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Unipê – Curso de Medicina Roteiro – Monitoria U.E. Monitores: Andrei Luiz e Rômulo Furtado Estação 1 – T.C.E e Insuficiência Respiratória Resumo de conceitos sobre T.C.E. *Avaliação neurológica: Escala de Coma de Glasgow – Abertura ocular 4pts; Melhor resposta verbal 5pts; Melhor resposta motora 6pts *Classificação do TCE: TCE leve – 13 a 15; TCE moderado – 9 a 12; TCE grave – menor ou igual a 8 (Coma) Obs.: TCE grave = ECG< ou = 8 ou queda na ECG > ou = 3pts; Assimetria pupilar; Assimetria motora; Fratura aberta de crânio; Obs.: Evidência de herniação do Uncus (compressão do mesencéfalo) = Midríase ipsilateral (III par); Déficit motor contralateral. *Tipos de lesões intracranianas 1) Concussão cerebral - Perda imediata da consciência (<6h); - Disautonomia (sudoreico, pálido, taquicárdico); - Amnésia retrógrada - TC de crânio é normal na concussão!!! 2) Lesão Axonal Difusa (LAD) - Coma > 6h; - TC de crânio: hemorragia em corpo caloso e porção dorsolateral do mesencéfalo. RNM (padrão ouro): Hipersinal em corpo caloso. 3) Hematoma Subdural Agudo - Causa + comum de efeito de massa; - Compromete veias ponte; - Cefaleia unilateral, midríase unilateral; - Aumento da PIC, coma, hemiparesia contralateral; - TC de crânio: imagem hiperdensa que acompanha convexidade cerebral; - Indicações do tto cirúrgico: Espessura > 10mm; desvios de linha média > 5mm; ECG< ou = 8 ou queda > ou = 2; assimetria pupilar. 4)Hematoma Extradural - Trauma em face lateral de crânio; - Compromete artéria meníngea média; - Intervalo lúcido (47% dos casos cirúrgicos); - Aumento da PIC, coma, herniação de uncus; - Rx de crânio: traço de fratura no osso temporal; - TC de crânio: imagem biconvexa na convexidade do lobo temporal; - Indicações de tto cirúrgico: ECG < ou = 8 + anormalidades pupilares; Desvio de linha média > ou = 5mm; Assintomáticos com espessura de hematoma > 15mm; volume > 30ml. * Tratamento Intensivo do TCE grave - Objetivos: Manutenção da PPC> ou = 70mmHg; Manutenção da PIC< 20mmHg (PPC=PAM-PIC); - Como tratar elevações da PIC ... Cabeceira elevada a 30 graus; Drenagem de líquor (1 a 2 ml em 2 a 3 min); Manitol 20% (0,25 a 1g/Kg); Hiperventilação agressiva (curtos períodos PaCO2 30 a 34mmHg); Hipotermia (t=34-35 graus Celsius). Caso Clínico Paciente de 20 anos chega ao PA vítima de queda de laje há 30 min. Segundo o acompanhante, imediatamente após o trauma o paciente apresentou perda da consciência e um episódio de vômito. À admissão, encontrava-se com 15 pontos na ECG, com pupilas isocóricas fotorreagentes, sem déficits. Realizados raios-X simples de crânio: constatou-se fratura em região temporal direita. Enquanto aguardava TC de crânio, evoluiu com rebaixamento do nível de consciência (11 pontos na ECG), hemiparesia esquerda e anisocoria D >E. 1- Qual hipótese diagnóstica? 2 - Qual o vaso geralmente é comprometido nesse tipo de trauma? 3 - Descreva o tratamento desse e caso. 4 - Quais os objetivos do tratamento intensivo desse caso. Resumo de conceito sobre Insuficiência Respiratória *Etiologia da Ins. Respiratória O sistema respiratório é formado por vários elos que precisam estar em homeostase para o funcionamento adequado. Cérebro – Medula – Sistema Neuromuscular – Caixa torácica – Pulmão – Vias aéreas – Sistema cardiovascular – Tecidos e células Quebra da homeostase: TCE; TRM; Miopatias (Guillan-Barré); Pneumotórax; Pneumonia; Asma; Choque; Intoxicação por CO. *Tipos de Ins. Respiratória 1) Disfunção pulmonar - Queda da PaO2; PaCO2 normal ou levemente diminuída; - Insuficiência Respiratória tipo hipoxêmica (tipo I) 2) Disfunção da “bomba” ventilatória - Queda da PaO2; Aumento da PaCO2 - Insuficiência Respiratória hipercápnica (tipo II) * Doenças que comprometem a relação V/Q ou provocam shunt – IResp tipo I - Crise de asma; Exarcebação de DPOC; Pneumonias; Edema pulmonar cardiogênico; SARA. *Exemplos de IResp tipo II - Depressão por drogas (Bulbo); TRM (medula); Miastenia Gravis (SNP); Edema de glote (obstrução das vias aéreas) * Classificação da IRespA Tipo I - Ins. Resp. Hipoxêmica; - PaCO2 normal ou diminuída; - D(A-a)O2: alargada - PaO2/FiO2<300 - Rx: Infiltrado pulmonar Tipo II - Ins. Resp. Hipercápnica; - PaCO2 elevada com PH diminuído; - D(A-a)O2: normal; - Boa resposta a O2 - Rx: normal ou diminuição dos volumes pulmonares. * Indicações de Ventilação Mecânica na Ins. Resp. - PaO2 <55mmHg ou Sat. O2<90%; - PaCO2 > 50mmHg com acidose (PH<7,3) - Sinais de grande trabalho respiratório ou fadiga (FR>30 a 35irpm; respiração paradoxal) - Instabilidade Cardiovascular: - ECG<8 - Experiência clínica (principal critério) *Logo após a intubação ajustar o ventilador para garantir: - oxigenação; - ventilação; - expansibilidade pulmonar, mas sem hiperdistensão; - Tempo Insp. e tempo Exp. Adequados; - Funcionamento de outros órgãos ou sistemas; *Monitorização da troca gasosa na VM - FiO2 e PEEP – Oxigenação; -f(FR) e VC – Ventilação; - Oxímetro em todos os pacientes; - Calcular PaO2/FiO2 (indica gravidade da Ins. Resp.) *Monitorização da mecânica respiratória na VM - Analisar: Modo VCV (volume controlado): VC (6ml/kg); Tinsp. (0,8 a 1s); FR (12 a 16 rpm) *Tratamento da Ins. Resp. 1) Tipo I - Elevar a PaO2 e a SatO2 - Tentar reverter a causa de hipoxemia 2) Tipo II - Elevar a PaO2 e a SatO2 - Reverter a acidose respiratória (PH normal) - Tentar reverter a causa de hipoventilação. Casos Clínicos 40 anos, pneumonia grave, intubada; Gasometria: PH=7,47; PaCO2=33mmHg; PaO2=100mmHg; HCO3=20mEq/l; SaO2=97%; FiO2=50%, PaO2/FiO2=200. - Qual o tipo de Insf. Respiratória? 52 anos, ELA, dispneia intensa, ar ambiente; Gasometria: PH=7,31; PaCO2=64mmHg; PaO2= 66mmHg; HCO3=26mEq/l; SaO2=90%. - Qual o tipo de Insf. Respiratória? 60 anos, DPOC em exacerbação grave, FR 28irpm, MV diminuído com roncos e sibilos. Gasometria: PH=7,25; PaCO2=66mmHg; PaO2=90mmHg; HCO3=26mEq/l; SaO2=89%; FiO2=30%; PaO2/FiO2=300. - Qual o tipo de Insf. Respiratória?
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