes, providencie o deslocamento. Na montagem da equipe procure basear-se nas características físicas, motoras, técnicas, táticas e psicológicas de seus jogadores. Você deverá procurar o máximo de equilíbrio possível; seu time, a cada rodízio, necessitará estar equilibrado tanto nos fundamentos de rede como nos de fundo (passe e defesa). A primeira preocupação será com a sua equipe, mas caso tenha alguma informação sobre o modo de jogar do adversário, por exemplo, quem é o principal atacante, você pode ajustar o seu time às condições. No entanto, se sua equipe for principiante, é melhor pensar apenas nos seus jogadores. É obvio que você vai exigir no jogo apenas o que foi trabalhado no treinamento. Querer mudar para uma tática não treinada apenas reforçará a ansiedade, o que não é produtivo. Todas as formações táticas escolhidas, ofensivas, de recepção, de proteção ao ataque e defensivas devem estar relacionadas. Coloque no papel as táticas e veja no treinamento se é viável a passagem de uma para outra, por exemplo, a formação ofensiva parte da recepção, não é possível querer que um jogador faça o passe na posição 5 e vá atacar na posição 2. A ansiedade é inevitável na pré-competição, sobretudo em equipes jovens. Ela não é totalmente negativa, apresenta uma relação na forma de um “U” invertido com o desempenho, ou seja, quando está muito baixa ou muito alta o prejudica. Você deve aprender a conhecer seus alunos/atletas para orientá-los sobre como agir frente à ansiedade. Alto Alta Baixo Baixa D es em pe nh o ansiedade Figura 103 – Relação entre a ansiedade e o desempenho – “U” invertido 119 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS Em alunos/atletas que não estão habituados a competir, a ansiedade será grande. Para reduzir o efeito, o professor/técnico pode: • checar tudo o que é necessário para o jogo com antecedência; • recolher a documentação comprobatória de idade ou registro; • preparar seus alunos para tudo o que vai ocorrer, por exemplo: torcida contra ou a favor, presença dos pais, erro da arbitragem, substituições etc.; • realizar jogos amistosos e coletivos, se possível com outra pessoa, que não o professor apitando; • chegar com antecedência ao local da partida para que os jogadores se habituem ao espaço; • fazer uma atividade lúdica, um jogo, antes do aquecimento normal; • ter uma rotina de aquecimento; • conversar com aqueles que são mais vulneráveis e explicar que a ansiedade é algo normal; com o tempo aprendemos a controlá-la; • manter contato com os pais, explicar o trabalho que está sendo realizado, para que eles o auxiliem no processo e não cobrem de seus filhos o que ainda não estão preparados para oferecer; • conservar uma linha comportamental, ou seja, se você é normalmente um professor rígido nos treinamentos, cobra desempenho de seus alunos, se atuar dessa forma no jogo, não há problema, pois seus discentes estarão acostumados. O que os deixa desnorteados é ver o treinador, que eles estão habituados a ver brincando e sorrindo, se transformar e começar a gritar com todos quando está perdendo uma partida; • criar clima de guerra não é um bom negócio. Você não tem inimigos, mas adversários; • utilizar desafios, tanto se sua equipe for muito mais forte quanto se for muito mais fraca. Escolha desafios independentemente do resultado da partida, por exemplo: nossa equipe é bem mais forte, eu sei que vamos ganhar o jogo, mas quero que vocês façam 3x0 e o adversário não tenha mais do que 15 pontos por set; ou outro exemplo: nossa equipe é bem mais fraca, mas mesmo perdendo a partida, nosso desafio será fazer mais de 15 pontos por set. O que o professor/técnico deve fazer no momento da partida: • chegar cedo e entregar a documentação na mesa de arbitragem; • escolher com antecedência o capitão da equipe. Se você não tiver muita certeza quanto ao capitão, faça um rodízio entre os jogadores nas primeiras partidas; 120 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 Unidade III • conduzir o aquecimento da equipe; • assinar a súmula e conferir as informações anotadas; • preencher e entregar a papeleta com a ordem de saque da sua equipe antes de cada set; • comunicar-se constantemente com os jogadores. É importante uma conversa com o grupo antes, e ao término da partida, faça uma análise rápida do jogo; • pedir tempo quando a equipe estiver perdendo, e o adversário fizer vários pontos seguidos, para acalmar a equipe, a fim de corrigir um erro técnico ou tático ou motivá-la. O técnico pode pedir 2 tempos em cada set. Eles são solicitados ao 2º árbitro e duram 30 segundos. Procure resumir o que falar e terminar com uma palavra motivadora; • substituir seis atletas por set. As alterações podem ser solicitadas quando um jogador estiver errando muito, alguém se machuca, para trocar um jogador por outro com melhor bloqueio, saque e recepção, acalmar um indivíduo, dar instruções e oportunidade a outros atletas, além de quebrar o ritmo do adversário. Resumo Esta unidade tratou dos aspectos táticos do voleibol. Apesar de serem bem extensos, foram abordados apenas os pontos principais. Mostrou-se um método que pode ser utilizado para o ensino-aprendizagem das formações táticas, o método sintético-analítico-sintético, também conhecido como método todo-partes-todo. Para ensinar uma formação tática de acordo com o método sintético- analítico-sintético, ensina-se primeiramente sua forma teórica. Pode ser por meios audiovisuais ou com a equipe posicionada em quadra e movimentando-se sem a bola. Foram dadas também algumas dicas de como o treinador monta sua equipe e a dirige em uma competição. Ressaltou-se que em equipes principiantes a ansiedade dos jogadores é grande, cabendo ao técnico tomar medidas para controlá-la. O treinador deve estar perfeitamente inteirado das regras da competição que vai participar e preparar seus jogadores para tal. É indicado que ele converse e trabalhe com os pais a fim de motivar o jovem atleta. As cobranças deverão ocorrer dentro da capacidade de cada um e o erro precisa ser encarado como parte integrante do processo de aprendizagem. 121 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS O técnico normalmente é o responsável por tudo com relação à competição, desde documentação, uniformes, até relacionamento com a arbitragem. O bom treinador não é aquele que mais formações táticas conhece, mas aquele que consegue escolher qual delas se adequa melhor à sua equipe. Exercícios Questão 1. (Cesgranrio 2011) No voleibol, os movimentos realizados em conjunto pelos jogadores de uma equipe para marcar pontos ou se defender do ataque da equipe adversária são denominados: A) Rodízio. B) Técnica. C) Finta. D) Tática. E) Cobertura.Resposta correta: alternativa D. Análise das alternativas A) Alternativa incorreta. Justificativa: o rodízio é um movimento realizado pelos jogadores de maneira obrigatória e acontece no sentido horário toda vez que a equipe recupera o saque com o jogo parado. B) Alternativa incorreta. Justificativa: a técnica é um movimento individual, e não conjunto, para a execução de um movimento. C) Alternativa incorreta. Justificativa: no voleibol, a finta consiste em desmarcar um dos atacantes, e é efetuada com o atacante de meio de rede batendo uma bola rápida de tempo e, ao mesmo tempo, o jogador de ponta batendo uma meia bola atrás dele. D) Alternativa correta. Justificativa: a tática consiste em movimentos sincronizados e coordenados pelos atletas na execução das tarefas de ataque e defesa. 122 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 Unidade III E) Alternativa incorreta. Justificativa: a cobertura é um movimento realizado pelos atletas com o objetivo de recuperar a bola atacada pela equipe adversária, e, desta maneira, construir um contra-ataque. Questão 2. (Enade 2011) Ao ensinar o voleibol na escola, Marcela, professora de Educação Física do 6º e do 7º ano de Ensino Fundamental, desenvolve algumas situações de jogo no processo ensino-aprendizagem. Considerando essa situação, avalie quais dos objetivos apresentados a seguir a professora deve priorizar no planejamento de suas aulas de voleibol. I – Aplicar os elementos técnico-táticos e as precondições fisiológicas para a prática, visando somente à vitória na competição. II – Respeitar o estágio de desenvolvimento do estudante para a organização e a inclusão de regras. III – Desenvolver noções táticas e técnicas que garantem a participação de todos para a fluência do jogo. IV – Desenvolver fundamentos gerais que possam ser utilizados em outros jogos. É correto apenas o que se afirma em: A) I e II. B) I e III. C) III e IV. D) I, II e IV. E) II, III e IV. Resolução desta questão na plataforma. 123 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 1 WILLIAM%20MORGAN%20THE%20CREATOR%20OF%20VB.JPG. Disponível em: <http://www.fivb.org/ en/volleyball/img/TheGame/William%20Morgan%20the%20creator%20of%20VB.jpg>. Acesso em: 17 nov. 2017. Figura 2 1911-MULTIRACIAL-GAME-OF-THE-YMCA-EMPLOYEES-IN-MARYLAND.JPG. Disponível em: <http:// www.fivb.org/en/volleyball/img/1911-Multiracial-game-of-the-YMCA-employees-in-Maryland.jpg>. Acesso em: 17 nov. 2017. Figura 3 A-NUMBER-OF-PEOPLE-PLAYING-VOLLEYBALL.JPG. Disponível em: <https://pixnio.com/free-images/ vintage-photography/a-number-of-people-playing-volleyball.jpg>. Acesso em: 17 nov. 2017. Figura 4 1039372-210816_MG_68820002.JPG. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/_ agenciabrasil2013/files/fotos/1039372-210816_mg_68820002.jpg>. Acesso em: 17 nov. 2017. Figura 5 CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE VOLEIBOL (CBV). Regras oficiais do voleibol 2013-2016. Rio de Janeiro: [s.n.], 2012. p. 53. Disponível em: <http://www.cbv.com.br/v1/cobrav/arquivos/REGRAS%20 DE%20V%C3%94LEI%20INDOOR%202013-2016%20-%20REVISADA.pdf>. Acesso em: 17 nov. 2017. Figura 6 CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE VOLEIBOL (CBV). Regras oficiais do voleibol 2013-2016. Rio de Janeiro: [s.n.], 2012. p. 55. Disponível em: <http://www.cbv.com.br/v1/cobrav/arquivos/REGRAS%20 DE%20V%C3%94LEI%20INDOOR%202013-2016%20-%20REVISADA.pdf>. Acesso em: 17 nov. 2017. Figura 8 VOLLEYBALLROTATION.SVG. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/59/ VolleyballRotation.svg>. Acesso em: 17 nov. 2017. Figura 11 BOJIKIAN, J. C. M.; BOJIKIAN, L. P. Ensinando voleibol. São Paulo: Phorte, 2012. p. 70. 124 EF IS - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 3/ 12 /2 01 7 Figura 12 BOJIKIAN, J. C. M.; BOJIKIAN, L. P. Ensinando voleibol. São Paulo: Phorte, 2012. p. 70. Figura 13 BOJIKIAN, J. C. M.; BOJIKIAN, L. P. Ensinando voleibol. São Paulo: Phorte, 2012. p. 74. Figura 14 BOJIKIAN, J. C. M.; BOJIKIAN, L. P. Ensinando voleibol. São Paulo: Phorte, 2012. p. 74. Figura 15 BOJIKIAN, J. C. M.; BOJIKIAN, L. P. Ensinando voleibol. São Paulo: Phorte, 2012. p. 82. Figura 16 BOJIKIAN, J. C. M.; BOJIKIAN, L. P. Ensinando voleibol. São Paulo: Phorte, 2012. p. 82. Figura 17 VOLLEYBALL-673562_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2015/03/14/18/10/ volleyball-673562_960_720.jpg>. Acesso em: 21 nov. 2017. Figura 18 BOJIKIAN, J. C. M.; BOJIKIAN, L. P. 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