ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS

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ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS
SÃO ALTERAÇÕES QUE SE INICIAM APÓS A MORTE SOMÁTICA DO INDIVÍDUO, OCORRENDO CESSAÇÃO TOTAL E PERMANENTE DAS FUNÇÕES VITAIS DE UM INDIVÍDUO
TANATOLOGIA
RAMO DA PATOLOGIA QUE ESTUDA A MORTE
MORTE SOMÁTICA
É A QUEBRA DO EQUILÍBRIO BIOLÓGICO E FÍSICO-QUÍMICO FUNDAMENTAIS À MANUTENÇÃO DA VIDA
CRONOTANATOGNOSE
PERMITE O CONHECIMENTO DO TEMPO DE INSTALAÇÃO DA MORTE, ATRAVÉS DOS ELEMENTOS DECORRENTES DAS FASES DAS ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS (VARIÁVEIS EXTRÍNSECAS E VARIÁVEIS INTRÍNSECAS)
FATORES QUE INFLUENCIAM NO APARECIMENTO PRECOCE OU TARDIO DAS ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS
TEMPERATURA AMBIENTE – MAIOR SERÁ A VELOCIDADE DAS INSTALAÇÕES DAS ALTERAÇÕES SE A TEMPERATURA AMBIENTE ESTIVER QUENTE; CASO A TEMPERATURA ESTEJA FRIA, HAVERÁ INIBIÇÃO DA AÇÃO E SÍNTESE DAS ENZIMAS PROTEOLÍTICAS
TAMANHO DO ANIMAL – QUANTO MAIOR FOR O ANIMAL, MAIOR DIFÍCIL SERÁ O RESFRIAMENTO E MAIOR SERÁ A VELOCIDADE DAS ALTERAÇÕES
ESTADO NUTRICIONAL – QUANTO MAIOR O TEOR DE GLICOGÊNIO, MAIS TEMPO O RIGOR LEVARÁ PARA SE INSTALAR
CAUSA MORTIS – INFECÇÕES CLOSTRIDIANAS E SEPTICÊMICAS, TÉTANO E TRAUMATISMO ENCEFÁLICO, ACELERAM A INSTALAÇÃO DAS ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS
ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS ABIÓTICAS IMEDIATAS
SÃO AQUELAS QUE NÃO MODIFICAM O CADÁVER NO SEU ASPECTO GERAL
INSENSIBILIDADE
IMOBILIDADE
PARADA DAS FUNÇÕES CARDÍACAS E RESPIRATÓRIAS
INCOSCIÊNCIAS
ARREFLEXIA
CESSAÇÃO DAS FUNÇÕES CEREBRAIS
ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS BIÓTICAS MEDIATAS
SÃO AQUELAS QUE MODIFICAM O CADÁVER NO SEU ASPECTO GERAL, DIFICULTANDO O TRABALHO DE ANÁLISE DOS ACHADOS MACROSCÓPICOS
ALGOR MORTIS OU FRIALDADE CADAVÉRICA
LIVOR MORTIS OU HIPOSTASE CADAVÉRICA
RIGOR MORTIS OU RIGIDEZ CADAVÉRICA
COAGULAÇÃO SANGUÍNEA
EMBEBIÇÃO PELA HEMOGLOBINA E PELA BILE
METEORISMO OU TIMPANISMO POST MORTEM
DESLOCAMENTO, TORÇÃO E RUPTURA DE VÍSCERAS
PSEUDOPROLAPSO RETAL
ALGOR MORTIS
É O RESFRIAMENTO GRADUAL DO CADÁVER EM DECORRÊNCIA DA PARADA DAS FUNÇÕES VITAIS (TERMORREGULAÇÃO), DA CESSAÇÃO DO METABOLISMO E PERDA PROGRESSIVA DAS FONTES ENERGÉTICAS (FONTE DE CALOR CORPÓREO) E DA EVAPORAÇÃO ATUANDO NAS SUPERFÍCIES CORPORAIS (DISSIPAÇÃO)
CORRESPONDE A QUEDA DA TEMPERATURA CORPÓREA PARA NÍVEIS ABAIXO DOS LIMITES NORMAIS, TORNANDO-SE DEPOIS IGUAL À TEMPERATURA AMBIENTE
O RESFRIAMENTO DO CADÁVER DEPENDE DA TEMPERATURA AMBIENTE, PRESENÇA DE VENTO, CHUVA, COBERTURA TEGUMENTAR E REVESTIMENTO PILÓRICO (PENAS, PELOS, LÃS E CAMADA GORDURA) QUE FUNCIONAM COMO ISOLANTE TÉRMICO
EM CASOS DE INFECÇÕES CLOSTRIDIANAS E SEPTICÊMICAS, TÉTANO E TRAUMATISMOS ENCEFÁLICOS, PODE HAVER RETARDO NO APARECIMENTO DA FRIALDADE CADAVÉRICA
LIVOR MORTIS
APÓS A MORTE, COM A PARADA DA CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA O SANGUE E OUTROS LÍQUIDOS TECIDUAIS SEDIMENTAM NO ORGANISMO SOB A AÇÃO DA GRAVIDADE E COM DISTRIBUIÇÃO DESIGUAL DO SANGUE, COM FORMAÇÃO DE MANCHAS DE COLORAÇÃO VIOLÁCEA OU AVERMELHADAS DENOMINADAS LIVIDICES
NÃO DEVE SER CONFUNDIDO COM EQUIMOSES E HEMORRAGIAS INTERSTICIAIS ORIGINADAS DURANTE A VIDA
RIGOR MORTIS
PERÍODO EM QUE OCORRE A CONTRAÇÃO MUSCULAR, DEIXANDO OS MÚSCULOS RÍGIDOS DEVIDO A FALTA DE ATP, FORMANDO PONTES DE LIGAÇÃO ENTRE ACTINA E MIOSINA E CONSEQUENTEMENTE ENRIJECIMENTO DA MUSCULATURA
FASE PRÉ – RIGOR
O TECIDO MUSCULAR AINDA VIVO MESMO APÓS A MORTE, UTILIZA O GLICOGÊNIO COMO RESERVA MANTENDO OS ATPS NECESSÁRIOS PARA O RELAXAMENTO MUSCULAR (FLACIDEZ MUSCULAR – ACTINA SEPARADA DA MIOSINA)
FASE DE RIGOR
COM O ESGOTAMENTO DO GLICOGÊNIO MUSCULAR E CONSEQUENTEMENTE DOS ATPS HÁ O PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR (RIGIDEZ MUSCULAR – LIGAÇÃO ENTRE ACTINA E MIOSINA)
O RIGOR MORTIS PERMANECE ATÉ QUE AS ALTERAÇÕES AUTOLÍTICAS COMECEM A DISSOLVER OS FILAMENTOS DAS MIOFIBRILAS
FASE PÓS – RIGOR
FASE EM QUE OCORRE AUTÓLISE E HETERÓLISE COM RELAXAMENTO DOS MÚSCULOS E DAS ARTICULAÇÕES DEVIDO A DESTRUIÇÃO DA ACTINA E MIOSINA POR ENZIMAS PROTEOLÍTICAS (ENZIMAS DIGESTÍVEIS DO PRÓPRIO ORGANISMO)
PERÍODOS DA PUTREFAÇÃO
PERÍODO DE COLORAÇÃO – CARACTERIZADO PELA ALTERAÇÃO DE COR NOS TECIDOS, DENOMINADA PSEUMELANOSE
PERÍODO GASOSO – OCORRE FERMENTAÇÃO DO CONTEÚDO GASTROINTESTINAL, CARACTERIZANDO-SE POR GRANDE PRODUÇÃO E ACÚMULO DE GÁS PELAS BACTÉRIAS SAPRÓFITAS (MACROSSOMIA CADAVÉRICA, TIMPANISMO CADAVÉRICO, REFLUXO DO CONTEÚDO GASTROINTESTINAL PELA CAVIDADE NASAL OU ORAL, DESPRENDIMENTO DA MUCOSA DO RÚMEN, IMPRESSÃO COSTAL, DESLOCAMENTO DE VÍSCERAS, RUPTURAS GÁSTRICAS, PSEUDOPROLAPSO RETAL)
PERÍODO COLIQUATIVO OU LIQUEFATIVO – OCORRE DISSOLUÇÃO PÚTRIDA DO CADÁVER, COM REDUÇÃO E DESINTEGRAÇÃO DOS ÓRGÃOS
PERÍODO DE ESQUELETIZAÇÃO – OCORRE APÓS O PERÍODO DE COLIQUAÇÃO, COM DESINTEGRAÇÃO DOS TECIDOS MOLES RESTANDO APENAS A ARQUITETURA ÓSSEA E LIGAMENTOS ARTICULARES